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Dom João, Princesa Carlota Joaquina Rainha Maria I

Príncipe Regente
1. O CONTEXTO HISTÓRICO:

1.1. A Europa fervia com as guerras napoleônicas e as ideias


liberais

1.2. Portugal: D. João, príncipe regente, foi forçado a escolher um


aliado, França ou Inglaterra.
2. A VINDA DA FAMÍLIA PORTUGUESA PARA O BRASIL:
2.1. FATORES MOTIVADORES:

a) Portugal rompeu o bloqueio continental


b) O Tratado de Fontainebleau entre Espanha e França
c) Invasão das tropas napoleônicas a Portugal;
d) Fuga para o Brasil: uma ideia que surgiu após a União Ibérica,
cujo objetivo era preservar o império ultramarino português;
e) A escolta inglesa e proteção militar do Rio de Janeiro, feita pelos
britânicos.
2.2. TRATADOS DE 1808: 2.3. OS TRATADOS DE 1810

a) abertura dos portos e o fim do A- Redução das taxas


exclusivismo colonial; alfandegárias:
• 15% para os ingleses;
b) fim do pacto colonial – Econômico;• 16% para os portugueses;
• 24% para os demais)
c) comércio com as nações amigas; • A invasão de produtos ingleses;

d) beneficiou diretamente aos B- os súditos ingleses não se


ingleses. submetiam as leis brasileiras;
C- liberdade religiosa para os
ingleses; Igreja Anglicana
D- porto livre de Santa Catarina
2.4- REMODELAÇÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

a) Aumento populacional exponencial: a Corte portuguesa e


luso-brasileiros que se mudaram para a capital;
b) “Inflação”: aumento do custo de vida; moradia, alimentos;
serviços e mão de obra escravizada;
c) Reforma de ruas, avenidas e praças;
d) Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro;
e) Jardim Botânico;
Real Teatro São João;
g) Gabinete Real de Leitura;
MISSÃO ARTÍSTICA
FRANCESA

Jean-Baptiste Debret; Pintor;

Nicolas-Antoine Taunay; Pintor;

Auguste-Henri-Victor Grandjean de
Montigny; arquiteto.
Quinta da Boa Vista - Residência Imperial
FACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO
REAL TEATRO SÃO JOÃO
c)Jardim Botânico;
BIBLIOTECA NACIONAL/ Real Gabinete de Leitura
2.5. Elevação do Brasil à Reino Unido de
Portugal Brasil e Algarves;
a) Derrota de Napoleão Bonaparte; Congresso de Viena;
princípio da legitimidade e da restauração;

b) Representou, para alguns historiadores, o fim


do pacto colonial do ponto de vista político;

2.6. A necessidade de abastecer a Corte no Rio


de Janeiro aprofundou o processo de integração
econômica entre as diferentes regiões do Brasil;

2.7.- Formação de uma elite dirigente; alianças


entre brasileiros e portugueses;

2.8. INTERIORIZAÇÃO DA METRÓPOLE.


3. MOVIMENTOS DE INSATISFAÇÃO COM A ADMINISTRAÇÃO
DE D. JOÃO, PRINCÍPE REGENTE:

3.1. REVOLUÇÃO 3.2. REVOLTA


PERNAMBUCANA DE LIBERAL DO PORTO
1817: - 1820
3.1. REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA
a) QUANDO? 1817;
b) ONDE? Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará;
c) QUEM?
Grupos sociais diversos, o que provocou divisões internas, em decorrência de objetivos
distintos entre esses grupos sociais;
Proprietários rurais, intelectuais, militares, juízes, comerciantes, artesãos e padres (“Revolução
dos Padres”; a influência dos seminário de Olinda)
d) POR QUÊ?
Insatisfação generalizada nas províncias nordestinas:
Crise econômica: queda no preço internacional do açúcar (concorrência com o
açúcar antilhano e o açúcar de beterraba europeu) e do algodão (recuperação da
cotonicultura dos EUA, após a Guerra de Independência) ;
A seca de 1816: perda da lavoura de subsistência, aumento no preço dos
alimentos e a fome; perda da lavoura de exportação
Aumento dos impostos para sustentar à Corte portuguesa no Rio de Janeiro;
Privilégios para os portugueses: monopólios comerciais, comando militar e
preferência na ocupação de cargos públicos;
A interiorização da metrópole: a presença da Corte no RJ aumentou o nível de
exploração das demais regiões; autoritarismo e centralismo do príncipe D.João
e) INFLUÊNCIAS EXTERNAS:
• Ideias iluministas;
• Independência dos EUA;
• Revolução Francesa; período do
Diretório;

f) Como?
• Levante armado de militares que
depôs o governador de Pernambuco
Caetano Pinto e dominou Recife;
• A rebelião seguiu pelo sertão
pernambucano e províncias aliadas
(AL; RN; PB; CE*);
• Envio de comitivas diplomáticas para
EUA, Inglaterra e Argentina em
busca de apoio.
g) PROPOSTAS REVOLUCIONÁRIAS:
A independência;
A proclamação de uma república; EUA , modelo considerado ideal;
A liberdade de comércio;
Tolerância religiosa;
Igualdade jurídica;
As questões sociais não foram contempladas: acesso a terra, abolição
da escravidão,

h) A participação cearense se limitou a Cidade do Crato e a família


Alencar;
i) DESFECHO:
Desavenças internas: “moderados” vs. “radicais”;
Tropas fieis ao Príncipe regente D. João VI reprimiram os rebeldes; prisão exílio
e morte.
3.2.REVOLTA LIBERAL DO PORTO:

a) Onde ?: Porto e Lisboa


b) Quando? 1820
c) Quem ?
● Burguesia que sentia prejudicada pela
abertura dos portos brasileiros e a
redução das taxas alfandegárias;
● Oficiais militares que se sentiam
prejudicadas pela presença de oficiais
ingleses no exercito lusitano;
● Parte da nobreza que não aceitavam a
regência de um inglês, Lord Beresford,
desde a expulsão dos franceses em
1814.
.
d) MOTIVAÇÕES:
Devido a forte influência liberal desejavam acabar com o absolutismo;
Estabelecimento de uma monarquia constitucional;
Desejavam o retorno imediato de D. João VI e da família real para
Portugal.

e) Era contraditória em relação ao Brasil, pois, se mostrava conservadora:


• recolonização imediata;

• cancelamento da abertura dos portos;

• o aumento das tarifas alfandegárias;

• cancelamento da elevação do Brasil a Reino Unido.


4. A INDEPENDÊNCIA:
4.1. Formação de dois grupos políticos no Brasil:

“Partido Brasileiro” (latifundiários do Centro-Sul do Brasil,


burocratas nascidos na colônia e comerciantes brasileiros)
vs.
“Partido Português” (oficiais militares de alta patente,
comerciantes monopolistas e burocratas do alto escalão)

4.2. As Cortes portuguesas exigiram o retorno imediato de D.


João VI para Portugal, que acatou tal imposição por temer perder
o trono;
4.3. D. Pedro de Alcântara foi nomeado príncipe regente do Brasil, o que
desagradou as Cortes em Lisboa

4.4. A representação brasileira nas Cortes de Lisboa: Cipriano Barata e


Muniz Tavares (“radicais”; republicanos e separatistas); Padre Feijó e
Nicolau de Campos Vergueiro (moderados; monarquistas constitucionais);

4.5. O “Dia do Fico”: Aliança entre a elite do Centro-Sul do Brasil e


D.Pedro;

OBS.: as elites e camadas médias nordestinas não participaram efetivamente da


articulação da independência;

4.6. “Cumpra-se”: todas as leis e medidas que viessem de Lisboa para o


Brasil precisavam ser aprovadas pelo príncipe regente D. Pedro
4.7. A convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte brasileira esgarçou em
definitivo as relações com Lisboa, que exigiram o retorno imediato de Dom Pedro;

4.8. O GRITO DO IPIRANGA (07 de Setembro de 1822):

Rainha Leopoldina José Bonifácio de Andrada Dom


Pedro I
QUADRO O GRITO DO IPIRANGA – PEDRO AMÉRICO - 1888
No dia 12 de outubro de 1822,
no Campo de Santana, região central
da cidade do Rio de Janeiro, grande
parte da população receberia D. Pedro
(1798-1834), que retornava da
província de São Paulo,
Coroação de Dom Pedro I; 1º. De Dezembro de 1822 Jean Baptiste Debret - 1839

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