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TIAGO LEVI DE LIRA GARCIA

REBOCADORES PORTUÁRIOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


como exigência para obtenção do título de
Bacharel em Ciências Náuticas do Curso de
Formação de Oficiais de Náutica da Marinha
Mercante, ministrado pelo Centro de Instrução
Almirante Graça Aranha.
Orientador: Prof Dr. Edson Mesquita dos Santos

RIO DE JANEIRO
2015
Dedico esse trabalho primeiramente ao meu irmão, mãe e à todos amigos e
familiares que estiveram presentes nessa difícil caminhada, por sempre me apoiarem
e confiarem em mim.
AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer meus amigos de sala de aula que sempre me


incentivaram na conclusão dessa obra, minha namorada que me auxiliou com toda
sua dedicação e atenção, minha família que foram peça chave para minha motivação
e o Doutor Mesquita que me orientou com sua vasta experiência e conhecimentos.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Classificação de rebocadores 12


Figura 2 Rebocador combinado 17
Figura 3 Rebocador trator cycloidal 18
Figura 4 Rebocador trator azimuthal 19
Figura 5 Rebocador trator reverso 20
Figura 6 Rebocador ASD 21
Figura 7 Reboque pelo costado 23
Figura 8 Reboque por ação direta 25
Figura 9 Reboque por ação indireta 26
Figura 10 Reboque por ação indireta forçada 27
Figura 11 Método de arrasto transverso 28
Figura 12 Desempenho dos rebocadores em operação 28
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 10
2 CLASSIFICAÇÃO E FATORES PARA BOM DESEMPENHO DO REBOCADOR 11
2.1 Classificação dos rebocadores 11
2.2 Fatores para bom desempenho 12
2.2.1 Desempenho e segurança na operação 12
2.2.2 Espaço para manobrabilidade 13
2.2.3 Sala de controle 13
2.2.4 Boa comunicação 13
2.2.5 Defensas 14
3 TIPOS DE REBOCADORES PORTUÁRIOS 15
3.1 Tipos de rebocadores convencionais 15
3.1.1 Sistema de propulsão com maior desempenho 15
3.1.2 Emprego no reboque 15
3.2 Rebocador combinado 16
3.2.1 Emprego no reboque 17
3.3 Rebocador trator com propulsão cicloidal 17
3.3.1 Emprego no reboque 18
3.4 Rebocador trator com propulsor azimuthal 18
3.5 Rebocador trator reverso 19
3.6 Rebocador ASD 20
3.6.1 Emprego no reboque 21
4 MÉTODOS DO REBOCADOR PARA FORNECIMENTO DE ASSISTENCIA 22
4.1 Método de reboque pelo costado 23
4.2 Método de reboque com cabo passado 24
4.2.1 Cabo pela proa do navio 24
4.2.2 Cabo pela popa do navio 25
4.3 Relação entre o tipo de rebocador e o método de assistência 28
5 PRINCIPIOS BASICOS E BOLLARD PULL 30
5.1 Centro lateral de pressão 30
5.2 Estabilidade 30
5.3 Bollard pull 31
6 INTERAÇÕES DO NAVIO E DO REBOCADOR 34
6.1 Efeitos de aguas rasas 35
7 APARELHOS DE REBOQUE 37
7.1 Ponto de tração adicional e gob rope 37
7.2 Gato de reboque 38
7.2.1 Sistema de liberação rápida 38
7.3 Guincho de reboque 39
7.4 Cabo de reboque 39
8 RELAÇÃO ENTRE O PRÁTICO COM O REBOCADOR 41
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 42
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43
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Sua maior vantagem é a grande manobrabilidade em comparação ao


convencional, pois é possível direcionar toda a tração para uma única direção, ou seja,
a tração a vante é igual a ré.
Porem sua desvantagem é o calado que é maior devido ao grande skeg e as
lâminas verticais que são alongadas.

Figura 3 Rebocador Trator Cicloidal

:
Fonte: http://www.motorship.com

3.3.1 Como são empregados no reboque

São usados com cabo passado ou na operação puxa-empurra.


Como foi citado anteriormente os rebocadores tratores com propulsão cicloidal
possuem uma vantagem sobre os convencionais, que é a tração a vante ser igual a
ré.

3.4 Rebocadores tratores com propulsor azimuthal

Este tipo de rebocador é caracterizado por seu sistema de propulsão que


consiste em dois hélices que são capazes de girar 360° gerando uma tração para
qualquer direção, fazendo com que seja dispensado o uso de leme, e uma boa
manobrabilidade. Assim como no rebocador de propulsão cicloidal também é
necessário o uso de skeg para prover maior estabilidade.
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Existem diversos fabricantes dos propulsores azimuthais, como:


- Aquamaster
- Schottel
- Kawasaki
E também são usados diferentes nomes para identificar o tipo de azimuthal
- Z-peller
- Rexpeller
- Duckpeller
Ele possui uma vantagem em relação ao cicloidal, pois possui menor calado
comparando-os tornando possível a operação em águas de menor profundidade.

Figura 4 Rebocador trator azimuthal

Fonte: http://www.pilotmag.co.uk

3.5 Rebocador trator reverso

São rebocadores com dois propulsores azimuthais ou cicloidal, os dois tipos a


ré da embarcação. Possuem um grande guincho na proa, que facilita a passagem do
cabo e permite administrar o comprimento em função da manobra, e por conta disso
operam com sua proa diferentemente dos rebocadores tratores. Enquanto que na
popa pode ser dotado de guincho ou gato, sempre estão próximos aos propulsores,
motivo pelo qual dificilmente utilizarão cabo pela popa para manobras portuárias.
Seus propulsores na popa reduzem risco de serem atingidos em colisão ou
num encalhe e permitem um calado menor que o de um rebocador trator de dimensões
iguais.
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Estes rebocadores possuem bom governo e manobrabilidade. Podem se


movimentar em todas as direções, e sua força a ré é quase igual a vante, sendo menor
apenas 10%.

Figura 5 Rebocador trator reverso

Fonte: http://www.oceanica.ufrj.br/

Tratores reverso possuem uma forma mais hidrodinâmica do que os tratores,


gerando uma vantagem em operações em mar aberto ou em portos não protegidos.
Além disso o custo de manutenção deles é menor em relação ao dos tratores, pois os
reparos de seus propulsores não exigem docagem.
Foram construídos para métodos de assistência no oeste do Oceano Pacifico,
ou seja, portos da Ásia, principalmente no Japão que são fabricantes destes
propulsores do tipo azimuthal.

3.6 Rebocadores Azimuthais tipo ASD

Este tipo de rebocador é o predominante em aguas brasileiras, tendo sido


construído para combinar as vantagens dos rebocadores convencionais e dos tratores
reversos. Tem seu ponto de tração a ré, sendo ideal para um reboque com cabo
passado.
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Figura 6 Rebocador ASD

Fonte: http://www.pilotmag.co.uk

Ele possui dois propulsores azimuthais na popa e menor calado que o


rebocador-trator com propulsor azimuthal, sendo caracterizada a diferença entre eles,
a localização do propulsor. Um grande skeg acrescentado ao formato das obras vivas
do casco foi desenhado de forma a otimizar a estabilidade.

3.6.1 Como são empregados no reboque

Esse tipo de rebocador é capaz de gerar tração em qualquer sentido, embora


a tração a ré seja 5 até 10% menor que a de vante. O ASD obtém bom desempenho
em todos os tipos de reboque, podendo dar assistência tanto como um rebocador
convencional quanto um trator reverso. Quando ele está rebocando e o navio está
com seguimento a vante existe o perigo de girting (quando o navio começa a rebocar
o rebocador). Porém o risco é minimizado quando o rebocador possui um sistema de
abertura rápida.
É possível um bom rendimento em relação aos controles de velocidade e curso
com seguimento a ré rebocando com cabo passado. Rebocando de forma indireta
eles são menos eficazes que os rebocadores com propulsão Voith, porém de forma
direta eles são mais eficazes devido ao seu menor calado.
Assim como os tratores reversos os ASD podem facilmente mudar o cabo
passado para puxa-empurra sem ter que soltar ou mudar a posição do cabo de
reboque. O bow thruster do rebocador é indispensável, pois ele é capaz de manter a
proa em posição ao lado do navio. Nessa operação o guincho é muito útil controlando
o comprimento de cabo de acordo com a necessidade. O ASD também possui bom
desempenho atuando no costado do navio a ser rebocado. Isto sendo possível apenas
por conta de seu propulsor azimuthal.

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