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Em 2015, a Agenda 30 foi estabelecida para que os 192 países que integram a Organização das Nações Unidas se

comprometessem com um plano de prosperidade para o planeta, o qual inclui 17 metas -incluindo o meio ambiente equilibrado- a serem
atingidas na construção de um pilar de desenvolvimento sustentável. Diante desse projeto, é imperativo destacar que ainda existem desafios na
concretização de tais objetivos sustentáveis, dentre os quais se destacam o sistema de capital hodierno e a omissão governamental. Desse
modo, convém analisar os óbices apresentados, que precisam ser mitigados com urgência.
Sob essa ótica, vale ressaltar o impacto da lógica capitalista para o desenvolvimento sustentável. Segundo o filósofo francês René
Descartes, a natureza é concebida apenas como um recurso pela humanidade, um bem a ser explorado. Embora seja uma conceito descartiano
do século XVII, está diretamente relacionado com a excessiva exploração do meio ambiente na atualidade, visto a concepção de capital que o
natural pode ser usado à livre-arbítrio da sociedade a fins de avanço econômico. Nessa perspectiva, por causa da capitalismo hodierno, o qual
tende a valorizar a economia acima de tudo, a sustentabilidade planetária apresenta dificuldades na mitigação de questões mais drásticas, como
aquecimento global, uma vez que é necessário medidas mais agressivas de corte de emissão de gases poluentes, por exemplo, realidade
avessa pela exorbitante arrecadação de dinheiro necessário a fim de atingir essa meta em larga escala. Prova disso, é a saída dos Estados
Unidos do Acordo de Paris, importante acordo de redução de CO2 e outras substâncias que degradam a camada de ozônio, durante o governo
de Trump sob o pretexto de atraso financeiro. Logo, é notável o degradante desafio do raciocínio de mercado em tal problemática de relevância
nacional.
Outrossim, nota-se o descaso estatal no avanço de um Brasil ecologicamente equilibrado, integrando meio ambiente e sociedade.
Nesse sentido, a Carta Magna de 1988, também conhecida por Constituição Cidadã, garante aos cidadãos um espaço ambiental nacional
estável em seu artigo 225. No entanto, o cenário do país destoa de tais ideais estabelecidos por lei em decorrência da inércia do governo de
promover políticas públicas de desenvolvimento sustentável, o que advém da falta de postura ativa do Poder Executivo na promoção de projetos
bioecológicos contra impactos ambientais. Isso pois os governantes tendem a negligenciar pautas a longo prazo de alto custo de execução, já
que eles preferem ações oficiais de benefício próprio, reformas de praças e ruas, por exemplo, as quais possibilitam maior visibilidade aos
eleitores. Dessa forma, o ato de desenvolver sustentavelmente a nação acaba sendo distópico frente à omissão dos representantes do povo.
Torna-se evidente, portanto, a necessidade de mitigar os entraves que inviabilizam o desenvolvimento sustentável. Nesse ínterim,
cabe, então, ao Poder Judiciário -esfera dos três poderes incumbido da elaboração de vias legais constitucionais- regular a legislação nacional
acerca da lógica capitalista e seus impactos. Essa ação será feita por intermédio da ampliação do Código do Meio Ambiente com leis rígidas
quando a penalidade de ações de pessoas jurídicas que agridam a Biosfera, como multas significativas de grande parte dos lucros empresariais.
Isso terá por finalidade a criação de uma visão crítica de cuidado ambiental nas cooperativas de larga e de pequena escala, haja vista as
alternativas ecológicas de produção superariam as possíveis perdas financeiras. Além disso, as ONGs -organizações não-governamentais que,
dentre outras responsabilidades, deve cobrar do Estado o seu papel- mobilizar o povo brasileiro no ato de desenvolver o país sustentavelmente
por meio de petições nas redes sociais, “Twitter” e “Instagram”, com o fito de pressionar os governantes de políticas dessa pauta. Assim, será
possível assegurar o pilar da Agenda 30 da ONU em território nacional.

Desafios para o desenvolvimento sustentável


Obstáculos Óbices Entraves Empecilhos Revés Dificuldades

Sustentabilidade Avanço humanitário ecologicamente equilibrado Desenvolver com consciência ambiental Unipresença do meio ambiente preservado no crescimento econômico

Quais são os desafios?


Lógica capitalista egoísta
Descaso do governo
Falta de políticas públicas
Carência de engajamento social
Banalização dos impactos ambientais
Negligência educativa
Postura de omissão social
Jeitinho brasileiro: costume brasileiro de trilhar o caminho mais fácil
Falta de perspectiva acerca do mundo para as futuras gerações

Repertórios
René Descartes: a natureza é concebida é percebida como um recurso, bem a ser apropriada pelos seres humanos
James Lovelock: hipótese de Gaia (a Biosfera terrestre é um grande sistema acoplado integralmente conectado, atuando em homeostase, ou seja, sem interveção humana, se autoregula
Agenda de 2030 da ONU: aborda 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, guia da comunidade internacional e meta

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