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De acordo com a ABC1, a cooperação técnica do Brasil com Moçambique está amparada pelo
Acordo Geral de Cooperação entre a República Federativa do Brasil e a República de
Moçambique, assinado em 15 de Setembro de 1981 e promulgado em 09 de Junho de 1984. No
final de 2011, o programa bilateral de cooperação técnica entre os dois Estados era composto por
vinte e um projectos em execução, nove em processo de negociação.
Segundo Lula da Silva (2004), Moçambique é um país que possui uma posição estratégica para o
Brasil. Isto porque, assim como a comuidade já começa a descobrir que Moçambique possui um
enorme potencial em recursos minerais, para além de ter muita terra de qualidade. A Companhia
Vale do Rio Doce, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social
(BNDES) está há quase dez anos engajada na exploração do carvão de Moatize (Tete), já tendo
investido cerca de 8.6 milhões de dólares americanos, e o Brasil possui acordos de cooperação
com Moçambique nas áreas de educação, agricultura, desportos, meio ambiente e administração
pública.
No plano político, importa ressaltar que Brasil reconheceu o Estado Moçambicano independente
em 1975 e abriu sua embaixada em Maputo em 1976. Em 2011cooperou na ordem de 80
Milhões de dólares, um volume que em 2012 cresceu para 146 Milhões. Um destaque vai para as
compras pelas Linhas Aérias de Moçambique (LAM) de aviões EMBRAER (Empresa Brasileira
de Aeronáutica). A balança comercial entre Brasil e Moçambique ainda é desiquilibrada, pois
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http://www.abc.gov.br/Projectos/CooperaçãoSulSul/Moçambique
Brasil exporta mais do que importa de Moçambique. Ma de acordo com Scherer (2013) existe
um potencial para aumentar estes números.
Na área cultural tem havido um intercâmbio grande de artistas nas duas direcções, ainda que com
predominância de mais artistas brasileiros a visitarem Moçambique. Importa referir que nas
televisões Moçambicanas predominam as telenovelas e seriados brasileiros a serem exibidos
diariamente desde a década de 1980.
Conclusão
A política externa brasileira depois de ter estado durante décadas totalmente sob o controlo do
Itamaraty, actualmente, caminha em linhas horizontais e verticais. No plano vertical, com o
poder constituído, do Ministério das Relações Exteriores e uma política externa marcadamente
presidencial , desde o Presidente Lula , o que teve continuidade com a Presidente Dilma
Rouusseff. No plano horizontal, com alguma abertura para que empresas, como a EMBRAPA e
o FIOCRUZ façam seu trabalho de penetração para cooperar com instituições estatais na
América Latina e em África, assim como agentes privados como a Vale do Rio Doce.
Referências bibliográficas
Lula da Silva (2004), A Política Externa do Governo Lula: Dois anos.Plenarium. Volume 2,
Número 2, 50-59.http://www2.camara.gov.br/publicações/edições/Plenarium2.pdf
Portais consultados
http://www.abc.gov.br/Projectos/CooperaçãoSulSul/Moçambique