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Revestimento comestível na proteção de morangos.

Acadêmicos: Alersson Alan Sidoski; Enzo Shimasaki; Lucas Caillot Schroeder;


Mateus Gelinski; Paola Beatriz.
1. Introdução
A tecnologia de coberturas biodegradáveis para conservação de produtos com o foco
em frutas e carnes, vem ganhando muito espaço e atenção no mercado, visto que
grande parte desses produtos possuem uma vida de prateleira baixa, e são desejados
em grande parte para o consumo in natura, o que auxilia a deterioração inevitável e
relativamente rápida já que o produto passa por poucos ou nenhum processo que
atrase o produto de estragar e perder sua qualidade.
Com isso a pesquisa e desenvolvimento de produtos como coberturas comestíveis
vem aparecendo forte. Essas coberturas compostas de biopolímeros, como
polissacarídeos, ceras e proteínas, são muito desejadas no mercado, já que são
produzidas de fontes renováveis, biodegradáveis e que podem ser manipuladas para
garantir maior qualidade e apreço nos produtos. Além dessas coberturas realizarem
seus objetivos como reduzir ou inibir a ação microbiana, elas também podem
proporcionar um aumento na qualidade do produto, já que podem atuar como
embalagens ativas, ou seja, interagem com os produtos que estão armazenando por
meio de agentes aditivos, garantindo maior qualidade sensorial, e aumentando a vida
de prateleira dos produtos. Além desses benefícios, as embalagens comestíveis
podem trazer algo a mais aos produtos para os sentidos organolépticos, como o visual
do produto (brilho) e odores agradáveis devido a aplicação de diversos produtos
orgânicos.

2. Finalidade do material
No trabalho analisado, o autor fez uso de diferentes coberturas comestíveis (alecrim
pimenta, alfavaca-cravo, cera de carnaúba e gelatina) com a finalidade de manter a
qualidade do fruto do morango na pós-colheita, sem alterar suas qualidades
sensoriais. Além disso, o autor associou a cobertura com outra forma de conservação,
sendo essa a refrigeração.
3. Aplicações do material
Foi observada uma diferença significativa da acidez titulável total (ATT) nos três
dias após o revestimento do tratamento, o tratamento com a alfavaca-cravo foi maior
em relação aos demais.
Como observado pelo autor, as coberturas de Alecrim-Pimenta e Alfavaca-Cravo
tiveram um poder maior quanto a inibição de doenças fúngicas pós colheita, além
disso, tais coberturas potencializaram o visual dos produtos, devido a principalmente
a conservação dos mesmos, reduzindo sua irreversível deterioração. Sendo assim,
tais produtos podem ser aplicados para diferentes frutos na pós colheita, mantendo a
qualidade do produto in natura e agregando valor final ao produto.
Na avaliação sensorial, o tratamento com a gelatina foi o que demonstrou os
melhores resultados, sendo o melhor tratamento nesse quesito, pois a aceitação pelo
público tanto em sabor foi a maior, mesmo comparado à testemunha. Em relação a
análise sensorial, o segundo mais aceito foi o tratamento com o revestimento com
alfavaca-cravo e o alecrim pimenta. Contudo, o melhor aceito na análise visual foi o
tratamento com o alfavaca-cravo, seguido pelo revestimento com gelatina.
Na avaliação final, após dez dias do revestimento, o tratamento com a gelatina foi
o que demonstrou os melhores resultados, tanto na análise sensorial, quanto na
visual, sendo esse o tratamento mais indicado para o armazenamento dos frutos de
morango.

4. Referências
HENDEGS, E. H. L., Revestimento comestível na proteção de morangos.
Orientador: Alessandro Jefferson Sato. 2016. TCC (Graduação) – Curso de
Agronomia, Universidade Federal do Paraná, Palotina, 2016.

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