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Agrupamento de Escolas de Mogadouro

Disciplina: História e Cultura das Artes

A. M.
Índice

Índice
1 – Introdução ............................................................................................................................... 3
2 - Principais características da arte gótica ................................................................................... 5
3 – A Expressão da arte gótica ...................................................................................................... 6
3.1 – Arquitetura Gótica............................................................................................................ 6
3.1.1 características da arquitetura gótica............................................................................ 7
3.1.2 - Catedral gótica ........................................................................................................... 7
3.1.3 - Elementos construtivos.............................................................................................. 8
3.1.4 – Nível estético das técnicas construtivas.................................................................... 9
3.1.5 – Alterações formais..................................................................................................... 9
3.2 - Catedrais góticas ............................................................................................................. 10
3.2.1 – Igreja da Abadia de São Dinis .................................................................................. 12
História da basílica.................................................................................................................. 12
3.3 - Escultura gótica ............................................................................................................... 13
3.4 - Pintura gótica .................................................................................................................. 14
3.5 - Iluminuras ....................................................................................................................... 14
3.6 – Alguns dos artistas góticos ............................................................................................. 15
3.7 - O Gótico em Portugal ...................................................................................................... 16
3.7.1 – Estilo Manuelino ...................................................................................................... 16
4 - Conclusão ............................................................................................................................... 18
Bibliografia: ................................................................................................................................. 19
1 – INTRODUÇÃO

O presente trabalho foi


realizado no âmbito da
disciplina de História e
Cultura das Artes, dentro
do módulo sobre o tema
a Arte Gótica.

Em termos gerais
pretendi com o presente
trabalho fazer a
caracterização da arte gótica e o seu enquadramento em termos socias, económicos e
políticos da altura.

A arte Gótica foi um movimento de arte medieval europeu que durou cerca de três
séculos. O termo “gótico” surgiu, de acordo com testemunhos documentais, como
forma de menosprezar a arte que não seguia os padrões artísticos da Grécia e da Roma
Clássica, padrões esses difundidos por toda a europa. Já que a palavra “gótico” provém
de “bárbaro”, cujo significado ainda hoje se conota com selvagem, atrasado, inculto, e
que pretendia caracterízar o estilo que não se enquadrava nos já refeidos padrões
artisticos da Grécia e Roma. No entanto esta conotação, a algo menor, deixou de existir,
quando esta forma de arte começou a aparecer associada às cidades mais modernas da
Europa com as suas catedrais monumentais

Segundo estudiosos do assunto, o advento do estilo gótico representa o ápice da


conquista da cristandade unificada. Por outras palavras,” a arte gótica representa uma
síntese bem-sucedida entre religião, filosofia e arte”.

A arte gótica começou por se desenvolver na França, nos meados do século XII e mante-
ve até final do século XIV. Durante esse lapso de tempo, outros paises da Europa

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medieval, absorveram essa arte continuando a mesma até ao final do século XV, quando
progrediu para a Arte Renascentista.

Este estilo de arte surgiu num período de grandes transformções sociais e económicas,
tendo sido identificado como a arte das Catederais, onde conheceu o seu maior impacto.

A arte gótica é o reflexo do desenvolvimento das cidades e surge como resposta à


austeridade do estilo românico.

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2 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA ARTE GÓTICA
Muito embora cada forma de manifestação da arte gótica tenha as suas particularidades
singulares, há no entanto características, como não podia deixar de ser, transversais, ou
seja, comuns a todas elas:

 Naturalismo: A
pintura gótica afastou-
se da arte bizantina em
direção a um
naturalismo maior,
tomando a forma de
um estilo mais suave e
realista, cujas
características gerais
perduraram até
meados do século XIII.
 Simbolismo: Na catedral gótica, o interior foi elevado de tal maneira que os olhos
do espectador olham primeiro para o topo da catedral deixando claro o
pensamento dos arquitetos sobre o simbolismo da esperança cristã de deixar o
mundo material para um reino celestial;
 Religiosidade: Com efeito, os vitrais, muitas vezes adornados com figuras
religiosas, eram centrais para a percepção da catedral como um símbolo da fé
cristã;
 Dinamismo: para além da naturalidade o dinamismo das figuras é uma das
características da arte gótica;
 Elevações verticais: Os arquitetos góticos possuíam o desejo de ver seus edifícios
próximos ao céu e assim o fizeram com grande magnitude. Desse modo, a
verticalização das construções era fundamental e seus objetos de trabalho eram
sobre as catedrais católicas.

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 Iluminação natural: As paredes das
catedrais possuíam paredes grossas,
colunas e pilares para sustentar as grandes
abóbadas (estruturas internas curvadas)
que projetavam. Essas construções
contavam também os arcobotantes,
importante inovação técnica que permitia
aumentar a exposição à luz internamente;
 Didatismo: O didatismo dos vitrais medievais, são elementos didáticos em que
a linguagem visuais é um elemento presente na arte gótica.

3 – A EXPRESSÃO DA ARTE GÓTICA

A arte gótica teve a sua expressão nas mais variadas foras de arte, nomeadamente na
arquitetura, na escultura, na pintura e na iluminura

3.1 – Arquitetura Gótica

Foi sem sombra de dúvida a principal expressão da arte gótica, tendo sido disseminada
por diversas regiões da Europa, principalmente com as construções de grandiosas
igrejas.

Esta arquitetura apoiava-se nos princípios de um forte simbolismo teológico, onde as


paredes eram a base espiritual da igreja os pilares representavam os santos e os arcos e
os nervos eram o caminho para igreja.

Do ponto de vista construtivo e estrutural a arquitetura gótica diferenciou se pela


elevação e desmaterialização das paredes e com distribuição espacial da luz natural.

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3.1.1 características da arquitetura gótica

◊ verticalidade dos edifícios;

◊ leveza no interior;

◊ janelas predominantes de vitrais que permitiam a entrada da luz natural

◊Torres embelezadas

◊Arco de volta quebrada

◊consolidação dos arcos feita por abobadas de arcos cruzados ou de ogivas

◊nas torres os telhados são em forma de pirâmide

3.1.2 - Catedral gótica

Como foi referido anteriormente a arte gótica teve o seu


exponencial na arquitetura, onde a sua maior expressão
e expansão se deu através da catedral gótica, onde esta
sobressai pela sua verticalidade.

O exterior de uma catedral gótica é imponente e


profundamente decorado, o seu interior é amplo com
teto elevado e luminoso com formas arquitetónicas
graciosas que nos transmitem uma sensação de leveza
quase sem peso contrapondo com a solidez maciça com
os interiores romanos.

A utilização de grandes janelas onde se


destacam os magníficos vitrais dão ao
interior uma luminosidade coada que
deslumbra e convida à meditação.

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3.1.3 - Elementos construtivos

Nos elementos construtivos da arte gótica surgiram inovações técnicas das quais se
destacam:

Abóboda de cruzamento de ogivas: É uma forma que deriva da abóboda de aresta em


que os arcos de suporte se encontram na diagonal. As abóbodas góticas são compotas
por secções independentes em que os arcos e cada tramo desempenham um papel de
armação, suportando o peso da abóboda e descarregando-o nos pilares. É este
elemento construtivo que concentra o peso em pontos específicos, soltando as paredes
permitindo dessa forma grandes aberturas preenchidas por vitrais.

Arco quebrado: Este arco vem substituir o arco de volta perfeita utilizada na arte
românica, conferindo aos portais e as arcaturas interiores um aspeto de verticalidade.

Arcobotantes: elementos que tem como função o reforço no exterior dos pontos de
pressão. Estes elementos são constituídos por duas partes: uma massa sólida com
função de contraforte(estribo)e um ou mais arcos que partem do estribo e apoiam as
paredes da nave central.

Arco em ogival: O arco em ogiva surge na arquitetura gótica, como forma de elevar os
4 arcos à mesma altura, só sendo
possível agudizando os arcos dos
lados menores.

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Novas formas de cobertura:

3.1.4 – Nível estético das técnicas construtivas

Com as alterações sofridas em termos construtivos, o estilo gótico deu às catedrais uma
estética mais vertical, dotando de leveza e iluminação as catedrais de alguns locais da
Europa, contrapondo com o ar pesado e sombrio da arquitectura romana.

A altura e suntuosidade das construções imprimiam uma noção de diminuição do ser


humano nesses locais. As torres com uma maior projeção vertical serviam também
como reverência a Deus, pois se direcionavam aos céus. Algumas das construções
tinham o formato da cruz latina, perceptível a partir de uma vista superior da edificação.

3.1.5 – Alterações formais

Tipo de planta: A planta da catedral gótica baseava-se no modelo da antiga basílica


romana, que era um mercado
público combinado e um
tribunal; que também foi a base
da planta da catedral românica.
A catedral tem a forma de uma
cruz latina. A entrada é
tradicionalmente no extremo
oeste

Mais tarde, com o desenvolvimento do arcobotante, os suportes afastaram-se das


paredes e as paredes foram construídas muito mais altas. Aos poucos, as tribunas e o
trifório desapareceram, e as paredes acima das arcadas foram ocupadas quase
inteiramente por vitrais.[

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Inovações do interior da catedral: Outra característica do estilo gótico, doméstico e
eclesiástico, é a divisão do espaço interior em células individuais de acordo com as
nervuras e abóbadas do edifício, independentemente de a estrutura ter ou não um teto
abobadado. Esse sistema de células de tamanho e forma variados, justapostos em vários
padrões, foi novamente totalmente único na antiguidade e no início da Idade Média

O espaço interior tornou-se mais amplo e mais iluminado, já que os vitrais permitiam
um melhor aproveitamento da luz natural

Inovações no exterior da catedral: As inovações técnicas que surgiram na arquitetura


gótica, traduziu-se no aumento da altura das abóbadas, pilares e colunelos mais
delgados, acentuação da verticalidade.

3.2 - Catedrais góticas

- Catedral de Amiens, França

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- Catedral de Colónia, Alemanha

- Catedral de León, Espanha

-Catedral de Lincoln, Inglaterra

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- Catedral de Notre-Dame, Paris,
França

3.2.1 – Igreja da Abadia de São Dinis

A Basílica de Saint-Denis é conhecida por


ser o lugar da sepultura da monarquia
francesa, além de ser o primeiro templo
construído em estilo gótico.

A Basílica de Saint-Denis (São Dionísio)


está localizada no bairro de mesmo nome, ao norte de Paris.

História da basílica

São Dionísio, primeiro bispo de Paris e


santo padroeiro da França, foi
enterrado no lugar onde mais tarde
seria erigida a Abadia de Saint-Denis em
sua homenagem. Durante o ano de
1136, começou a transformação do
templo de caráter gótico, que só foi
terminado no final do século XIII.
Durante a Revolução de 1793, as tumbas da basílica foram profanadas e os restos dos
membros da realeza foram enterrados em uma fossa comum, onde permaneceram até

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1817. Desde então, os restos que foram identificados descansam em suas tumbas,
enquanto os ossos dos monarcas que não puderam se diferenciar permaneceram no
grande ossário localizado junto à cripta.

3.3 - Escultura gótica

A escultura gótica desenvolveu-se a par da


arquitetura das igrejas estando por isso
presente nas fachadas, tímpanos e portais
das catedrais. Esta expressão artística é
caracterizada pelo seu naturalismo que ao
mesmo tempo pretende retratar as formas
da realidade e procura expressar a beleza
ideal do divino. A escultura gótica está fortemente associada à arquitetura na medida
em que, e embora a maior parte das obras tivessem sido desenvolvidas separadamente,
estas foram colocadas no interior das igrejas e catedrais.

Esta escultura teve, no


entanto, uma evolução, já
que as estatuas alongadas e
sem qualquer movimento
deram lugar a figuras que
vão adquirindo naturalidade
e dinamismo onde as formas
passam a ser arredondadas
e a expressão do rosto
acentua-se

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3.4 - Pintura gótica

A pitura gótica tem como principal


particularidade a procura do realismo
na representação dos seres que
compunham as obras pintadas,
incidindo quase sempre em temas
religiosos. Esta arte gótica desenvolveu

se nos séc. XII, XIV e séc. XV onde


começou a ganhar novas
caraterísticas que anteveem o
renascimento

3.5 - Iluminuras

Sendo iluminura uma arte de ilustração sobre


pergaminhos dos livros manuscritos, o
desenvolvimento deste género artístico está
fortemente ligado à difusão dos livros ilustrados,
património quase exclusivo dos mosteiros, e que
eram encomendados por particulares,

aristocratas e burgueses.

Durante o séc. XII até ao século XV a arte


ganhou uma forte expressão nos objetos

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preciosos e nos ricos manuscritos ilustrados. Desta forma os copistas dedicavam-se à
transcrição dos textos sobre as páginas deixando, de antemão, espaços para que os
artistas fizessem as ilustrações, os cabeçalhos os títulos ou as letras maiúsculas com que
se iniciava um texto.

São exemplos desta arte os grandes livros litúrgicos, a Bíblia e os Evangelhos, que foram
ilustrados pelos iluministas góticos em formatos manejáveis.

3.6 – Alguns dos artistas góticos

◊Giotto de Bondone

◊Jan Van Eyck

◊Rogier Van der Weyden

◊Duccio di Buonensegna

◊Hieronymus Bosh

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3.7 - O Gótico em Portugal

A arte gótica em Portugal foi


um movimento artístico que
se centrou na arquitetura e
artes plásticas incidindo
sobre tudo nas construções
religiosas surgiu no final do
séc. XII e prolongou-se
através do estilo manuelino
até ao séc. XV

O estio gótico em Portugal teve uma décalage em relação à restante Europa,


fundamentalmente devido ao facto da dissolução do estilo românico pelo gótico ter
ocorrido lentamente, havendo muitas igrejas portuguesas de estilo de transição
românico-gótico datando do século XIII e até do século XIV.

A expansão da arquitetura gótica em Portugal deveu muito às ordens religiosas


mendicantes (franciscanos, dominicanos, carmelitas, agostinhos), que construíram
vários mosteiros em cidades portuguesas nos séculos XIII e XIV. Importantes exemplos
desta fase, frequentemente referido como gótico mendicante

3.7.1 – Estilo Manuelino

O Estilo manuelino, é um estilo decorativo, escultório e principalmente de arte móvel


que se desenvolveu no reinado de D Manuel I e prosseguiu após a sua morte.

Características: A característica dominante do Manuelino é a exuberância de formas e


uma forte interpretação naturalista-simbólica de temas originais, eruditos ou mesmo
tradicionais. É na janela, tanto em edifícios religiosos como seculares, que este estilo
melhor se observa.

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Os motivos aparecem em construções, pelourinhos, túmulos ou mesmo peças artísticas,
deque a Custódia de Belém é exemplo.

Elementos inovadores/temas: Os motivos mais frequentes da arquitetura manuelina


são a esfera armilar, a cruz da Ordem de Cristo e elementos naturalistas: Corais, Algas,
Alcachofras, Pinhas, animais vários e elementos fantásticos: Ouroboros, Sereias,
Gárgula.

Principais autores:

Atores provenientes da Galisa e Biscaia: Tomé de Tolosa, Francisco Fial e Pêro Galego,
João de Vargas, João Parmenes, o português João Lopes, o cantábrico João de Castilho,
Diogo Boitaca e Mateus Fernandes.

Edifícios de arquitetura manuelina: de entre os edifícios de arquitetura manuelina


estão edifícios civis, militares e religiosos

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Escultura:

Na escultura destacam-se os túmulos de D


Pedro I e de Inês de Castro no mosteiro de
Alcobaça (XIV), os túmulos reais do mosteiro
da batalha (séc. XV) entre outros.

Pintura

Na pintura destacam se os
painéis de São Vicente,
atribuídos a Nuno Gonçalves e
que hoje os podemos
encontrar no museu nacional
de arte antiga de lisboa.

O facto da arte gótica ter coincidido em parte com a expansão portuguesa por terras ou
predomínios de além-mar levou a que este estilo fosse disseminada pelos territórios
descobertos pelos portugueses particularmente as ilhas atlânticas dos açores e da
Madeira.

4 - Conclusão
A realização deste trabalho permitiu-me ter um conhecimento mais aprofundado da
arte gótica e verificar que esta se difundiu por toda a europa principalmente através da
arquitetura. Ao realizar este trabalho ressaltou-me a grandiosidade e a complexidade
arquitetónica e beleza quer das esculturas e pinturas, perguntando-me mesmo como foi
possível a construção de imponentes belezas há 7/ 8 séc. atrás.

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Bibliografia:
www.museudearteantiga.pt

pt.wikipedia.org

Manual da Disciplina

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