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FMU

Disciplina:
Economia Política
Internacional
Prof. Henrique Pavan B. de Souza
E-mail: henrique.souza@fmu.br
Fundamentos da visão marxista
na Economia Política
Internacional
Leitura inicial
• Ler o texto:
• Karl Marx (1818 – 1883)

• Retirado e traduzido de:

• COHN, Theodore H. Global Political Economy: theory and practice. 7. ed. Nova
York: Routledge, 2016, p. 149-150.

• Disponível no AVA.

• Traga reflexões sobre as bases das ideias de Marx sobre as relações internacionais.
Questões históricas
• Questão social no século XIX.
• Centralização e concentração de capital no início do século XX.
• Massificação do trabalho assalariado.
• Sindicalização, reivindicações, construção do Welfare State. Partidos
sociais democratas. Capitalismo eeformistas
• Uma parte dos marxistas aderiu à luta de classes por dentro do sistema,
dando origem aos partidos socialdemocratas.
• A outra via foi revolucionária (Rússia em 1917; China em 1949 etc.).
• Controle do estado, desenvolvimentismo, superação do atraso?
Princípiosdomarxismo(uma brevíssima
explicação)
• Abordagem dialética: dinâmica e conflito na realidade social. Não
há equilíbrio.
• Visão histórica materialista: economia e relações de produção são
centrais nas explicações.
• Leis de movimento do capital  acumulação sem fronteiras
 “trabalhadores de todo o mundo, uni-vos”.
• Socialismo como resultado necessário e desejável do
desenvolvimento das forças produtivas em suas contradições.
As contradições inevitáveis do capitalismo
• Negação da Lei de Say.

• Anarquia do mercado e acumulação  superprodução.

• Concentração de riqueza  rebaixamento da pequena burguesia à proletarização.


• Tendência de queda nos lucros por conta da acumulação de capital.

• Inovação, tecnologia e produtividade  mais desemprego  menores lucros.


As contradições inevitáveis do capitalismo

GILPIN, 2002, p. 55

O fim do capitalismo?
• Em meados do século XIX, Marx imaginava o fim do capitalismo após
seu ímpeto de expansão global.
• Crises, superprodução, proletarização global.
• Porém, isso não ocorreu!

Lênin em cena
• Nacionalismo e guerras ocuparam as atenções das classes trabalhadoras.
• Socialdemocratas liaram-se às burguesias nacionais.
• Imperialismo e colonização criaram mercados para superprodução.
• Mais-valia adicional sobre trabalhadores do mundo colonizado.
• Melhoria do bem-estar para trabalhadores centrais. Hierarquia entre
trabalhadores no mundo!
• Anarquia competitiva internacional  desenvolvimento desigual  divisão
internacional do trabalho.
• Não só isso  competição, imperialismo e guerra!
Lênin em cena

GILPIN, 2002, p. 58

Leituras marxistas das relações internacionais


• Expansão burguesa  imperialismo;
• Relações de poder entre estados  globalização e dominação.
• Capital explora o trabalho em escala global:
 Estados nacionais necessitam se ajustar para receber investimentos.
 Curvam-se diante de regras das instituições transnacionais.
 Ex: salários baixos, desregulamentação do mercado do trabalho, de leis ambientais
etc.
 Controle da força de trabalho por descentralização da produção

• Luta de classes  transforma-se em luta entre estados nacionais.


• Mas essa expansão acirra a competitividade  alguns países adquirem
vantagens competitivas e passam a concorrer coma s potências
dominantes.
Reflexões para a próxima aula sobre marxismo
Vídeo
• Elias Jabbour – Não existe imperialismo chinês.
• Canal Opera Mundi.
• Link:
https://www.youtube.com/watch?v=RAKLMNk31Xo&ab_cha
nnel=OperaMundi
• Questões:
1 – Explicite o principal argumento de Elias Jabbour.
2 – Existem elementos marxistas-leninistas em sua exposição?
Justifique.
Bibliografia básica
• FERNANDES, José Pedro Teixeira. Elementos de Economia Politica Internacional. 3. ed.
Coimbra: Edições Almedina, 2013.

• GILPIN, Robert. A Economia Política das Relações Internacionais.


Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2002.

• GILPIN, Robert. Global political economy : understanding the international economic


order. New Jersey: Princeton, 2001.

• GONÇALVES, Reinaldo. Economia política internacional: fundamentos teóricos e as


relações internacionais do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

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