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2019
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
ÍNDICE
1. Introdução ........................................................................................................................................... 3
2. Quadro legislativo ............................................................................................................................... 5
3. Atividade ............................................................................................................................................. 9
3.1. Inovação e automatização .......................................................................................................... 10
3.2. Atividade desenvolvida ............................................................................................................... 11
3.2.1. Atendimento ......................................................................................................................... 11
3.2.2. Pensões de aposentação e reforma ...................................................................................... 12
3.2.3. Pensões de sobrevivência e de acidente de trabalho e outras............................................. 15
3.2.4. Outras prestações ................................................................................................................. 16
3.2.5. Avaliação de incapacidades .................................................................................................. 18
4. Populações de utentes ...................................................................................................................... 20
4.1. Subscritores ................................................................................................................................ 22
4.1.1. Distribuição por áreas de origem .......................................................................................... 22
4.1.2. Distribuição por sexos e idades ............................................................................................ 23
4.2. Aposentados e reformados ........................................................................................................ 24
4.2.1. Distribuição por áreas de origem .......................................................................................... 24
4.2.2. Distribuição por sexos e idades ............................................................................................ 24
4.2.3. Média de idades à data da aposentação e do óbito ............................................................. 26
4.2.4. Tempo médio relevante na pensão e de duração da pensão ............................................... 27
4.2.5. Distribuição por escalões de pensão .................................................................................... 28
4.2.6. Pensões médias ..................................................................................................................... 29
4.3. Pensionistas de sobrevivência e outros ...................................................................................... 30
4.3.1. Distribuição por sexos e idades ............................................................................................ 30
4.3.2. Distribuição por escalões de pensão .................................................................................... 33
4.3.3. Pensões médias ..................................................................................................................... 34
4.1. Subscritores ................................................................................................................................ 35
5. Situação económica e financeira ....................................................................................................... 36
5.1. Gastos e rendimentos. ................................................................................................................ 36
5.1.1. Gastos. ................................................................................................................................. 37
5.1.2. Rendimentos. ...................................................................................................................... 38
5.2. Resultados .................................................................................................................................. 39
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5.3. Financiamento do sistema .......................................................................................................... 39
5.4. Saldo da gerência ........................................................................................................................ 41
6. Recursos humanos ............................................................................................................................. 43
7. Considerações finais .......................................................................................................................... 45
ANEXOS
Balanço
Demonstração dos Resultados por Natureza
Demonstração das Alterações no Património Líquido
Demonstração de Fluxos de Caixa
Demonstração do Desempenho Orçamental
Demonstração de Execução Orçamental da Receita
Demonstração de Execução Orçamental da Despesa
Anexo às demonstrações financeiras
Anexo às demonstrações orçamentais
Parecer do Fiscal Único
Certificação Legal das Contas
Parecer do Conselho Consultivo
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Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
1. INTRODUÇÃO
A Caixa Geral de Aposentações, I.P. (CGA), é um instituto público de regime especial integrado na
administração indireta do Estado, dotado de autonomia administrativa e financeira e de património
próprio, sujeito à superintendência e tutela do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social,
que é conjunta com o membro do Governo responsável pelas áreas das Finanças e Administração
Pública nas matérias objeto de negociação coletiva ou de participação dos trabalhadores da
Administração Pública, através das suas associações sindicais, e na elaboração de legislação com
incidência orçamental, de acordo com a sua lei orgânica, aprovada pelo Decreto‐Lei n.º 131/2012, de
25 de junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto‐Lei n.º 28/2015, de 10 de fevereiro.
A missão da CGA consiste em gerir o regime de segurança social público em matéria de pensões de
aposentação, de reforma e de sobrevivência, designado regime de proteção social convergente, que
se carateriza por ser um regime fechado que abrange apenas os subscritores inscritos até 31 de
dezembro de 2005, após a entrada em vigor da Lei n.º 60/2005, de 29 de dezembro, que determinou
que a CGA deixasse de poder inscrever novos subscritores desde 1 de janeiro de 2006. Compete‐lhe
igualmente reparar as desvalorizações na capacidade de ganho dos trabalhadores da Administração
Pública provocadas por acidentes de trabalho ou doenças profissionais, bem como atribuir pensões de
natureza especial.
A CGA geria, em 31 de dezembro de 2019, um universo de aproximadamente 431 mil subscritores ‐
fundamentalmente funcionários e agentes administrativos (civis e militares) da Administração Pública
Central, Local e Regional, professores do ensino particular e cooperativo e trabalhadores de algumas
empresas públicas e sociedades anónimas de capitais públicos (ex‐empresas públicas) ‐ e pagava cerca
de 646 mil pensões (481 mil de aposentação e reforma e 165 mil de sobrevivência, de acidente de
trabalho e outras).
Em 2019, destaca‐se a publicação do Decreto‐Lei n.º 108/2019, de 13 de agosto, que alterou o Estatuto
da Aposentação e o Estatuto das Pensões de Sobrevivência no sentido de aprofundar a convergência
do regime da CGA com o da Segurança Social em matéria de aposentação antecipada e prestações por
morte, designadamente:
‐ A introdução da figura da idade pessoal de acesso à pensão de velhice (IPAPV), variável em função
do tempo de serviço efetivo do subscritor;
‐ A nova modalidade de aposentação antecipada com, pelo menos, 40 anos de serviço efetivo aos 60
anos de idade;
‐ A eliminação do fator de sustentabilidade em todas as pensões de aposentação não antecipadas,
considerando como tais aquelas em que o utente tem a idade normal ou pessoal de acesso à pensão
de velhice (INAPV ou IPAPV);
‐ A aplicação das regras do regime geral de segurança social ao subsídio por morte e ao reembolso das
despesas de funeral atribuídos pela CGA.
Convém, ainda, referir que a CGA passou a adotar, desde 1 de janeiro de 2019, o Sistema de
Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC‐AP), aprovado pelo Decreto‐Lei
n.º 192/2015, de 11 de setembro, normativo contabilístico que veio substituir o Plano Oficial de
Contabilidade Pública (POCP), que vinha a ser usado desde 1 de janeiro de 1998.
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Por último, em conformidade com as disposições legais em vigor, o Conselho Diretivo da CGA
apresenta o Relatório e Contas da Instituição referente ao exercício de 2019, que, para além de
referências às principais iniciativas legislativas e à atividade desenvolvida e da análise à situação
económica e financeira, inclui informação de natureza estatística sobre o seu universo de utentes, que
visa facultar uma perceção mais alargada das atividades da Instituição.
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2. QUADRO LEGISLATIVO
Das medidas legislativas publicadas, importa destacar, pelo impacto no regime e na atividade da Caixa
Geral de Aposentações, I.P. (CGA), os diplomas seguintes:
Decreto‐Lei n.º 117/2018, de 27 de dezembro, que atualizou para € 600 o valor da retribuição
mínima mensal garantida, a partir de 1 de janeiro de 2019;
Decreto‐Lei n.º 118/2018, de 27 de dezembro, que criou e regulamentou o complemento
extraordinário para pensões de mínimos para o sistema de segurança social e para o regime de
proteção social convergente, definindo os termos da articulação entre os serviços da segurança
social e da CGA;
Decreto‐Lei n.º 119/2018, de 27 de dezembro, que criou o novo regime de flexibilização da idade
de acesso à pensão de velhice no regime geral de segurança social, com implicações na idade
normal de acesso à pensão de velhice (INAPV) do regime de proteção social convergente da CGA;
Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 2019 e introduziu,
entre outras, as seguintes medidas com impacto na atividade da CGA:
Atualização extraordinária, de € 10 por pensionista, em janeiro de 2019, cujo montante global
de pensões seja igual ou inferior a 1,5 vezes o valor do indexante dos apoios sociais (a
atualização é de € 6 para os pensionistas que recebam, pelo menos, uma pensão cujo
montante fixado tenha sido atualizado no período entre 2011 e 2015). Para efeitos de cálculo,
o valor da atualização regular anual efetuada em janeiro de 2019 é incorporado no valor da
atualização extraordinária. Esta medida foi regulamentada pelo Decreto Regulamentar
n.º 12/2018, de 27 de dezembro;
Aplicação às pensões de invalidez e às pensões de aposentação e de reforma atribuídas pela
CGA, com fundamento em incapacidade, independentemente da data da inscrição do
subscritor, do regime que sucessivamente vigorar para as pensões de invalidez do sistema
previdencial do regime geral de segurança social em matéria de fator de sustentabilidade;
O complemento extraordinário para pensões de mínimos para o sistema de segurança social e
para o regime de proteção social convergente, a partir de 1 de janeiro de 2019. Esta medida
traduziu‐se no acréscimo às pensões mínimas de aposentação, reforma ou invalidez, iniciadas
após 31 de dezembro de 2016, de um complemento extraordinário, variando o seu valor em
função do ano de início da pensão e do tempo de serviço considerado na mesma.
Decreto‐Lei n.º 6/2019, de 14 de janeiro, que alterou as condições de exercício de funções públicas
por aposentados ou reformados, permitindo o exercício de atividade profissional remunerada no
setor público após o limite de idade, bem como, a acumulação entre a remuneração auferida pelo
exercício de funções públicas e o valor remanescente da pensão;
Portaria n.º 20/2019, de 17 de janeiro, que fixou os valores de referência da componente base e
do complemento da prestação social para a inclusão (PSI), para 2019, em € 3 280,62 e em
€ 5 258,63, respetivamente;
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Portaria n.º 23/2019, de 17 de janeiro, que procedeu à atualização anual das pensões de acidentes
de trabalho para o ano de 2019;
Portaria n.º 24/2019, de 17 de janeiro, que atualizou para € 435,76 o valor do indexante dos apoios
sociais (IAS), a partir de 1 de janeiro de 2019;
Portaria n.º 25/2019, de 17 de janeiro, que procedeu à atualização anual das pensões e de outras
prestações sociais atribuídas pelo sistema de segurança social, das pensões do regime de proteção
social convergente atribuídas pela CGA e das pensões por incapacidade permanente para o
trabalho e por morte decorrentes de doença profissional, para o ano de 2019;
Portaria n.º 49/2019, de 8 de fevereiro, que determinou os valores dos coeficientes de
revalorização a aplicar na atualização das remunerações registadas que servem de base de cálculo
às pensões iniciadas durante o ano de 2019;
Portaria n.º 50/2019, de 8 de fevereiro, que fixou em 0,8533 o fator de sustentabilidade para 2019
e a idade normal de acesso à pensão de velhice (INAPV) em 66 anos e 5 meses para 2020;
Decreto‐Lei n.º 64/2019, de 16 de maio, que reintroduziu, entre outras medidas, no Estatuto Social
do Bombeiro o direito à bonificação do tempo de serviço para efeitos de aposentação;
Decreto‐Lei n.º 84/2019, de 28 de junho, que estabeleceu as disposições necessárias à execução
do Orçamento do Estado para 2019, sendo de destacar as seguintes normas:
A pensão atribuída com base na totalização de períodos com outros regimes apenas é elevada
para o montante mínimo legalmente previsto quando o aposentado ou reformado não
perceba pensão ou pensões de valor global igual ou superior à pensão mínima que seria devida
com base exclusivamente no tempo de serviço da CGA;
O tempo que os subscritores da CGA se encontrem na situação de redução ou suspensão do
contrato de trabalho, por terem celebrado acordo de pré‐reforma com as respetivas entidades
empregadoras, não sendo titulares de contrato de trabalho em funções públicas, releva para
a aposentação nos termos em que tal relevância é estabelecida no regime geral de segurança
social, desde que o subscritor e a entidade empregadora mantenham o pagamento de
contribuições à CGA;
A aposentação pode verificar‐se, independentemente de qualquer outro requisito, quando o
subscritor contar 15 anos de serviço e a idade normal de acesso à pensão de velhice que
sucessivamente estiver estabelecida no regime geral de segurança social (66 anos e 5 meses
em 2019);
A CGA pode efetuar oficiosamente contagens prévias do tempo de serviço;
O regime da aposentação voluntária que não dependa de verificação de incapacidade fixa‐se
com base na lei em vigor na data em que seja recebido o pedido de aposentação pela CGA (se
o pedido for apresentado antecipadamente, considera‐se a data em que o requerente reuniu
condições para aposentação) e na situação existente à data em que o mesmo seja despachado.
Decreto‐Lei n.º 87/2019, de 2 de julho, que estabeleceu as condições e as regras de atribuição e
de cálculo das pensões de aposentação ou reforma dos trabalhadores integrados nas carreiras de
bombeiro sapador e de bombeiro municipal;
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Decreto‐Lei n.º 108/2019, de 13 de agosto, que introduziu alterações ao Estatuto da Aposentação
e ao Estatuto das Pensões de Sobrevivência e criou o novo regime de aposentação antecipada,
com efeitos a 1 de outubro, sendo de realçar as seguintes medidas:
A aposentação passa a poder verificar‐se quando o subscritor atinge a idade pessoal de acesso
à pensão de velhice (IPAPV), sendo esta a que resulta da redução, por relação à idade normal
de acesso à pensão de velhice (INAPV) em vigor, de quatro meses por cada ano civil que o
tempo de serviço efetivo exceda os 40 anos à data da aposentação, não podendo a redução
resultar no acesso à pensão antes dos 60 anos de idade;
A aposentação antecipada pode ser requerida, independentemente de submissão a junta
médica e sem prejuízo da aplicação do regime de pensão unificada, pelos subscritores que
tenham, pelo menos, 60 anos de idade e que, enquanto tiverem essa idade, tenham
completado, pelo menos, 40 anos de exercício efetivo de funções, sendo a pensão calculada
sem fator de sustentabilidade, mas com penalizações por antecipação, de 0,5% por mês ou
fração aplicadas, tendo por referência a INAPV ou a IPAPV;
O fator de sustentabilidade fica com o seu âmbito circunscrito às pensões compulsivas e às
pensões de aposentação antecipada com a regra antiga (30 anos de serviço no 55.º
aniversário);
O subsídio por morte e o reembolso das despesas de funeral atribuídos e pagos pela CGA
passam a seguir o regime que sucessivamente estiver estabelecido no sistema previdencial do
regime geral de segurança social para essas prestações;
A instituição do princípio do tratamento mais favorável, segundo o qual, nos casos em que o
subscritor, à data da aposentação, reúne simultaneamente as condições de duas ou mais
modalidades de aposentação, a CGA atribui, obrigatoriamente, a pensão de valor mais
elevado, aplicando no futuro as regras próprias dessa modalidade para todos os efeitos, sem
possibilidade de alteração.
Lei n.º 61/2019, de 16 de agosto, que eliminou a possibilidade de redução do valor da pensão de
preço de sangue quando esta resulte de falecimento de deficiente das Forças Armadas, com
efeitos a partir da entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2020;
Decreto‐Lei n.º 117/2019, de 21 de agosto, que definiu os termos da divulgação da lista dos
beneficiários de subvenções mensais vitalícias atribuídas pela CGA;
Portaria n.º 276/2019, de 28 de agosto, que atualizou os montantes do abono de família para
crianças e jovens, do abono de família pré‐natal e respetivas majorações e das prestações por
deficiência e dependência, a partir de 1 de janeiro de 2019;
Decreto‐Lei n.º 136/2019, de 6 de setembro, que alargou o acesso à Prestação Social para a
Inclusão (PSI) a crianças e jovens com deficiência e com uma incapacidade igual ou superior a 60 %,
criando a pensão de orfandade e alterando as regras de atribuição da bonificação por
dependência;
Decreto‐Lei n.º 151/2109, de 11 de outubro, que procedeu à transferência, para a Caixa Geral de
Aposentações, do encargo financeiro com os complementos de pensão de reforma ou invalidez
dos trabalhadores da STCP – Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, S.A.. No entanto, o
Decreto‐Lei n.º 175/2019, de 27 de dezembro, veio alterar a entrada em vigor do referido Decreto‐
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Lei n.º 151/2019, de modo a compatibilizar a produção de efeitos da modificação do contrato de
serviço público em vigor, com a operacionalização efetiva da intermunicipalização da STCP, ficando
dependente de um visto do Tribunal de Contas;
Portaria n.º 358/2019, de 8 de outubro, que procedeu à regulamentação das comunicações
eletrónicas entre o sistema de informação de suporte à atividade dos tribunais, o sistema
informático de suporte à atividade dos agentes de execução e os sistemas de informação da
Segurança Social, do Fundo de Garantia Salarial e da Caixa Geral de Aposentações no âmbito da
realização de penhoras de prestações sociais e pensões;
Decreto‐Lei n.º 167/2019, de 21 de novembro, que atualizou para € 635 o valor da retribuição
mínima mensal garantida, a partir de 1 de janeiro de 2020.
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3. ATIVIDADE
Em 2019, a Caixa Geral de Aposentações, I.P., com o objetivo de prestar um serviço de qualidade e
diminuir os tempos de resposta, com recurso a um planeamento rigoroso dos padrões internos de
execução, definiu e implementou estratégias de aumento do desempenho e de reforço da sua imagem.
No ano em análise, a atividade da instituição foi influenciada por diversas medidas legislativas com
implicações no regime de proteção social convergente e que obrigaram a várias alterações no sistema
de informação da CGA, destacando‐se o já mencionado Decreto‐Lei n.º 108/2019, de 13 de agosto,
que veio criar o novo regime de flexibilização da idade de acesso à pensão de velhice, permitindo que,
em situações idênticas às do regime geral de segurança social, cada trabalhador possa, em função do
seu tempo de serviço efetivo, adequar a sua idade de aposentação, uma nova modalidade de pensão
antecipada, aproximando‐a, também, do novo regime em vigor no regime geral de segurança social, e
a consagração do princípio do tratamento mais favorável na atribuição da pensão de aposentação pela
CGA.
Em termos de volume de trabalho, assistiu‐se a um aumento considerável (26,8%) no total de
processos entrados na CGA, face ao ano anterior, destacando‐se os pedidos de aposentação/reforma
(+34,3%) e de contagens de tempo (+27,8%), em consequência da já referida publicação de medidas
mais favoráveis de acesso à pensão e da possibilidade da contagem de tempo de serviço militar
obrigatório sem encargos para o subscritor, prevista em 2018.
No que respeita à generalidade dos subscritores ativos, a CGA implementou em 2019 a realização de
contagens oficiosas do tempo de serviço, enviando aos Serviços uma lista com os seus funcionários
que já reúnem ou reunirão previsivelmente a curto prazo condições para aposentação, solicitando o
envio antecipado (relativamente à data de apresentação do requerimento de pensão) dos elementos
essenciais à sua instrução, de acordo com o previsto no Decreto‐Lei n.º 84/2019, de 28 de junho
(DLEO2019). Com esta medida a CGA pretende reduzir a curto prazo os tempos de instrução dos
processos de aposentação/reforma.
Destaca‐se, ainda, com grande impacto na atividade da CGA, a publicação do Acórdão n.º 134/2019
do Tribunal Constitucional, que declara a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, da norma
do segmento do artigo 43.º, n.º 1, do Estatuto da Aposentação, na redação dada pela Lei n.º 66‐B/2012,
de 31 de dezembro, que determina que a aposentação voluntária se rege pela lei em vigor no momento
em que for proferido o despacho a reconhecer o direito à aposentação, por violação dos artigos 2.º e
13.º da Constituição.
Neste contexto, foram revistas oficiosamente, de forma integralmente automatizada, com efeitos
retroativos e sem dependência de pedido dos interessados, com base na norma declarada
inconstitucional, as pensões às quais tinha sido aplicado regime legal menos favorável do que o que
vigorava à data da receção do pedido pela CGA, com prejuízo para o valor da pensão, designadamente:
‐ As pensões de aposentação e reforma voluntária, sem verificação de incapacidade, requeridas a
partir de 1 de janeiro de 2013, que tivessem sido atribuídas com base em regime legal ‐
nomeadamente idade normal de acesso à pensão de velhice e fator de sustentabilidade ‐ menos
favorável do que o que vigorava à data do pedido;
‐ As pensões de sobrevivência correspondentes às mencionadas no ponto anterior, cujo direito,
entretanto, se extinguiu, independentemente do estado atual destas, isto é, de se encontrarem
ativas ou de se terem igualmente extinguido relativamente aos herdeiros daqueles pensionistas.
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A CGA apresenta, seguidamente, os dados mais relevantes da sua atividade no ano de 2019.
3.1. Inovação e automatização
Em 2019, a CGA deu continuidade ao seu programa de transformação digital (CGA Digital) iniciado no
ano anterior, procurando otimizar substancialmente todo o seu sistema de informação, com especial
enfoque no seu portal na internet, de forma a responder eficazmente ao crescente grau de exigência
dos utentes e a satisfação das suas necessidades de informação em tempo real e de forma mais
cómoda.
Assim, tendo como objetivo melhorar o nível de serviço prestado, e aproveitando a transformação
organizativa e tecnológica para reduzir, a prazo, os custos administrativos da instituição, foram
realizados projetos na área das tecnologias de informação dos quais se destacam:
‐ Simulador de pensões ‐ No início do ano, ficou disponível no portal da CGA (área de acesso reservado
no sítio da CGA na internet em www.cga.pt) o novo simulador de pensões que permite aos
subscritores da CGA, ainda no ativo, conhecerem o momento em que se poderão aposentar e calcular
o valor provável da sua pensão. A simulação é personalizada e utiliza a informação registada na CGA
sobre a data de inscrição como subscritor e as remunerações relevantes para o cálculo.
Adicionalmente o subscritor pode simular a sua pensão em data diferente da que lhe foi apresentada;
‐ Processo Clínico Digital ‐ Continuação da desmaterialização dos processos de avaliação de
incapacidade com o preenchimento do relatório do médico relator através de funcionalidade no
portal da CGA;
‐ Consulta do estado do pedido ‐ Os utentes da CGA registados no serviço autenticado CGA Directa
(área de acesso reservado no sítio da CGA na internet) passaram a poder consultar o estado dos seus
pedidos de pensão de aposentação, em tempo real, bem como a documentação associada;
‐ Assistente virtual ‐ Com o objetivo de melhorar o atendimento aos utentes e a eficiência dos serviços
da CGA, foi disponibilizado no portal da CGA um assistente virtual, baseado em inteligência artificial,
que responde às questões mais frequentes que são apresentadas pelos utentes, reduzindo assim o
tempo de espera pelas respostas e o de navegação pelo site;
‐ Autenticação na CGA Directa através da Chave Móvel Digital ‐ Os utilizadores da CGA Directa
passaram a poder autenticar‐se com a Chave Móvel Digital, numa parceria efetuada com a AMA
(Agência para a Modernização Administrativa);
‐ Notificações por SMS e e‐mail ‐ A CGA passou a integrar a possibilidade de envio de notificações aos
seus utentes, através de SMS e de e‐mail, no seu sistema de aplicações. Com este desenvolvimento
informático, a comunicação com os utentes tornou‐se mais célere, reduzindo tempos e custos de
expedição de correio tradicional e perseguindo o objetivo de desmaterialização;
‐ Recolha de dados a partir do cartão do cidadão ‐ O atendimento presencial da CGA passou a dispor
de funcionalidade integrada com a aplicação informática que utiliza para poder recolher os dados
dos utentes diretamente a partir do cartão do cidadão;
‐ Robotização da alteração de vínculos de subscritor – Em 2019, foi finalizado o robot de atualização
de vínculo dos subscritores, permitindo, por exemplo, que as reinscrições dos docentes na CGA
passassem a ser realizadas por este software;
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‐ Prova de vida remota ‐ No final do ano, foi desenvolvido um projeto‐piloto para a realização da prova
de vida aos pensionistas residentes no estrangeiro. Este projeto vem permitir que se efetuem provas
de vida digital de forma remota, a qualquer pensionista, em qualquer parte do mundo, utilizando
caraterísticas biométricas intransmissíveis, garantindo a autenticação forte dos utilizadores através
da utilização de sistemas evoluídos de identificação e autenticação certificados.
Neste âmbito, e integrando o programa de transformação digital da CGA, no mês de dezembro, a
“Prova de vida remota” arrancou na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) da República
Popular da China, onde residem cerca de 20% dos cerca de 11 000 pensionistas da CGA com morada
situada fora de Portugal. Para a concretização deste projeto, deslocou‐se ao território Macaense uma
equipa da “Área de Gestão de Abonos”, que ao longo de uma semana recolheu as provas de vida
com recurso ao reconhecimento facial e de voz. Tendo em conta ao elevado número de pensionistas
e ao tempo disponível, estas operações tiveram lugar, em simultâneo, nas instalações das duas
Associações de pensionistas da RAEM – Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau
(ATFPM) e a Associação dos aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC), com as
quais a CGA assinou um protocolo para o efeito;
‐ No domínio da Administração Pública, destaca‐se a entrada em funcionamento da primeira fase da
medida “Penhoras + eficientes”, no âmbito do programa Simplex, que, através de ligação à
plataforma do Ministério da Justiça, permite aos agentes de execução e aos tribunais consultarem a
informação, registada na CGA, necessária para a instrução das penhoras sobre as suas pensões pagas.
3.2. Atividade desenvolvida
3.2.1. Atendimento
A “Área de Apoio a Utentes” é o órgão de estrutura responsável por assegurar o atendimento dos
utentes e das entidades processadoras de descontos para a CGA, através dos diversos canais
disponíveis para o efeito ‐ presencial, telefónico e escrito ‐, bem como por assegurar o tratamento e a
resposta às exposições e reclamações que são dirigidas à CGA. A esta área compete, ainda, gerir a caixa
de correio institucional da CGA, emitir certidões/declarações aos utentes e analisar e reportar
situações recorrentes e anómalas verificadas no âmbito do atendimento presencial, do atendimento
telefónico e escrito, para adequação de processos e procedimentos.
Para além dos canais de atendimento já referidos, a CGA tem vindo a apostar na implementação de
diversas funcionalidades na área de acesso reservado no sítio da CGA na internet em www.cga.pt, a
CGA Directa. Com efeito, o já mencionado projeto de transformação digital, iniciado no ano anterior,
visou instaurar um novo relacionamento da CGA com os seus utentes, satisfazer de forma mais célere
e cómoda as necessidades destes e melhorar a eficiência operacional da CGA.
Neste contexto, e conforme foi mencionado no ponto anterior, a CGA Directa foi dotada, no ano em
análise, de um leque de novas funcionalidades que fornecem ao utente, em tempo real, com total
transparência e ampla visibilidade sobre o nível de serviço prestado, informação sobre todas as fases
da sua relação com a CGA, nomeadamente a pesquisa de duração do processo ou a visualização do
estado do pedido.
No quadro seguinte, apresentam‐se as solicitações dirigidas à CGA nos últimos 5 anos, diferenciadas
pelas três formas de atendimento à disposição dos utentes: presencial, telefónico e escrito.
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Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
QUADRO 1 – ATENDIMENTO DE UTENTES
Tipo de atendimento 2015 2016 2017 2018 2019
Presencial
(1) Chamadas atendidas por operadores.
(2) Inclui e‐mails.
Em 2019, o número global de solicitações dirigidas ao atendimento da CGA, no total de 351 820,
registou um aumento de 35,2%, face ao ano anterior, apresentando o valor mais elevado do
quinquénio, justificado, essencialmente, pelo aumento verificado no atendimento escrito (+56,9%),
que teve origem na sensibilização, por parte da CGA, junto dos seus utentes para as inúmeras
vantagens de aderirem à CGA Directa, resultando assim, num incremento de correspondência, por
forma a dar resposta às inúmeras solicitações de esclarecimento e de ajuda por parte dos mesmos.
Por outro lado, contribuíram, ainda, para o referido aumento, as respostas relacionadas com a revisão
oficiosa de pensões de aposentação e de reforma e respetivas pensões de sobrevivência, na sequência
da execução do Acórdão n.º 134/2019, de 27 de fevereiro, do Tribunal Constitucional.
Acresce referir que no atendimento escrito o uso do e‐mail representou 96,1% do total das solicitações
escritas dirigidas à CGA.
Salienta‐se, ainda, que ao longo do ano, a CGA reforçou a unidade de atendimento telefónico com uma
nova equipa sediada no Porto, o que justificou o aumento de 39,0%, face a 2018, no total de chamadas
atendidas (117 502).
Por ultimo, em 2019, o atendimento presencial da CGA no Porto, mudou as suas instalações para a
Rua da Boavista, n.º 353.
3.2.2. Pensões de aposentação e reforma
O quadro seguinte apresenta a evolução das pensões atribuídas pela CGA nos últimos 5 anos, com a
distribuição anual dos respetivos beneficiários pelas áreas de origem.
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Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
QUADRO 2 – PENSÕES DE APOSENTAÇÃO E REFORMA – NOVOS ABONOS
Em 2019, foram atribuídas 15 439 novas pensões de aposentação e reforma, número superior
(+45,5%) ao verificado no ano anterior. Dos desvios verificados, face a 2018, destacam‐se os registados
nos Ex‐Subscritores e outros (+113,5%), Administração Regional (+81,0%), Administração Central
(+81,0%) e Administração Local (+73,1%).
Em contrapartida, verificou‐se uma diminuição, em relação ao ano anterior, das pensões com origem
nas Forças de Segurança (‐74,3%) e nas Forças Armadas (‐17,8%), devido ao facto de, nos dois últimos
anos, esta área de origem ter sido fortemente influenciada pela publicação dos Decretos‐Lei n.os 3 e
4/2017, de 6 de janeiro, que introduziu condições mais favoráveis no cálculo das pensões em causa.
Importa, ainda, referir que o número de pensões atribuídas nos últimos 5 anos ascende a 63 271,
representando 13,2% da população total de aposentados e reformados da CGA em 31 de Dezembro
de 2019.
No quadro 3 e gráfico seguintes, apresentam‐se os novos abonos distribuídos por motivo de
aposentação.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 13
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
QUADRO 3 – NOVOS ABONOS – MOTIVOS DE APOSENTAÇÃO
2015 2016 2017 2018 2019
Motivos
N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %
Voluntária não antecipada e que não
depende de verificação de incapacidade 5 874 36.2 3 073 35.1 6 575 53.4 6 129 57.8 6 658 43.1
Incapacidade 1 823 11.3 1 697 19.4 1 722 14.0 1 566 14.8 2 349 15.2
Antecipada 5 375 33.2 1 349 15.6 552 4.6 713 6.7 1 559 10.1
(a)
Limite de idade 603 3.7 497 5.7 471 3.8 555 5.2 652 4.2
Total 16 198 100.0 8 727 100.0 12 298 100.0 10 609 100.0 15 439 100.0
(a) Com 70 anos de idade ou limites legais inferiores.
(b) Pensões atribuídas pelo Centro Nacional de Pensões ao abrigo do D.L. n.º 361/98, de 18 de novembro, que estabelece o regime da pensão unificada.
NOVOS ABONOS EM 2019 – MOTIVOS DE APOSENTAÇÃO (%)
4.2%
0.1% 27.3%
10.1%
Voluntária
Incapacidade
15.2%
Antecipada
Limite de idade
Compulsiva
43.1%
Unificada paga pelo CNP
No ano em análise, verifica‐se que das novas pensões de aposentação e reforma atribuídas, no total
de 15 439, 43,1% tiveram origem em aposentações voluntárias não antecipadas que não dependiam
de verificação de incapacidade. Nos anos anteriores, as condições de acesso a esta modalidade de
pensão tinham vindo a ficar cada vez mais exigentes por aumento da idade normal de acesso à pensão
de velhice (INAPV). No entanto, em 2019, com efeitos a partir de 1 de outubro, por efeito do já
mencionado Decreto‐Lei n.º 108/2019, de 13 de agosto, essas condições foram aligeiradas no quadro
da nova idade pessoal de acesso à pensão de velhice (IPAPV), correspondente à INAPV em vigor
reduzida em 4 meses por cada ano civil que o serviço efetivo excedesse os 40 anos à data da
aposentação.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 14
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
Relativamente às pensões antecipadas atribuídas em 2019 (1 559), verificou‐se um aumento
considerável de 118,7% face ao ano anterior, que resultou, em grande medida, dos efeitos da
modalidade de acesso antecipado à pensão, aplicável a beneficiários com carreiras contributivas
longas. Esta medida foi introduzida pelo Decreto‐Lei n.º 73/2018, de 17 de fevereiro, que valoriza
apenas o tempo de exercício efetivo de funções e permite requerer a aposentação,
independentemente de submissão a junta médica e sem prejuízo da aplicação do regime da pensão
unificada, com idade igual ou superior a 60 anos, aos subscritores que:
‐ Tenham sido inscritos na CGA ou no regime geral da segurança social em idade igual ou inferior a
16 anos (anteriormente estava prevista a idade igual ou inferior a 14 anos) e que tenham pelo
menos 46 anos de serviço;
‐ Independentemente do momento em que tenham sido inscritos, tenham pelo menos 48 anos de
serviço.
No mesmo âmbito da aposentação antecipada, importa referir que o já mencionado Decreto‐Lei n.º
108/2019 veio, também, inovar nesta matéria, acrescentando uma nova modalidade de aposentação
antecipada, cujo regime será reavaliado até 18 de agosto de 2024: 40 anos de exercício efetivo de
funções até ao dia imediatamente anterior àquele em que o interessado completa 61 anos de idade,
sem fator de sustentabilidade, mas com penalizações por antecipação de 0,5% por mês ou fração
aplicadas tendo por referência a INAPV ou IPAPV.
No entanto, e apenas para quem não reúna condições de beneficiar do novo regime, contínua em vigor
a possibilidade de pedir a aposentação antecipada o subscritor que completar 30 anos de serviço aos
55 anos de idade, aplicando‐se fator de sustentabilidade e penalizações por antecipação.
Acresce referir que, no ano em análise, das 1 559 novas pensões antecipadas atribuídas, 1 039 foram‐
‐no ao abrigo do Decreto‐Lei n.º 73/2018, de 17 de setembro (carreiras longas), representando 66,6%
do total destas pensões. Nas restantes pensões antecipadas atribuídas em 2019 (520), a taxa de
penalização situou‐se em 24,6%, percentagem superior à verificada no ano anterior (15,2%).
Por último, destacam‐se as pensões unificadas pagas pelo Centro Nacional Pensões (CNP) ao abrigo do
Decreto‐Lei n.º 361/1998, de 18 de novembro, que representam, no ano em análise, 27,3% no total
das novas pensões de aposentação e reforma atribuídas. Com efeito, estas pensões registaram um
acentuado aumento (157,8%), face ao ano anterior, que se deveu, essencialmente, à conclusão de
processos que aguardavam resposta do CNP, com a indicação da data de início e valor de encargo por
este atribuído.
3.2.3. Pensões de sobrevivência e de acidente de trabalho e outras
Apresenta‐se, no quando seguinte, o número de novas pensões de sobrevivência, de acidente de
trabalho e outras atribuídas nos últimos cinco anos.
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QUADRO 4 – PENSÕES DE SOBREVIVÊNCIA E DE ACIDENTE DE TRABALHO
E OUTRAS – NOVOS ABONOS
3.2.4. Outras prestações
Compete à CGA, além da fixação e do pagamento de pensões, a atribuição e o pagamento de outras
prestações pecuniárias, nomeadamente prestações familiares e subsídio por morte.
No ano em análise, destaca‐se a atribuição, pelo terceiro ano consecutivo, de uma atualização
extraordinária de pensão por pensionista, considerando como critério o cômputo das suas pensões,
no regime de proteção social convergente e no sistema de segurança social, e não a cada pensão
individualmente considerada, com pensões devidas até 31 de dezembro de 2018, inclusive, cujo
montante global, em 1 de janeiro de 2019, fosse igual ou inferior a 1,5 vezes o indexante dos apoios
sociais (IAS), ou seja, € 653,64, de acordo com o Decreto Regulamentar n.º 12/2018, de 27 de
dezembro, que regulamentou a referida atualização, prevista na Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro,
que aprovou o Orçamento do Estado para 2019. Em 31 de dezembro de 2019 os titulares desta
atualização extraordinária de pensão ascendiam a 87 627.
Refira‐se, ainda, que em 2019 foi atribuído, pela primeira vez, a partir de 1 de janeiro de 2019, o
complemento extraordinário para pensões de mínimos, que consiste no acréscimo às pensões mínimas
de aposentação, reforma ou invalidez, iniciadas após 31 de dezembro de 2016, de um complemento
extraordinário, variando o seu valor em função do ano de início da pensão e do tempo de serviço
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 16
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
considerado na mesma. Esta prestação foi prevista na já mencionada lei que aprovou o Orçamento do
Estado para 2019.
O quadro seguinte quantifica a população de titulares ou a atribuição de prestações desta natureza no
último quinquénio.
QUADRO 5 – OUTRAS PRESTAÇÕES
Prestações familiares
Atualização extraordinária de pensão 2019 (d) ‐ ‐ ‐ ‐ 87 627
‐ ‐ ‐ ‐
Complemento extraordinário para pensões de mínimos (d) ‐ ‐ ‐ ‐ 2 088
(a) População de titulares em 31 de dezembro.
(b) Número anual de abonos.
(c) População de titulares em 31 de dezembro (inclui a bonificação, por deficiência, do abono de família para crianças e jovens, a bolsa de
estudo e os subsídios mensal vitalício, de educação especial e de assistência de terceira pessoa).
(d) Número de pensionistas em 31 de dezembro.
Da análise do quando anterior, verifica‐se que o número de prestações de abono de família para
crianças e jovens, que se encontrava a pagamento no final de cada ano, regista o valor mais baixo dos
últimos 5 anos, com um total de 690 prestações, assinalando‐se um decréscimo de 12% relativamente
ao ano anterior. Importa referir que, no número de titulares deste abono, não estão incluídos os
abonos suspensos por diversos motivos, designadamente a falta da prova de rendimentos e da
situação escolar.
Através da Portaria n.º 276/2019, de 28 de agosto, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2019, foram
fixados os valores deste abono com referência a quatro escalões de rendimentos indexados ao valor
do indexante dos apoios sociais (IAS) em vigor à data a que se reportam os rendimentos apurados,
mantendo a majoração nos primeiros 36 meses de vida.
Relativamente às restantes prestações, destaca‐se em 2019, comparativamente com o ano anterior, a
diminuição do subsídio de funeral (‐18,4%) e das prestações familiares mensais (‐5,4%).
Convém referir, no que respeita às prestações mensais, que a referida diminuição é justificada,
essencialmente, pelo decréscimo da população de titulares do subsídio mensal vitalício, que passou
de 1 004, no final de 2018, para 911 no final de 2019, na sequência da publicação do Decreto‐Lei n.º
126‐A/2017, de 6 de outubro, que criou, com efeitos a partir de 1 de outubro de 2017, a «Prestação
Social para a Inclusão» (PSI), constituída por uma componente base, um complemento e uma
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 17
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
majoração, sendo que a componente base veio substituir, justamente, o subsídio mensal vitalício,
previsto no Decreto‐Lei n.º 133‐B/97, de 30 de maio.
Com efeito, os titulares do subsídio mensal vitalício abrangidos pelo regime de proteção social
convergente devem requerer, no prazo de seis anos, contados a partir de 1 de outubro de 2017, a
conversão daquele subsídio na PSI, junto da entidade gestora competente da segurança social, que
considerará oficiosamente cumpridas as condições de atribuição relativas ao grau de incapacidade e
ao nível de rendimento para efeito de atribuição e manutenção da componente base. Assim, até que
a PSI seja atribuída ou, o mais tardar, até 31 de dezembro de 2023, a CGA continuará, transitoriamente,
a pagar o subsídio mensal vitalício àqueles a quem tal prestação tenha sido atribuída até 30 de
setembro de 2017.
Em 2019, os subsídios por morte fixados registaram um acréscimo de 10,4% face ao ano anterior.
Sublinha‐se que esta prestação é atribuída aos familiares a cargo dos aposentados que têm direito a
receber, por morte destes, um subsídio correspondente a um número de pensões igual ao dos meses
de vencimento que a lei concede por morte dos servidores no ativo, com o limite máximo de três vezes
o indexante dos apoios sociais (IAS).
Por outro lado, o subsídio de funeral é pago ao utente da CGA que prove ter efetuado as respetivas
despesas, que seja residente em território nacional ou se encontre em situação equiparada e cujo valor
do património mobiliário e do património mobiliário do seu agregado familiar, à data do requerimento,
não seja superior a 240 vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS). O montante do subsídio de
funeral, à semelhança do que sucede com os montantes do abono de família para crianças e jovens e
outras prestações, é fixado anualmente por portaria, tendo no ano em análise o valor de €219,96,
definido pela já referida Portaria n.º 276/2019, de 28 de agosto.
3.2.5. Avaliação de incapacidades
A “Área de Verificação de Incapacidades” da Caixa Geral de Aposentações visa certificar a incapacidade
para o exercício de funções ou a incapacidade permanente e total para o trabalho e, também,
determinar o grau de desvalorização da capacidade geral de ganho e da sua conexão com acidente de
trabalho.
A atribuição das prestações familiares pela CGA, com fundamento em incapacidade, nomeadamente,
a bonificação, por deficiência, do abono de família para crianças e jovens e os subsídios mensal vitalício
e de assistência a terceira pessoa, depende, também, de declaração dessa incapacidade.
No quadro e gráfico seguintes são apresentados os resultados das juntas médicas realizadas para
avaliação de incapacidade nos últimos 5 anos.
QUADRO 6 – RESULTADOS DAS JUNTAS MÉDICAS PARA ATRIBUIÇÃO DE PENSÃO
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 18
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
No ano em análise, a CGA conseguiu reduzir significativamente a duração do procedimento de
avaliação de incapacidade e o stock de processos pendentes, com a continuação do plano de reforma
do sistema de avaliação de incapacidades iniciado em 2018, que estabeleceu uma série de medidas,
de natureza predominantemente organizacional, como o reforço da equipa de médicos próprios, a
realização de mais exames presenciais, a redução do recurso a especialistas externos e a
desmaterialização integral do processo de avaliação de incapacidade, relativamente ao circuito
tradicional de processo clínico em papel a circular através de correio postal.
Neste contexto, em 2019, a junta médica da CGA avaliou 7 510 pedidos de verificação de incapacidade,
registando um aumento de 15,9% face ao ano anterior, explicado pelas medidas introduzidas no
referido plano de reforma.
No que respeita aos resultados da junta médica para atribuição de pensão, verifica‐se que, no ano em
análise, a percentagem dos que foram considerados incapazes se situou em 26,4% do total dos
avaliados, valor que se situa abaixo dos 36,6% registados nos últimos 5 anos.
Importa, ainda, referir que, em 2019, a junta médica da CGA fixou 2 626 graus de desvalorização,
menos 7,7% do que os 2 846 determinados em 2018.
RESULTADOS DAS JUNTAS MÉDICAS PARA ATRIBUIÇÃO DE PENSÃO – 2015 A 2019
6 000
5 000
4 000
3 000
2 000
1 000 Aptos
Incapazes
0
2015 2016 2017 2018 2019
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 19
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
4. POPULAÇÕES DE UTENTES
O quadro seguinte mostra a evolução das populações de subscritores, de aposentados/reformados e
de pensionistas de sobrevivência e pensões de acidente de trabalho e outras ao longo dos últimos dez
anos, com posição a 31 de dezembro.
QUADRO 7 – SUBSCRITORES, APOSENTADOS/REFORMADOS E PENSIONISTAS
Taxa média de
‐3.4% 1.0% 2.0%
crescimento
No quadro acima, observa‐se que a população de subscritores tem vindo a registar um decréscimo,
em média anual, de 3,4%, nos últimos dez anos, devido ao facto de a CGA ser, desde 1 de janeiro de
2006, um regime fechado, data a partir do qual deixou de proceder à inscrição de subscritores, em
virtude da inscrição obrigatória no regime geral da segurança social dos funcionários e agentes da
Administração Pública que iniciaram uma relação jurídica de emprego a partir dessa data.
A população de subscritores, que registou uma diminuição acentuada de 26,5% entre 2010 e 2019,
diminuiu 2,8% em 2019 face ao ano anterior, voltando a acelerar o ritmo da saída de pessoal do ativo
para a aposentação/reforma. Para esta situação contribuiu a subida do número de novas pensões
atribuídas, que foi influenciada pelas alterações legislativas verificadas nas condições de acesso à
aposentação antecipada (principalmente do já referido Decreto‐Lei n.º 73/2018, que alargou o âmbito
da aplicação do acesso às pensões antecipadas dos beneficiários de pensões abrangidas pelo regime
das carreiras longas e que representou 66,6% das novas pensões antecipadas atribuídas), assim como
pelo aumento das pensões unificadas pagas pelo CNP (as quais representaram 27,3% das novas
pensões atribuídas em 2019).
Na sequência do exposto, a população de aposentados e reformados registou em 2019 um aumento
de 0,4% face ao ano anterior, invertendo a tendência decrescente que se vinha a registar desde 2015.
Salienta‐se, ainda que, nos últimos dez anos, a taxa média de crescimento anual desta população foi
de 1,0%.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 20
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
Ao analisar a população de pensionistas de sobrevivência e de pensões de acidente de trabalho e
outras, verifica‐se que esta registou, em 2019, um crescimento de 0,8% face ao ano anterior.
Entre 2010 e 2019, o número de pensionistas registou um aumento de 20,0%, em boa parte motivado
pela inclusão de quase 18 000 pensões de natureza complementar cuja responsabilidade foi
transferida para a CGA nos últimos anos, no âmbito de diversos diplomas. No entanto, a taxa de
crescimento médio anual, nessa década, foi de 2,0%.
Por último, convém salientar que o rácio ativos/inativos, que é um dos indicadores estruturais do
financiamento do sistema gerido pela CGA, manteve a sua tendência de agravamento em 2019,
apresentando uma relação de 0,90 subscritores no ativo por cada aposentado/reformado (muito
distante do verificado em 2010 ‐ 1,33). Se aos aposentados/reformados adicionarmos os pensionistas
de sobrevivência, este rácio passa para 0,67, acentuando ainda mais o agravamento verificado quando
comparado com o ano de 2010, em que atingiu 1,02.
SUBSCRITORES, APOSENTADOS/REFORMADOS E PENSIONISTAS
POPULAÇÕES EM 31 DE DEZEMBRO
700 000
600 000
500 000
400 000
300 000
200 000
100 000
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Subscritores Aposentados/reformados
Pensionistas de Sobrevivência e Outros Aposentados/reformados e pensionistas
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Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
4.1. Subscritores
4.1.1. Distribuição por áreas de origem
Em 31 de dezembro de 2019, a distribuição dos subscritores da CGA, por áreas de origem, é a que
consta do quadro seguinte.
QUADRO 8 – SUBSCRITORES POR ÁREAS DE ORIGEM
Área de origem Número %
Administração Central
Pre s i dê nci a da Re públ i ca 149 0.0
Pre s i dê nci a do Cons e l ho de Mi ni s tros 795 0.2
Mi ni s té ri o da Pre s i dê nci a 221 0.1
Mi ni s té ri o da Pre s i dê nci a e Mode rni za çã o Admi ni s tra ti va (*) ‐ ‐
Mi ni s té ri o da Mode rni za çã o do Es ta do e da Admi ni s tra çã o Públ i ca 933 0.2
Mi ni s té ri o da De fe s a Na ci ona l (Ci vi s ) 2 833 0.7
Mi ni s té ri o da Admi ni s tra çã o I nte rna 1 949 0.5
Mi ni s té ri o da Agri cul tura , Fl ore s ta s e De s e nvol vi me nto Rura l (*) ‐ ‐
Mi ni s té ri o da Agri cul tura 3 078 0.7
Mi ni s té ri o do Ma r 525 0.1
Mi ni s té ri o da Sa úde 57 000 13.2
Mi ni s té ri o da Educa çã o 105 646 24.6
Mi ni s té ri o da Ci ê nci a , Te cnol ogi a e Ens i no Supe ri or 19 489 4.5
Mi ni s té ri o da s Fi na nça s 11 376 2.6
Mi ni s té ri o da Jus ti ça 22 916 5.3
Mi ni s té ri o dos Ne góci os Es tra nge i ros 1 415 0.3
Mi ni s té ri o do Tra ba l ho, Sol i da ri e da de e Se gura nça Soci a l 7 598 1.8
Mi ni s té ri o do Ambi e nte (*) ‐ ‐
Mi ni s té ri o do Ambi e nte e Açã o Cl i má ti ca 2 468 0.6
Mi ni s té ri o da Economi a (*) ‐ ‐
Mi ni s té ri o da Economi a e Tra ns i çã o Di gi ta l 1 564 0.4
Mi ni s té ri o da Cul tura 1 712 0.4
Mi ni s té ri o da Coe s ã o Te rri tori a l 14 0.0
Mi ni s té ri o do Pl a ne a me nto e I nfra e s trutura s (*) ‐ ‐
Mi ni s té ri o do Pl a ne a me nto 11 0.0
Mi ni s té ri o da s I nfra e s trutura s e Ha bi ta çã o 1 913 0.4
Subtota l 243 605 56.6
Administração Regional
Re gi ã o Autónoma dos Açore s 13 965 3.2
Re gi ã o Autónoma da Ma de i ra 19 016 4.4
Subtota l 32 981 7.6
Administração Local
Auta rqui a s Loca i s 79 858 18.5
Subtota l 79 858 18.5
Forças Armadas e de Segurança
Es ta do‐Ma i or do Exé rci to 6 035 1.4
Es ta do‐Ma i or da Arma da 7 264 1.7
Es ta do‐Ma i or da Força Aé re a 3 591 0.8
Gua rda Na ci ona l Re publ i ca na 17 041 3.9
Pol íci a de Se gura nça Públ i ca 17 062 4.0
Subtota l 50 993 11.8
Outros
Educa çã o ‐ DL 321/88 e DL 327/85 7 481 1.7
Empre s a s Públ i ca s /Soc. Anóni ma s com pa rti ci pa çã o e s ta ta l 16 214 3.8
Subtota l 23 695 5.5
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Do total de 431 132 subscritores da CGA, 56,6% estavam concentrados na Administração Central, de
onde se destacam os Ministérios da Educação e da Saúde, os quais representam 24,6% e 13,2%,
respetivamente.
4.1.2. Distribuição por sexos e idades
Em 31 de dezembro de 2019, a distribuição dos subscritores, por sexo e escalões etários, é evidenciada
no quadro seguinte.
QUADRO 9 – DISTRIBUIÇÃO DOS SUBSCRITORES POR SEXOS E IDADES
Sexo
Escalões Total
Masculino Feminino
etários
N.º % N.º % N.º %
No final de 2019, do universo dos subscritores da CGA, o peso da população feminina era de 58,1%,
com uma média de idade de 53,4 anos, enquanto o peso da população do sexo masculino era de 41,9%,
com uma idade média de 52,5 anos.
No que se refere à média global de idades do universo de subscritores da CGA, em 31 de dezembro de
2019, a mesma situava‐se nos 53,0 anos de idade, realçando‐se o facto de 45,7% da população em
análise ter mais de 54 anos de idade.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 23
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
4.2. Aposentados e reformados
4.2.1. Distribuição por áreas de origem
Entre 2015 e 2019, a evolução do universo de aposentados e reformados, por áreas de origem, é a que
consta do quadro seguinte.
QUADRO 10 – APOSENTADOS E REFORMADOS POR ÁREAS DE ORIGEM
Taxa
Área de origem 2015 2016 2017 2018 2019 média de
crescimento
Da análise do quadro acima, destaca‐se o aumento no número de aposentados/reformados oriundos
da Administração Central, Regional e Local face ao ano anterior. Este acréscimo deveu‐se ao aumento
do número de aposentados/reformados com origem no Ministério da Educação (+103,0%) e nas
Autarquias Locais (+73,1%).
4.2.2. Distribuição por sexos e idades
No final de 2019, a população de aposentados e reformados da CGA era constituída por 481 014
indivíduos, os quais eram maioritariamente do sexo masculino, com um peso de 53,1% do total e com
uma média de idades de 72,9 anos.
Quanto à população do sexo feminino, que no último decénio registou um crescimento de 2,9%, tinha
um peso de 46,9% no universo de aposentados e reformados e uma média de idades de 73,3 anos.
Em relação à idade média global da população de aposentados e reformados, esta era, no final do ano
em análise, de 73,1 anos. De referir, ainda, que, do total de aposentados e reformados da CGA, 65,2%
tinham idades compreendidas entre os 65 e os 79 anos, enquanto os aposentados e reformados com
menos de 65 anos representavam 12,7% desse total.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 24
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
Em 31 de dezembro de 2019, a distribuição da população de aposentados e reformados, por sexos e
por escalões etários, está refletida no quadro e gráfico seguintes.
QUADRO 11 – DISTRIBUIÇÃO POR SEXOS E IDADES DOS APOSENTADOS E REFORMADOS
Sexo
Escalões Total
Masculino Feminino
etários
N.º % N.º % N.º %
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 25
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
APOSENTADOS E REFORMADOS POR SEXOS E IDADES
70 000
60 000
50 000
40 000
30 000
20 000
10 000
0
30/34 35/39 40/44 45/49 50/54 55/59 60/64 65/69 70/74 75/79 80/84 85/89 90/94 95 ou +
Masculino Feminino
4.2.3. Média de idades à data da aposentação e do óbito
No quadro seguinte, pode constatar‐se que a média de idades dos novos aposentados/reformados à
data da aposentação, em 2019, aumentou face ao ano anterior.
QUADRO 12 – APOSENTADOS E REFORMADOS
MÉDIA DE IDADES À DATA DA APOSENTAÇÃO
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 26
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
O quadro seguinte evidencia a tendência crescente da idade média dos aposentados e reformados
falecidos, nos últimos cinco anos, entre os 79,1 anos (em 2015) e os 80,8 anos (em 2019).
QUADRO 13 – APOSENTADOS E REFORMADOS
MÉDIA DE IDADES À DATA DO ÓBITO
Sexo Ambos
Masculino Feminino Sexos
4.2.4. Tempo médio relevante na pensão e de duração da pensão
O tempo médio de serviço relevante para o cálculo da pensão de aposentação e reforma, no final de
2019, era de 27,1 anos, representando um decréscimo de 3,3 anos face ao ano anterior, justificado
pelo aumento do peso das pensões unificadas pagas pelo CNP no total das novas pensões atribuídas
no ano pela CGA (27,3% em 2019).
QUADRO 14 – APOSENTADOS E REFORMADOS
TEMPO MÉDIO DE SERVIÇO RELEVANTE NA PENSÃO
Sexo Ambos
Masculino Feminino Sexos
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Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
Nos últimos cinco anos, a duração média das pensões dos aposentados e reformados, tem mantido
uma tendência crescente, situando‐se nos 20,7 anos no final de 2019, conforme consta do quadro
seguinte.
QUADRO 15 – APOSENTADOS E REFORMADOS
DURAÇÃO MÉDIA DA PENSÃO DOS FALECIDOS EM CADA ANO
Sexo Ambos
Masculino Feminino Sexos
4.2.5. Distribuição por escalões de pensão
A distribuição das pensões de aposentação e reforma por escalões de valor mensal, a 31 de dezembro
de 2019, está refletida no quadro seguinte.
QUADRO 16 – APOSENTADOS E REFORMADOS
DISTRIBUIÇÃO POR ESCALÕES DE PENSÃO EM DEZEMBRO/2019
Escalão de pensão (€) Número %
(*) Pensões fixadas com base em tempo de serviço inferior a 60 meses, em que o
prazo de garantia (5 anos) é cumprido com recurso à totalização de períodos
contributivos de outros regimes de proteção social.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 28
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
Pela análise do quadro anterior, verifica‐se que, do número total das pensões de aposentação e
reforma, as pensões com valores até 500 euros mensais representavam 21,0%, enquanto 47,2% não
excediam os 1 000 euros. Por seu lado, as pensões entre os 1 000 e os 2 000 euros mensais
representavam 28,3% do total, enquanto 24,5% se situavam nos escalões superiores.
4.2.6. Pensões médias
O quadro seguinte mostra a evolução dos valores médios mensais das pensões de aposentação e
reforma no último quinquénio.
QUADRO 17 – APOSENTADOS E REFORMADOS
PENSÕES MÉDIAS
(em euros)
Valor Médio
Do total das Das pensões
pensões atribuídas no ano
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 29
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
reformados da CGA, 62 476 beneficiaram da referida atualização extraordinária de 2017, com um valor
médio de € 6,42 por pensionista, 38 793 beneficiaram da referida atualização extraordinária de 2018,
com um valor médio de aumento de € 2,06 por pensionista, e 50 960 beneficiaram da referida
atualização extraordinária de 2019, com um valor médio de aumento de € 2,22 por pensionista.
Por outro lado, o complemento extraordinário para pensões de mínimos (previsto na Lei n.º 71/2018,
de 31 de dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 2019) também não está refletido no
valor médio das pensões de aposentação e reforma, tendo beneficiado desta prestação 2 088
aposentados/reformados, com um valor médio de 9,03€.
4.3. Pensionistas de sobrevivência e outros
O quadro seguinte mostra a evolução, entre o final de 2015 e o de 2019, do total da população de
beneficiários de pensões de sobrevivência e de acidente de trabalho e outras.
QUADRO 18 – DISTRIBUIÇÃO DE PENSIONISTAS POR TIPO DE PENSÃO
Sobrevivência 137 055 85.7 137 615 86.0 138 542 84.6 138 574 84.9 139 845 85.0 0.5
Acid. trabalho e outras 22 869 14.3 22 401 14.0 25 294 15.4 24 594 15.1 24 669 15.0 1.9
Total 159 924 100.0 160 016 100.0 163 836 100.0 163 168 100.0 164 514 100.0 0.7
Em relação à evolução verificada no último quinquénio, salienta‐se, na população de beneficiários de
pensões de acidente de trabalho e outras, a inclusão, em 2017, de 3 396 complementos de pensão dos
trabalhadores da CARRIS, ao abrigo do Decreto‐Lei n.º 95/2017, de 10 de agosto.
4.3.1. Distribuição por sexos e idades
Em 31 de dezembro de 2019, a população global de beneficiários de pensões de sobrevivência era
constituída maioritariamente por indivíduos do sexo feminino, com um peso de 85,6% no universo
total, cuja média de idades era de 75,5 anos. No que diz respeito aos indivíduos do sexo masculino,
estes representavam 14,4% do total desta população, com uma média de idades de 65,5 anos. A média
global de idades desta população era de 63,0 anos.
No que se refere à distribuição destes beneficiários por escalões etários, verifica‐se que, a 31 de
dezembro de 2019, 87,7% tinham pelo menos 60 anos de idade, sendo que, destes, 77,3% eram do
sexo feminino e 10,4% do sexo masculino.
De referir, ainda, que os pensionistas de sobrevivência com menos de 25 anos, que são, regra geral,
órfãos de aposentados ou de subscritores falecidos no ativo, representavam 3,4% do total, em que
47,8% eram do sexo masculino e 52,2% do sexo feminino.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 30
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
Em relação ao universo total dos beneficiários de pensões de acidente de trabalho e outras, a
população do sexo masculino representava cerca de 55,8%, com uma idade média de 77,7 anos,
enquanto a população do sexo feminino representava 44,2% do peso total e com uma média de idades
de 75,3 anos. No seu global, esta população de beneficiários tinha uma média de idades de 76,6 anos,
em que 91,0% tinha pelo menos 60 anos de idade, sendo que, destes, 51,9% eram homens e 39,1%
eram mulheres.
No seu conjunto, os beneficiários de pensões de sobrevivência e de acidente de trabalho e outras
tinham, no final de 2019, uma idade média de 74,5 anos, representando as mulheres 79,5% do
universo total, com uma média de idades de 75,5 anos, e os homens 20,5%, com uma média de idades
de 70,5 anos. Realça‐se, ainda, o facto de 88,1% do universo global dos beneficiários em análise ter
pelo menos 60 anos de idade.
Em 31 de dezembro de 2019, a distribuição da população de pensionistas de sobrevivência e de
acidente de trabalho e outras está refletida no quadro e gráfico seguintes.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 31
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
QUADRO 19 – PENSIONISTAS DE SOBREVIVÊNCIA E DE PENSÕES DE ACIDENTE
DE TRABALHO E OUTRAS ‐ DISTRIBUIÇÃO POR SEXOS E IDADES
Sobrevivência Acidente de trabalho e outras
Escalões Sexo Sexo Total
Total Total
Etários Masculino Feminino Masculino Feminino
Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
00/04 20 0.0 12 0.0 32 0.0 1 0.0 1 0.0 2 0.0 34 0.0
05/09 128 0.1 111 0.1 239 0.2 4 0.0 3 0.0 7 0.0 246 0.1
10/14 363 0.3 399 0.3 762 0.6 14 0.1 19 0.1 33 0.2 795 0.5
15/19 923 0.7 1 029 0.7 1 952 1.4 40 0.2 30 0.1 70 0.3 2 022 1.2
20/24 837 0.6 932 0.7 1 769 1.3 32 0.1 38 0.2 70 0.3 1 839 1.1
25/29 244 0.2 246 0.2 490 0.4 13 0.1 4 0.0 17 0.1 507 0.3
30/34 105 0.1 122 0.1 227 0.2 24 0.1 5 0.0 29 0.1 256 0.2
35/39 154 0.1 208 0.1 362 0.2 54 0.2 20 0.1 74 0.3 436 0.3
40/44 284 0.2 527 0.4 811 0.6 99 0.4 83 0.3 182 0.7 993 0.6
45/49 510 0.4 1 089 0.8 1 599 1.2 135 0.5 175 0.7 310 1.2 1 909 1.2
50/54 723 0.5 2 272 1.6 2 995 2.1 205 0.8 307 1.2 512 2.0 3 507 2.1
55/59 1 096 0.8 4 659 3.3 5 755 4.1 355 1.4 581 2.4 936 3.8 6 691 4.1
60/64 1 598 1.1 8 017 5.7 9 615 6.8 486 2.0 777 3.1 1 263 5.1 10 878 6.6
65/69 2 155 1.5 11 851 8.5 14 006 10.0 1 053 4.3 1 025 4.2 2 078 8.5 16 084 9.8
70/74 2 671 1.9 15 908 11.4 18 579 13.3 1 172 4.8 1 392 5.6 2 564 10.4 21 143 12.9
75/79 2 548 1.8 18 730 13.4 21 278 15.2 2 112 8.6 1 831 7.4 3 943 16.0 25 221 15.3
80/84 2 650 1.9 21 266 15.2 23 916 17.1 4 510 18.1 1 900 7.8 6 410 25.9 30 326 18.4
85/89 1 989 1.4 18 322 13.1 20 311 14.5 2 562 10.4 1 497 6.1 4 059 16.5 24 370 14.8
90/94 903 0.6 10 302 7.4 11 205 8.0 742 3.0 854 3.5 1 596 6.5 12 801 7.8
95 ou + 237 0.2 3 705 2.6 3 942 2.8 161 0.7 353 1.4 514 2.1 4 456 2.7
Total 20 138 14.4 119 707 85.6 139 845 100.0 13 774 55.8 10 895 44.2 24 669 100.0 164 514 100.0
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 32
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
PENSIONISTAS DE SOBREVIVÊNCIA E DE PENSÕES DE ACIDENTE DE TRABALHO E OUTRAS
POR ESCALÕES ETÁRIOS
30 000
25 000
20 000
15 000
10 000
5 000
0
00/04 05/09 10/14 15/19 20/24 25/29 30/34 35/39 40/44 45/49 50/54 55/59 60/64 65/69 70/74 75/79 80/84 85/89 90/94 95 ou +
Sobrevivência Acidente de trabalho e outras
4.3.2. Distribuição por escalões de pensão
A CGA era, no final de 2019, responsável pelo processamento e pagamento de 158 246 pensões de
sobrevivência e de acidente de trabalho e outras.
O quadro 20 mostra a distribuição destas pensões por escalões de valor mensal, as quais respeitam à
pensão global, que pode estar repartida por mais de um pensionista.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 33
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
QUADRO 20 – PENSÕES DE SOBREVIVÊNCIA, DE ACIDENTE DE TRABALHO E OUTRAS
DISTRIBUIÇÃO POR ESCALÕES DE PENSÃO EM DEZEMBRO/2019
Como consta no quadro acima, no final de 2019, do total das pensões de sobrevivência e de acidente
de trabalho e outras pagas pela CGA, 65,7% situavam‐se nos escalões até aos 500 euros mensais
4.3.3. Pensões médias
A evolução dos valores médios mensais das pensões de sobrevivência e de acidente de trabalho e
outras, no último quinquénio, é apresentada no quadro seguinte.
QUADRO 21 – PENSÕES DE SOBREVIVÊNCIA, DE ACIDENTE DE TRABALHO E OUTRAS
PENSÕES MÉDIAS
(em euros)
Valor Médio (*)
Do total das pensões Das pensões atribuídas no ano
Sobrevivência Acid. e outras Sobrevivência Acid. e outras
(*) Valor da pensão global, que pode estar distribuída por mais de um pensionista.
Em 31 de dezembro de 2019, o valor médio do total das pensões de sobrevivência foi de € 518,29
mensais, o que representou um aumento de 2,7% face a igual período de 2018. Por seu turno, o valor
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 34
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
médio das novas pensões atribuídas no ano registou um decréscimo de 0,6%, situando‐se nos
€ 594,52/mês.
No que respeita às pensões de acidente de trabalho e outras, registou‐se um ligeiro acréscimo (0,7%)
no que se refere ao valor médio do total destas pensões, quando comparado com o ano anterior. Ao
analisar‐se a evolução do valor médio das novas pensões atribuídas no ano, verificou‐se um acentuado
decréscimo (21,2%) relativamente ao ano anterior, justificado pelo aumento do número de novos
complementos por dependência atribuídos em 2019 (+353,1% face a 2018), com um valor médio de
€ 121,02.
De referir que o aumento do valor médio das pensões de sobrevivência e de acidente de trabalho e
outras está relacionado com a atualização verificada nestas pensões, nos termos previstos na Portaria
n.º 25/2019, de 17 de janeiro, que se refletiu, em termos gerais, no aumento de 1,60% para as pensões
de valor global igual ou inferior a € 435,76, de 1,03% para as pensões de valor global superior a
€ 435,76 e igual ou inferior a € 1 307,28 e de 0,78% para as pensões de valor global superior a
€ 1 307,28. As pensões mínimas também tiveram um aumento, para 2019 face a 2018, de 1,6%, em
todos os escalões de tempo de serviço, assim como as pensões de acidente de trabalho, estas últimas
nos termos da Portaria n.º 23/2019, de 17 de janeiro.
Por fim, de referir que, tal como já mencionado no ponto 4.2.6, o valor das pensões médias, refletido
no quadro acima, não inclui o efeito da atualização extraordinária das pensões em 2017 (previsto no
Decreto Regulamentar n.º 6‐A/2017), em 2018 (previsto no Decreto Regulamentar n.º 5/2018) e em
2019 (previsto no também referido Decreto Regulamentar n.º 12/2018, de 27 de dezembro), uma vez
que a mesma é atribuída por pensionista, considerando o cômputo das suas pensões e não cada
pensão individualmente considerada. Desta forma, em 2019, do total de pensionistas de sobrevivência
e de acidente de trabalho e outras, 47 071 beneficiaram da referida atualização extraordinária de
2017, com um valor médio de € 5,98 por pensionista, 33 170 beneficiaram da referida atualização
extraordinária de 2018, com um valor médio de aumento de € 3,93 por pensionista e 36 667
beneficiaram da referida atualização extraordinária de 2019, com um valor médio de aumento de
€ 4,05 por pensionista.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 35
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
5. SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA
A CGA adotou, com efeitos a 1 de janeiro de 2019, o Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas (SNC‐AP), aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro, de
acordo com o previsto no artigo 97.º do Decreto‐Lei n.º 33/2018, de 15 de maio (DLEO2018).
5.1. Gastos e rendimentos
No processo de transição para o SNC‐AP, as maiores variações ocorrem nas rubricas de ativos
financeiros não correntes. Tais variações devem‐se à alteração do método de mensuração dos títulos
da dívida pública, afetos ao Fundo de reserva e às Reservas especiais da CGA, para o justo valor, ou
seja, pelo seu preço de mercado, reconhecendo as alterações ao justo valor na demonstração dos
resultados por natureza. No anterior normativo contabilístico (POCP), os ajustamentos no valor das
provisões para investimentos financeiros eram registados pelas diferenças entre o custo de aquisição
dos títulos da dívida pública e o respetivo preço de mercado, quando este fosse inferior àquele.
Neste contexto, a informação financeira de 2019 encontra‐se preparada de acordo com o SNC‐AP,
sendo comparável, com exceção das rubricas aumentos e reduções por justo valor, com a do ano de
2018, tendo para o efeito, a CGA reconciliado o resultado apurado no ano anterior (de acordo com o
Plano Oficial de Contabilidade Pública – POCP) com as normas do SNC‐AP relativas a 2019.
Nos últimos dois anos, os gastos e os rendimentos da Caixa Geral de Aposentações evoluíram conforme
se evidencia no quadro seguinte.
QUADRO 22 – GASTOS E RENDIMENTOS
2019 2018
Euros % Euros %
Gastos
Fornecimentos e serviços externos 21 342 779.19 0.2 20 328 263.07 0.2
Gastos com pessoal 7 975 920.67 0.1 7 917 012.27 0.1
Transferências correntes concedidas 9 017 074.98 0.1 9 432 876.65 0.1
Prestações sociais concedidas 9 387 204 865.01 91.8 9 224 856 789.25 99.2
Provisões (aumentos/reduções) 3 500 000.00 0.0 0.00 0.0
Reduções por justo valor (*) 5 166 668.80 0.1 8 833 762.40 0.1
Outros gastos 787 586 473.64 7.7 29 496 498.92 0.3
Juros e rendimentos similares suportados 142 380.01 0.0 540 512.11 0.0
10 221 936 162.30 100.0 9 301 405 714.67 100.0
Rendimentos
Impostos, contribuições e taxas 3 918 898 388.53 38.0 3 892 490 687.79 41.0
Prestações de serviços e concessões 340 388.09 0.0 335 887.57 0.0
Transferências e subsídios correntes obtidos 5 262 788 627.24 51.0 5 224 541 730.45 55.0
Aumentos por justo valor (*) 963 431 422.50 9.3 53 398 284.23 0.6
Outros rendimentos 16 199 511.53 0.2 151 299 741.22 1.6
Juros e rendimentos similares obtidos 156 698 094.68 1.5 167 578 288.91 1.8
10 318 356 432.57 100.0 9 489 644 620.17 100.0
Em 2019, a capacidade de auto financiamento do sistema diminuiu 0,2% em relação ao exercício
anterior, pois o rácio quotizações/pensões situou‐se em 44,9% (contra 45,1% em 2018).
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 36
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
5.1.1. Gastos
Em 2019, os gastos globais da CGA ascenderam a € 10 221 936 162,30, o que representa um aumento
de € 920 530 447,63 (+9,9%) face a 2018.
Os gastos com a aquisição de bens de consumo corrente e com a aquisição de serviços ascenderam a
€ 21 342 779,19 (+5,0% que em 2018). Esta rubrica inclui os gastos relativos às comissões das carteiras
de títulos afetas ao Fundo de reserva e às Reservas especiais da CGA, que ascenderam a € 6 000 878,75
em 2019.
Os gastos com o pessoal ascenderam a € 7 975 920,67 e respeitam aos encargos com as pensões pagas
a empregados aposentados da Caixa Geral de Depósitos, S.A. (CGD), relativamente ao tempo em que
prestaram serviço na CGA até 1991.12.31, no montante de € 7 897 330.29 (99,0%), e aos encargos com
o Conselho Diretivo e com o Fiscal Único, que totalizaram € 78 590,38 (1,0%). Face ao ano anterior,
estes gastos registaram um aumento de € 58 908,40 (+0,7%).
As transferências correntes totalizaram € 9 017 074,98 e respeitam ao encargo, da responsabilidade
do Estado, com as responsabilidades não cobertas pelas receitas consignadas ao Fundo Especial de
Caixa de Previdência do Pessoal da Carris, de acordo com o estipulado no Decreto‐Lei n.º 95/2017, de
10 de agosto. Em 2019, estes gastos diminuíram € 415 801,67 face ao ano anterior.
As prestações sociais (pensões e outras prestações), que representam 91,8% dos gastos globais da
CGA, ascenderam em 2019 a € 9 387 204 865,01, o que reflete um acréscimo de € 162 348 075,76
(+1.8%) relativamente a 2018.
Este aumento deveu‐se, essencialmente:
À atualização anual das pensões e de outras prestações sociais do regime de proteção social
convergente, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2019, nos termos da Portaria n.º 25/2019, de
17 de janeiro. Além do aumento geral, os valores mínimos de aposentação foram aumentados em
1,6% para todos os escalões de tempo de serviço e foram, ainda, processados os aumentos nas
pensões indexadas ao Indexante dos Apoios Sociais (IAS) e à Retribuição Mínima Mensal Garantida
(RMMG);
À atualização extraordinária das pensões, em janeiro de 2019, de € 10 por pensionista cujo
montante global de pensões seja igual ou inferior a 1,5 vezes o valor do indexante dos apoios
sociais (a atualização é de € 6 para os pensionistas que recebam, pelo menos, uma pensão cujo
montante fixado tenha sido atualizado no período entre 2011 e 2015). Para efeitos de cálculo, o
valor da atualização regular anual efetuada em janeiro de 2019 é incorporado no valor da
atualização extraordinária. Esta medida foi regulamentada pelo Decreto Regulamentar n.º
12/2018, de 27 de dezembro;
Ao aumento da população de aposentados e reformados (+1 882), tendo, neste ano, sido
atribuídas 15 439 e eliminadas 13 557 pensões de aposentação e reforma. De igual modo, o
número de pensionistas de sobrevivência e de acidentes de trabalho e outras registou um
aumento de 1 346 pensionistas em 2019, tendo sido atribuídas 10 096 e eliminadas 8 750 pensões.
Em 2019, foi criada, pela primeira vez, uma provisão para os processos judiciais em curso, no valor de
€ 3 500 000,00.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 37
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
Como já foi referido, o valor da rubrica “Reduções por justo valor” em 2018 não é comparável com o
de 2019, uma vez que o método de mensuração dos títulos da dívida pública entre os dois anos não é
o mesmo. Em 2019, esta rubrica registou o montante de € 5 166 668,80.
A rubrica de outros gastos ascendeu a € 787 586 473,64, devido, essencialmente, à contabilização
nesta conta de € 784 976 220,63 de compensação de gastos com pensões afetas às reservas especiais
por contrapartida do reforço das respetivas reservas, devido ao facto de os rendimentos das carteiras
de títulos afetos às Reservas especiais terem sido superiores aos encargos com pensões e outros.
Refere‐se, ainda, que, em 2019, os juros e gastos similares suportados, que ascenderam a
€ 142 380,01, respeitam a juros compensatórios pagos a aposentados, pensionistas e subscritores (por
restituição de quantias indevidamente cobradas, nos termos do n.º 1 do artigo 21.º do Estatuto da
Aposentação, e por retificação, com efeitos retroativos, do valor de pensões, em execução,
designadamente, de sentenças dos Tribunais Administrativos).
5.1.2. Rendimentos
Os rendimentos da CGA totalizaram € 10 318 356 432,57 em 2019, o que traduz um acréscimo de
€ 828 711 812,40 (+8,7%) face ao verificado no ano anterior.
Em 2019, os impostos, contribuições e taxas totalizaram € 3 918 898 388,53, valor superior em
€ 26 407 700,74 ao registado em 2018, e englobam as quotas de subscritores (32,1%), as contribuições
de entidades (67,8%) e (0,1%) a contribuição extraordinária de solidariedade, juros de mora e taxas de
juntas de recurso.
Em 2019, os rendimentos obtidos com a prestação de serviços a determinadas entidades, relacionada
com o pagamento de pensões, ascenderam a € 340 388,09. Estes rendimentos incluem os encargos
imputados à Caixa Geral de Depósitos, S.A., nos termos da Convenção celebrada entre a CGA e a CGD
e homologada por despacho do Secretário de Estado e do Orçamento em 13 de dezembro de 2001.
As transferências e subsídios correntes obtidos, que ascenderam, no período em análise, a
€ 5 262 788 627,24 (mais 0,7% do que no ano anterior), incluem € 4 892 352 012,00 respeitantes à
comparticipação do Orçamento do Estado, destinada a assegurar o equilíbrio financeiro da Instituição,
nos termos do artigo 139.º do Estatuto da Aposentação e do artigo 71.º do Estatuto das Pensões de
Sobrevivência, € 368 640 595,85 a título de compensação do Orçamento do Estado pelo pagamento
de pensões e outros encargos da inteira responsabilidade do Estado e € 1 796 019,39 relativos a
contagens de tempo dos antigos combatentes, nos termos da Lei n.º 3/2009, de 13 de janeiro.
Conforme mencionado anteriormente, o valor da rubrica “Aumentos por justo valor” em 2018 não é
comparável com o de 2019, uma vez que o método de mensuração dos títulos da dívida pública entre
os dois anos não é o mesmo, tendo registado, em 2019, o montante de € 962 880 091,99. Para além
deste montante, acresce, ainda, a valorização dos imóveis detidos pela CGA, em 2019, também pelo
justo valor, em € 551 330,51.
Os outros rendimentos totalizaram € 16 199 511,53 em 2019, devido, essencialmente, à contabilização
dos rendimentos com “Compensação de gastos com pensões”, que traduz o valor da utilização das
Reservas especiais da CGA para, conjuntamente com os rendimentos líquidos gerados pelas respetivas
carteiras, com as receitas de quotizações e com as verbas transferidas do Orçamento do Estado,
suportar os gastos com as pensões e outros abonos de pessoal afeto a estas reservas.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 38
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
Por último, os juros e rendimentos similares obtidos ascenderam a € 156 698 094,68, devido à
contabilização nesta conta do rendimento gerado pelas carteiras de títulos afetas ao Fundo de reserva
e às Reservas especiais da CGA.
5.2. Resultados
O resultado líquido do exercício de 2019 cifrou‐se em € 96 420 270,27, propondo‐se a sua afetação
integral ao Fundo de reserva da CGA.
5.3. Financiamento do sistema
O quadro seguinte evidencia as aplicações de recursos e as fontes de financiamento da Caixa Geral de
Aposentações no ano de 2019.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 39
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
QUADRO 23 ‐ FINANCIAMENTO DO SISTEMA EM 2019
Aplicações de recursos
Pensões
Encargo da CGA 8 895 079 643.84
Encargo do Estado 357 479 182.81
Encargo de Outras Entidades 635 754 654.07 9 888 313 480.72
Outras prestações
Encargo da CGA 19 197 289.99
Encargo do Estado 250 540.85
Encargo de Outras Entidades 441 780.78 19 889 611.62
Outros encargos do Estado 9 017 074.98
Outras despesas 29 849 120.41
Encargos financeiros 140 925.80
Transferências Inst. Comunitárias 386 523.71
Aplicações financeiras 533 738 935.80
Saldo da gerência da execução orçamental 265 191 641.77
10 746 527 314.81
Fontes de financiamento
Fontes de financiamento
Quotizações
Quotas 1 247 651 313.29
Contribuição de Entidades 2 632 886 015.38
Contribuição Extra. Solidariedade 31 038.83 3 880 568 367.50
Dotações do Orçamento do Estado
Comparticipação do OE 4 892 352 012.00
Resp. Estado Pag. Pensões 359 380 900.00
Fundo Especial ‐ Carris DL 95/2017 8 991 400.00
Contagens de tempo (ex‐combatentes) 1 794 200.00 5 262 518 512.00
Entidades por pagamento
de pensões e outras prestações 653 741 665.64
Outras receitas 5 443 269.90
Aplicações financeiras ‐ reembolso e
rendimento de títulos 529 613 730.97
Entrega ao Estado de parte do saldo da gerência anterior (0.92)
Saldo transitado da gerência anterior 414 641 769.72
10 746 527 314.81
Os principais suportes financeiros do sistema em 2019 foram, tal como se tem vindo a verificar nos
anos anteriores, a comparticipação do Orçamento do Estado e as quotizações, com 45,5% e 36,1% do
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 40
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
respetivo valor total (€ 10 746 527 314,81), respetivamente, ultrapassando, no seu conjunto, 8 772
milhões de euros.
Em 2019, a CGA também recebeu do Estado € 8 991 400,00 referentes ao encargo financeiro com o
Fundo Especial dos trabalhadores da Carris, de acordo com o Decreto‐Lei n.º 95/2017, de 10 de agosto,
e € 1 794 200, respeitante a dívidas de contagem de tempo efetuadas a antigos combatentes, ao
abrigo da Lei n.º 3/2009, de 13 de janeiro.
Por outro lado, o rendimento anual dos capitais aplicados e os reembolsos de títulos das carteiras
afetas às Reservas especiais, necessários para suportar encargos com as pensões e outros cujas
responsabilidades foram transferidas para a CGA, ascenderam, em 2019, a € 529 613 730,97.
Os recursos foram aplicados maioritariamente no pagamento de pensões e outras prestações em cerca
de 9 908,2 milhões de euros, ou seja, mais 50,7 milhões do que em 2018, tendo representado 94,5%
do total das aplicações. Do total do pagamento de pensões e outras prestações, 366,7 milhões de euros
constituíram encargo do Estado e 636,2 milhões de euros encargo de outras entidades.
Convém referir que, em 2019, nas pensões e outras prestações cujo encargo é da competência da CGA,
se incluem cerca de 343,9 milhões de euros de encargos afetos às Reservas especiais que foram
constituídas na sequência da transferência de vários fundos de pensões referentes a empresas públicas
e sociedades anónimas de capitais públicos, que foram integrados na CGA desde 1996.
Com a extinção das Reservas especiais dos CTT, BNU, Macau e Indep entre 2011 e 2014 e do Fundo de
pensões dos Militares no próprio ano da transferência, em 2014, as responsabilidades com o
pagamento de pensões e outros encargos passaram a ser suportadas por verbas provenientes de
receitas próprias da CGA ou por verbas oriundas do Orçamento do Estado, tendo, no ano de 2019, o
esforço financeiro da CGA/Estado totalizado 199,0 milhões de euros.
Assim, constata‐se que, no final do ano de 2019, a receita ascendeu a € 10 746 527 314,81 e a despesa
totalizou € 10 481 335 673,04, sendo, em consequência, o saldo da gerência de dotações orçamentais
de € 265 191 641,77.
5.4. Saldo da gerência
Da análise à execução orçamental da CGA, constante das demonstrações em anexo, constata‐se que,
no final do ano de 2019, a receita ascendeu a € 10 746 527 314,81 e a despesa totalizou
€ 10 481 335 673,04, tendo, desta forma, o saldo de gerência da execução orçamental sido de
€ 265 191 641,77.
Por outro lado, o saldo de tesouraria em 31 de dezembro, apurado na Demonstração dos Fluxos de
Caixa, em anexo, ascendia a € 265 855 431,44, resultante da soma do saldo da execução orçamental
de € 265 191 541,77 e do saldo positivo de € 663 889,67, relativo a operações extraorçamentais com
expressão apenas na tesouraria, que traduz os valores provenientes da cobrança de fundos alheios.
O saldo de tesouraria e o saldo da execução orçamental no final do ano incluem € 2 786 294,71 que
estavam em saldo nas contas de depósitos à ordem afetas ao Fundo de reserva e às Reservas especiais
da CGA. Este montante respeita às aplicações financeiras vencidas e não renovadas dentro do ano
económico e que, nos termos do despacho do Secretário de Estado do Orçamento de 11 de janeiro de
2013, foram relevadas orçamentalmente em 2019 como receita de ativos financeiros.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 41
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
Assim, propõe‐se que o referido saldo de gerência da execução orçamental, no total de
€ 265 191 641,77, seja afeto ao orçamento da CGA de 2020 do seguinte modo:
€ 140 400 781,12 para financiamento de despesas correntes, designadamente as que decorrem das
necessidades já estimadas nas rubricas de pagamentos de pensões e outros abonos, na sequência
do aumento do número de novas pensões de aposentação e reforma a atribuir em 2020;
€ 122 004 565,94 para refletir, nos respetivos classificadores da despesa, a entrega à Autoridade
Tributária, no dia 20 de janeiro de 2020, conforme previsto no n.º 3 do artigo 98.º do Código do
IRS, dos impostos retidos na fonte no mês de dezembro de 2019;
€ 2 786 294,71 (valor em saldo no final de 2019 nas contas de depósitos à ordem afetas ao Fundo
de reserva e às Reservas especiais da CGA) para reinvestimento em ativos financeiros.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 42
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
6. RECURSOS HUMANOS
Os meios e serviços necessários ao exercício da atividade da CGA, nomeadamente os recursos
humanos, são assegurados pela Caixa Geral de Depósitos, S.A., nos termos da sua lei orgânica,
aprovada pelo Decreto‐Lei n.º 131/2012, de 25 de junho, com a redação do Decreto‐Lei n.º 28/2015,
de 10 de fevereiro, e nas condições previstas na Convenção celebrada entre a CGA e a CGD e
homologada pelo Secretário de Estado do Orçamento em 13 de dezembro de 2001.
Neste contexto, a CGD integra, na sua estrutura orgânica, a Direção de Apoio à Caixa Geral de
Aposentações (DAC), órgão que serve de suporte ao funcionamento da CGA.
No quadro seguinte apresenta‐se a evolução do pessoal em serviço na CGA desde 2015.
QUADRO 24 ‐ PESSOAL EM SERVIÇO NA CGA
Em 31 de dezembro de 2019, estavam afetos à CGA 242 empregados do quadro de pessoal da CGD e
32 estagiários, perfazendo um total de 274 colaboradores. Relativamente ao ano anterior, registou‐se
um aumento de mais 33 elementos, que resultou dos seguintes fluxos:
‐ Integração na DAC de 50 novos empregados do quadro da CGD (20 provenientes de novas admissões
e 30 oriundos de outros órgãos de estrutura da CGD);
‐ Aumento do número de estagiários, face ao ano anterior, em 9 elementos (número que resultou da
entrada de 42 e da saída de 33, dos quais 20 para o quadro de pessoal da CGD e 13 por abandono do
estágio);
‐ Saída de 26 empregados, dos quais 15 por passagem à situação de aposentação, 6 por acordo de
pré‐reforma, 4 para outros órgãos de estrutura da CGD e 1 pelo Programa de Revogação p/Mútuo
Acordo.
Sublinha‐se que os 32 estagiários foram afetos, essencialmente, às equipas de apoio administrativo da
instrução de processos e da contagem do tempo de serviço, com o objetivo de diminuir o prazo médio
da duração da instrução dos processos de aposentação e pensão de sobrevivência e de efetuar as
contagens oficiosas de tempo de serviço.
A distribuição por sexos do pessoal em serviço na CGA que faz parte do quadro de pessoal da CGD
(242) no final do ano em análise era de 119 homens (49,2%) e 123 mulheres (50,8%). Por outro lado,
a média das idades do referido pessoal situava‐se nos 46,9 anos, sendo a população feminina mais
jovem que a masculina (46,4 anos e 47,5 anos, respetivamente). No que respeita ao tempo total de
serviço prestado para efeitos de aposentação, a média global situava‐se em 21,4 anos, sendo de 21,9
a dos homens e de 21 a das mulheres.
No domínio da formação profissional, destaca‐se a continuação da participação do pessoal afeto à CGA
numa formação interna no âmbito do regime de proteção social convergente (regime que está a cargo
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 43
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
da CGA), visando dotar os participantes dos conhecimentos necessários à correta aplicação das regras
do regime, tendo presentes as sucessivas alterações legislativas introduzidas e o seu grau de
complexidade.
Registaram‐se, ainda, à semelhança de anos anteriores, ações de formação, com particular incidência
em matérias do âmbito da informática, assim como a utilização da formação disponibilizada na
plataforma e-learning da CGD.
Por último, acresce referir o prosseguimento da formação na área contabilística, sobre o Sistema de
Normalização Contabilística das Administrações Públicas ‐ SNC‐AP, cujo programa foi concebido pela
Unidade de Implementação da Lei de Enquadramento Orçamental (UniLEO) e concretizado em
colaboração com a Direção‐Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas (INA).
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 44
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a análise dos principais pontos da atividade desenvolvida pela Caixa Geral de Aposentações, I.P.,
assim como do enquadramento legal e da situação económica e financeira do regime de proteção
social convergente que gere, sublinham‐se, de seguida, alguns dos aspetos com maior evidência no
ano de 2019.
No campo legislativo, destaca‐se a publicação do Decreto‐Lei n.º 108/2019, de 13 de agosto, que veio
introduzir alterações ao Estatuto da Aposentação e ao Estatuto das Pensões de Sobrevivência,
designadamente o conceito de idade pessoal de acesso à pensão de velhice (IPAPV), sendo esta a que
resulta da redução, por relação à idade normal de acesso à pensão de velhice em vigor, de quatro
meses por cada ano civil que o tempo de serviço efetivo do subscritor exceda os 40 anos à data da
aposentação, não podendo a redução resultar no acesso à pensão antes dos 60 anos de idade, e a
possibilidade de poderem requerer a aposentação antecipada os beneficiários que tenham, pelo
menos, 60 anos de idade e que, enquanto tiverem essa idade, completem pelo menos 40 anos de
serviço efetivo, sem aplicação do fator de sustentabilidade.
Importa, ainda, salientar a publicação da Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro, que aprovou o
Orçamento do Estado para 2019, a qual introduziu várias medidas com impacto no regime e na
atividade da CGA, nomeadamente uma atualização extraordinária de pensões por pensionista a partir
de 1 de janeiro de 2019 e a criação de um complemento extraordinário para pensões de mínimos com
o objetivo de adequar os valores destas pensões às atualizações extraordinárias ocorridas em 2017 e
2018, impedindo um desfasamento no valor das pensões dos novos pensionistas que não foram
abrangidos pelas referidas atualizações extraordinárias.
No plano interno, convém evidenciar a continuação da transformação digital da CGA (CGA Digital), que
se iniciou no ano anterior, no sentido de aperfeiçoar o sistema de informação da CGA, com o objetivo
de melhorar a oferta disponibilizada aos utentes e assim aumentar a qualidade do serviço prestado.
fA este propósito, referem‐se as seguintes funcionalidades que se encontram disponíveis no portal na
internet da CGA: o simulador de pensões e a consulta do estado do pedido de pensão de aposentação,
ambos disponíveis para os utentes registados no serviço CGA Directa (área reservada no portal da CGA
na internet).
No plano contabilístico/financeiro, refere‐se a adoção, desde 1 de janeiro de 2019, do Sistema de
Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC‐AP), aprovado pelo Decreto‐Lei n.º
192/2015, de 11 de setembro, a qual teve um impacto profundo no sistema de informação e nos
processos contabilísticos e financeiros até então usados pela CGA. A introdução do novo normativo
contabilístico, revestindo‐se de vital importância, foi alvo de constantes adaptações durante o ano em
análise, as quais envolveram um esforço de recursos bastante considerável.
Com reflexos diretos na necessidade de recurso a verbas do orçamento do Estado, a título de
comparticipação para o equilíbrio financeiro da CGA, salienta‐se a existência de dívidas, em 31 de
dezembro de 2019, de elevado montante e antiguidade, de que se destacam:
A dívida de 50,3 M€ do Ministério da Defesa Nacional, relativa a encargos com antigos
combatentes, nos termos da Lei n.º 9/2002, de 11 de fevereiro, com as alterações introduzidas
pelo Decreto‐Lei n.º 303/2002, de 13 de dezembro, pela Lei n.º 21/2004, de 5 de junho, pelo
Decreto‐Lei n.º 160/2004, de 2 de julho, e pela Lei n.º 3/2009, de 13 de janeiro. Refira‐se, ainda,
que a esta dívida de capital acrescem 20,4 M€, respeitantes a juros de mora;
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 45
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
A Caixa Geral de Aposentações, I.P. (CGA), é um instituto público, com o código de classificação
orgânica 131060100, dotado de autonomia administrativa e financeira, com jurisdição sobre
todo o território nacional e património próprio, sediado no edifício-sede da Caixa Geral de
Depósitos, S.A., na Avenida João XXI, n.º 63, em Lisboa, integrado na administração indireta do
Estado, sob superintendência e tutela do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança
Social.
No entanto, nas matérias objeto de negociação coletiva ou de participação dos trabalhadores
da Administração Pública, através das suas associações sindicais, e na elaboração de legislação
com incidência orçamental, a superintendência e tutela são exercidas em conjunto pelos
membros do Governo responsáveis pelas áreas da solidariedade, emprego e segurança social e
das finanças e Administração Pública.
A CGA tem a seu cargo a gestão do regime de segurança social público, atualmente designado
por regime de proteção social convergente, em matéria de pensões de aposentação, de reforma
(forças armadas e GNR), de sobrevivência e de outras de natureza especial.
A CGA foi criada pelo Decreto-Lei n.º 16 667, de 27 de março de 1929, como instituição de
previdência do funcionalismo público em matéria de aposentação. Posteriormente, em 1934,
foi também criado o Montepio dos Servidores do Estado (MSE), com a finalidade de assegurar o
pagamento de pensões de sobrevivência aos herdeiros do funcionalismo público.
Estas duas instituições formavam, no seu conjunto, a Caixa Nacional de Previdência (CNP), que
era uma instituição anexa à Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência (CGD), sujeita à sua
administração.
O estatuto da Caixa Geral de Aposentações foi profundamente alterado pelo Decreto-Lei
n.º 277/93, de 10 de agosto, o qual autonomizou a CGA da CGD, definindo-a como uma pessoa
coletiva de direito público, dotada de autonomia administrativa e financeira e com um
património próprio, e, simultaneamente, incorporou o MSE na CGA.
No entanto, os meios e serviços necessários ao exercício da atividade da CGA, nomeadamente
as instalações e o pessoal, continuaram a ser fornecidos pela CGD, ao abrigo da convenção
celebrada entre as duas instituições.
Atualmente, a Caixa Geral de Aposentações, I.P. rege-se pelo Decreto-Lei n.º 131/2012, de 25
de junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 28/2015, de 10 de fevereiro.
A CGA apresenta as contas do período de 2019.
em 2018 não é comparável com o de 2019, uma vez que o método de mensuração entre os dois
anos não é o mesmo.
A desagregação dos valores inscritos na rubrica do Balanço de caixa e depósitos em 31 de
dezembro de 2019, com comparação com o período anterior, apresenta-se no quadro seguinte.
• € 255 930 199,38 numa conta de depósitos à ordem na Agência de Gestão da Tesouraria e
da Dívida Pública - IGCP, E.P.E.;
• € 7 138 937,35 na conta corrente com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e nas contas de
depósitos à ordem não afetas às Reservas especiais;
• € 2 786 294,71 nas contas de depósitos à ordem afetas ao Fundo de reserva e às Reservas
especiais da CGA.
8. Propriedades de investimentos
Propriedades de investimento
Bens de domínio público
Investimentos em imóveis 49 669.49 0.00 0.00 551 330.51 0.00 0.00 0.00 601 000.00 1 490.00 4.41 0.00
Outras propriedades de investimento
Total 49 669.49 0.00 0.00 551 330.51 0.00 0.00 0.00 601 000.00 1 490.00 4.41 0.00
Importa referir que o valor dos juros de mora a receber, refletido na rubrica Multas e outras
penalidades, inclui os juros, que incidem sobre a dívida de 50,3 M€ do Ministério da Defesa
Nacional, referente a encargos de antigos combatentes, que passaram de 17,9 milhões de euros
no final de 2018 para 20,4 milhões de euros em 31 de dezembro de 2019.
15. Provisões
Em 2019, foi criada uma provisão para os processos judiciais em curso, conforme previsto na
NCP 15 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes.
Aumentos Diminuições
Quantia Quantia
Provisão escriturada Aumentos escriturada
Outros Total de Outras Total de
inicial Reforços da quantia Utilizações Reversões final
aumentos aumentos diminuições diminuições
escriturada
(2) (3) (4) (5) (6)=(3)+(4)+(5) (7) (8) (9) (10)=(7)+(8)+(9) (11)
Processos judiciais em curso 0.00 3 500 000.00 0.00 0.00 3 500 000.00 0.00 0.00 0.00 0.00 3 500 000.00
Outras provisões 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00
Total 0.00 3 500 000.00 0.00 0.00 3 500 000.00 0.00 0.00 0.00 0.00 3 500 000.00
Os ativos financeiros, que constam do ativo não corrente, são compostos por títulos da dívida
pública portuguesa afetos ao Fundo de reserva e às Reservas especiais da CGA que, em 2019,
registaram um acréscimo de € 795 064 394,07 (+15,3%), devido, essencialmente, às variações
que resultaram da alteração, como já foi referida, do método de mensuração dos referidos
títulos para o justo valor, ou seja, pelo seu valor de mercado, na sequência da implementação
do SNC-AP.
De referir, também, que esta rubrica é influenciada pelas variações verificadas nas contas de
títulos afetas ao Fundo de reserva e às Reservas especiais que resultam da gestão corrente das
respetivas carteiras, conforme se verifica no quadro seguinte.
Aumentos Diminuições
Quantia escriturada Quantia escriturada
Rubricas
inicial Ganhos de justo Perdas de justo final
Compras Outros Alienações Outros
valor valor
Total 5 204 465 871.81 301 524 413.94 927 831 436.15 0.00 429 676 117.73 5 166 668.80 0.00 5 998 978 935.37
Reservas legais
Fundo permanente 37 529 715.60 0.00 0.00 37 529 715.60
Fundo de reserva 760 366 934.67 188 238 905.50 0.00 948 605 840.17
Total 797 896 650.27 188 238 905.50 0.00 986 135 555.77
Outras reservas
Reserva especial - DRAGAPOR 6 078 793.09 1 048 676.16 172 806.78 6 954 662.47
Reserva especial - RDP I 5 409 518.63 793 551.77 952 723.07 5 250 347.33
Reserva especial - RDP II 17 699 362.19 2 662 734.90 3 484 956.05 16 877 141.04
Reserva especial - INCM 78 277 809.31 12 116 478.24 5 921 785.12 84 472 502.43
Reserva especial - ANA 81 695 974.21 11 873 075.94 7 390 970.36 86 178 079.79
Reserva especial - NAV 160 391 335.59 28 612 364.40 8 496 268.10 180 507 431.89
Reserva especial - CGD 1 662 775 394.90 318 906 685.43 90 851 208.10 1 890 830 872.23
Reserva especial - PT 2 538 120 937.91 477 008 039.02 65 698 413.99 2 949 430 562.94
Reserva especial - MARCONI 405 477 705.47 79 159 958.77 10 450 503.92 474 187 160.32
Reserva especial - BPN 142 118 338.81 38 602 418.18 2 816 673.79 177 904 083.20
Reserva especial - IFAP 46 544 706.55 9 745 982.80 1 765 279.09 54 525 410.26
Reserva especial - ENVC 19 957 456.86 1 555 829.12 823 194.35 20 690 091.63
Reserva especial - GESTNAVE 27 534 813.70 1 711 508.62 1 300 733.18 27 945 589.14
Total 5 192 082 147.22 983 797 303.35 200 125 515.90 5 975 753 934.67
Em 2019, destaca-se o aumento do “Fundo de reserva” da CGA em € 188 238 905,50, devido à
afetação a esta conta do resultado líquido apurado no final do ano anterior, de acordo com o
Despacho da Secretária de Estado da Segurança Social de 3 de setembro de 2019.
Das variações registadas nas reservas especiais, constituídas em anos anteriores, importa
sublinhar o seguinte:
No ano em análise, esta reserva aumentou € 875 869,38 devido ao facto de os rendimentos
gerados pela respetiva carteira e as variações decorrentes da mensuração dos títulos ao
justo valor terem sido superiores aos gastos com as pensões de aposentação dos referidos
trabalhadores.
Esta reserva foi criada em 2015, no âmbito da transferência para a CGA das
responsabilidades com os complementos de pensão de reforma, por velhice ou invalidez, e
os complementos de pensão de sobrevivência dos antigos trabalhadores dos Estaleiros
Navais de Viana do Castelo, S.A. (ENVC), para, conjuntamente com os rendimentos da
carteira de títulos da dívida pública afeta a esta reserva e as variações decorrentes da
mensuração dos títulos ao justo valor, suportar os encargos com os referidos complementos,
nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 62/2015, de 23 de abril.
As notas constantes deste anexo seguem a numeração definida na Norma de Contabilidade Pública
(NCP) - 26. Aquelas cuja numeração se omite não são aplicáveis à CGA ou a sua apresentação não se
considera relevante para a leitura das demonstrações orçamentais.
Receita
(em euros)
Alterações orçamentais
Rubricas Tipo Previsões Inscrições/ Diminuições/ Créditos Previsões
iniciais Reforços Anulações Especiais Corrigidas
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)=(3)+(4)-(5)+(6)
030301 A0.01 Quotas de Subscritores M 1 217 742 000 38 765 058 0 0 1 256 507 058
030301 B0.02 Contribuição de entidades - Serviços Integrados M 1 333 653 620 66 494 164 1 936 786 0 1 398 210 998
030301 B0.03 Contribuição de entidades - Serviços e Fundos Autónomos M 632 794 070 31 722 248 0 0 664 516 318
030301 B0.04 Contribuição de entidades - Região Autónoma dos Açores P 60 008 970 4 946 311 0 0 64 955 281
030301 B0.05 Contribuição de entidades - Região Autónoma dos Madeira P 75 047 820 7 101 825 0 0 82 149 645
030301 B0.06 Contribuição de entidades - Administração Local - Continente P/M 284 028 060 18 340 095 0 0 302 368 155
030301 B0.07 Contribuição de entidades - Administração Local - Açores P 7 613 910 319 367 0 0 7 933 277
030301 B0.08 Contribuição de entidades - Administração Local - Madeira P 7 859 340 931 841 0 0 8 791 181
030301 B0.09 Contribuição de entidades - Segurança Social P 28 987 990 2 122 251 0 0 31 110 241
030301 B0.10 Contribuição de entidades - Empresas Públicas P 11 910 860 0 25 604 0 11 885 256
030301 B0.11 Contribuição de entidades - Empresas Privadas P 109 415 350 0 14 941 435 0 94 473 915
030301 C0.01 Contribuição extraordinária de solidariedade M 0 31 039 0 0 31 039
030301 C0.02 Contribuição extraordinária - 14.º E SN M 0 507 0 0 507
030399 A0.07 Compensação por pag. de pensões - Serviços Integrados P 32 486 110 0 801 120 0 31 684 990
030399 A0.08 Serviços e Fundos Autónomos P 11 678 580 0 28 921 0 11 649 659
030399 A0.09 Comp. por pag. de pensões - Região Autónoma dos Açores P 3 817 570 715 880 0 0 4 533 450
030399 A0.11 Administração Local - Continente P 9 153 960 0 629 555 0 8 524 405
030399 A0.15 Compensação por pag. de pensões - Empresas Públicas M 100 680 179 0 0 100 859
030399 A0.16 Empresas Privadas M 2 063 400 103 748 0 0 2 167 148
030399 A0.17 Comp. por pag. de pensões - Comp. Seguros e F. Pensões P/M 45 205 740 4 374 285 0 0 49 580 025
040201 00.00 Juros de mora M 2 000 000 1 161 652 0 0 3 161 652
060301 A0.01 Trf. correntes - Estado - Compart. do Orçamento do Estado P/M 4 984 361 980 0 92 009 968 0 4 892 352 012
060301 B0.01 Trf. correntes - Estado - Pensões - DFA´s/Invalidez P 169 872 000 4 490 000 0 174 362 000
060301 B0.02 Trf. correntes - Estado - Pensões - Subv. Vitalícias P 7 170 000 61 677 170 000 0 7 061 677
060301 B0.03 Trf. Correntes - Estado - Pensões Preço Sangue P 29 735 000 0 203 545 0 29 531 455
060301 B0.04 Trf. correntes - Estado - Pensões - BNU - DL n.º 227/96 P 35 523 200 1 421 899 0 0 36 945 099
060301 B0.05 Trf. correntes - Estado - Pensões - RDP - DL n.º 90/99 P 3 004 000 59 058 0 0 3 063 058
060301 B0.06 Trf. cor. - Estado - Pensões - S. Portuário - DL n.º 467/99 P 26 000 1 075 0 0 27 075
060301 B0.07 Trf. cor.- Estado - antigos Combatentes - lei n.º 3/2009 P 6 350 000 4 503 614 000 0 5 740 503
060301 B0.08 Trf. cor..- Quotas - Antigos Combatentes - lei n.º3/2009 P 2 000 000 0 187 200 0 1 812 800
060301 B0.12 Trf. cor. - Estado - Encargos - Militares e Milit. - DL n.º 3/2017 P 70 992 000 16 730 000 118 589 0 87 603 411
060301 B0.13 Trf. cor. - Estado - Encargos - PSP e Equip. - DL n.º 4/2017 P 7 099 000 899 312 0 0 7 998 312
060301 B0.14 Trf. cor. - Estado - Complementos - Carris - DL n.º 95/2017 P 8 519 000 15 735 1 070 000 0 7 464 735
060301 B0.15 Trf. cor. - Estado - Fundo Especial - Carris - DL n.º 95/2017 P 11 359 000 58 075 2 400 000 0 9 017 075
060601 00.00 Trf. cor. - Seg. Social - Sistema Solidariedade e Seg. Social P/M 536 910 200 7 909 893 0 0 544 820 093
070299 00.00 Vendas de bens e serviços correntes - Outros M 279 900 56 948 56 948 0 279 900
080199 00.00 Outras Receitas Correntes - Outras M 500 000 303 494 0 0 803 494
110302 00.00 Ativos financeiros - Sociedades financeiras M 321 026 630 9 489 934 0 0 330 516 564
160101 00.00 Saldo da gerência anterior - Na posse do serviço M 0 414 641 770 1 0 414 641 769
Total 10 070 295 940 633 273 823 115 193 672 0 10 588 376 091
2. Alterações orçamentais da despesa
Destacam‐se as seguintes alterações da despesa no orçamento da CGA em 2019:
Aplicação do saldo da gerência de 2019 nas seguintes rubricas da despesa:
‐ 09.03.03.00.00 ‐ “Ativos Financeiros ‐ Títulos a médio e longo prazo – Sociedades
Financeiras ‐ Bancos e Outras Instituições Financeiras” – reforço de € 2 674 342,03, para
reinvestimento nas carteiras de títulos afetas ao Fundo de Reserva e às Reservas especiais
da CGA, e aplicação de €331 967 426,77 em Certificado Especial de Dívida Pública (CEDIC),
na Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP);
‐ 04.08.02.G0.00 ‐ “Transferências correntes ‐ Famílias ‐ Pensões ‐ Encargo da CGA” ‐ reforço
de € 80 000 000,00, para financiamento de encargos com pensões e outros abonos da
responsabilidade da CGA, nos termos do Despacho do Secretário de Estado do Orçamento
de 27 de setembro de 2019;
Conforme referido no ponto anterior, redução de rubrica da despesa “04.08.02.G0.00 –
Transferências correntes – Famílias – Outras”, no montante global de € 73 031 968,00, com
reflexo, igualmente, na redução da receita com o código “06.03.01.A0.01 – Transferências
correntes – Administração Central – Estado – Comparticipação do Orçamento do Estado”,
para posterior transferência para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social
(FEFSS), de acordo com o Despacho da Secretária de Estado da Segurança Social de 1 de
outubro de 2019;
Reforço da rubrica da despesa “02.02.25.00.00 – Aquisição de bens e serviços – Aquisição de
serviços – Outros serviços”, por contrapartida da rubrica “04.09.01.00.00 ‐ Resto do mundo
‐ União Europeia – Instituições” no montante de € 500 000,00, autorizada por Despacho do
Secretário de Estado do Orçamento de 30 de dezembro de 2019;
Transferência, no montante de € 500 000,00, da rubrica da despesa “06.02.01.00.00 ‐ Outras
despesas correntes ‐ Impostos e Taxas” para a rubrica “06.02.03.A0.00 ‐ Outras despesas
correntes – Outras”, na sequência da sua cativação no montante de € 495 996,00, prevista
no Decreto‐Lei de Execução Orçamental n.º 84/2019 de 28 de junho.
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Caixa Geral de Aposentações, I.P. 3
Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações – 2019
Despesa
Alterações orçamentais
Rubricas Tipo Dotações Diminuições/ Créditos Dotações
Inscrições/ Reforços
iniciais Anulações Especiais Corrigidas
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)=(3)+(4)-(5)+(6)
020205 A0.00 Aquisição de serviços - Hardware informático P 637 500 346 439 0 0 983 939
020208 00.00 Aquisição de serviços - Locação de outros bens P 60 000 0 33 000 0 27 000
020209 C0.00 Aquisição de serviços - Comunicações fixas de voz P 217 400 0 145 439 0 71 961
D0.00 Aquisição de serviços - Comunicações móveis P 10 500 0 5 000 0 5 500
E0.00 Aq. de serviços - Outros serv. conexos comunicações P 203 800 0 62 000 0 141 800
F0.00 Aq. de serviços - Outros serviços de comunicações P 845 000 0 101 000 0 744 000
020215 B0.00 Aquisição de serviços - Outras P 1 000 0 240 0 760
020217 00.00 Aquisição de serviços - Publicidade P 400 240 0 0 640
020220 A0.C0 Aq. de serviços - Serviços de natureza informática P 4 800 000 0 1 509 546 0 3 290 454
E0.00 Aquisição de serviços - Outros P 6 800 000 1 509 546 0 0 8 309 546
020225 00.00 Aquisição de serviços - Outros serviços P 12 285 000 500 000 0 0 12 785 000
040600 E0.B0 Trf. correntes - Segurança Social - Encargo do Estado P 19 878 000 0 3 396 190 0 16 481 810
E0.A0 Trf. Correntes - Pensões e outros abonos-Encargo da CGA P 161 185 200 1 916 142 0 0 163 101 342
040802 D0.00 Trf. correntes - Famílias - Outros abonos - Enc. da CGA P 18 812 000 385 318 28 0 19 197 290
E0.00 Trf. correntes - Famílias - Outros abonos - Enc. Estado P 244 000 6 541 0 0 250 541
F0.00 Trf. correntes - Famílias - Out. ab. - Enc. out. entidades P 386 781 61 175 6 175 0 441 781
G0.00 Trf. correntes - Famílias - Pensões - Enc. da CGA P/M 8 864 827 400 94 953 454 106 844 981 0 8 852 935 873
H0.00 Trf. correntes - Famílias - Pensões - Enc. do Estado P 329 527 200 22 494 597 0 0 352 021 797
I0.00 Trf. correntes - Famílias - Pensões - Enc. out. entidades P 644 573 300 357 990 2 959 811 0 641 971 479
040901 00.00 Resto do mundo - União Europeia - Instit P 897 000 0 500 000 0 397 000
060201 00.00 Outras despesas correntes - Impostos e Taxas P 3 000 000 0 500 000 0 2 500 000
060203 A0.00 Outras despesas correntes - Outras P 700 000 500 000 0 0 1 200 000
090303 00.00 Sociedades financeiras - Bancos e outras M 0 334 641 769 0 0 334 641 769
Total 10 069 891 481 457 673 211 116 063 410 0 10 411 501 282
4. Operações de tesouraria
Operações de tesouraria - Receitas de Estado 120 007 614.99 0.00 120 011 134.21 -3 519.22
Outras operações de tesouraria 676 016.45 1 291 868.90 1 300 576.46 667 308.89
Total 120 683 631.44 1 291 868.90 121 311 710.67 663 789.67
6. Transferências e subsídios
Devolução de
Despesas transferências/
Entidade Despesas Despesas Despesas
Tipo de Disposições legais Finalidade autorizadas e Subsídios
beneficiaria orçamentadas autorizadas pagas
despesa não pagas ocorrida
no exercício
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)=(5)-(6) (8)
DL n.º 361/1998, de
Transferências Encargos Segurança
18 novembro - SS - 135 457 786.00 135 457 786.73 135 457 786.73 0.00 0.00
Correntes com pensões Social
Unificada
Transferências DL n.º 37/1984, de 1 Encargos Segurança
11 573 322.00 11 573 321.88 11 573 321.88 0.00 0.00
Correntes de fevereiro - SS - EDP com pensões Social
DL n.º 140-B/2010, de
Transferências Encargos Segurança
30 de dezembro - SS - 14 534 310.00 14 534 309.17 14 534 309.17 0.00 0.00
Correntes com pensões Social
Marconi
Transferências DL n.º 88/2012, de 11 Encargos Segurança
1 535 924.00 1 535 923.62 1 535 923.62 0.00 0.00
Correntes de abril - SS - BPN com pensões Social
DL n.º 95/2017, de 10
Transferências Encargos Segurança
de agosto - Estado - 16 481 810.00 16 481 809.47 16 481 809.47 0.00 0.00
Correntes com pensões Social
Carris
Transferências DL n.º 131/2012, de Encargos
Pensionistas 9 866 818 761.00 9 859 372 158.93 9 737 637 016.45 121 735 142.48 0.00
Correntes 25 de junho - Famílias com pensões
DL n.º 285/2009, de 7 Transf.
Transferências Inst.
de outubro - Inst. direitos à 397 000.00 386 523.71 386 523.71 0.00 0.00
Correntes Comunitária
Comunitárias pensão
Total transferências correntes 10 046 798.913,00 10 039 341 833.51 9 917 606 691.03 121 735 142.48 0.00
Devolução de
Receita transferências/
Entidade Receita Receita
Disposições legais Finalidade prevista Subsídios
Tipo de receita financiadora prevista recebida
e não recebida ocorrida
no exercício
(1) (2) (3) (4) (5) (6) = (4) - (5) (7)
Artigo 139.º do Estatuto da Aposentação
Equilíbrio
Transferências e artigo 71.º do Estatuto das Pensões de
financeiro Estado 4 892 352 012.00 4 892 352 012.00 0.00 0.00
Correntes Sobrevivência - Comparticipação do
da CGA
Estado
DL n.º 43/1976, de 20 de janeiro, DL n.º
240/1998, de 7 de agosto, DL n.º
Encargos
Transferências 314/1990, de 13 de outubro, art. 127.º e
com Estado 174 362 000.00 174 264 000.00 98 000.00 0.00
Correntes 130.º do Estatuto da Aposentação e DL
pensões
n.º 240/1998, de 7 de agosto -
DFA'S/Invalidez - Estado
Encargos
Transferências Lei n.º 4/1985, de 9 de abril - Sub.
com Estado 7 061 677.00 7 030 000.00 31 677.00 0.00
Correntes Vitalícias - Estado
pensões
Encargos
Transferências DL n.º 140/1987, de 20 de março, entre
com Estado 29 531 455.00 29 469 500.00 61 955.00 0.00
Correntes outros - PPS - Estado
pensões
Encargos
Transferências DL n.º 227/1996, de 29 de novembro -
com Estado 36 945 099.00 36 873 200.00 71 899.00 0.00
Correntes BNU - Estado
pensões
Encargos
Transferências DL n.º 90/1999, de 22 de março - RDP -
com Estado 3 063 058.00 3 041 500.00 21 558.00 0.00
Correntes Estado
pensões
Encargos
Transferências DL n.º 467/1999, de 6 de novembro -
com Estado 27 075.00 26 300.00 775.00 0.00
Correntes Portos - Estado
pensões
Lei n.º 3/2009, de 13 de janeiro - Antigos Encargos
Transferências Combatentes - Estado com Estado 7 553 303.00 7 530 200.00 23 103.00 0.00
Correntes
pensões
DL n.º 3/2017, de 6 de janeiro - Militares Encargos
Transferências
e Militarizados - Estado com Estado 87 603 411.00 87 508 500.00 94 911.00 0.00
Correntes
pensões
DL n.º 4/2017, de 6 de janeiro - PSP e Encargos
Transferências equiparados - Estado com Estado 7 998 312.00 7 995 500.00 2 812.00 0.00
Correntes
pensões
DL n.º 95/2017, de 10 de agosto - Carris - Encargos
Transferências
Estado com Estado 16 481 810.00 16 427 800.00 54 010.00 0.00
Correntes
pensões
DL n.º 278/82, de 20 de julho (Pessoal SS),
DL n.º 141/79, de 22 de maio, DL n.º Encargos
Transferências Segurança
321/88, de 22 de setembro (Ensino) e DL com 544 820 093.00 544 759 825.25 60 267.75 0.00
Correntes Social
n.º 361/98, de 18 de novembro pensões
(Unificada) - Segurança Social
DL n.º 131/2012, de 25 de junho, com as Encargos
Transferências
alterações introduzidas pelo DL n.º com Pensionistas 9 000 000.00 3 092 033.48 5 907 966.52 0.00
Correntes
28/2015, de 10 de fevereiro - Famílias pensões
Transf.
Transferências DL n.º 285/2009, de 7 de outubro - Inst. Inst.
direitos à 50 000.00 0.00 50 000.00 0.00
Correntes Comunitárias Comunitárias
pensão
Total transferências correntes 5 816 849 305.00 5 810 370 370.73 6 478 934.27 0.00