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ATIVIDADE

Marketing Estratégico
Referente as aulas 1 a aula 8
Caro aluno:

O Trabalhos das 08 aulas, estão divididas em duas atividades, sendo o


valor desta atividade 5 pontos;
Todas as questões desta atividade devem serem enviadas em um único
arquivo, caso o aluno encaminhe questão (ões) sem resposta (s), a(s) mesma
(s) será zerada(s).
AS ATIVIDADES CORRIGIDAS NÃO PODEM SER REENVIADAS.
O GABARITO ABAIXO DEVERÁ SER PREENCHIDO OBRIGATORIAMENTE,
CASO ESTA RECOMENDACAO NÃO SEJA ATENTIDA, A
ATIVIDADE/QUESTÃO SERÁ ‘’ZERADA’’.

O ACADEMICO (A) DEVE APENAS INSERIR NA LACUNA A RESPOSTA DA


RESPECTIVA QUESTÃO.

Questão 01- questão aberta

A análise externa verifica aspectos que podem ser


ameaças ou oportunidades com base na situação
atual da empresa buscando assim fatores
competitivos para lidar com essas possíveis
ameaças.

Questão 02- questão aberta

A cadeia de valor é um conjunto de atividades que


visam atender e satisfazer as necessidades dos
clientes, com isso a cadeia de valor proporciona
mudanças nas relações com os fornecedores,
produção, venda e distribuição.
Questão 03- questão aberta

O modelo de negócio adotado pelo “Cirque du


Solie” é totalmente articulado de modo que seus
espetáculos possam percorrer o mundo ajustando-
se com o momento atual. E por tratar-se de uma
organização bem estruturada com estratégias bem
desenvolvidas a tendência é ser gerador de
sucesso em todos os trabalhos desenvolvidos.

Questão 04- questão aberta

Pontos fortes: Incentivos, determinação,


treinamentos para manter um padrão de qualidade
sem perder a essência do espetáculo.
Pontos fracos: Possivelmente uma estratégia para
chamar mais a atenção do publico quanto aos
nomes das tendas.

Questão 05- questão aberta

Talvez a narrativa abordada poderia ser uma


ameaça, pois pode ser interpretada de maneira
diferente em cada lugar que é apresentado. Porém
por ser uma empresa bem estruturada com um
planejamento bem desenvolvido, tende a
acompanhar as expectativas exigidas pelos
expectadores.

COMO FUNCIONA O CIRQUE DU SOLEIL


Texto adaptado
por Elizabeth Nixon
Revista Exame – Fev 2020

Foto: A dança do fogo

INTRODUÇÃO
Não importa para onde você olhe, o Cirque du Soleil é um grande sucesso. Em pouco mais de 20 anos
(a Companhia foi criada em 1984), conquistou uma posição única na indústria do entretenimento, visitou
cidades em todo o mundo e recebeu críticas espetaculares. O Cirque também está muito bem financeiramente:
seus ganhos estão estimados em US$ 1 bilhão, as vendas anuais de ingressos ultrapassaram US$ 450
milhões, e mais de 40 milhões de pessoas ao redor do mundo já assistiram a pelo menos um de seus
espetáculos.
Esta grande popularidade pode ser atribuída à extraordinária experiência de ver o Cirque de perto. A
combinação do trabalho dos artistas, diretores e equipe de bastidores cria um espetáculo completamente
original, que deixa a platéia deslumbrada. O Cirque é reconhecido em praticamente todo o lugar que vai.
O Cirque du Soleil encerrou em junho sua segunda turnê pelo Brasil, em temporada que começou para
o público em 15 de setembro em Curitiba. A trupe se apresentou em seis capitais brasileiras seu espetáculo
Alegría, numa temporada de quase 10 meses. Ao todo, foram 250 apresentações. Como você pode imaginar,
são necessários muito trabalho e talento para realizar um espetáculo como este. Neste artigo, vamos entrar no
Grand Chapiteau (A Grande Tenda) da turnê Alegría e desvendar a magia do Cirque du Soleil.

FUNDAMENTOS DO CIRQUE
O Cirque du Soleil nasceu em 1984 na cidade de Montreal, Canadá, quando um grupo de artistas de
rua se juntou para criar um espetáculo que tinha de tudo. Eles andavam sobre pernas de pau, cospiam fogo e
faziam malabarismos. Ao longo dos anos, o grupo cresceu, criou novos espetáculos e começou a visitar novas
cidades.
Hoje, o Cirque possui cinco espetáculos itinerantes e quatro fixos (que ficam apenas em uma cidade).
A idéia é adicionar um novo a cada ano. Mesmo que seus espetáculos e turnês estejam mais sofisticados, o
Cirque nunca se afastou de suas raízes, a arte de rua. Ao contrário de muitos circos famosos, que têm
números com animais, o Cirque du Soleil utiliza exclusivamente o talento extraordinário de seus artistas. Para
criar um espetáculo, a equipe reúne diversos talentos de todo o mundo e os transforma em um grupo
harmonioso.
Tanto os espetáculos itinerantes, como Alegría e Varekai, quanto fixos como “O”, em Las Vegas, são
realizados de acordo com dois elementos principais: trilhas sonoras e temas únicos. Como vamos ver a seguir,
estes elementos auxiliam o desenvolvimento de cada número, cenário e figurino dos espetáculos.

TEMA
O Alegría, foi o segundo espetáculo criado pelo Cirque, em 1994, na sede artística de Montreal.  É
sempre na sede que a equipe de criação - incluindo o fundador Guy Laliberte, diretores, diretores artísticos,
criadores de cenário e figurino e os coreógrafos - se reúne para discutir sobre novos espetáculos.
O primeiro item a ser determinado é o tema - uma escolha difícil, já que deve interligar todos os
números sem que seja necessária muita narração. A equipe do Cirque evita as narrações para permitir que o
público interprete o espetáculo da maneira que quiser.
Os temas do Alegría são vários, como poder (mau uso do poder político e sua transferência através
das gerações) e contraste (antigas monarquias e modernas democracias, velhice e juventude). Para
representar tudo isso, os personagens do espetáculo se caracterizam de mendigos, crianças, velhos
aristocratas e bobos da corte. Em cada espetáculo do Cirque, o tema é estreitamente ligado à trilha sonora. Na
próxima seção, vamos conhecer esta parte do processo criativo.

O ELENCO
O trabalho dos artistas, com seus números incomparáveis, é a parte mais importante de todos os
espetáculos do Cirque du Soleil. Agentes e olheiros vasculham cidades e lugares remotos à procura de novos
talentos para os espetáculos do Cirque.
Além disso, os agentes realizam testes duas vezes ao ano na Sede Internacional, em Montreal, e os
artistas também podem enviar vídeos com suas performances. Atualmente, a base de dados do Cirque du
Soleil possui mais de 20 mil fichas de artistas, com números que são considerados de sublimes a estranhos.
Parisien conta o vídeo de um homem: "foi algo muito especial...ele encostou o nariz em um copo e depois ficou
movendo o copo para parecer que o nariz estava se mexendo...é muito estranho...eu ri na primeira vez que vi
isso".
Todos os artistas do Cirque du Soleil devem fazer um treinamento ou "aulas de formação" antes de
participar dos espetáculos. Cada um deles é enviado para Montreal, onde treinam de um a seis meses na Sede
Internacional. Mais de 50% dos números do Cirque são de ginástica artística, os outros são uma mistura de
artes circenses e conhecimentos teatrais.
Para os artistas sem conhecimentos em teatro ou artes circenses, as aulas de formação são cruciais.
Durante este período de treinamento, os artistas aprendem as habilidades necessárias para efetivamente
interagir com públicos de 3 mil pessoas.

FIGURINO
O desenvolvimento do figurino e da maquiagem é um elemento importante em todos os espetáculos do
Cirque. O objetivo do criador de figurino é desenvolver uma roupa que represente um personagem e permita
que o artista se apresente com liberdade, tudo isto combinado com elementos estéticos e cuidados com a
segurança. Dominique Lemieux tem criado o figurino de muitos espetáculos do Cirque du Soleil, incluindo o
Alegria. Lemieux trabalha com mais de 300 artesãos e 80 criadores na Sede do Cirque para desenvolver,
produzir e conservar todos os figurinos para o Alegria e outros espetáculos. No Alegria, Lemieux usou os
figurinos para representar o contraste e o poder na luta entre a "juventude" e a "velha guarda". Por exemplo, os
figurinos usados pelos Anjos Brancos e pelos Velhos Pássaros representam o contraste entre o novo e o velho.

Como o número dos Anjos Brancos é feito nas barras russas, segurança e espaço para o movimento
foram levados em consideração para desenvolver suas roupas leves, mas firmes. Usando uma ferramenta
especialmente desenvolvida pelo Cirque, os criadores fizeram o figurino dos Anjos Brancos com uma renda
específica de linha de pesca. A renda modificada é forte o suficiente para suportar 500 kg de pressão.
O traje do homem forte do Alegria também é altamente inovador. Incorpora mecanismos de suporte
discretos, permitindo que o artista levante com segurança os pesos necessários para o número. O figurino para
as contadoras de história do Alegria, a Cantora de Branco e a Cantora de Preto, são vestidos feitos com
armações e lâminas de aço.

A CIDADE MÓVEL
Hoje, um espetáculo itinerante como o Alegria cruza o mundo em uma "cidade móvel" do Cirque du
Soleil, construída para ocupar 16.722m². Em cada nova cidade, esta "cidade móvel" precisa de 140 auxiliares
permanentes e 150 temporários para montá-la, desmontá-la e administrar suas instalações. Isto inclui o Grand
Chapiteau (A Grande Tenda), uma tenda de entrada anexa, o palco, a tenda artística, cozinha e área para
refeição, uma escola e os suprimentos usados para manter tudo funcionando. São necessários 50 caminhões
carregando mil toneladas de equipamentos cada para mover a cidade. A equipe leva oito dias para montá-la e
três para desmontá-la.
O Grand Chapiteau é sempre usado em todos os espetáculos itinerantes do Cirque. É o lugar onde
ficam o palco principal e as áreas de apresentação. O Grand Chapiteau comporta 2.500 espectadores e exige
o trabalho de 70 pessoas, incluindo os "mestres de tenda", treinados exclusivamente pelo Cirque para realizar
a tarefa monumental de levantar a Grande Tenda. A diretora de relações públicas Renee-Claude Menard
relembra a primeira vez que o Cirque montou o Grand Chapiteau: "ninguém sabia como fazer e acabou caindo.
No dia da conferência de empresa estava chovendo muito, a água formou uma poça e a tenda desmoronou".
O Cirque e seus artistas têm muitas tradições de grupo, além de tradições exclusivas para cada
espetáculo. Uma tradição do grupo é dar um nome para cada Grand Chapiteau. De acordo com Menard, esta
tradição existe desde o começo do Cirque: "nesses 20 anos, uma das tradições que acho surpreendente é a de
dar nome às Grandes Tendas. Todas elas têm um nome. Quando um novo Grand Chapiteau é inaugurado,
damos um nome único a ele, único não só para o Cirque du Soleil, mas para a trupe. Existe um pequeno grupo
no Cirque que se reúne para garantir que as tendas sempre sejam nomeadas e este nome não é
necessariamente divulgado. Isto é feito para mostrar a evolução do espetáculo. Primeiro tínhamos apenas
uma, agora temos várias".

Outros pontos principais para aqueles que viajam com a "cidade móvel" do Cirque são a cozinha e a
área de refeição. Nestes lugares, os artistas e as equipes comem refeições preparadas por cinco chefs (com
13 assistentes no total). Estes chefs servem 300 refeições por dia para os artistas e assistentes do Cirque.
Durante os 10 anos de estrada do Alegria, o elenco e as equipes comeram:
● 1.622.400 morangos
● 162 mil quilos de carne
● 374.400 biscoitos
● 79 mil litros de leite
● 1,5 mil quilos de frutos do mar

A cozinha e a área de refeição também são lugares onde os artistas e os assistentes podem se reunir,
conversar e checar os e-mails. Muitas das tradições do Cirque começaram na área de refeição. Na noite de
estréia, por exemplo, os chefs freqüentemente preparam pratos tradicionais da cidade que estão visitando.
Muitas vezes, um membro do elenco ajuda a preparar a comida de seu país. No dia de mudança ou de
"desmontar", os chefs preparam spaghetti à bolonhesa, feito com os alimentos que sobraram. O planejamento
do menu deve ser exato porque a comida não pode ser desperdiçada ou levada para o próximo lugar da turnê.

MEMÓRIA DO CIRQUE
No passado, era extremamente difícil administrar e coordenar os aspectos criativos, elencos, cenários,
instalações dos espetáculos e locais de turnê do Cirque du Soleil. O crescimento da equipe e da rede de
espetáculos do Cirque aumentou esta dificuldade. Por exemplo, em 1984 o Cirque tinha 73 empregados e um
Grand Chapiteau. Hoje, o Cirque tem nove espetáculos, com 2.700 empregados de 40 nacionalidades que
falam 25 línguas diferentes.
Para auxiliar a administração destes vários elementos, o Cirque du Soleil construiu a Sede
Internacional e desenvolveu a "Memória do Cirque" (site em inglês), uma base de dados online. A construção
da sede e a utilização da Memória contribuíram para a evolução do Cirque como uma organização estruturada,
porém criativa. As instalações da sede internacional criaram um lugar central onde a equipe treina os artistas,
desenvolve os cenários e cria os figurinos.
Criado para organizar e administrar os espetáculos do Cirque, a Memória do Cirque vasculha e
organiza os artistas e assistentes, assim como suas necessidades. Trabalhando com consultores de TI
(tecnologia da informação) externos e com seu próprio departamento de TI, o Cirque desenvolveu e
implementou uma base de dados global com acesso online e em cinco línguas diferentes. Construído usando
apenas o Microsoft Windows 2000, Internet Information Server 5.0 e SQL Server 2000, a Memória do Cirque
possui seis aplicações: elenco, maquiagem, memória de figurinos, medi-cirque, kin-cirque e administração de
números.
O sistema permite que o Cirque rastreie os 20 mil artistas no diretório de elenco. A base de dados
também inclui fotos e instruções sobre aplicações de maquiagem em cada personagem, além de 5 mil modelos
de figurino e 4 mil notas de revezamento. A equipe e os médicos do Cirque podem monitorar a saúde e a
recuperação dos artistas através de 24 mil arquivos no Medi-Cirque. Se necessário, os diretores podem usar a
Memória do Cirque para achar substitutos com os mesmos pesos e alturas dos artistas machucados,
eliminando suportes caros e a produção de novos trajes. Esta administração de dados garante a constante
qualidade de cada espetáculo durante suas apresentações e ajuda a assegurar que as reposições ou
mudanças de elenco, figurino ou cenário ocorram da maneira mais rápida e eficiente possível.
O Cirque du Soleil evoluiu muito desde quando foi criado por um grupo de artistas de rua em Montreal.
Por 20 anos, foram feitos espetáculos de tão surpreendente beleza e talento que o Cirque está destinado a
continuar redefinindo o entretenimento ao vivo e ser um grande sucesso de bilheteria em todo o mundo.

1) Por que devemos fazer uma análise dos fatores externos no momento da definição de
uma estratégia?

2) O que você entende por cadeia de valor?

3) Tendo em vista o texto sobre o “Cirque du Soleil”, de que forma você vê o modelo de
negócio adotado pela companhia?

4) Quais seriam a seu ver os pontos fortes e fracos apresentados pelo texto sobre o
Cirque du soleil?

5) Quais as principais ameaças (aspectos externos) a serem enfrentadas pelo Cirque du


soleil?

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