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Ficha técnica
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Nota prévia
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Mensagem da Presidente da CPCJ
A Presidente
Dr.ª Mónica Silva
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Resumo
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Índice
Introdução ......................................................................................................... 7
Capítulo 1 - Metodologia ................................................................................ 10
Metodologia de recolha e análise de informação .................................... 11
Capítulo 2 - Diagnóstico local da realidade infantojuvenil ......................... 17
2.1. Demografia e famílias .......................................................................... 17
Síntese do capítulo .................................................................................... 17
2.2. As crianças e o direito à sobrevivência ............................................. 18
Síntese do capítulo .................................................................................... 18
Matriz SWOT ............................................................................................. 19
2.3. As crianças e o direito ao desenvolvimento ..................................... 20
Síntese do capítulo .................................................................................... 20
Matriz SWOT ............................................................................................. 22
2.4. As crianças e o direito à proteção...................................................... 24
Síntese do capítulo .................................................................................... 24
Matriz SWOT ............................................................................................. 25
2.5. As crianças e o direito à participação................................................ 27
Síntese do capítulo .................................................................................... 27
Matriz SWOT ............................................................................................. 28
2.6. As crianças e o direito à não discriminação ..................................... 29
Síntese do capítulo .................................................................................... 29
Matriz SWOT ............................................................................................. 30
2.7. Parentalidade positiva e condições para o seu exercício ................ 31
Síntese do capítulo .................................................................................... 31
Matriz SWOT ............................................................................................. 32
2.8. Síntese geral de desafios, problemas, recursos e potencialidades 33
Capítulo 3 - Plano estratégico local .............................................................. 35
Capítulo 4 - Avaliação do PLPPDCJ ............................................................. 41
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Considerações Finais .................................................................................... 42
Referências ..................................................................................................... 43
Anexo .............................................................................................................. 46
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Introdução
“A criança é definida como todo o ser humano com menos de dezoito anos, excepto se a lei
nacional confere a maioridade mais cedo.”
Convenção Sobre os Direitos das Crianças, art.º. 1
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ou seja, enuncia um amplo conjunto de direitos fundamentais que lhe dão voz,
tornando-a sujeita de direito. Por conseguinte, a criança passa a ter um papel
ativo nas decisões que lhe dizem respeito, assim como na vida em comunidade.
Por seu turno, a Recomendação enuncia uma série de medidas e
estratégias a ser encetadas pelos Estados Membros com vista à efetiva
implementação de uma parentalidade positiva que é definida como um
“comportamento parental baseado no melhor interesse da criança e que
assegura a satisfação das principais necessidades das crianças e a sua
capacitação, sem violência, proporcionando-lhe o reconhecimento e a orientação
necessários, o que implica a fixação de limites ao seu comportamento, para
possibilitar o seu pleno desenvolvimento.”
Além disso, a Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo reforça a
importância de colocar as crianças em primeiro lugar, com vista a que todas
vivam num ambiente seguro e propício ao seu bom desenvolvimento.
De acordo com estes documentos e com o Comité dos Direitos da Criança,
a avaliação diagnóstica e o plano de intervenção do projeto estão divididos em
cinco pilares fundamentais:
▪ Sobrevivência: abrange a satisfação de todas as necessidades biológicas
indispensáveis ao crescimento e desenvolvimento pessoal, tais como a
alimentação, alojamento e cuidados de saúde;
▪ Desenvolvimento: enquadram-se aqui os direitos inerentes à satisfação das
necessidades de desenvolvimento pessoal ao nível cognitivo, emocional, cultural
e social, isto é, necessidades educacionais, de mediação cultural e de
valorização da cultura e da religião, assim como necessidades associadas ao
brincar e ao estabelecimento de relações sociais;
▪ Proteção: inclui a satisfação de necessidades associadas a
vulnerabilidades específicas. Esta noção inclui prevenção, reabilitação e
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capacitação. Dá-se particular atenção aos fenómenos de abuso, tratamento
negligente, violência, tráfico e exploração sexual e laboral;
▪ Participação: neste âmbito é considerada a satisfação de necessidades
relacionadas com a informação e participação;
▪ Não discriminação: é um elo de ligação transversal aos outros quatro
princípios e que deve sustentar qualquer intervenção ou conduta de proteção
dos direitos das crianças.
Com efeito, ainda são inúmeras as situações de crianças e jovens sujeitas
a negligência física e de afeto e até mesmo a maus-tratos físicos e psicológicos.
Outras a quem lhes é negado o acesso à educação ou são expostas a situações
que afetam gravemente o seu desenvolvimento. É importante referir, ainda, a
submissão de muitas crianças a situações de litígio em processos de divórcio
onde muitas vezes a sua voz é ignorada, o que compromete o seu
desenvolvimento e equilíbrio emocional. E não nos podemos esquecer que o
desgaste do quotidiano e os desafios provocados por esta nova era digital,
paralelamente à pandemia que atravessamos, constituem um grande desafio
para as figuras parentais e, consequentemente, para as crianças e jovens.
O projeto Adélia vem fazer face às necessidades apresentadas, tendo por
base as práticas de parentalidade dos pinguins de Adélia devido ao modo
protetor, provedor de segurança, cuidado e bem-estar que este grupo de
pinguins proporciona às suas crias. Além disso, estes pinguins caracterizam-se
pela divisão harmoniosa, colaborativa e organizada da responsabilidade de
cuidado às crias.
Podemos afirmar que o pinguim de Adélia é a analogia perfeita a uma
comunidade que proporciona às suas crianças um bem-estar integral e um
ambiente ótimo, em que podem ser escutadas e crescer felizes. Em paralelo com
o exercício de uma parentalidade positiva, focada na criança e na divisão
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equilibrada das responsabilidades parentais, este projeto torna-se uma mais-
valia para o nosso concelho.
Este documento está dividido em seis capítulos. O primeiro contém a
metodologia do projeto. O segundo inclui informação relativa ao diagnóstico local
infantojuvenil que apresenta sete subtemas (1-Demografia e famílias, 2-As
crianças e o direito à sobrevivência, 3-As crianças e o direito ao
desenvolvimento, 4-As crianças e o direito à proteção, 5-As crianças e o direito
à participação, 6-As crianças e o direito à não discriminação e 7-Parentalidade
positiva e condições para o seu exercício).
O terceiro capítulo apresenta o plano estratégico local. Por último, o quarto
capítulo aborda a avaliação do plano. Este documento contém ainda as
referências e os anexos relativos às tabelas e aos questionários aplicados à
população.
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Capítulo 1 - Metodologia
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propostos pelo Projeto Adélia, e uma recolha de dados de natureza qualitativa,
que assentou, essencialmente, na realização de grupos focais.
Para iniciar a recolha de dados quantitativos, enviámos o questionário
proposto pelo Projeto para as instituições que trabalham diretamente com a
população infantojuvenil, nomeadamente a Santa Casa da Misericórdia de
Amares, o Centro Social e Paroquial de Lago e a Associação de Fomento
Amarense (AFA), obtendo resposta das duas primeiras. Tendo em consideração
o número diminuto de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)
com esta tipologia e o facto de a AFA ser a instituição responsável pelo Serviço
de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS), considerámos que esta
situação constituiu uma limitação.
Posteriormente, organizámos a recolha de dados quantitativos às figuras
parentais e à população infantojuvenil. Devido ao distanciamento social imposto
pela pandemia, contámos com a excelente colaboração do Agrupamento de
Escolas de Amares para enviar os questionários a esta população. É de realçar
que o Agrupamento facilitou, ainda, a realização dos grupos focais, permitindo a
ida às escolas e fazendo chegar o convite às figuras parentais para estas
reuniões.
Relativamente às figuras parentais/pessoas responsáveis, obtivemos 348
respostas ao questionário. No que concerne aos questionários enviados à
população infantojuvenil, dos 8 aos 18 anos, conseguimos um total de 769
respostas.
Tendo em conta as especificidades e o período de desenvolvimento dos
alunos dos 3 aos 7 anos, deslocámo-nos aos seis Centros Escolares para
realizar o questionário adaptado a esta população, obtendo um total de 513
respostas.
Em paralelo, elaborámos um diagnóstico da CPCJ, através de uma análise
SOWT, realizada junto da comissão restrita. As modalidades restrita e alargada
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da CPCJ foram, ainda, convidadas a refletir sobre a realidade das crianças e
famílias do concelho, de modo a perceber as potencialidades e necessidades
desta população.
Após este momento, e referindo-nos à metodologia mais qualitativa,
reunimos com as IPSS e as entidades locais que trabalham, direta ou
indiretamente, com as crianças e famílias do município com a mesma finalidade.
Posteriormente, realizámos um encontro com as entidades que promovem
campos de férias, atividades lúdicas e apoio ao estudo à população infantojuvenil
e apresentámos o plano possível aos presidentes de junta de freguesia.
No tocante às figuras parentais/pessoa responsável, enviámos um convite
para participarem num grupo focal, tendo-se inscrito 60 pessoas. Devido ao
número elevado de inscrições, dividimos as pessoas em três grupos, nos quais
participaram 40, sendo que 4 eram do sexo masculino e 36 do sexo feminino.
Importa salientar que estes encontros se realizaram via Zoom.
Por fim, no que diz respeito à população infantojuvenil, realizámos grupos
focais aos alunos do 3.º ao 12.º ano, pedindo-lhes resposta à questão “o que é
necessário mudar em Amares para que as crianças e jovens sejam mais felizes?”
Visando a otimização do tempo, ouvimos todas as crianças do 3.º e 4.º anos
dos seis centros escolares. Em seguida, foram escolhidas pelo agrupamento de
escolas uma turma por cada ano de ensino do 2.º, 3.º ciclo e secundário.
Contudo, considerámos uma limitação a impossibilidade de auscultar os alunos
do ensino profissional, devido aos horários de estágio.
Apesar das dificuldades mencionadas, o apoio fornecido pelo agrupamento
de escolas, pelo município, o empenho das entidades e IPSS que colaboraram
connosco, assim como a disponibilidade e empenho das figuras parentais e
crianças, foi crucial para a realização deste plano.
Tendo em consideração que o Adélia é um projeto para a comunidade e
exige a participação de todos e todas, após concluído foi revisto por diversos
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técnicos e técnicas que integram a CPCJ e apresentado/disponibilizado à
população através de diversas plataformas. Em síntese, o planeamento da
recolha de informação foi realizado em função dos objetivos, recursos
disponíveis (estratégias, recursos humanos para a recolha e disponibilidade de
acesso às fontes de informação) e calendarização. Esta informação encontra-se
sistematizada na tabela seguinte:
Pordata;
Plataformas Direção-Geral de Estatísticas da Educação
e Ciência;
Dados Estatísticas da Segurança Social; IEFP
disponíveis Centro Distrital da Segurança Social de
Braga;
Pedidos de Município de Amares;
informação ACES – Cabreira Gerês;
CPCJ.
N=2
Questionário a Mulheres – 2
entidades Média de idades – 36 anos
Nível médio de escolaridade – Licenciatura
Questionário a N = 513
crianças do pré- Raparigas = 262; Rapazes = 251
escolar e primeiro Média de idades = 7 anos(Min=3; Máx=9 )
ciclo (3 a 7 anos de
Dados idade)
recolhidos N = 462
através da Questionário a Raparigas = 240; Rapazes = 222
participação crianças dos 8 aos 12 Média de idades = 12 anos (Min=8; Máx=
anos de idade 12)
Nível de escolaridade - 3º ao 7º ano
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N = 307
Questionário a Raparigas = 159; Rapazes = 148
crianças e jovens Média de idades = 14 (Min=13; Máx=18)
(dos 13 aos 18 anos Nível de escolaridade – 7º ao 12º ano
de idade)
Questionário a figuras N = 348
parentais
N = 25
Grupo focal com Mulheres = 18; Homens = 7
entidades Média de idades= 40 (Min=23; Máx=50)
Nível médio de escolaridade - Licenciatura
N = 40
Mulheres = 36; Homens = 4
Grupo focal com Média de idades = 35 anos (Min=27;
figuras parentais Máx=56)
Nível médio de escolaridade – 12 ano
N = 95
Grupo focal com Raparigas = 39; Rapazes = 46
jovens dos 14 aos 18 Média de idades = 14 (Min=14; Máx=19)
anos de idade Nível de escolaridade – 9º ao 12º ano
N = 327
Grupo focal com Raparigas = 150; Rapazes = 177
crianças dos 8 aos 13 Média de idades = 8 (Min=8; Máx=15)
anos de idade Nível de escolaridade – 3º ao 8º ano
Com técnicos da ECMIJ;
Entrevistas informais CPCJ;
Vereadora e Chefe de Divisão da
Educação e Ação Social;
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Por seu turno, a análise da informação foi, sobretudo, de natureza quantitativa,
apreciando valores disponíveis nas plataformas e os resultados brutos aos
questionários aplicados, numa ótica interpretativa acerca do impacto desses
valores na verificação dos direitos das crianças. Alguma informação foi analisada
de forma qualitativa, sobretudo no que diz respeito aos comentários aos
questionários, às apreciações nos grupos focais e às entrevistas realizadas.
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Capítulo 2 - Diagnóstico local da realidade infantojuvenil
“O Estado deve fazer tudo o que puder para aplicar os direitos contidos na Convenção.”
Convenção Sobre os Direitos das Crianças, art.º 4
Síntese do capítulo
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2.2. As crianças e o direito à sobrevivência
“Todas as crianças têm o direito inerente à vida, e o Estado tem obrigação de assegurar a
sobrevivência e desenvolvimento da criança.”
Convenção Sobre os Direitos das Crianças, art.º 6
Síntese do capítulo
Após a análise da informação obtida nos itens que compõem este capítulo,
depreendemos que já foi percorrido um longo caminho e as medidas políticas e
sociais implementadas revelaram resultados efetivos.
Porém, chamou-nos particularmente a atenção o desconhecimento da
população em relação aos serviços que o concelho dispõe como é o caso do
apoio ao pós-parto prestado pelos cuidados de saúde primários.
Por outro lado, constatámos que, no concelho, não existem situações de
pobreza ou exclusão significantes. Paralelamente, há respostas prestadas pelas
entidades nomeadamente pelo município, pelo centro de saúde e por outras
IPSS, que ajudam a minorar as situações de vulnerabilidade social existentes na
comunidade.
Apesar disto, verificamos a necessidade de trabalhar as questões ligadas
à igualdade de género que são um entrave à adoção de técnicas de
parentalidade cooperativa, de investir na saúde mental da população
infantojuvenil, assim como de alertar para a importância dos cheques-dentista.
Para além disso, convém chamar a atenção para a adoção de uma
alimentação saudável de modo a diminuir o número de obesidade e excesso de
peso na população mais jovem, bem como para a necessidade de horas de sono
adequadas para as nossas crianças.
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Também urge que todos reflitam sobre a escolha de estratégias relevantes
que auxiliem a promoção do autocuidado das figuras parentais.
Por último, é preciso investir no reforço do trabalho em rede e na
necessidade de um serviço de mediação e intervenção com as famílias de forma
continuada. Outro aspeto a ter em consideração prende-se com a necessidade
de intervir na área da prevenção de comportamentos/consumos aditivos e
comportamentos violentos entre as crianças/jovens
Matriz SWOT
Forças Fraquezas
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Oportunidades Ameaças
“A criança tem direito a um nível de vida adequado ao seu desenvolvimento físico, mental,
espiritual, moral e social. Cabe aos pais a principal responsabilidade primordial de lhe
assegurar um nível de vida adequado. O Estado tem o dever de tomar medidas para que esta
responsabilidade possa ser – e seja – assumida. A responsabilidade do Estado pode incluir
uma ajuda material aos pais e aos seus filhos.”
Convenção Sobre os Direitos das Crianças, art.º 27
Síntese do capítulo
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Percebemos, ainda, a necessidade de promoção de momentos de reflexão
sobre temas ligados à cidadania, como por exemplo, preenchimento de
documentos, debates ou tertúlias sobre adição, violência entre pares, entre
outros, em conjunto com as entidades responsáveis por estas ações.
Realce-se, ainda, a necessidade de alertar para a importância de uma
gestão saudável do tempo de estudo e de descanso nas crianças e jovens e para
a promoção de medidas que auxiliem a saúde mental desta população.
No que concerne às figuras parentais, urge promover momentos de partilha e
reflexão sobre temas relacionados com a parentalidade positiva no âmbito do
estabelecimento de regras e limites.
Importa refletir, também, sobre a necessidade de adaptar as atividades de
lazer e desporto às dinâmicas das famílias, com vista ao auxílio da vida
profissional das figuras parentais. Além disso, parece ser imperioso realizar mais
atividades inclusivas, envolvendo as juntas de freguesia, por exemplo, para que
se crie um maior apoio no transporte e ajude na promoção de atividades lúdicas
e de lazer na sua área de atuação.
Por fim, constatou-se a necessidade de melhorar a relação entre as figuras
parentais e a escola, alertando para a importância da mediação escolar. Sugeriu-
se, igualmente, a criação de reuniões de pais/mães, onde possam refletir sobre
a educação dos/as seus/suas filhos/as e partilhar experiências. Também devem-
se criar mecanismos que facilitem a comunicação das figuras parentais com a
escola, assim como adaptar os temas abordados no âmbito da educação sexual
e para a saúde às dúvidas e necessidades da população infantojuvenil.
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Matriz SWOT
Forças Fraquezas
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▪ Necessidade de se realizar workshops
sobre questões da atualidade como
complemento às aulas de cidadania.
Oportunidades Ameaças
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2.4. As crianças e o direito à proteção
“O Estado deve proteger a criança contra todas as formas de maus-tratos por parte dos pais
ou de outros responsáveis pelas crianças e estabelecer programas sociais para a prevenção
dos abusos e para tratar as vítimas.”
Convenção sobre os Direitos das Crianças, art.º 19
Síntese do capítulo
Matriz SWOT
Forças Fraquezas
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▪ Dinamização de momentos
formativos e de reflexão entre
profissionais;
▪ Violência doméstica e alcoolismo;
▪ Necessidade de realizar debates/
tertúlias com a população infantojuvenil
sobre situações que põem em risco a sua
segurança;
▪ Transmissão de informação às
crianças e jovens sobre os direitos
consagrados na Convenção Sobre os
Direitos das Crianças.
Oportunidades Ameaças
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2.5. As crianças e o direito à participação
“A criança tem o direito de exprimir livremente a sua opinião sobre questões que lhe digam
respeito e de ver essa opinião tomada em consideração”
Convenção Sobre os Direitos das Crianças, art.º 12
Síntese do capítulo
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Matriz SWOT
Forças Fraquezas
Oportunidades Ameaças
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2.6. As crianças e o direito à não discriminação
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Síntese do capítulo
Matriz SWOT
Forças Fraquezas
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Oportunidades Ameaças
“Cabe aos pais a principal responsabilidade comum de educar a criança, e o Estado deve
ajudá-los a exercer esta responsabilidade. O Estado deve conceder uma ajuda apropriada aos
pais na educação dos filhos.”
Convenção Sobre os Direitos das Crianças, art.º 1
Síntese do capítulo
É de realçar que a exigência laboral cada vez maior e o cansaço que daí
advém, prejudicam em muito a gestão da vida familiar e levam os/as
pais/mães/pessoas responsáveis a uma constante situação de desgaste, que
põe em risco o seu autocuidado e bem-estar, assim como o tempo de qualidade
que têm para os/as seus/suas filhos/as. Podemos constatar que é urgente criar
respostas de intervenção e promoção de uma parentalidade positiva no
concelho. Além disso, é fundamental alertar para a necessidade da
implementação de medidas que apoiem a gestão da vida laboral e familiar.
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Forças Fraquezas
Oportunidades Ameaças
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2.8. Síntese geral de desafios, problemas, recursos e
potencialidades
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• Desconhecimento por parte da população sobre os apoios e serviços da
comunidade;
• Desaproveitamento dos recursos existentes por parte da comunidade;
• Imagem negativa que a sociedade tem sobre a CPCJ.
▪ Criação de candidaturas a projetos que fortaleçam as respostas de lazer
dos/as jovens;
▪ Adaptação dos horários das atividades à vida escolar e aos transportes;
▪ Estimulação da participação em cidadania dos/as jovens envolvendo-
os/as nas decisões e preparação de atividades ou programas destinados
a estes;
▪ Criação de um meio de divulgação das atividades existentes no
concelho de modo articulado;
▪ Melhoramento da articulação das figuras parentais com a escola;
▪ Auscultações periódicas às crianças, jovens e pais/mães;
▪ Divulgação de informação e cursos sobre parentalidade positiva;
▪ Construção de estratégias para auxiliar na gestão da vida laboral e
familiar;
Necessidades ▪ Realização de uma bolsa de técnicos/as especialistas na área de modo
a promover formação periódica para profissionais;
▪ Investimento na sensibilização e informação para crianças e jovens
sobre temas de cidadania/prevenção;
▪ Questionamento aos/às jovens sobre as adaptações que devem ser
feitas na abordagem realizada na educação sexual e para a saúde;
▪ Sensibilização sobre a importância da saúde mental dos/as jovens;
▪ Consciencialização para a importância da promoção dos direitos das
crianças;
▪ Investimento na formação dos/as técnicos nas áreas que abrangem a
população infantojuvenil;
▪ Desmistificação do trabalho realizado pelas CPCJ;
▪ Reforço do trabalho em rede.
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Capítulo 3 - Plano estratégico local
Fundamentação geral
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a promoção de grupos focais de forma regular com as figuras parentais e
crianças/jovens. Para além disto, deve-se construir espaços de divulgação e
consciencialização comunitária sobre a proteção dos direitos das crianças, informar e
intervir nos comportamentos que podem colocar em risco a sua vida, bem-estar e
segurança, assim como informar a comunidade dos serviços existentes no concelho no
âmbito da saúde e apoios sociais, sensibilização para a promoção da saúde mental das
crianças e jovens. Por fim, é fundamental criar ações que promovam uma parentalidade
positiva e intervenham na melhoria da gestão laboral e familiar dos pais/mães/pessoa
responsável, bem como trabalhar as questões de género, violência doméstica e adição.
Tendo em conta que muitas das necessidades de intervenção identificadas
percorrem todo o território nacional, teremos como base do nosso plano de intervenção
o Plano Nacional para a Promoção dos Direitos das Crianças, adaptando-o às
especificidades do concelho.
Eixos de Intervenção
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Sensibilizar as juntas de freguesia para o apoio os transportes, de modo a
facilitar a participação das crianças e jovens nas atividades de lazer;
Criar um panfleto de divulgação das respostas existentes no concelho para
a população infantojuvenil a nível:
- De respostas lúdico-culturais;
- De respostas psicossociais;
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Realizar anualmente uma assembleia de pais/mães com o auxílio das
juntas de freguesia e da escola;
Divulgar junto das famílias/figuras parentais os recursos e serviços
existentes no meio para os apoiar, através de tertúlias e divulgação da
informação na página de Facebook da CPCJ;
Realizar uma ação sobre a importância do autocuidado para as figuras
parentais;
Continuar a divulgar as “Dicas de parentalidade positiva” do projeto Adélia
na página de Facebook da CPCJ;
Criar uma parceria com um jornal local para publicar uma rúbrica sobre
parentalidade positiva.
- Número de figuras parentais abrangidas pelos cursos de parentalidade
Indicadores de positiva;
impacto - Número de participantes nas assembleias de pais e restantes atividades;
- Avaliação das figuras parentais perante as ações de divulgação sobre
parentalidade positiva;
- Espaço para a realização das sessões, como por exemplo, sede das
juntas de freguesia;
Recursos - Protocolo Adélia com o CSPA que abrange Amares;
- Publicação de dicas de parentalidade positiva.
Público-alvo Figuras parentais.
Responsáveis CPCJ; Entidades locais.
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Realizar anualmente uma assembleia dirigida às crianças e jovens do
concelho;
Criar uma caixa de sugestões, na página de Facebook da CPCJ, onde as
crianças, os jovens e as figuras parentais possam dar ideias;
Medidas/Ações Realização na escola e nas juntas de freguesia de ações de
esclarecimento sobre o trabalho realizado pela CPCJ e a importância de
todos contribuirmos para a proteção das crianças do concelho;
Criar formações sobre os direitos das crianças e desenvolvimento infantil
para as figuras parentais, escola e ECMIJ;
Em articulação com as juntas de freguesia realizar momentos de
partilha/discussão com as crianças e jovens sobre temas ligados aos
direitos das crianças e outros sugeridos pelas mesmas.
- Número de atividades realizadas;
- Participação da população nas mesmas;
Indicadores de - Avaliação dos/as participantes em relação às ações;
impacto - Mudanças verificadas na participação em cidadania das crianças e
jovens.
Espaço para a realização das sessões, como por exemplo, sede das
Recursos juntas de freguesia e espaço Conde Ferreira;
Técnicos qualificados e com um grande conhecimento da comunidade.
Público-alvo População infantojuvenil.
Responsáveis CPCJ; Juntas de Freguesia; Município; Entidades promotoras de lazer.
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Promover em colaboração com a Escola Segura momentos
informativos/tertúlias/debates para pais sobre temas ligados à saúde,
sexualidade, consumos aditivos/adições (jogo), prevenção do abuso
sexual, segurança rodoviária, relação com a internet e violência entre pares
(bullying/ciberbullying) através da articulação com as entidades da
comunidade que já trabalham estes temas.
Criar ações com as crianças e jovens sobre gestão de conflitos
interpessoais;
Medidas/Ações Realizar tertúlias/debates que alertem a comunidade em geral sobre o que
são os direitos das crianças e que ações/comportamentos as põem em
risco e perigo.
Em colaboração com os cuidados de saúde primários e o projeto Chega+,
criar momentos de consciencialização comunitários sobre o alcoolismo, as
adições, a violência doméstica e a desigualdade de género.
- Número de atividades realizadas;
- Participação da população nas mesmas;
Indicadores de - Avaliação dos/as participantes em relação às ações.
impacto - Número de respostas criadas;
- Diminuição nos comportamentos de risco verificados.
Recursos Técnicos qualificados e com um grande conhecimento da comunidade.
Público-alvo Comunidade em geral.
Responsáveis CPCJ; ECMIJ; Juntas de freguesia; Município; Centro de Saúde, GNR e
Projeto Chega+.
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Capítulo 4 - Avaliação do PLPPDCJ
Indicadores de avaliação
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Considerações Finais
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Referências
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física. Disponível em:
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/15026/1/SEFLS_Pro
mSaudeAlim_1537-1547.pdf
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Anexo
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