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Biologia de 11ºano

Biologia
Crescimento e renovação celular

Universalidade e variabilidade do DNA


Nucleoides: nos procarionte, o DNA encontra-se no citoplasma, como uma molécula
circular sem outros constituintes associados.
Nas células eucarióticas, o núcleo é separado do citoplasma pelo invólucro nuclear
(membrana dupla) que são ligados pelos poros nucleares que fazem a comunicação entre o
interior do núcleo e o citoplasma.
O núcleo contém o nucleoplasma, onde estão os cromossomas que juntos formam a
cromatina.
Também podem existir nucléolos (ácidos gordos e proteínas).

Estrutura do DNA
DNA: pertence á categoria dos ácidos nucleicos é o suporte da informação genética que
coordena as atividades celulares e que é transmitida às células-filhas.
Cada nucleótido é constituído por:
• Um grupo fosfato;
• Uma pentose (desoxirribose);
• Uma base azotada;
o Bases pirimídicas- citosina; timina; (uracilo)
o Bases púricas- adenina; guanina
Cadeias Polinuclotidicas: nucleótidos ligam-se uns aos outros entre o grupo fosfato e a
pentose (C3’) formando cadeias.
Uma base púrica liga-se a uma pirimídica através de pontes de hidrogénio.
As Cadeias Polinuclotidicas crescem sempre na direção 5’ -> 3’; sendo 3’ o lado que a pentose
está livre e o 5’ é o lado que está o fosfato livre.
As cadeias são antiparalelas, à extremidade 3’ corresponde a 5’.
Cada organismo possui património genético que o torna único, apesar da estrutura ser a
mesma em todas as espécies o DNA varia em ordem e número sendo universal e possuir
variabilidade.
Gene: segmento do DNA. O conjunto é um genoma.

Estrutura do RNA
Tem uma estrutura similar ao DNA, tendo só uma cadeia e uracilo em vez de timina. Forma-
se no núcleo e migra para o citoplasma. Existem 3 tipos:
RNAm RNA mensageiro: produzido na transcrição;

Margarida Inácio Nº29115


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RNAt RNA de transporte: transporta os aminoácidos dispersos no citoplasma para os


ribossomas para que ocorra uma síntese de proteínas. Tem 3 ansas e 2 extremidades, numa
delas liga-se o aminoácido e numa ansa liga-se uma sequência de 3 bases designada de
anticodão.
RNAr RNA ribossómico: constituinte fundamental dos ribossomas; está presente no
citoplasma e forma 80% do RNA total; é a componente estrutural dos ribossomas que catalisa a
tradução de um RNAm.

Replicação do DNA
Replicação semiconservativa: a dupla cadeia de DNA separa-se, na presença de enzimas
(DNA polimerases), por rutura das ligações de hidrogénio. Cada cadeia serve de molde à
formação de uma nova cadeia a partir de nucleótidos livres na célula. Sendo as cadeias
complementares antiparalelas em relação à que lhe serve de molde. No final do processo,
formam-se duas moléculas de DNA idênticas à original.

Biossíntese de proteínas
DNA--transcrição-> RNA--tradução-> Proteínas
Transcrição: A molécula de DNA serve de molde para o RNAm. A RNA polimerase provoca a
abertura da molécula de DNA e inicia a síntese do RNA a partir de nucleótidos livres. O RNAm
transporta a mensagem para o citoplasma. Cada tripleto de RNAm (complementar ao tripleto do DNA,
codogenes) é um codão que pode codificar um aminoácido ou ordenar o início ou o fim da síntese.
Antes do RNAm forma-se o RNA pré-mensageiro ao qual são retirados os intrões (sequências que não
codificam) e unem-se os exões (sequências que codificam).

Tradução: Iniciação- A subunidade pequena do ribossoma liga-se ao RNAm na região AUG


assim como o RNAt correspondente. A subunidade grande liga-se à pequena. O
(codão de iniciação)
ribossoma fica funcional.
Alongamento- Um novo RNAt ,que transporta um segundo aminoácido liga-se ao
segundo codão. Há formação de uma ligação peptídica entre os dois aminoácidos. O ribossoma
avança 3 bases e assim adiante.
Finalização- Os codões de finalização (UAA; UAG; UGA) não têm nenhum anticodão
complementar por isso a síntese acaba quando o ribossoma chega a um destes codões. A
cadeia polipeptídica destaca-se e as subunidades dos ribossomas separam-se e ficam livres
para começar outro processo de tradução.

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Universalidade do código genético: um determinado codão tem o mesmo significado para a


maioria dos seres vivos.
O código genético é redundante (vários codões são sinónimos, ou seja, codificam o mesmo
aminoácido) e não ambíguo (cada codão codifica apenas um aminoácido).

Alteração do material genético


As alterações na sequência nucleotídica do DNA têm o nome de mutações e os indivíduos
que as possuem dizem-se mutantes.
Podem ser germinais (transmitidas à geração seguinte) ou somáticas.
Vários fatores do meio influenciam o aparecimento de mutações; ex. são os raios x, raios
gama e as radiações ultravioleta (agentes mutagénicos físicos). Agentes mutagénicos químicos
são substâncias químicas como corantes alimentares, fumo dos cigarros, … São génicas (alteram o
DNA) ou cromossómicas (alteram os cromossomas).
Resultam da substituição de uma base, da remoção ou adição de nucleótidos no gene.

Ciclo celular
Cromossomas: estruturas filamentosas complexas constituídas por DNA e proteínas
(histomas); são cromatina na forma condensada que normalmente é na forma dispersa.

Ciclo celular: conjunto de transformações desde que a célula foi formada até ser dividida;
processos dinâmico e contínuo; dividido em 2 fases:
• Interfase- período entre o fim de uma divisão e o início de outra; fase mais longa (90%);
intensa atividade biosssintética; duplicação do material genético. As etapas são:
o G1- Crescimento celular e formação de organelos- Período entre o fim da mitose
e o início da síntese do DNA. Atividade biosssintética intensa e formação de
organelos celulares.
o S- Replicação do DNA com duplicação dos cromossomas- Ocorre a replicação
do DNA. As novas moléculas de DNA associam-se a proteínas e cada
cromossoma passa a ter dois cromatídeos.
o G2- Crescimento celular- Período entre o fim da replicação do DNA e o início da
mitose. Dá-se a síntese das moléculas necessárias à divisão celular.
• Fase mitótica- o conteúdo celular vai ser repartido pelas células-filhas; incluí a divisão
do núcleo e do citoplasma. Tem 2 etapas:

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o Mitose- Divisão do núcleo- Tem 4 subfases:


− Prófase- os filamentos da cromatina condensam; os cromossomas têm 2
cromatídios; os centríolos deslocam-se para polos opostos formando o
fuso acromático/mitótico constituído por feixes de microtúbulos
proteicos; desaparecem os nucléolos e o núcleo.
− Metáfase- cromossomas atingiram o seu máximo encurtamento e
dispõem-se no plano equatorial constituindo a placa equatorial e
estando prontos para se dividirem. O fuso acromático completa o seu
desenvolvimento havendo microtúbulos que se ligam aos cromossomas.
− Anáfase- os cromatídeos de cada cromossoma separam-se; os
microtúbulos ligados a cada cromossoma encurtam-se e os
cromossomas afastam-se em direção aos polos- ascensão polar.
− Telófase- a membrana nuclear reorganiza-se em torno dos
cromossomas e os nucléolos reaparecem; dissolve-se o fuso mitótico; os
cromossomas descondensam. A célula apresenta 2 núcleos.
o Citocinese- Divisão do citoplasma-
− Nos animais- durante a anáfase e a telófase formam-se na zona do plano
equatorial um anel contráctil de filamentos proteicos. Estes contraem-se
e puxam a membrana para dentro, causando um sulco de clivagem que
vai estrangulando o citoplasma, até se separarem as duas células-filhas.
− Nos vegetais- as vesiculas do complexo de Golgi alinham-se na região
equatorial, fundem-se e formam a membrana plasmática das células-
filhas.

Regulação do ciclo celular


Os mecanismos de regulação do ciclo celular atuam fundamentalmente em 3 pontos:
1ºcontrolo- Final do G1- “avaliação interna” se negativa as células não se dividem,
permanecendo no estádio G0. Quando estimuladas as moléculas podem prosseguir o seu ciclo
celular, se as moléculas do DNA apresentarem danos dá-se início à morte celular.
2ºcontrolo- Final do G2- ciclo prossegue se a replicação do DNA ocorreu corretamente, é
interrompido se o DNA apresentar danos ou anomalias.
3ºcontrolo- Durante a mitose- se a repartição dos cromossomas pelas células-filhas não se
efetuarem de forma equitativa.

Estabilidade genética: as células-filhas recebem um número de cromossomas idêntico ao


da célula-mãe que contém a mesma informação genética.

Diferenciação celular
Células tipotentes= célula tronco embrionárias= célula estaminais embrionárias
||
V
Células indiferenciadas
||
V

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Células estaminais adultas ou não embrionárias


||
V
Células diferenciadas ou especializadas

Células tipotentes: são as células que têm a capacidade de, por divisões sucessivas,
originar todos os tipos de células do organismo adulto.
Células especializadas: caracterizam-se por ter uma estrutura particular, relacionada com o
desempenho de uma determinada função, conservam todo o DNA, embora apenas uma parte
esteja ativa.

Reprodução nos seres vivos

Reprodução assexuada
Reprodução assexuada: um único progenitor produz descendência através de divisões
celulares, em que o núcleo se divide por mitose. Os descendentes e os progenitores são
idênticos geneticamente. Processos:
• Bipartição: divisão de um ser em dois com idênticas dimensões.
• Esporulação: formação de células reprodutoras (esporos) que germinam e originam
novos indivíduos.
• Fragmentação: cada fragmento de um corpo vai dar um novo indivíduo.
• Gemulação: formação de saliências (gomos ou gemas) que se desenvolvem e separam.
• Multiplicação vegetativa: uma parte do organismo pode dar origem à planta completa.
• Partenogénese: a partir do desenvolvimento de gâmetas femininos.

Vantagens:
− Descendência numerosa num curto espaço de tempo;
− Economia em termos energéticos;
− Homogeneidade genética;
− Todos os organismos originam descendência.
Desvantagens:
− Diversidade nula;
− Difícil adaptação a mudanças no meio;
− Não favorece a evolução das espécies.
Alguns indivíduos conseguem se produzir sexuadamente o que permite diminuir o risco de
extinção, pois aumenta a variabilidade genética e ajuda a ultrapassar as alterações do meio.

Reprodução sexuada
Reprodução sexuada: ocorre com a fecundação (fusão dos gâmetas dos 2 progenitores), o resultado é
o ovo/zigoto.
A fusão dos núcleos dos gâmetas designa-se por cariogamia e a fusão dos citoplasmas por
plasmogamia.
Os gâmetas são células haploides, n (metade dos cromossomas da espécie).
O zigoto é uma célula diploide, 2n.

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Meiose: divisão celular que transforma células diploides em células haploides, ou seja, a
formação de gâmetas. Este processo envolve 2 divisões:
• Divisão I ou reducional: 2n->n; 90% da meiose;
o Prófase I- os cromossomas condensam-se e os homólogos emparelhem-se
formando um conjunto constituído por 4 cromatídeos (bivalentes). Surgem
pontos de cruzamento entre 2 cromatídeos de cromossomas homólogos (pontos
de quiasma) e há troca de segmentos equivalentes (crossing-over).
o Metáfase I- os bivalentes ligam-se a microtúbulos do fuso acromático pelos
centrómeros. A orientação dos cromossomas de cada bivalente é aleatória. São
os pontos de quiasma que se encontram no plano equatorial.
o Anáfase I- os 2 cromossomas homólogos de cada bivalente separam-se e cada
cromossoma (2 cromatídeos) migra para um dos polos da célula.
o Telófase I- nos polos, constitui-se um conjunto de haploide de cromossomas (2
cromossomas); os cromossomas descondensam; o involucro nuclear e os
nucléolos reorganizam-se; desaparece o fuso acromático.
• Divisão II ou equacional: n->n;
o Prófase II- os cromossomas condensam. Forma-se o fuso acromático. O
invólucro nuclear e os nucléolos desorganizam-se.
o Metáfase II- os cromossomas dispõem-se na placa equatorial. São os
centrómeros que se localizam no plano equatorial.
o Anáfase II- os 2 cromatídeos de cada cromossoma separam-se pelo centrómero
e migram para polos opostos da célula. Cada um dos cromatídeos passa a
constituir um cromossoma.
o Telófase II- Os cromossomas descondensam; o involucro nuclear reorganiza-se
em volta de cada conjunto de cromossomas.

No final da meiose, formaram-se 4 células haploides diferentes entre si e diferentes da


original, contendo, cada uma, um cromossoma de cada par de homólogos.
Podem ocorrer mutações cromossómicas durante:
− A divisão I, pela não separação de homólogos;
− A divisão II, pela não separação dos cromatídeos;
− O crossing-over.
que podem ser:
− Numéricas;
− Estruturais: Delecção (perda de parte); Inversão (alteração da ordem); Translocação (mover “para cima”
de outro); Duplicação.
As mutações podem ser prejudiciais para o portados ou os seus descendentes, mas
também podem ser benéficas. São fonte de variabilidade genética que permite diversidade de
organismos e evolução das espécies.

Vantagens reprodução sexuada:


− Grande variabilidade de características na descendência;
− Facilidade na adaptação a novas circunstâncias;
− Proporciona a evolução.
Desvantagens:
− Processo lento;
− Grande dispêndio de energia.

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Mitose VS Meiose
Características Mitose Meiose
Replicação do DNA Interfase Interfase
Número de divisões 1 2
Número de núcleos formados 2 4
Emparelhamento dos _____________ Prófase I
cromossomas homólogos
Células formadas 2, igual á célula mãe 4, diferente da célula mãe
Fenómenos crossing-over ------------ Prófase I
Função no organismo Crescimento; reparação de Produção de gâmetas;
estruturas contribui para a variabilidade
A variabilidade genética nos seres que se reproduzem sexuadamente deve-se à meiose
(migração dos cromossomas aleatória e crossing-over) e deve-se à fecundação (união ao acaso dos gâmetas com
diferentes informações genéticas).

Diversidade de estratégias
Nos animais
Gónadas: estruturas onde se produzem gâmetas; ovários (femininos) sendo óvulos o gâmeta
e testículos (masculinos) sendo espermatozoides os gâmetas.
Apesar da maior parte dos animais serem unissexuados, existem organismos onde se
verifica autofecundação (seres hermafroditas suficientes) e existem organismos que apesarem
de serem hermafroditas ocorre uma fecundação cruzada (seres hermafroditas insuficientes).
Fecundação externa: no meio líquido, os gâmetas são libertados e a fecundação dá-se no
meio.
Fecundação interna: ocorre depois do macho depositar os seus gâmetas no interior do
sistema reprodutor da fêmea.

Nas plantas
Gametângios: estruturas onde se produzem gâmetas; arquegónio (femininos) sendo oosfera
o gâmeta e anterídio (masculino) sendo anterozoide o gâmeta.

As flores podem ser hermafroditas ou unissexuadas tendo só estames (flores masculinas)


ou só carpetos (flores femininas).
Existe 3 tipos de polinização:

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− Direta: quando o pólen de uma flor caí diretamente sobre o estigma da mesma;
− Indireta: quando o pólen de uma flor caí sobre o estigma de uma outra flor da mesma
planta;
− Cruzada: quando ocorre entre flores de pés diferentes (depende dos insetos, aves e vento).
Os óvulos, depois da fecundação, originam sementes que vão ser envolvidas pelo pericarpo
formando o fruto.

Ciclos de vida
Ciclo de vida: decorre desde do momento em que se forma até ao momento em que produz
descendentes.
Na reprodução assexuada o nº de cromossomas não se altera.
Na reprodução sexuada à uma alternância de fases: a haplófase (n) e a diplófase (2n).
A haplófase está compreendida entre a meiose e a fecundação e a diplófase entre a
fecundação e a meiose.
O desenvolvimento relativo entre 2 fases depende do momento em que ocorre a meiose,
havendo 3 tipos de ciclo de vida:

Ciclo de vida haplonte, A:


• Meiose pós-zigótica;
• A única estrutura diploide é o zigoto;
• O zigoto sofre meiose e dá origem a células que através de mitoses sucessivas formam
um organismo haploide, que produz os gâmetas por mitose;
• A estrutura multicelular é um ser haplonte;
• Ex. Fungos e Espirogira.
Ciclo de vida Diplonte, C:
• Meiose pré-gamética;
• Os gâmetas são a única célula haploide;
• O zigoto é diploide e origina, por mitoses, todas as células somáticas do organismo;
• A estrutura multicelular é um ser diplonte;
• Ex. Animais e algumas algas.
Ciclo de vida haplodiplonte, B:
• Meiose pré-espórica;
• O zigoto, por mitoses, origina uma entidade multicelular diploide (esporófito) na qual ocorre
a meiose, formando-se esporos. Estes germinam e originam, cada um, uma entidade
multicelular haploide (gametrófito) onde se vão produzir gâmetas por mitose.
• Alternância de gerações com estágios multicelulares haploides e diploides.
• Ex. Plantas e a maioria das algas.

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Evolução biológica

Unicelularidade e multicelularidade
Modelo autogénico: os seres eucariontes são o resultado de uma evolução gradual dos
seres procariontes. A membrana plasmática sofreu sucessivas invaginações que posteriormente
se especializaram em organelos. Hipótese pouco apoiada.

Modelo endossimbiótico: as células eucariontes são o resultado da associação simbiótica


de várias células procarióticas. O organismo que vive no interior do outro torna-se um diferente
organelo. Os cloroplastos ter-se-ão originado a partir de cianobactérias.
Válida: -Mitocôndrias e cloroplastos assemelham-se muito a bactérias (tamanho, forma,
composição);
-Ambos produzem as suas membranas internas. Dividem-se independentemente e têm
DNA circular, não associado a proteínas;
-Os ribossomas são mais semelhantes aos procariontes que aos eucariontes;
-Possível encontrar associações simbióticas na natureza.
O 1º passo foi a associação de organismos unicelulares em colónias.
A multicelularidade surge quando:
− A colónia começou a comportar-se como um;
− Começou a existir interdependência estrutural e funcional entre células associadas.

Evolucionismo e fixismo
Fixismo: 1ºtentativa de explicação; acredita que as espécies de seres são imutáveis e
surgiram de forma independente:
• Criacionismo: seres originados pela criação divina;
• Geração espontânea: surgiram a partir de matéria inerte;
• Catastrofismo: catástrofes eliminam seres e outros aparecem.
Críticas -Origem comum entre seres vivos.
-Estudo de fosseis.

Evolucionismo: Espécies alteram-se de forma lenta e progressiva ao longo do tempo,


originando outras espécies.
• Lamarckismo
▪ Lei do gradualismo- Primeiro surgem os simples e só depois os
complexos;
▪ Lei do uso e do desuso-as partes do corpo extensivamente usadas por
um organismo desenvolvem e as não usadas atrofiam;
▪ Lei da herança das características adquiridas- as características que um
organismo adquire ao longo da sua vida são transmitidas à
descendência.
o Críticas: -algumas características obtidas não são herdadas;
-A função não determina a estrutura; há órgãos sem utilidade;
-Nem sempre uso modifica o órgão.

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• Darwinismo
o Aspetos principais: O mecanismo essencial é a seleção natural.
o Influências:
▪ Dados geológicos: -o presente é a chave do passado (princípio das causas atuais).
-As leis naturais são constantes no tempo e no espaço (lei do uniformismo).
-As mudanças são lentas e graduais (princípio do gradualismo).
▪ Dados biogeografia- Casos concretos de evolução;
-Semelhantes entre si ->ancestral comum;
-Adaptados ao tipo de alimento.
o Seleção artificial: homem seleciona indivíduos com certas características para
se reproduzirem.
o Seleção natural: a natureza faz a seleção com fatores ambientais, é necessário
mais tempo.
o Teoria: -organismos têm variabilidade intraespecífica;
-Parte fraca naturalmente eliminada- luta pela sobrevivência;
-Parte que é mais adaptada sobrevive- sobrevivência do mais apto;
-Reprodução diferencial- modificação lenta da população.
o Críticas- nunca ter explicado a causa das variações.

Argumentos do evolucionismo
Argumentos da anatomia comparada: estudo comparativo dos formas e estruturas dos
organismos.
• Estruturas homólogas: estruturas que manifestam uma origem num ancestral comum,
mas desempenham funções diferente. Resultado de diferentes pressões seletivas em
indivíduos iguais em diferentes meios. (evolução divergente)
• Estruturas análogas: estruturas que tem origens diferentes, mas a estruturas
semelhantes e a mesma função. Resultado de diferentes espécies sofrerem pressões
seletivas iguais. (evolução convergente)
• Estruturas vestigiais: estruturas atrofiadas, sem função, que foram úteis num ancestral.
Pressão seletiva no sentido regressivo.

Argumentos paleontológicos: estudo do registo fóssil que fornece dados sobre o


evolucionismo, sendo os fosseis mais importantes os fosseis de transição/formas
intermédias/formas sintéticas (apresentam características de grupos diferentes de organismos atuais).

Argumentos citológicos: todos os seres vivos são constituídos por células e se há


uniformidade na constituição dos seres vivos, então a sua origem é comum.

Argumento bioquímica: estudo comparativo de proteínas, na percentagem de hidratação do


DNA (emparelhar cadeias de diferentes espécies a com maior grau de complementaridade vai ser a mais próxima no ponto de
vista filogenético); comparação de sequências cromossómicas.

Argumento da embriologia: estudo comparado de embriões que revela semelhanças de


desenvolvimento e estruturas comuns.

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Neodarwinismo
A teoria de Darwin foi revista de modo a, com os conhecimentos da atualidade, se
respondessem às críticas. Mendel tinha a resposta para elas.
Para explicar o neodarwinismo (teoria sintética da evolução) existe duas ideias
fundamentais:
• Variabilidade genética: cuja as fontes são:
o Mutações: genéticas e cromossómicas (introduz novos genes);
o Recombinação genética: meiose e fecundação (diferentes combinações de genes).
• Seleção natural: os indivíduos com melhores genes para o seu meio, são favorecidos por
este tendo mais chances de sobreviver (sobrevivência diferencial) reproduzindo-se
mais, ou seja, mais descendentes com essas características (reprodução diferencial).
Fundo genético: conjunto de todos os genes presentes numa população num determinado
momento. Alguns genes tornam-se mais frequentes, outros serão alimentados. Quando a fundo
genético da população se alterou, determinadas características foram eliminadas, ocorreu
evolução.

Sistemática dos seres vivos

Sistemas de classificação
Sistemática: estudo da diversidade biológica num contexto evolutivo.
Taxonomia: classificação e nomenclatura das espécies.
Classificações práticas: relacionadas com os interesses dos Homens.
Classificações racionais: baseadas nas características dos seres vivos:
• Horizontais: (classificações fenéticas) não admitem evolução, privilegiam as
características estruturais, não consideram o fator tempo.
➢ Naturais: baseiam-se num elevado nº de características -homogéneos
➢ Artificiais: baseiam-se em poucas características -heterogéneos
• Verticais: (classificações filéticas) Agrupam de acordo com o grau de parentesco. Tem
em conta o fator tempo e tentam reproduzir a história evolutiva.
Cada sistema de classificação reflete o grau de conhecimento de cada época, nenhuma
classificação é definitiva.

Hierarquia das categorias taxonómicas


Lineu organizou os organismos em grupos hierárquicos- categorias taxonómicas; taxa.
Domínio->Reino->Filo->Classe->Ordem->Família->Género->Espécie
A espécie e a unidade básica da classificação e são um grupo natural que se reproduzem
entre si e têm descendência fértil.

Margarida Inácio Nº29115


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Nomenclatura- Regras Básicas

Espécie-nomenclatura binominal; subespécie trinominal.


Na família: na zoologia-> -idae; na botânica-> -aceae.

Sistema de classificação de Whittaker

Sistema com 3 Domínios


Desapareceu o reino Monera e aparecem em 2 diferentes domínios:
Domínio Bacteria: Reino Eubacteria
Domínio Archaea: Reino Archaeabacteria
Domínio Eukarya: Reino Plantae
Reino Animalia
Reino Fungi
Reino Protista

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