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comprometessem com um plano de prosperidade para o planeta, o qual inclui 17 metas -incluindo o meio ambiente equilibrado- a serem
atingidas na construção de um pilar de desenvolvimento sustentável. Diante desse projeto, é imperativo destacar que ainda existem desafios na
concretização de tais objetivos sustentáveis, dentre os quais se destacam o sistema de capital hodierno e a omissão governamental. Desse
modo, convém analisar os óbices apresentados, que precisam ser mitigados com urgência.
Sob essa ótica, vale ressaltar o impacto da lógica capitalista para o desenvolvimento sustentável. Segundo o filósofo francês René
Descartes, a natureza é concebida apenas como um recurso pela humanidade, um bem a ser explorado. Embora seja uma conceito descartiano
do século XVII, está diretamente relacionado com a excessiva exploração do meio ambiente na atualidade, visto a concepção de capital que o
natural pode ser usado à livre-arbítrio da sociedade a fins de avanço econômico. Nessa perspectiva, por causa da capitalismo hodierno, o qual
tende a valorizar a economia acima de tudo, a sustentabilidade planetária apresenta dificuldades na mitigação de questões mais drásticas, como
aquecimento global, uma vez que é necessário medidas mais agressivas de corte de emissão de gases poluentes, por exemplo, realidade
avessa pela exorbitante arrecadação de dinheiro necessário a fim de atingir essa meta em larga escala. Prova disso, é a saída dos Estados
Unidos do Acordo de Paris, importante acordo de redução de CO2 e outras substâncias que degradam a camada de ozônio, durante o governo
de Trump sob o pretexto de atraso financeiro. Logo, é notável o degradante desafio do raciocínio de mercado em tal problemática de relevância
nacional.
Outrossim, nota-se o descaso estatal no avanço de um Brasil ecologicamente equilibrado, integrando meio ambiente e sociedade.
Nesse sentido, a Carta Magna de 1988, também conhecida por Constituição Cidadã, garante aos cidadãos um espaço ambiental nacional
estável em seu artigo 225. No entanto, o cenário do país destoa de tais ideais estabelecidos por lei em decorrência da inércia do governo de
promover políticas públicas de desenvolvimento sustentável, o que advém da falta de postura ativa do Poder Executivo na promoção de projetos
bioecológicos contra impactos ambientais. Isso pois os governantes tendem a negligenciar pautas a longo prazo de alto custo de execução, já
que eles preferem ações oficiais de benefício próprio, reformas de praças e ruas, por exemplo, as quais possibilitam maior visibilidade aos
eleitores. Dessa forma, o ato de desenvolver sustentavelmente a nação acaba sendo distópico frente à omissão dos representantes do povo.
Torna-se evidente, portanto, a necessidade de mitigar os entraves que inviabilizam o desenvolvimento sustentável. Nesse ínterim,
cabe, então, ao Poder Judiciário -esfera dos três poderes incumbido da elaboração de vias legais constitucionais- regular a legislação nacional
acerca da lógica capitalista e seus impactos. Essa ação será feita por intermédio da ampliação do Código do Meio Ambiente com leis rígidas
quando a penalidade de ações de pessoas jurídicas que agridam a Biosfera, como multas significativas de grande parte dos lucros empresariais.
Isso terá por finalidade a criação de uma visão crítica de cuidado ambiental nas cooperativas de larga e de pequena escala, haja vista as
alternativas ecológicas de produção superariam as possíveis perdas financeiras. Além disso, as ONGs -organizações não-governamentais que,
dentre outras responsabilidades, deve cobrar do Estado o seu papel- mobilizar o povo brasileiro no ato de desenvolver o país sustentavelmente
por meio de petições nas redes sociais, “Twitter” e “Instagram”, com o fito de pressionar os governantes de políticas dessa pauta. Assim, será
possível assegurar o pilar da Agenda 30 da ONU em território nacional.
Sustentabilidade Avanço humanitário ecologicamente equilibrado Desenvolver com consciência ambiental Unipresença do meio ambiente preservado no crescimento econômico
Repertórios
René Descartes: a natureza é concebida é percebida como um recurso, bem a ser apropriada pelos seres humanos
James Lovelock: hipótese de Gaia (a Biosfera terrestre é um grande sistema acoplado integralmente conectado, atuando em homeostase, ou seja, sem interveção humana, se autoregula
Agenda de 2030 da ONU: aborda 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, guia da comunidade internacional e meta