Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O ESPECTADOR EMANCIPADO
Jacques Rancière
Tradução
Ivone C. Benedetti
,1
¡/////martinsfontes
S ÃO PAULO 2 0 Í4
Machine Translated by Google
Machine Translated by Google
Machine Translated by Google
I a. edição 2012
2a. tiragem 2014
Tradução
Ivone C. Benedetti
Acompanhamento editorial
Luzia Aparecida dos Santos
Revisões gráficas
Amália Ursi
Solange Martins
Edição de arte
Adriana Maria Porto Tradutor
Produção gráfica
Geraldo Alves
Paginação
Moacir Katsumi Matsusaki
Rancière, Jacques
O espectador emancipado/Jacques Rancière; tradução Ivone C.
Benedetti. - São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012.
12-03180 CDD-701
Sumário
O espectador emancipado 7
A imagem intolerável 83
O espectador emancipado
Este teve feito alguns anos de leitura de meu livro de reflexão foi feito há
alguns anos de mestre que me foi elaborado a partir de um grupo de ideias
elaboradas pelo mestre ignorante [O mestre ignorante] elaborado ao partir de um
grupo de ideias elaboradas [O mestre ignorante] elaborado ao partir de um grupo
de ideias elaboradas1*. De início, essa proposta pensou-me alguma perplexidade O
mestre ignorante expunha a teoria excêntrica e o destino sin gular de Joseph
Jacotot, que causou escândalo no início do século XIX ao afirmar que um
ignorante pode ensinar a ou tro ignorante aquilo que ele mesmo não sabe, ao
proclamar a igualdade das inteligências e opor a emancipação intelectual à
instrução pública. Suas ideias não foram esquecidas a partir de meados de seu
século. Achei bom reavivá-las na década de 1980 para balançar o núcleo dos
debates sobre as finalidades da Escola pública com os ventos da igualdade
intelectual. Mas, no âmbito da reflexão, nomes artísticos contemporâneos rânea
que uso dar ao pensamento de um homem cujo único verso artístico pode ser
emblemático de De móstenes, Racine e Poussin?
7
Machine Translated by Google
9
Machine Translated by Google
11
Machine Translated by Google
12
Machine Translated by Google
13
Machine Translated by Google
15
Machine Translated by Google
21
Machine Translated by Google
22
Machine Translated by Google
23
Machine Translated by Google
24
Machine Translated by Google
26
Machine Translated by Google
Josephine Meckseper,
Sem título, 2005.
28
Machine Translated by Google
outra coisa. Ela dizia: é uma realidade óbvia que vocês não
querem ver, porque vocês sabem que são responsáveis por
ela. O dispositivo crítico visava assim a um efeito duplo: a
tomada de consciência da realidade oculta e o sentimento
de culpa em relação à realidade negada.
A foto dos manifestantes e da lata de lixo põe em jogo
os mesmos elementos que aquelas fotomontagens: a distante
e o consumo doméstico. Josephine Meckseper é tão hostil à
guerra de George Bush quanto Martha Rosler à de Nixon.
Mas o jogo dos contrários na fotografia de maneira diferente:
não liga o superconsumo americano à guerra distante para
reforçar as energias militantes hostis à guerra. Faz mais
lançamento esse superconsumo ao rosto dos manifestantes
que pretendem novamente trazer a guerra para casa. As
fotomontagens de Martha Ros acentuavam a heterogeneidade
dos elementos: a imagem da criança morta podia integrar-se
no belo interior doméstico sem causar sua explosão. Ao
contrário, a fotografia dos manifestos
30
Machine Translated by Google
tico cai por terra; e, com ela, toda e qualquer culpa em relação
às séries situadas do lado da realidade obscura ou negada.
Nesse caso, o dispositivo crítico exibiria simples mente sua
própria superação. Mas não se trata disso. As pe quenas
vitrines que misturam a mistura lógica e a moda prosseguiram
com a continuação da propaganda à dupla da intervenção
militante de ontem. Dizem também: eis a realidade que vocês
não sabem ver, o reino sem limite da exposição comercial, o
horror niilista do modo de vida pequeno-bur guês de hoje; mas
também: eis a realidade que vocês não querem ver, a
participação de seus pretensos gestos de volta nesse processo
de exibição de signos de definição ir vernado pela exibição
comercial. Portanto, o artista per se pretende produzir o curto-
circuito e o choque que os princípios críticos ocultam pela
exibição das imagens. Em Martha Rosler, o choque deve
revelar a violência imperia lista por trás da exposição feliz dos
bens e das imagens. Em Josephine Meckseper a exibição das
imagens mostra-se à estrutura de uma realidade em que tudo
é exposição no modo de exibição comercial. Mas o dispositivo
crítico se apresenta como objetivo sem objetivo de mostrar o
que ele não sabe ver e envergo porque ele não quer, com o
risco de que o dispositivo crítico se apresente como objetivo
de um objeto de seu próprio luxo pertencente à lógica que
denuncia.
Há então uma dialética inerente à denúncia do fato
paradigma: esta a sua obsolescência com o único fim de se
transformar em seu mecanismo, com o crítico, e transformar a
ignorância da realidade ou negação da ignorância em
ignorância ou negação de fato de que a realidade de risco o
desejo de ignorar a miséria o que tornará a pedir em desejo
de ignorar que não há nada de que se sinta culpado. Esse é,
Conforme já está definido, o livro não é um argumento de
fendido, mas por um filósofo, Sloterdijk, em seu Écumes
[Espumas], o livro descrição sua, o processo da modernidade,
o processo de uma tigravitação. O termo refere-se em primeiro
lugar, é claro, às invenções técnicas que foram a conquista do
e possibilitaço e às que se configuram como tecnologias da
comunicação e da certeza das invenções
32
Machine Translated by Google
6. Peter Sloterdijk, Écumes, trad. fr. Olivier Mannoni, Paris, Maren Sell, 2005,
pág. 605.
33
Machine Translated by Google
35
Machine Translated by Google
* Trad. bras., Ivone C. Benedetti, WMF Martins Fontes, 2009. [N. da T.]
36
Machine Translated by Google
7. Ver Paolo Virno, Miracle, virtuosité et "déjà-vu". Trois essais sur l'idée de "monde",
Éditions de l'Éclat, 1996, e Brian Holmes, "A Personalidade Flexível. Para uma
Nova Crítica Cultural", em Hieróglifos do Futuro. Arte e política em rede
37
Machine Translated by Google
38
Machine Translated by Google
39
Machine Translated by Google
40
Machine Translated by Google
tra o terror.
Opus esse furor direitista da crítica pós-crítica à me lancolia
de esquerda. Mas trata-se de duas faces da mesma moeda. Ambas
as poses em ação na mesma versão que a versão da última
representação do modelo de apresentação das belas aparências,
a fim de demonstrar as lutas da luta social. A revelação continua
em curso. Mas não se espera que ela forneça nenhuma arma
contra o im pério que denuncia. A melancolia de nós reconhecemos
que não há alternativa para o poder e que estamos convidando da
melhor com isso. O furor de reita nose que, quanto mais tentarmos
anunciar o por da besta, mais contribuiremos para seu triunfo. Mas
essa conexão entre os procedimentos críticos e sua finalidade,
como contrapartida, qualquer esperança de diligência. Os
melancólicos e os profetas envergam os tra jes da razão esclarecida
que decifra os sintomas de uma ença da civilização. Mas essa
razão esclarecida, por sua vez, apresenta-se desprovida de
qualquer efeito sobre o doente cuja doença consiste em não se
saberem doentes. Uma crítica interminável ao sistema identifica-se,
afinal, com uma tração das razões pelas quais essa crítica é
desprovida de qualquer efeito.
41
Machine Translated by Google
45
Machine Translated by Google
49
Machine Translated by Google
Machine Translated by Google
51
Machine Translated by Google
52
Machine Translated by Google
entre todos, Hércules, o herói dos Doze Trabalhos. Mas fez dela um
Hércules em espaço, acolhido depois de seus tra balhos no âmago dos
deuses. E dessa personagem ociosa ele fez o representante da beleza
grega, filha da liberdade grega - liberdade perdida de um povo que não
conheceu a separação entre arte e vida. A estátua exprime, pois, a vida
de um povo, como a festa de Rousseau, mas esse povo já foi subtraído,
está presente apenas naquela figura ociosa, que não expressa nenhum
sentimento e não apresenta nenhuma ação por imitador. Este é o
segundo ponto: a estátua está subtraída a todo e qualquer continuidade
que garanta uma relação de causa e efeito entre a intenção de um artista,
um modo de recepção por um público e certa configuração da vida
coletiva.
57
Machine Translated by Google
12. Gabriel Gauny, "Le travaill à la journée" em Le Philosophe plébéien, op. cit.,
págs. 45-6.
61
Machine Translated by Google
62
Machine Translated by Google
cujo critério ser atribuído a qualquer outro e criar assim, com base no
modelo da estética universal kantiana, uma nova espécie de Nós, uma
comunidade estética ou dis sensual. O lugar vazio, inútil e improdutivo
define uma distribuição normal das formas da existência sensível e das
"competências" a ela vin culadas. Num filme ligado a esse, Sylvie
Blocher mostrou um projeto habitantes com camisetas ostentando frase
que cada pessoa foi escolhida, portanto, algo como um lema estético.
Entre aquelas frases, lembro-me desta, em que uma mulher velada com
suas palavras o que o lugar se propõe formular: "Que palavra vazia que
eu possa preencher."
63
Machine Translated by Google
obra. Mas esse efeito não define nem uma estratégia gia
política da arte como tal nem uma contribuição calculá vel
da arte para a ação política.
Aquilo que se política da arte, portanto, é o chamamento
de lógicas heterogêneas. Há, em primeiro lugar, aquilo que
se pode chamar de "política da estética", ou seja, o efeito,
no campo político, das formas de estruturação da experiência
sensível a um regime da arte. Sem regime, isso quer dizer,
perda de destino das obras e sua dis ponibilidade temporal
das obras, equidade dos que pretendemos da heterogêneas
e anonimato das obras quem quer que sejam indiferentes
as obras se dirigem. Todas essas propriedades definem o
domínio da arte como domínio de uma forma de experiência
própria, separada de outras formas de conexão da
experiência sensível. Determinam o complemento paradoxal,
ausên cia de critérios estéticos às produções próprias da
arte, a separação de separação entre as coisas que
pertencem à arte e como que não são de propriedade. A
relação dessas duas propriedades define o democratismo
estético que não depende das tendências dos artistas e não
tem efeito determinável em ter mos de subjetivação política.
65
Machine Translated by Google
69
Machine Translated by Google
70
Machine Translated by Google
15. Intervenção dos Yes Men na conferência Klartext! Der Status des politischen in
aktueller Kunst und Kultur, Berlim, 16 de janeiro de 2005.
73
Machine Translated by Google
75
Machine Translated by Google
76
Machine Translated by Google
77
Machine Translated by Google
81
Machine Translated by Google
Machine Translated by Google
A imagem intolerável
83
Machine Translated by Google
17. Cabe lembrar que ele fazera isso, em contrapartida, num filme anterior, Hur
lements en faveur de Sade [Uivos para Sade],
86
Machine Translated by Google
87
Machine Translated by Google
89
Machine Translated by Google
RAM
91
Machine Translated by Google
94
Machine Translated by Google
97
Machine Translated by Google
22. Com mais alguns detalhes das obras analisadas aqui mencionadas em meu
ensaio "Le Théâtre des images" publicado no catálogo Alfredo Jaar. La poli
tique des images, jrp/ringier- Musée Cantonal des Beaux-Arts de Lausanne,
2007.
98
Machine Translated by Google
Sophie Ristelhueber WB
#3, 2005.
102
Machine Translated by Google
A imagem pensativa
103
Machine Translated by Google
23. Walter Benjamin, L'OEuvre d'art à l'époque de sa reproductibilité Technique, trad. fr.
Rainer Rochlitz, em Oeuvres, Folio/Gallimard, 2000, t. 3, pág. 82.
104
Machine Translated by Google
105
Machine Translated by Google
* Trad. bras., Júlio Castanon Guimarães, Nova Fronteira, 2011. [N. da T.]
106
Machine Translated by Google
107
Machine Translated by Google
ff —* - j ^ '
108
Machine Translated by Google
26 Jamesinha, aliás, a fotografia que, além de tudo, aprendeu e aprendeu sobre a presença ou a
ausência de mim, as preocupações não estéticas , lembram-nos de outras estéticas dos exemplos
comprovados, há-nos uma fotografia ao lado do testemunho nu da " ; e, nas paredes, aquilo que os
senhores podem ver numa das fotografias deste livro." Louons maintenant les grands hommes,
112
Machine Translated by Google
27. Hegel, Cours d'esthétique, trad. fr. Jean-Pierre Lefebvre e Verónica von
Schenck, Aubier, 1995,1.1, p. 228.
114
Machine Translated by Google
na outra.
Se voltarmos à fotografia de Walker Evans, podemos
compreender a referência do fotógrafo ao romancista.
Essa fotografia não é nem o registro bruto de um fato social, nem
a composição de um esteta que faz arte pela arte dos camponeses
cuja miséria ele deve mostrar pobres.
Marca a narração de duas artes, de duas maneiras de "mostrar o
excesso literário, o excesso que as lavras designam sobre aquilo
que é o que habitar a fotografia literária de designam Walker Evans,
assim como o excesso literário de designam Walker Evans, assim
como o espaço literário de design" Flaubert. O poder de
transformação do banal em impessoal, forjado pela literatu ra, sulca
a partir do interior a aparência aparente, a aparente imediatez da
foto. A pensatividade da imagem é então a latente de um regime
de expressão em outro. Um bom exemplo contemporâneo dessa
pensatividade pode ser dado pelo trabalho de Abbas Kiarostami
entre cinema, fotografia e poesia. Sabe-se da importância que as
estradas têm em seus filmes. Sabe-se também que ele já foram
várias séries fotográficas. Essas imagens são, exemplarmente, ima
gens pensativas pela como conjungem dois modos de representação:
a estrada é uma maneira de um ponto a outro e é, inversamente,
um trajeto traçado puro de linhas
118
Machine Translated by Google
28. Hollis Frampton, L'Écliptique du savoir, Centre Georges Pompidou, 1999, p. 92.
120
Machine Translated by Google
123
Machine Translated by Google
125
Machine Translated by Google
Machine Translated by Google
128
Machine Translated by Google
Arte e ilusão
Ernst H. Gombrich
O mundo do grafite
Nicholas Ganz
Para o ator
Michael Tchekhov
Teimosia da imaginação
Instituto do Imaginário do
Povo Brasileiro
@ E d ito ra WMF
O / ed ito rawm fm a rtin s fo n te s
'ÊÈÈÊisÊÊÊÊÊÊÈÊÊiÊÊÈÈsÈÊÍÊ