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O tratamento das sementes protege essa estrutura entre o período de semeadura e a germinação,
assegurando uma lavoura mais uniforme e com alto potencial produtivo.
A semente representa o primeiro estágio, antes do vegetal iniciar seu desenvolvimento. É responsável
pela multiplicação de algumas espécies vegetais. Nas plantas, em geral, as sementes são responsáveis
pela dispersão da genética do vegetal. Esse processo garante que haja o desenvolvimento longe da
planta mãe, perpetuando a espécie.
Nas plantas cultivadas as sementes são a peça chave da produtividade. Nelas estão contidas as
características genéticas que conferem toda a tecnologia que foi empregada nas cultivares melhoradas, o
que é imprescindível para uma agricultura produtiva.
As sementes são estruturas protetoras que trazem o embrião dentro de si, além dos nutrientes
essenciais para que o ele possa gerar uma nova planta. Ou seja, ela é a origem de muitas lavouras, como
é o caso da soja, trigo e milho. Mais de 90% das espécies destinadas à produção de alimentos no mundo
são propagadas por sementes.
Mesmo sendo uma estrutura protetora, as sementes são suscetíveis a fatores bióticos e abióticos que
podem interferir em sua germinação e afetar a produtividade. Além disso, sementes infectadas podem
causar falhas nas lavouras, podridões e morte das plantas no início do cultivo.
Dessa forma, existem tratamentos específicos para proteger as sementes contra insetos e
microrganismos. Para isso, são empregados diversos produtos para combater esses organismos antes
que eles possam causar danos à produção. Esses produtos, inclusive, podem alterar a cor e a superfície
desse importante órgão da planta.
Dentre todos os insumos utilizados na produção agrícola, a semente é o item de maior valor agregado.
Afinal; são elas que carregam toda a constituição genética de uma cultivar. O potencial máximo de
produção de uma espécie é determinado pelo potencial da semente.
No entanto, uma boa produção nas lavouras reúne características genéticas, físicas, fisiológicas e
sanitárias. Inclusive, os benefícios dos fertilizantes e defensivos, também dependem da expressão de
todas essas características.
SAIBA MAIS
Tratamento de sementes
A tecnologia de tratamento de sementes vem sendo utilizada por um número crescente de produtores.
Seu custo benefício e todas as vantagens produtivas animam o investimento nessa prática.
Porém, a técnica de tratar as sementes foi relatada pela primeira vez em 1670. A descoberta ocorreu a
partir de um acidente de navio cargueiro na Inglaterra, que carregava sementes de trigo. O navio
naufragou e toda sua carga foi para o fundo do mar. Parte das sementes foi resgatada e semeada.
Os agricultores notaram que as sementes que absorveram um pouco de água salina apresentaram
menos sintomas de ferrugem, quando comparadas às plantas que vieram de sementes que não
passaram pelo processo. Desde então, a prática foi sendo aprimorada e utilizada para a prevenção de
algumas doenças.
A partir de 1807 foram adicionados compostos inorgânicos, como: carbonato de cobre (CuCo3) e
metilmercúrio (MeHg) solubilizado em guanidina. Tais produtos, foram sendo substituídos ao logo do
tempo, por compostos de menor periculosidade.
Atualmente, o tratamento de sementes reúne alta diversidade de princípios que incluem fungicidas,
inseticidas, microrganismos benéficos e corantes.
Além disso, já encontramos tecnologias são aplicadas às sementes que atuam como:
inoculantes
micronutrientes
reguladores de crescimento
revestimentos
Essencialmente, o tratamento de sementes pode ser conduzido na própria fazenda, ou pela indústria. O
tratamento dentro das fazendas tem um menor custo, porém a uniformidades dos produtos nas
sementes não é considerada a ideal. Além de ter baixa escala produtiva.
O tratamento de sementes é essencial para diversas culturas. O tratamento é uma proteção para as
sementes contra perdas futuras. Um benefício adicional do tratamento de sementes é o de proporcionar
mais força no enraizamento. Esta característica garante mais vigor no ponto crucial para o
desenvolvimento das culturas. Em épocas de seca, as sementes tratadas têm maior proteção contra a
perda de eficácia.
O tratamento de sementes possui excelente relação custo x benefício, gerando benefícios tanto para o
produtor quanto para a economia nacional. Segundo pesquisa realizada pela Embrapa, o tratamento de
sementes com fungicida e inseticida, na safra 2018/2019, representou apenas 1,48% do gasto em
relação ao custo total de produção de um hectare de lavoura de soja.
Em uma média de 3 mil reais por hectare gastos naquela safra, apenas R$ 46,53 foram empregados na
utilização dessa tecnologia. Analisando ao longo de dez anos, o investimento em tratamento de
sementes foi de apenas 2,2% do montante total investido. Segundo os pesquisadores, a média de custo
por hectare foi de R$ 2 mil, ao longo dos dez anos. Esse resultado significa que o valor médio investido
no tratamento foi de R$ 44,00 por hectare.
Ou seja, é um baixo investimento para um alto retorno, uma vez que áreas que utilizam sementes
tratadas podem alcançar maiores produtividades.
Existem muitas pragas e microrganismos de solo que atacam as sementes. O tratamento ajuda para que
esses ataques não aconteçam, deixando um ambiente sem problemas sanitários para que a semente
germine e possa iniciar seu desenvolvimento. O tratamento de sementes é a aplicação de produtos que
protegem o material, auxiliam na nutrição das plantas e no combate de pragas e doenças.