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SÃO LUÍS
2015
MAVD DE PAULA RIBEIRO TELES
SÃO LUÍS
2015
Teles, Mavd de Paula Ribeiro.
Análise de manutenção preditiva em correias transportadoras de lança
das máquinas ER-33K-01, ER-313K-02 e RP-313K-02: estudo de caso
aplicado a uma das maiores mineradoras do mundo Vale S.A / Mavd de
Paula Ribeiro Teles.–São Luís, 2015.
71 f.
CDU: 621.867-7
MAVD DE PAULA RIBEIRO TELES
A competitividade do mercado impulsiona as empresas a trabalharem cada vez mais com uma
maior produtividade. O setor de manutenção é um dos que mais influência nessa produtividade.
Este trabalho entendendo a necessidade de se ter uma manutenção bem planejada e eficaz,
apresenta um estudo de caso sobre manutenção preditiva em Correias Transportadoras de Lança
de Empilhadeiras/Recuperadoras e Recuperadoras do Terminal Portuário Ponta da Madeira na
Multinacional VALE S.A., por meio de estudo de espessura de correias, onde este visa à análise
destes dados e também se baseia em falhas de dois desses equipamentos ER-01 e ER-02.
The market competitiveness drives companies to work more and more with greater productivity.
The maintenance sector is one of the more influence this productivity. This work understanding
the need of having a maintenance well-planned and effective, presents a case study of predictive
maintenance on spear of conveyor belts of Stacker/Reclaimers and Reclaimers of port terminal
Ponta da Madeira in multinational Vale SA, through study of thickness conveyor belts, where it
aims to analyze this data and also based on failure of two such equipment ER-01 and ER-02.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE SIGLAS
ER-01 Empilhadeira/Recuperadora-313K-01
ER-02 Empilhadeira/Recuperadora-313K-02
RP-02 Recuperadora-313K-02
P0 Manutenção Corretiva
TPM Manutenção produtiva total
RCM Manutenção centrada na confiabilidade
FMEA Análise de modo de falha e efeito de falha
RCFA Análise das causas raízes da falha
MASP Método de Análise e Solução de Problemas
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SUMÁRIO
1 INTRODUCÃO ....................................................................................................... 11
1.1 Justificativa .............................................................................................................. 12
2.5.2 Condições que provocam o desgaste prematuro da cobertura superior da correia ... 27
3 METODOLOGIA................................................................................................... 35
3.1 Classificação da Pesquisa ....................................................................................... 35
12
6 CONCLUSÃO.......................................................................................................... 61
______REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 62
______APÊNDICES ........................................................................................................... 65
______ANEXOS ................................................................................................................. 70
11
1 INTRODUCÃO
1.1 Justificativa
1.2 Objetivos
Analisar casos de falhas e dados obtidos por meio de análise de ultrassom nas
correias transportadoras da lança das Empilhadeiras/Recuperadoras (ER-313K-01 e ER-313K-02)
e Recuperadoras (RP-313K-02).
1.3 Estrutura
Segundo Pinto & Xavier (1999, p.37) o objetivo da Manutenção Preditiva é “prevenir
falhas nos equipamentos ou sistemas através de acompanhamento de parâmetros diversos,
permitindo a operação contínua do equipamento pelo maior tempo possível.”. A aplicação deste
tipo de manutenção, por conta deste acompanhamento, acaba por fornecer ao equipamento uma
maior disponibilidade, uma vez que a intervenção do equipamento pode ser programada e
avaliada de acordo com a produção e o estado atual do ativo. Entretanto existe um custo
envolvido com este tipo de monitoramento, onde é necessária uma análise do custo e beneficio
como relata Nepomuceno (1989, p. 154):
Então Nepomuceno (1989, p. 159) diz ainda que é importante saber o “como” a
máquina ou equipamento que se pretende manter pode sofrer prejuízo, dai então com tais dados é
possível verificar quais os parâmetros que interessam à manutenção preditiva. Onde ele também
afirma que os parâmetros usualmente utilizados são:
Espessura do material;
Temperatura de Operação;
Vibração do equipamento;
Contaminação do lubrificante;
Particulado no lubrificante;
Fiação e cabeação;
Análise de óleo isolante;
Ventilação e/ou Aeração;
Monitoramento de fissuras por fadiga.
executar um orifício na peça, e com paquímetros especiais, fazer a leitura; contudo depois do
desenvolvimento das técnicas ultra-sônicas, o processo passou a ser de ultrassons pulsados.
O funcionamento do ultrassom segundo Pinto & Xavier (1999, p.223) se dá da
seguinte maneira:
Um sinal sonoro de alta frequência é aplicado, através do cabeçote, à parede de um vaso de
pressão e refletido da parece mais distante ao passar através do material. O tempo decorrido
entre o sinal passar através do material e ser refletido é lido diretamente no instrumento.
Este tipo de sistema pode ser observado na figura 2.
2.2 Confiabilidade
A análise das causas raízes da falha segundo Pinto & Xavier (1999, p. 96) geralmente
costuma ser reservado para equipamentos mais importantes ou críticos. Os principais passos para
o processo desse tipo de análise esta sendo mostrado na tabela 2.
Para Pinto & Xavier (1999, p. 97) “Toda análise de RCFA deve ser documentada
para servir de apoio à decisão de implementação de melhorias e modificações e servir de
referência futura, seja como memória seja para revisão da situação”.
Pinto & Xavier (1999, p. 98) apresentam um formulário que serve para sistematizar
informações sobre falhas já ocorridas.
das instalações de transportadores, a correia com a seção transversal côncava passa por uma
seção de transição, para entrar em um tambor plano.
Então Gavis (2001, p.6) relata a importância do ponto de carregamento de material:
Para se reter o material na correia, depois que este deixa o chute de carregamento até alcançar a
velocidade da correia, utilizam-se guias laterais. Estas guias normalmente são uma extensão dos
lados do chute de carregamento, prolongando-se em paralelo, por certa distância, ao longo da
correia do transportador. As guias em geral são feitas de chapas de aço. As extremidades
inferiores das guias posicionam-se, com uma certa folga, acima da correia. Esta folga é vedada
por uma tira retangular de borracha, situada externamente às guias e presa através de fixação, de
forma que permita fácil ajuste e troca da mesma.
2.4.1.3 Raspadores
Para Gavis (2001, p.21) A limpeza da correia, quando bem planejada, reduz
consideravelmente a quantidade do material que se acumula debaixo do sistema de transporte,
melhorando as condições ambientais. A redução do volume de material fugitivo favorece as
condições de trabalho, contribuindo para um ambiente mais seguro e reduzindo os acidentes.
2.5.1 Carcaça
Causa Correção
Inclinação excessiva dos rolos de carga, para frente. Manter a inclinação vertical em 2°, no máximo.
Causa Correção
A VALE S.A. é uma multinacional que tem como principal negócio a mineração.
Segundo a VALE (2015) seus segmentos de são: Minério de Ferro e Pelotas, Níquel, Carvão,
Cobre, Manganês e Ferroligas.
Segundo a Bahia Mineração (2015), “O Minério de Ferro é uma rocha a partir da qual
pode ser obtido o Ferro, que é a matéria-prima essencial para a produção de aço.”. A definição de
Pelotas é dada pela VALE (2015), como “[...] pequenas bolinhas de minério de ferro usadas na
fabricação de aço. Elas são feitas com uma tecnologia que utiliza os finos gerados durante a
extração do minério, antes considerados resíduos.”. Na figura 11 tem-se uma ilustração do
minério de ferro, e na figura 12 tem-se uma ilustração das pelotas.
3 METODOLOGIA
De acordo com Vilaça (2010), a prática de pesquisa deve ser norteada pelo
conhecimento de metodologia científica, pois este possibilita a um melhor desenvolvimento da
pesquisa.
Considerando que uma pesquisa pode ser classificada de acordo com a natureza, a
forma de abordagem, seus objetivos e com os procedimentos técnicos, este trabalho possui a
seguinte classificação.
Com relação à natureza, uma pesquisa pode ser classificada como básica ou aplicada.
Este trabalho é classificado como de natureza aplicada. Pois este objetiva gerar conhecimentos
para aplicação prática, dirigido para a solução de problemas específicos. Envolvendo verdades e
interesses locais.
Do ponto de vista da forma de abordagem, a pesquisa pode ser classificada entre
quantitativa, qualitativa ou os dois. Segundo Gatti (2012) os modelos quantitativos se utilizam de
coleta e análise de dados. Portanto, esta pesquisa se classifica como quantitativa.
Com relação aos objetivos do trabalho, este tem caráter descritivo exploratório. De
acordo com Gil (2008, p.28) a pesquisa descritiva descreve uma população ou fenômeno, e uma
das suas características mais significativas é a utilização de coleta de dados. Gil (2008, p.27)
ainda afirma que as pesquisas exploratórias têm como finalidade esclarecer e modificar conceitos,
tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos
posteriores. Como esta pesquisa envolve coleta de dados e visa construir hipóteses, ela possui
caráter tanto descritivo quanto exploratório.
Gil (2008, p.50) divide os procedimentos técnicos em dois grandes grupos, os de
fonte de “papel” (pesquisa bibliográfica e pesquisa documental), e no segundo grupo onde os
dados são fornecidos por pessoas (pesquisa experimental, pesquisa ex-post-fact,o levantamento, o
estudo de campo e o estudo de caso). Gil (2008, p.57) também classifica estudo de caso como:
36
O estudo de caso foi realizado na VALE S.A., em sua instalação em São Luís - MA,
na Avenida dos Portugueses no Itaqui, Terminal Marítimo da Ponta da Madeira.
A coleta de dados consiste na obtenção dos valores das medições das espessuras de
correias transportadoras das máquinas na qual este trabalho é baseado. O instrumento de coleta
destes dados são os valores aferidos por análise de ultrassom em cada correia durante seu período
de tempo especificado no estudo de caso.
Para as falhas observadas neste trabalho os instrumentos de coleta de dados foram
registros fotográficos (para análises posteriores) e entrevistas. As entrevistas foram realizadas
com colaboradores especialistas, sobre a identificação de causa das falhas encontradas, assim
como de sugestões sobre eliminação das mesmas.
Para dados com relação a custo de correias, assim como na medição de espessura
foram valores fornecidos pela empresa em questão.
Esta coleta de dados teve como objetivo o embasamento quantitativo e qualitativo
deste trabalho.
O meio para tratamento sistemático dos dados é pelo software Microsoft Excel 2010,
com elaboração de planilhas e gráficos que ajudem na interpretação e comparação aplicando
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ferramentas de análise. Além deste tratamento fornecido, foi elaborada fichas com as falhas
ocorridas, para posteriores treinamentos de colaboradores.
O desenvolvimento deste estudo foi autorizado pela equipe da VALE S.A., que trata
deste setor, a VALER EDUCAÇÃO. A autorização assinada pelo Gerente responsável da área
está disponível nos anexos.
4 ESTUDO DE CASO
A manutenção preditiva nas correias transportadoras na VALE S.A. foi uma iniciativa
da Equipe de Inspeção de Desgaste e Vulcanização que é encarregada pela manutenção
preventiva, para evitar as falhas através do método de medição de espessura das correias. Antes o
trabalho dessa equipe se baseava em inspeção visual/sensitiva. Vale ressaltar, que existe uma
gerência responsável por manutenção preditiva, contudo a mesma realiza essa preditiva em outros
equipamentos dos ativos, como eixos dos mais variados tipos e aplicações, análise de óleo
lubrificante de mancais, entre outros.
A medição de espessura é realizada pelo aparelho de ultrassom da General Electric
USN 60, como custo e valor de aquisição: R$19.800,00 reais de acordo com o Mercado Livre
(2015), como mostrada na figura 17 abaixo.
Para esta medição, é realizado bloqueio da máquina na região da lança e pega-se uma
seção da correia para efetuar medição como mostra a figura 18.
A partir desse controle, é possível perceber que a última medição esta datada em
29/05/2015. O desgaste dessa correia até então esta em um nível considerado normal, contudo já
é possível perceber um ponto de concentração de desgaste do lado esquerdo nos pontos 9,8 e 7,
mostrado pelo gráfico 1.
Com quase um mês sem medição, a correia transportadora da lança da ER-01 entrou
em falha no dia 18/06/2015. Houve o evento de rasgo de correia longitudinal a 300 mm da borda
num comprimento 121m.
segundo o Arquivo VALE S.A. (2015): MG 60, e cortando a correia inteira como mostra a figura
20. Essa falha foi denominada como ocorrência portuária.
empilhamento o material não era retido pela chapa. Portando, ficou como ação para esta correia
esperar uma oportunidade em manutenção para retirada da mesma.
Apesar de estes problemas terem sido identificados, a máquina depois de algum
tempo começou a operar no sentido de recuperação um material mais granulado, o MG 60, que
acabou gerando a falha. Além destes pontos, caso a manutenção preditiva tivesse ocorrido de
forma continua, durante o mês no qual não foi efetuado, esse desgaste excessivo teria sido
detectado, e como ação se poderia ter entrado em manutenção corretiva p0 para retirada da chapa
e preservação da correia, pois o custo de troca dela é alto, como será visto no capítulo 4.2.4.
Para a correia transportadora da lança da ER-01 tem-se o tempo de vida útil estimado
no momento da troca dia 03/02/2015, aproximadamente trezentos dias, como é mostrada na
figura 22.
Até o dia 18/06/2015, dia onde a correia entrou em falha, ela operou durante 135 dias.
Desta forma os dias que ela ainda tinha em operação era 165 dias. De acordo com planilhas do
Arquivo VALE S.A. (2015), tem-se o valor da correia da lança desta máquina na tabela 7.
Para ter-se um cálculo de desperdício aproximado ir-se-á dividir o valor total desta
correia pelo tempo de vida útil estimado, e assim tendo o valor da correia por dia, multiplicar-se-
á pelo tempo que a correia ainda poderia ter operado. Este cálculo esta disposto na figura 22.
EMPRESA: VALE S.A. RELATÓRIO : Análise das Causas-Raízes de Falha (RCFA) DATA: 01/08/2015
Equipamento : ER-313K-01
Local: São Luis -MA
Identificação da Falha Impacto da falha
Falha Futura Ocorrida Perda de Produção Sim Não
Data 18/06/2015 Hora Parada da Unidade Sim Não
Classificação da Falha Total de horas paradas
Ocorrência Portuária Parada de Equipamento Sim Não
Tipo de Falha Impacta a Segurança Sim Não
Operacional Meio Ambiente Sim Não
Custo total da Falha: 68.720,85
Descrição da Falha Ocorrida
Durante operação na pilha F079 de MG60 para o Pier 3 norte houve o evento de rasgo de correia
longitudinal a 300mm da borda num comprimento 121m, no tr da lança da ER-313K01
Causas-Raízes:
Abertura entre Chapa de desgaste montada em ângulo de 10º e guia de vedação montado no chute central
provocando aprisionamento de uma pedra de MG-60.
Desnivelamento de alguns rolos dos cavaletes de transição dos chutes central e chute na roda de caçambas;
Desgaste prematuro da vedação da correia;
Ações Propostas:
Remover as chapas de desgaste com o ângulo de 10º do chute central ;
Instalar Passarela de acesso das guias e rolos da roda de caçambas da ER-01;
Nivelar rolos dos cavaletes de transição de modo que estes entrem em contato com a correia;
Divulgar em DSS com os colaboradores a importância de acompanhar de forma especial in loco sempre que houver
um carregamento de MG-60;
Ajustar caída de material dentro do chute central da ER-313k-01.
Remover as chapas de desgaste com o ângulo de 10º do chute central ;
Abrir Servtec para engenharia verificar a possibilidade de relocamento do último rolo de impacto ( rolo montado
sobre deck da lança e antes da articulação da mesma) de modo que a distância entre guia externa e correia
permaneça constante para qualquer ângulo de elevação da lança.
Fotos
Para esta falha foi efetuada a análise e foi detectado que o que ocasionou a mesma foi
a guia do material da casa de transferência, “chute”, que gerou o desgaste e o rasgo em parte da
lona, como mostra na figura 26.
Este desvio da guia ocorreu por conta de excesso de material, ocasionado pela
retirada indevida de uma chapa de direcionamento do material logo acima do chute. É possível
perceber o excesso de material não apenas pelo ocorrido, mas também pela presença deles na
maioria dos rolos da lança, como mostra a figura 27.
prematuro na borda. Logo, poderia ter sido efetuada assim, uma análise de causa, para
identificação do desgaste excessivo na borda e logo após, tomar ações para solucionar a
problemática.
Para a correia transportadora da lança da ER-02 tem-se o tempo de vida útil estimado
no momento da troca dia 03/04/2015, aproximadamente duzentos e oitenta e três dias, como é
mostrada na figura 28.
Até o dia 01/07/2015, dia onde a correia entrou em falha, ela operou durante 88 dias.
Desta forma os dias que ela ainda tinha em operação era 195 dias. . De acordo com planilhas do
Arquivo VALE S.A. (2015), tem-se o valor da correia da lança desta máquina na tabela 9.
EMPRESA: VALE S.A. RELATÓRIO : Análise das Causas-Raízes de Falha (RCFA) DATA: 01/08/2015
Equipamento : ER-313K-02
Local: São Luis -MA
Identificação da Falha Impacto da falha
Falha Futura Ocorrida Perda de Produção Sim Não
Data 01/07/2015 Hora Parada da Unidade Sim Não
Classificação da Falha Total de horas paradas
Falha Parada de Equipamento Sim Não
Tipo de Falha Impacta a Segurança Sim Não
Operação Meio Ambiente Sim Não
Custo total da Falha: 85.889,70
Descrição da Falha Ocorrida
Esta correia entrou em falha na data de 01/07/2015, caracterizada por um desgaste prematuro
até a lona por toda a sua extenção, pela carga e pelo retorno
Causas-Raízes:
Excesso de material
Desvio do chute e da guia
Ações Propostas:
Limpeza na máquina
Regulagem do chute e da guia
Fotos
Para a correia transportadora da lança da máquina RP-02, não houve falha até o
encerramento deste trabalho e para a mesma foi feito um acompanhamento contínuo na
manutenção preditiva do ativo.
Dentro destes fatos pode-se perceber que este acompanhamento contínuo fornece ao
ativo um maior controle e confiabilidade em termos de acompanhamentos de falhas. Contudo,
também é perceptível que o desgaste no centro foi bem acentuado. Este tem apesar de ser o ponto
de maior concentração de tensão, se encontra mais acentuado que o considerado normal de
acordo com o Arquivo VALE S.A. (2015). A causa desse desgaste tão acentuado não foi
identificado.
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Para a correia transportadora da lança da RP-02 tem-se o tempo de vida útil estimado
no momento da troca dia 22/12/2014, aproximadamente trezentos dias, como é mostrada na
figura 31.
Esta correia até o encerramento deste trabalho dia 23/08/2015 durou 244 dias. A
previsão de troca dela pelo tempo estimado é em 17/10/2015. Ela esta programada para troca em
no final de setembro, por conta de questões operacionais e falta de oportunidades de parada.
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Nesta seção será disposta a análise de resultados com relação aos dados obtidos na
seção 4, assim como será realizada algumas considerações sobre os conteúdos abordados.
Para o parâmetro custo com as medições, é considerado por este trabalho apenas o
aparelho de Ultrassom USN60. O custo com o tempo de parada da máquina, utilizado para
realização das medições é zero, pois este é realizado durante as paradas programadas de
manutenção preventiva da máquina, ou seja, este não impacta a produção. Desta forma, é
possível perceber que em apenas duas falhas ocorridas, a vantagem da utilização do aparelho em
relação a custo deste tipo de manutenção realizada. O cálculo envolvendo esses dois eventos esta
disposto na figura 31.
É necessário levar em consideração que este equipamento tem uma duração de vida
útil muito alta, e este valor foi apenas estimado como se a compra tivesse sido efetuada para esses
ativos. Contudo, o centro de custo deste equipamento não foi atribuído à gerência que efetua as
medições, pois o ultrassom utilizado era proveniente de outra gerência.
Diante de tal demonstração, é possível perceber as vantagens ao se usar o método
preditivo de medições de espessura para correias transportadoras. Na questão de custo a correia
da RP-313K-02 até o final deste trabalho, esta apresentou um bom desenvolvimento, sem gerar
custos. E as outras duas correias da lança da ER-01 e ER-02 dentro de meses sem o controle de
espessura entraram em falhas, levando a um desperdício desnecessário para a empresa.
na seção 4.1. Portanto, a consideração abordada sobre a preditiva realizada nas correias é que se
necessita de um tratamento destes dados e identificação das causas de desgaste excessivo.
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GATTI, Bernardete A.. Abordagens quantitativas e a pesquisa educacional. Sem IME, USP,
Fundação Carlos Chagas, maio. 2012. Disponível em:
<http://www.ime.usp.br/~marcos/Bernadete25052012.pdf>. Acesso em: 12 de Agosto de 2015.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.
NEPOMUCENO, L. X.. Técnicas de manutenção preditiva. São Paulo: Edgard Blücher, 1989.
Vol I.
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PINTO, Allan Kaderc; XAVIER, Júlio Nascif. Manutenção: Função Estratégica. 1a ed. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 1999.
VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa. Pesquisa e Ensino: considerações e reflexões. Revista do Curso
de Letras da UNIABEU, Nilópolis, v.1, n.2, p. 59-74, maio/ago. 2010. Disponível em:
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APÊNDICES
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ANEXOS
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