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WHAT HAPPENS IN VEGAS
Ashley

Senti seus olhos em mim, no momento em que entrei no bar. Ele era
alto, moreno e bonito, que não pude deixar de jogar a cautela ao ar e ceder
a ele. Uma rodada de bebidas, uma noite de sexo e sem expectativas.

Afinal, o que acontece em Las Vegas, fica em Las Vegas. Certo?

James

Em meio a luzes brilhantes, bebidas sem fim e mulheres bonitas, o


olhar sensual de Ashley me prende no segundo em que coloco meus olhos
nela.

Algo sobre a maneira como ela se move, eu simplesmente não posso


deixá-la ir.

Até o final da noite, ela vai ser minha ...

WHAT HAPPENS IN VEGAS é uma história independente curta


e cheia de fogo, paixão, sem trapaça, sem triângulo amoroso e com
um HEA.
Ashley
Seus olhos estavam em mim, assim que me sentei em uma das
banquetas. Mesmo antes de olhar na direção dele, eu podia senti-lo
rastreando cada movimento que eu fazia, me escolhendo no bar lotado do
hotel e me fazendo sentir vulnerável.

Quase nua.

Eu apenas peguei um vislumbre dele, pelas costas do barman, mas as


partes que eu tinha visto - olhos escuros e ardentes, um flash de dentes
brancos e brilhantes, enquanto seus lábios se curvavam em um meio sorriso,
pequenos fios de prata entre seu cabelo preto e ondulado - era sexy demais.

—Posso ajudar?

A voz áspera do bartender, me puxou de meus pensamentos. Resisti à


vontade de esticar o pescoço, olhar além de sua forma volumosa, para dar
outra espiada no homem que de alguma forma, no espaço de menos de um
minuto, se tornou o único foco da minha atenção.

Algo sobre ele, era apenas ... magnético.

Era enlouquecedor não poder vê-lo, logo atrás do homem que estava
entre nós, ele estava lá, esperando.

Observando.
—Oh, hum...— eu engoli em seco e peguei o pequeno menu de bebidas
na minha frente, percebendo tardiamente, que o barman ainda estava
esperando por uma resposta. —Não tenho certeza. Eu acho que preciso de
um minuto.

Eu precisava de mais de um minuto. Eu precisava de um pouco de água


fria, um banho frio ou algo para me ajudar a me concentrar. Deus, você
pensaria que eu nunca tinha visto um homem antes, do jeito que meu corpo
estava reagindo. Mas, novamente, eu nunca tinha visto um homem como
ele.

Um rápido vislumbre, só me tinha feito querer mais, mas tinha sido


mais do que suficiente, para obter uma reação de minha mente e corpo.

Foi aquela emoção do desconhecido. Alguém novo, em um novo lugar.


Qual era a história dele? De onde ele era? Minha mente estava nadando com
perguntas, enquanto tentava em vão me concentrar nas páginas à minha
frente.

Levantei os olhos, bem a tempo de ver o barman deslizar um copo de


vinho branco, na minha frente.

—Cortesia do cavalheiro no final do bar — disse ele, finalmente se


afastando para que eu o pudesse ver.

Mas ele não estava lá.

Pisquei e olhei, meus olhos examinando os outros rostos ao redor do


balcão comprido, em forma de ferradura, mas nenhum deles era ele.
Merda.

Por que ele me pagou uma bebida, apenas para sair imediatamente
depois? Não fazia sentido, e pude sentir uma onda de desapontamento,
enquanto tentava chamar novamente a atenção do barman.

—Espero não estar avançando muito ...

Meu coração ficou preso na garganta, quando a voz sexy e forte, tomou
conta de mim. Eu sabia que era ele, mesmo antes de me virar e olhar por
cima do ombro.

Oh meu Deus.

Ele parecia mais incrível de perto, se isso fosse possível. Bonito, moreno
e sexy como o inferno.

—Não, de jeito nenhum— eu disse, minha própria voz soando nervosa


e baixa, aos meus ouvidos.

Eu podia sentir meu rosto corar, enquanto me atrapalhava com o menu


de bebidas, tentando colocá-lo de lado, sem derrubar o copo cheio de vinho,
que estava na minha frente. Essa seria uma ótima primeira impressão…

—Você se importa, se eu me juntar a você? Ou ...— ele deu de ombros


e sorriu. —Eu posso voltar a admirá-la à distância, se você estiver esperando
alguém.

A risada que saiu da minha garganta, definitivamente, não era o som


que eu pretendia fazer, e minhas mãos tinham uma vida própria, finalmente
empurrando o maldito menu de bebidas, para fora do caminho, apenas para
fazer charme com a pequena e delicada pulseira, que peguei por um
capricho, no aeroporto.

Se soubesse que iria encontrar um estranho bonitão no bar, usaria algo


um pouco mais elegante, mais sensual ... algo mais do que a pulseira brega
e turística. Mas não tinha planejado nada disso. Eu simplesmente precisava
de algo para acalmar meu ego, depois da minha série de derrotas nas
máquinas caça-níqueis, e bijuterias sempre foram uma aposta segura.

—Eu não estou esperando ninguém — eu disse, percebendo que ele


estava me olhando inquieto e apertei minhas mãos no meu colo em um
último esforço para parecer que era uma adulta.

Ele levantou uma sobrancelha e percebi que realmente não tinha


respondido sua pergunta.

—Você pode se juntar a mim, se quiser— eu disse, fazendo o possível


para fingir que não me importava.

Mas me importei.

Muito.

Eu queria saber mais, sobre o cara gostoso com olhos encantadores e


sorriso de estrela de cinema. Naquele momento, eu precisava saber mais.

Ele me deu aquele sorriso de mil watts novamente, quando puxou uma
banqueta vazia e a virou para mim de modo que apenas alguns centímetros
separavam nossos joelhos, quando se sentou. Eu podia sentir minha
respiração acelerar, e parecia que a temperatura na sala, subiu dez graus.

Tomei um longo e lento gole de vinho. O gosto frio e amargo era


calmante, mas levaria mais do que alguns goles para acalmar meus nervos.
Mais como um par de garrafas, a este ritmo. Não era como se eu nunca
tivesse sido abordada em um bar antes, é claro, mas isso era... diferente.
Normalmente, eu dispensava os caras sem pensar duas vezes. Eu
normalmente não estava interessada em nada que eles tivessem a oferecer,
mas a maneira como esse cara estava olhando para mim, me fez querer
concordar com qualquer coisa que ele pudesse perguntar.

Isso me fez querer perguntar-lhe algumas coisas, se eu estava sendo


honesta, mas estava tendo dificuldade em manter tudo junto, naquele
momento.

Mais vinho. Isso sempre ajuda ...

Se ele estava ciente do meu nervosismo, ele não parecia se importar. E


se ele sentiu a mesma coisa, escondeu bem.

Ele me olhou em silêncio, por alguns momentos, enquanto o barman


trazia sua bebida do outro lado do bar. —Posso pegar outro uísque, Sr.
Sterling?— Ah, então ele tinha um nome.

—Sim, por favor. Isso seria bom.

Eu podia ouvir a voz dele, quase a noite toda. Tão suave e profunda.
Tomei outro gole de vinho e me virei para ele.
—Você vem sempre aqui, senhor Sterling?— Eu atirei uma piscadela
brincalhona, finalmente me sentindo um pouco mais confiante, na minha
capacidade de realmente manter uma conversa. E na minha capacidade de
tirar a calcinha, a qualquer momento, apenas no caso de ele perguntar.

—Você pode me chamar de James— disse ele rindo. —E não com


frequência, mas quando venho, Trey aqui...— ele acenou com a cabeça para
o barman, —...certifica-se de cuidar de mim. Eu gosto de pensar que é
porque sou um cara do gelo, mas provavelmente ajuda que eu dê uma
gorjeta muito boa.

—Às vezes, um bom cliente é melhor do que uma gorjeta, ou pelo menos
tão bom quanto— interveio o barman, Trey, colocando um copo novo na
frente de James, enquanto ele pegava o quase vazio.

—E quanto a você?— James perguntou, aqueles olhos escuros se


fixando em mim novamente, como se eu fosse a única pessoa na sala. —Você
vem aqui frequentemente?

—Esta é a minha primeira vez— eu disse. —Mas até agora, Vegas está
cumprindo suas expectativas.

—Ah? E isso é uma coisa boa? Eram altas as expectativas?

Eu sorri. —Bem, eu perdi dinheiro, assim que cheguei ao aeroporto ...

—Isso é esperado em sua primeira vez aqui.


—E minhas amigas em casa, me disseram que eu provavelmente
conheceria um estranho bonito.

Ele olhou em volta, fingindo ignorância. —Você o trouxe? Pensei que


você tivesse dito que não estava esperando ninguém.

Eu poderia dizer que ele gostou do elogio, no entanto. E eu realmente


não tinha a intenção de ser tão tímida, mas as palavras saíram antes que
eu pudesse detê-las. Além disso, era a verdade. Ele é bonito.

Não, mais do que isso.

Ele me dava calor.

—Então... — continuei, — não sei o que está reservado para o resto da


noite, mas até agora, não posso reclamar.

Ele assentiu. —Gosto que você esteja tão aberta a seguir o fluxo. Isso
me lembra ... eu. O velho eu, pelo menos.

Tomei outro gole de vinho, enquanto pensava em suas palavras. Minha


curiosidade foi despertada.

—O velho você? Você não segue mais o fluxo?

—Não. Em algum lugar ao longo do caminho, fui pego fazendo as coisas


que eram esperadas de mim e acontece que é muito difícil quebrar as rotinas
pelas quais você acaba estruturando sua vida.— Com um sorriso, ele
acrescentou: —Mas é a mesma velha rotina que me trouxe aqui hoje à noite,
e veja como isso acabou.
Pela primeira vez, notei uma certa tristeza, ou pelo menos uma pitada
de melancolia que eu não havia visto antes em seus olhos. Mas estava lá e
desapareceu tão rapidamente, que se eu não estivesse prestando muita
atenção - ou se tivesse tomado um pouco mais de vinho - eu poderia ter
perdido.

Foi então que eu percebi, para todos valia sua boa aparência e charme,
mas senhor James Sterling, não era muito feliz. E não pude deixar de me
perguntar, por quê? O que o fez cínico? Quando ele parou de ‘seguir o fluxo’
e ficou preso na rotina da qual estava tão claramente cansado?

—É engraçado como as coisas funcionam, não é?— Eu perguntei, sem


saber por um momento, se realmente estava perguntando a ele ou a mim
mesma. —Então, James, acho que você está aqui a negócios?

Ele deu de ombros, sem compromisso. —Prazer, no


momento. Embora fosse ainda melhor, se eu soubesse seu nome.

—Justo. Ashley. Ashley Davis.

—Bem, Ashley Davis, é definitivamente um prazer conhecê-la.


Provavelmente, o maior prazer que já tive em um tempo, para ser sincero.

Eu ri. Deus, era enlouquecedor que ele fosse tão charmoso. Se um cara
no campus tivesse dito algumas dessas frases, eu teria revirado os olhos e
caído fora. Mas ele era tão sexy e sem esforço, tão seguro de si que não pude
deixar de me sentir atraída.
Era mais do que apenas a confiança fácil. Ele parecia inteligente e
profundo, com olhos cheios de histórias, esperando apenas para serem
contadas.

Eu queria conhecer todas elas.

—Eu quero saber tudo sobre você.— Senti meus olhos se arregalarem,
quando as palavras que eu estava pensando saíram da minha boca, surpresa
com a minha própria falta de filtro. Mas era a verdade, e não tentei voltar
atrás.

—Eu não sei se temos tanto tempo Ashley, e provavelmente só te


aborreceria com os detalhes.

—Você não é chato e temos a noite toda.

Talvez fosse o vinho, que estava me deixando ousada. Ou talvez fosse o


fato de eu estar longe da vida tranquila e estudiosa que levava no Texas.

Mas Vegas estava longe o suficiente de Dallas, de todas as formas


possíveis, para que pudesse estar em outro planeta, e não havia nada para
me impedir de dizer ou fazer o que quisesse, agindo por meus impulsos,
mesmo que isso significasse conversar com um estranho em um bar abafado.

Ou mesmo levando aquele estranho gostoso de volta ao meu quarto de


hotel, se eu quisesse.

Ele sorriu, seus olhos brilhando com um desejo, que espelhava meus
pensamentos. —Eu gosto de você, Ashley. Eu gosto de uma mulher que diz
o que quer. Provavelmente poderíamos nos dar muito bem e você está certa.
Nós temos a noite toda.

Eu estava determinada a continuar dizendo o que eu quisesse, com ele.


Para dizer o que eu queria. Porque parte de mim sabia que por mais sexy,
charmoso e intrigante que James Sterling fosse, era apenas por uma noite.
Não importa como seriam as próximas horas gastas, ele e eu, acabaríamos
por trilhar nossos caminhos separados e nunca o veria novamente.

Era uma realização libertadora. Eu poderia dizer e fazer o que quisesse.


Eu poderia ter o que queria.

Eu queria James. Pelo menos, por uma noite.

E estávamos em Las Vegas.


James
Eu não pretendia falar com ela.

Com Ashley.

Aproximar-me de mulheres mais jovens e sensuais em bares, não era


algo que eu normalmente fazia, nunca algo que eu fazia em particular, mas
que diabos. Não era disso que se tratava Vegas?

Eles não a chamavam de “Cidade do Pecado” apenas porque era um


nome cativante.

Eu estava me sentindo com sorte, e isso não era algo que acontecia com
muita frequência também. Mas nunca cheguei ao cassino e fiquei tão feliz
em perder alguns jogos de blackjack na minha vida.

Além disso, havia mais de uma maneira de ter sorte.


Especialmente em Las Vegas.

Parecia mais do que apenas sexo, mesmo antes do sexo se tornar uma
perspectiva. Eu com certeza, queria falar com ela.

Ela era linda, mas nada parecido com o tipo de mulher que eu
normalmente namoro em Nova York. Eu poderia dizer que seus cabelos
escuros e traços sérios, escondiam um fogo interno. Desde o momento em
que a vi, não consegui tirar os olhos dela. E quando seus olhos se fixaram
nos meus, mesmo que apenas por uma fração de segundo, o choque que
passou pelo meu corpo foi elétrico.

Eu a queria. Eu queria estar perto dela.

Antes que eu pudesse me parar, pedi uma bebida para ela, e meus pés
me levaram até ela. Meus instintos estavam certos. Ela era cativante,
engraçada e inteligente. Mesmo depois de alguns minutos, eu podia dizer
que ela era uma pessoa séria, alguém que tinha a merda contida. Alguém
que provavelmente não se apaixonaria, por alguém como eu.

Mas então, de alguma forma, bem acima de qualquer coisa que eu


esperava, a levei de volta para o meu quarto.

Nós não temos nenhuma expectativa, além desta noite. Ela deixou isso
claro e fiquei mais do que feliz em aceitar. Embora ela ainda estivesse na
faculdade e eu estivesse perto dos trinta e oito, qualquer sinal dessa
diferença de idade desapareceu quando ela abriu a boca. Ela era
hipnotizante, diferente de qualquer pessoa que já conheci, e me fez sentir
livre. Relaxado.

Vivo.

—Beije-me — disse ela, enquanto eu fechava a porta do meu quarto.

Puxei-a para perto, deixando minha língua separar seus lábios macios
quando ela ansiosamente abriu sua boca para mim. Coloquei minhas mãos
em volta da sua cintura e a empurrei gentilmente contra a porta. A maneira
como seu corpo e boca cederam para mim, me deixaram duro, meu pau
pressionando contra as finas camadas de tecido que nos separavam. Eu
precisava de mais.

Agora.

Meus dedos encontraram a bainha de sua camisa fina de seda, e dei um


passo para trás, deixando espaço suficiente entre nós, para ajudá-la a puxá-
la sobre a cabeça. A visão na minha frente, literalmente, me deixou sem
fôlego, e respirei profundamente, enquanto ela estava lá observando,
esperando.

—Eu queria isso, você, desde o momento em que te vi.— Minha voz
estava baixa e grossa de desejo, pouco mais que um sopro. —Seu corpo é
mais bonito do que eu imaginava. Eu só quero te tocar, te provar. Estar
dentro de você.

Suas bochechas coraram um pouco, mas ela não disse uma palavra,
quando rapidamente abriu o zíper da saia e a deixou cair no chão. Apenas o
sutiã e a calcinha permaneceram, e por mais tentado que eu estivesse,
precisava tomar meu tempo para deixar meus olhos beberem todos os
detalhes lindos de seu corpo, não pude resistir.

Se essa era a única noite que passaria com ela, queria passar o máximo
possível, tocando-a, abraçando-a e beijando-a.

Fodendo com ela.

Tirei a roupa rapidamente, xingando baixinho meus dedos enquanto


eles se atrapalhavam com os botões da minha camisa, antecipando o que
estava prestes a acontecer. Felizmente, ela estava lá, com os dedos na minha
cintura desabotoando meu cinto e calça. Um gemido involuntário escapou
dos meus lábios quando ela alcançou dentro e passou a mão em volta do meu
pau. Meus quadris balançaram quando pulsou em sua mão.

Jesus.

Ela lentamente começou a me acariciar, mas não estava pronto para


isso. Eu queria mais do seu corpo primeiro, antes que suas mãos e boca me
trouxessem muito perto da borda. Eu a levei para a cama, e ela reclinou-se
nos cotovelos abrindo as pernas, me convidando para mais perto. Puxei sua
calcinha para baixo, quando ela soltou o sutiã e ambos foram rapidamente
descartados, deixando-a completamente nua, enquanto eu me inclinava
sobre ela.

Ela era perfeita. Linda. A luz da lua através das cortinas, iluminando
sua pele pálida e enviando sombras sedutoras a cada curva e fenda de seu
corpo.

Minha boca encontrou o bico inchado de seu mamilo e ela engasgou,


quando eu gentilmente o puxei entre os dentes, sorrindo contra sua carne,
enquanto ela arqueava as costas e gemia alto.

—Oh meu Deus, James, ah...

Enquanto minha boca puxava e chupava seus mamilos, minhas mãos


exploraram mais baixo, separando suas dobras, enquanto gentilmente
deslizava meu dedo indicador em seu núcleo quente.
Ela era incrível. Perfeita.

Seus quadris balançaram contra mim e ela inclinou a cabeça para trás
entregando-se às pequenas ondas de prazer que ondulavam em seu corpo.

—James, me foda. Agora por favor…

Sua respiração já estava trêmula, com suspiros irregulares, e meu pau


pulsou novamente com as palavras. Ela queria isso. Eu precisava disso.

Levantei-me rapidamente, examinando o quarto, em busca de minha


calça. Um som baixo e carente escapou de seus lábios quando saí da cama,
mas estava de volta, antes que ela pudesse se mover, tendo encontrado a
camisinha que eu tinha colocado no meu bolso mais cedo antes de sair do
meu quarto naquela noite.

Mas por mais que eu quisesse estar dentro dela, por mais que ela
claramente quisesse, havia algo mais que eu tinha que fazer primeiro.

—Quase Ashley. Temos a noite toda, lembra?

Eu me inclinei sobre ela novamente, separando seus lábios com meus


dedos, já escorregadios com a evidência de seu desejo. Eu lambi seu clitóris
com minha língua, cada movimento enviou um espasmo através de seu
corpo que me fez quere-la ainda mais.

—Por favor, James, — seus dedos entrelaçaram em meu cabelo e


puxaram para mim insistentemente. —Por favor, me foda.

Sua voz era ofegante e urgente, e eu não podia mais negar.


—Ok, linda.

Eu rolei o preservativo sobre meu pau e me abaixei para me guiar. Ela


estava tão molhada, que deslizei a base com um longo impulso, inclinando-
me para cobrir sua boca com a minha, enquanto outro gemido
deliciosamente necessitado escapava de seus lábios.

Seu calor aveludado me envolveu, apertado e quente, como se seu corpo


tivesse sido feito para o meu. Seu corpo balançava junto com o meu, seus
quadris levantando para encontrar cada impulso que eu fazia.

Eu já podia sentir o clímax crescendo dentro de mim e sabia que não


seria capaz de me segurar por muito tempo.

Empurrei com mais força, mais rápido, meu mundo inteiro se


estreitando, apenas para nós, a única coisa que importava era Ashley e os
únicos sons que eu podia ouvir eram nossos corpos se unindo e nossos
gemidos frenéticos e ofegantes.

—Estou ... tão ... perto — resmunguei, cronometrando cada palavra com
um impulso poderoso.

—Goze comigo, James. Estou pronta, ah ...

Suas palavras foram suficientes para me levar ao limite, e nossos gritos


se misturaram quando o orgasmo rasgou através de nós, suas unhas
arranhando minhas costas, enquanto eu enterrava meu rosto em seus
cabelos perdendo-me no cheiro de seu shampoo, flores e frutas e Ashley.
Caí contra ela e rolei para o lado, meus lábios encontrando os dela,
quando a puxei para perto, maravilhando-me novamente com a forma como
seu corpo se encaixava tão perfeitamente contra o meu.

—Você é incrível— eu sussurrei, inclinando-me para trás, apenas o


suficiente para olhar em seus olhos.

— Isso foi incrível — disse ela, sorrindo. —Você não sabe o quanto eu
precisava disso.

— Quero dar-lhe tudo o que precisa, Ashley. — Eu disse, falando sério.

Meu cérebro me disse para parar. Para não dizer muito. Eu não me
deixava levar assim, não baixava minha guarda. Não deixava ninguém
entrar. Mas com ela, era diferente. Ela desafiou minha mente e trouxe meu
corpo à vida de uma maneira que eu não sentia há muito tempo. Talvez
nunca. E mesmo sabendo que tínhamos apenas algumas horas, não queria
que terminasse.

—Tudo o que você precisar — eu repeti, beijando sua testa.

—Eu posso apenas querer você — ela sussurrou, enviando um choque


direto para o meu pau.

Eu não sabia de onde ela veio ou como tive a sorte de encontrá-la em


meus braços, mas não queria tomar um único momento do nosso tempo como
garantido. O amanhã chegaria muito rápido e ela deixaria minha cama, mas
ela era minha, por mais algumas horas, e eu era dela.
—Temos a noite toda— eu disse, falando em voz alta.

E eu estava pronto, para aproveitar ao máximo.


Ashley
Eu gemi quando o sol da manhã atingiu meus olhos fechados. Eu estava
envolta nos lençóis retorcidos, ainda tentando segurar o sonho mais incrível.

Um estranho sexy, com um corpo forte. O ar quente do deserto. Tudo


ainda parecia tão real.

Não querendo acordar, joguei um braço sobre o rosto pronta para


continuar dormindo, mas meus olhos se abriram, quando meus dedos
roçaram um músculo duro - um bíceps?

Eu pisquei com força, desorientada. Onde eu estava?

Em uma cama ... nua ...

Então as lembranças da noite anterior, voltaram à tona. O bar do hotel.


As bebidas. O sexo alucinante.

James.

Ele murmurou algo, sua voz ainda grave com o sono e seu braço
musculoso me envolveu, me puxando para perto.

Eu não tinha certeza, se ele estava completamente acordado ou se


apenas me sentiu se mover contra ele, mas murmurou novamente, quando
beijei seu pescoço e senti seu pau duro pulsar contra mim.
Caramba, como ele poderia ser tão sexy, quando não estava nem mesmo
acordado? Esse tipo de gostosura deveria ser um crime. Estremeci ao pensar
em que tipo de confusão quente eu poderia parecer depois da noite que
tivemos.

Tanto faz. Ele não me conhecia, certo? Certamente não era como se
fosse vê-lo novamente.

Talvez eu tivesse sorte e ele fosse míope.

—Bom dia— eu sussurrei, deixando minha mão tocar preguiçosamente


em seus ombros largos e musculosos.

—Ashley.

Eu sorri com o som do meu nome, em seus lábios. A voz dele - mesmo
que meio sonolenta - era tão sensual, e a maneira como ele disse meu nome
parecia tão certo.

Mas, não.

Eu não podia me deixar ir lá.

Nós nos divertimos e eu sabia que não devia me abrir emocionalmente


a esse homem. Este homem perfeito como o inferno.

Controle-se, Ashley.

Certo. Eu tinha que sair dali, antes de deixar uma noite incrível se
transformar em uma manhã desnecessariamente estranha. Eu não era boa
em despedida, especialmente quando isso contradiz o que eu realmente
queria. E naquele momento o que eu queria, era ficar na cama com James,
envolver minha mão e lábios em torno de seu pau duro. Senti-lo dentro de
mim mais uma vez.

—Eu tenho que ir. — Eu me sentei, relutantemente me


desembaraçando de seus braços, dos lençóis, das emoções que eu tentara me
convencer de que não deixaria entrar no meu caminho.

—Já? — Sua voz parecia totalmente acordada dessa vez e um pouco


surpresa. —Eu poderia pedir um café da manhã para nós ... na cama.

Oh meu Deus. Não. Tentador demais.

—Eu, hum ...— Engoli em seco, enquanto me esforçava para pegar meu
sutiã e calcinha, fazendo o meu melhor para me cobrir com meus braços
quando saí da cama. Como se ele já não tivesse visto - e tocado e provado -
cada centímetro do meu corpo nu. Mas isso tinha sido diferente. Isso foi na
noite passada.

Agora - sol da manhã, hálito matinal e emoções confusas não fazia parte
do acordo que eu havia feito comigo. Uma noite. Sem amarras. Sem
sentimentos.

Apenas sexo.

Parecia uma boa ideia na época. E ele tinha sido perfeito, ele ouviu e
tinha sido sensível e cuidadoso, mesmo quando estava me fodendo com força
eu poderia dizer que ele estava focado apenas no meu prazer.
Pode ter sido bom demais. Perfeito demais. Isso era mesmo uma coisa?

Não. Vá. Lá.

—Sinto muito — eu disse, percebendo tardiamente que tinha parado


enquanto eu caminhava pelo quarto pegando minhas roupas descartadas na
noite anterior. —Isso parece ... ótimo, na verdade. Mas eu realmente devo
ir.

Ele assentiu, e mesmo que eu pudesse ver o desejo brilhar em seus olhos
e a esperança desaparecer de suas expressões, ele não tentou me convencer
a ficar. Ele sabia o acordo também.

Por toda a química instantânea e sentimentos de conexão, a noite


passada não tinha sido nada além de sexo.

—Talvez nos vejamos novamente algum dia — disse ele, sorrindo. Mas
seu coração não estava nele, e eu sabia que era apenas uma daquelas coisas
que as pessoas dizem para preencher o silêncio desconfortável antes do
adeus.

Parte de mim queria dar a ele meu número de telefone - ou pelo menos,
o número do meu quarto. Estar absolutamente certa de que nos veríamos
novamente. Talvez daqui a algumas horas. Talvez mais tarde, naquela
noite.

Não, Ashley. Atenha-se ao acordo.

—Acho que não — eu disse, imediatamente odiando quão frio parecia.


Mas era o melhor caminho. A única maneira, realmente, de evitar que
algo divertido se transformasse em algo ... mais. Algo confuso e sem
esperança, que nunca poderia funcionar fora dessas quatro paredes.

Ele assentiu novamente. —Adeus, Ashley. Obrigado por ... tudo.

Fechei a saia e coloquei os sapatos, depois tentei em vão alisar algumas


das rugas da blusa. Eu tinha que ir, antes de perder a coragem.

—Obrigada — eu ecoei. —A noite passada foi muito divertida. — Foi


mais do que divertida. Foi incrível. Perfeita. Mas eu não poderia dizer nada
disso, é claro. — Se cuida, James.

Então, antes que eu pudesse me convencer disso, eu estava do lado de


fora parada sozinha no longo corredor. Eu me inclinei contra o batente da
porta dele por um momento, me perguntando se eu deveria voltar para
dentro, aceitar tudo, subir na cama com ele novamente e fingir que não
havia sentimentos, lógica ou nossas vidas reais fora deste lugar.

Isso apenas atrasaria o inevitável.

Eu ainda teria que partir, ou ele iria embora. Haveria outro adeus
desajeitado, agravado ainda mais por sentimentos que só se tornariam mais
intensos.

E então, eu ficaria sozinha.

De novo.
James
Eu não sei quanto tempo fiquei na cama depois que ela saiu.

Um longo tempo.

Tentei adormecer, mas isso definitivamente não ia acontecer.


Minha mente continuou reproduzindo cenas da noite anterior - seu sorriso,
seu rosto bonito, seu corpo incrível - e não apenas manteve meu pau
irritantemente duro, mas fez o pensar com a maneira como ela saiu ainda
mais difícil.

Não tinha definitivamente sido uma faísca, não, mais do que isso, uma
ligação entre nós dois, e eu sabia a partir do olhar em seus olhos que não
tinha sido o único a sentir. Mas não importava o quão forte fosse não tinha
sido suficiente para mantê-la, mesmo por apenas mais algumas horas.

E eu realmente não podia culpá-la. Afinal, tínhamos um acordo. Eu


estava me sentindo ganancioso e carente, e não estava pronto para isso
terminar.

Era mais perto do almoço que do café da manhã, quando finalmente me


convenci a começar o dia. O workshop de jornalismo em que eu fui convidado
para palestrar não começava até o dia seguinte - segunda-feira - então eu
tinha a tarde completamente livre. O que seria perfeito para ficar deitado
na cama com uma mulher perfeita e sexy.
— Vou ter que superar isso — eu disse em voz alta, esperando que o
reconhecimento dos sentimentos os fizesse começar a ir embora.

Não.

Não muito.

Andei pela sala pegando minhas roupas, me perguntando por que tinha
me apaixonado tanto por essa mulher, que sabia desde o início, que nunca
mais veria. Nós dois deixamos claro que não estávamos procurando nada
além de um bom momento. Ela ficou presa ao fim da barganha, então por
que eu não podia?

Fazia um tempo desde que fiz sexo, e se estava sendo honesto, não
conseguia me lembrar de um tempo que tinha sido tão bom quanto a noite
passada.

Com Ashley.

Mas tinha sido mais do que isso. Eu normalmente não perdia minha
cabeça só de molhar meu pau.

Ela tinha sido tão ... linda. Engraçada. Inteligente. Tudo. Tudo o que
eu sempre procurei em uma mulher. Em uma parceira. Tudo o que eu
queria.

Esse tipo de pensamento não foi útil.

Foi feito. Encerrado. Acabado. Hora de seguir em frente.


Quando se tratava dos fatos da questão, eu não a conhecia, não importa
o quanto parecesse. Ela era uma estranha. Quente, sexy e brilhante, mas
ainda uma desconhecida no final do dia. E como com qualquer outra
estranha, nós provavelmente nunca nos veríamos outra vez.

Um flash de metal no chão chamou minha atenção e interrompeu meus


pensamentos. E não foi até que cheguei perto o suficiente para pegá-lo que
percebi o que era.

A pulseira de Ashley.

—Merda.

Como isso acabou no chão? Como ela tinha esquecido?

Não era exatamente como se estivéssemos sendo lentos e cuidadosos,


quando nos despimos na noite anterior. E ela partiu às pressas, mal tendo
tempo para se sentir totalmente descansada.

Ainda assim, o que diabos eu ia fazer sobre isso? Entregá-la na


recepção? Ir de porta em porta no enorme hotel esperando encontrar o
quarto dela? Isso seria bem estranho. E assustador.

Não, eu apenas esperaria. Ela não era terrivelmente valiosa mas talvez
voltasse por ela.

Até lá, eu guardaria. Isso não me faria esquecer dela - exatamente o


oposto, na verdade - mas estava tudo bem.

Além do mais, seria um bom lembrete de uma noite incrível.


***

Passei o resto do dia observando o relógio, ouvindo uma batida na porta,


convencido de que ela voltaria para pegar sua pulseira. Até deixei a porta
do banheiro aberta enquanto tomava banho querendo ter certeza de que não
perderia se ela aparecesse.

Patético.

Mas mesmo sabendo objetivamente que sou ridículo, não pude evitar.
Eu estava impotente para impedir minha mente de vagar e toda vez que
isso acontecia, tudo voltava para Ashley.

Eu não tinha planejado sair do quarto o dia todo, mas quando o sol
começou a se pôr, eu tinha certeza de que ficaria louco se ficasse aqui por
mais um minuto. Talvez uma bebida forte me clareasse a mente. E talvez -
apenas talvez - ela estivesse pensando a mesma coisa.

Era sem dúvida, um tiro no escuro, mas era tudo o que eu tinha. E
mesmo se descobrisse que ela não estava lá, ela claramente não ia aparecer
no meu quarto novamente.

O bar do hotel estava quase deserto quando cheguei, mas eu meio que
esperava isso. Era domingo à noite - não exatamente, no horário nobre.

Nada de interessante estava acontecendo. Definitivamente, nenhum


sinal de Ashley.
Trey assentiu em minha direção e começou a me fazer uma bebida antes
que eu pudesse me sentar. Graças a Deus, pelos pequenos favores. Em uma
cidade onde sua sorte parecia estar mudando constantemente, uma bebida
forte de Trey, era praticamente a única coisa que eu podia confiar.

E naquele momento, a única coisa que eu tinha que esperar.

—Você é um salva-vidas, como sempre— eu disse, assim que ele colocou


o uísque na minha frente. O cheiro forte era pelo menos o suficiente para
me tirar do estupor em que andei por toda a tarde.

—Faço o que posso, senhor Sterling. Mas não esperava vê-lo de volta
tão cedo.

—Sim. — Um pequeno som de risada escapou dos meus lábios, e tive


que lutar para não revirar os olhos. —Nem eu. Ei, você se lembra da mulher
com quem estive ontem à noite?

O sorriso largo que ele me lançou, me disse tudo o que eu precisava


saber. Foi ao mesmo tempo congratulatório e um pouco invejoso.
Aparentemente, ele também deu uma boa olhada em Ashley. Não que eu
pudesse realmente culpá-lo, é claro, mas ainda provocava um pouco de
ciúmes que eu não conseguia me livrar.

O que era ridículo, na verdade. Não é como se eu tivesse qualquer


reclamação sobre ela, afinal de contas, além de sua pulseira perdida e
algumas memórias tão quentes, que meu pau ficou duro só pensando sobre
elas.
—Eu me lembro dela. Ela parecia ... muito legal.

Eufemismo do ano. Ela era muito mais do que legal. Mas eu não estava
aqui para debater suas boas qualidades. E se queria manter Trey como meu
barman favorito, provavelmente era melhor manter a conversa o mais
neutra possível.

Eu assenti. —Acho que você não a viu aqui, desde então?

Ele levantou uma sobrancelha, interrogativamente. ―—Eu não vi. Eu


cheguei aqui há algumas horas atrás. E, uh... — ele deu de ombros. —Como
eu disse, eu realmente não esperava ver nenhum de vocês aqui tão cedo.

Por um momento, fiquei tentado a esclarecer as coisas. Ele obviamente


pensou que eu tinha brigado com Ashley. E eu teria pensado o mesmo,
provavelmente. Inferno, fiquei chocado quando ela me deu uma chance em
primeiro lugar.

Mas eu não lhe devo uma explicação, e mesmo que isso tenha acalmado
temporariamente meu ego machucado, provavelmente teria parecido ainda
mais patético eu dizer que a estava perseguindo pelo hotel com uma pulseira
no bolso.

Tomei a bebida em três grandes goles e joguei vinte no bar.

—Posso pegar outra para você?

—Não, obrigado. Vou dormir mais cedo.

—Precisa de troco? — Ele acenou a conta na minha direção.


—Não. Obrigado, Trey. Até a próxima.

—Cuide-se. Se eu vir aquela moça... — ele fez uma pausa, e levantei


minha cabeça, instantaneamente fazendo contato visual. —Devo deixá-la
saber que você estava aqui procurando por ela?

Pensei por um momento, depois dei de ombros. —Claro, se você quiser.


Mas duvido que você a veja. Duvido que qualquer um de nós o faça.

Sem esperar por uma resposta, me virei e saí.

A bebida tinha pelo menos aliviado a noite e pensei brevemente em ir


até o cassino ao lado. Mas decidi contra isso e voltei para o elevador. Meu
dia tinha sido uma merda, sem perder muito dinheiro para terminar tudo.

Eu voltaria para o meu quarto, talvez fosse dormir cedo para variar.
Amanhã seria um longo dia.

E talvez, esperançosamente... - eu seria capaz de tirá-la da minha


cabeça.
Ashley
Eu sentei na sala fria de conferências, distraidamente esfregando meu
pulso, enquanto examinava os rostos das pessoas ao meu redor. Havia cerca
de uma dúzia de nós, a maioria mais velha, parecendo cansados e
entediados. Eu era a exceção. Não apenas na idade, mas enquanto eles
estavam lutando para manter os olhos abertos, senti que ia vomitar.

Meus nervos estavam no limite desde que saí do quarto. Eu não


conseguia acalmá-los, não importa o quanto eu tentasse me distrair nas
últimas vinte e quatro horas. E as três xícaras de café que tomei naquela
manhã no meu quarto de hotel, desejando que tivessem sido cheias de
vodka, provavelmente não ajudaram.

Seria um longo dia, não havia dúvida sobre isso. E tudo que eu queria
era uma cama. Mas ia ter que aguentar.

Olhei para o meu pulso nu e juntei minhas mãos sobre a mesa na minha
frente. Como eu fui tão estúpida em deixar para trás? Pelo menos não era
valiosa. Mas agora, tinha lembranças dele ligadas a isso, e isso dava um
valor sentimental, que nenhuma quantidade de dinheiro poderia substituir.

Eu estava apenas sendo idiota?

Um milhão de vezes no dia anterior, eu tinha pensado em voltar por


essa pulseira maldita. Um milhão de vezes, eu me convenci disso.
Em um ponto, eu até tinha minha mão na maçaneta da porta, pronta
para sair do meu quarto e ir direto para o dele. Mas não fiz. Não pude.
Porque como tudo em mim queria vê-lo novamente, eu sabia que isso apenas
complicaria as coisas. Se uma noite se transformasse em duas, eu acabaria
querendo três.

Simplesmente não poderia funcionar.

—Você está animada para o workshop? — A senhora ao meu lado me


cutucou com o cotovelo. —Eu também não consigo ficar parada.

Eu pisquei, imaginando por um momento o que ela estava falando. Ela


tinha aparentemente confundido minha energia nervosa por excitação.
Apenas isso.

—Sim. Eu acho que vai ser interessante.

—Esse cara é muito bom. Muitos prêmios. Foi uma das pessoas mais
jovens a ganhar um Pulitzer.

Ela parecia uma fã. E com sorte, quem quer que estivesse liderando o
workshop cumprira sua dinâmica. Mas eu simplesmente não conseguia me
fazer ouvir. Tudo o que eu queria era sair por aquela porta e encontrar ...

—James.

Minha boca se abriu, quando disse o nome dele em voz alta.

—Sim! Agora é ele — disse a mulher ao meu lado. —Ele não é bonito?
— Eu assenti. Não consegui falar. Eu não conseguia nem abrir a boca.
De pé na frente da sala, escrevendo seu nome no quadro, estava o
homem em quem eu não conseguia parar de pensar desde o momento em
que o conheci.

—Bom dia, eu sou James Sterling. Será uma semana intensa, então
espero que vocês estejam prontos.

Porra.

Intenso nem mesmo começava a cobrir o que eu estava sentindo.

—Vou começar falando um pouco sobre mim e depois podemos


prosseguir a palestra.

Houve um pequeno ruído estrangulado no fundo de sua garganta,


quando seus olhos encontraram os meus.

Eu desviei o olhar. Eu queria me levantar e sair, mas estava com medo


que vomitasse ou talvez colocasse para fora, se me movesse uma polegada.
O que diabos eu ia fazer?

—Podemos prosseguir na sala — continuou ele, sua voz soando um


pouco tensa, — e também posso conhecer um pouco, sobre todos vocês.

Eu engoli em seco. Parecia um sonho realizado e meu pior pesadelo


reunido em um.

Uma. Longa. Semana.

Porraaa.
***

Não importa quantas vezes eu dissesse a mim mesma para me


levantar, para sair daquela sala, meus pés se recusavam a se mover. Minha
bunda ficou naquela cadeira.

Demorou mais de uma hora para que eu pudesse olhar para cima até
para reconhecer que o tinha visto. Mas então, malditamente, ele parecia
perfeitamente calmo. Ele até sorriu um pouco, quando algumas das pessoas
em volta da mesa contaram histórias de suas vidas.

Esse sorriso me fez querer dar um tapa nele. Ele não estava
experimentando nenhum dos mesmos sentimentos que eu? Como a vida,
Deus ou o universo, ou o que diabos é tão injusto?

Não falei muito quando chegou a minha vez de falar. Eu recebi alguns
olhares engraçados das pessoas ao meu redor, mas não me importei. Eu só
queria que fosse mais, e James não parecia nem mesmo interessado,
simplesmente acenando distraído quando acabei.

Sem sorriso.

Sem perguntas pessoais.

Sem palavras encorajadoras de sabedoria.

Sim, foda-se tudo isso.


Eu não podia acreditar que tinha sido estúpida o suficiente para querer
vê-lo novamente, pensar que ele poderia querer me ver novamente. Vinte
minutos até nossa pausa para o almoço, e eu não voltaria.

Eu não sabia o que poderia fazer, e não dava a mínima. Eu tinha um


quarto em Las Vegas pelo resto da semana. Eu era jovem, inteligente e
bonita. Se eu tivesse que dormir o resto do tempo para esquecer James
Sterling, é isso que eu faria.

Ou, mais provavelmente, se eu tivesse que sentar no meu quarto de


hotel e chorar, enquanto assistia filmes da Lifetime até meu avião partir
para Dallas, é o que eu faria também.

Depois de me decidir em ir embora me senti melhor. Calma. Zen.

Eu apenas o ignoraria pelos dezessete minutos restantes, e então


estaria livre para ir. Talvez eu até tivesse uma boa frase quando saísse pela
porta.

Quinze minutos.

Enquanto o relógio passava, juntei minhas coisas. Minha bolsa, minha


caneta e caderno - completamente em branco depois de três horas difíceis.

Onze minutos.

Recostei-me na cadeira e mantive a cabeça erguida sentindo-me calma


e confiante - quase serena - pela primeira vez desde ... desde que o conheci,
realmente. Eu tinha certeza do que ia fazer e me senti bem com minha
decisão.

Seis minutos.

Cinco minutos.

—Acho que vamos parar aqui e almoçar. Vejo vocês todos aqui em uma
hora.

Porra.

Esse não era o plano. Eu deveria ter mais cinco minutos de paz interior
e reflexão e, merda.

Todos os outros já estavam saindo da sala, e ele estava finalmente a


olhando para mim. Me observando. Andando em minha direção.

—Ashley, posso falar com você por um segundo?

Sua voz era baixa e bruta, completamente diferente do instrutor fácil e


alegre que ele tinha sido pelo resto da manhã.

— Não acho que seja uma boa ideia. Eu tenho que ir. — Eu me levantei
da cadeira e segurei minha bolsa, bem na minha frente, com as duas mãos,
tratando-a como uma espécie de escudo ridículo.

Mas então, congelei.

Eu pisquei.
Ele estava segurando a minha pulseira, um olhar bobo no rosto.

—Compreendo. Eu não quero prendê-la... mas queria dar isso de volta


para você. E para lhe dizer...— ele fez uma pausa, depois olhou para o teto
por um segundo como se estivesse escolhendo suas palavras com cuidado.
Quando ele olhou de volta nos meus olhos, os dele estavam cheios de emoção.
—Sinto muito. Eu não esperava vê-la aqui, ou nunca mais, honestamente.
E sei que tínhamos um acordo. Uma noite. Sem amarras. Eu entendo, mas
... não sei se isso é algum tipo de sinal ou destino, ou apenas muito boa sorte,
mas você está aqui na minha frente agora e eu realmente gostaria de passar
um pouco mais de tempo com você.

Engoli em seco, tentando processar tudo o que ele acabou de dizer. Foi
muito. Mais do que eu esperava, ou antecipei, ou ousei esperar.

Tudo dentro de mim, tinha sido preparado para que ele ficasse frio e
desapegado, do jeito que ele ficou a manhã toda e então, eu não entendi.

—Eu não entendo — eu disse, repetindo o hábito preocupante de dizer


o que surgia na minha cabeça, quando estava perto dele. —Você nem olhou
para mim de manhã. Eu pensei que você estava ... bravo, ou irritado, ou ...

—Não, nenhuma dessas coisas, eu juro. Exatamente o oposto. Fiquei


chocado quando a vi e fiquei preocupado que você estivesse com raiva e
irritada e tudo isso, mas também estava com medo de que se olhasse para
você, se reconhecesse o que estava sentindo, eu a perderia. Bem aqui na
frente de todos. E se vamos trabalhar juntos, nesse tipo de ambiente como
mentor pelo resto da semana, acho importante manter tudo o que aconteceu
ou não entre nós. Mas não se engane, eu não quero apenas vê-la novamente.
Você é literalmente, a única coisa que pensei durante todo o fim de semana.
Isso... — ele estendeu a pulseira novamente —...não saiu do meu lado. Você
precisa acreditar ...

Não importava o que mais ele iria dizer. Eu parei de ouvir, porque já
tinha ouvido tudo o que precisava. O resto de sua explicação morreu em sua
garganta, quando meus lábios encontraram os dele, e enquanto ele
inicialmente se enrijeceu de surpresa, levou apenas uma fração de segundo
para ele envolver os braços em volta de mim para me fazer sentir tão
confortável, e à vontade e querida. Era diferente de qualquer outra coisa
que eu já senti, e apenas senti isso em seus braços.

Ele me beijou profundamente, com força, suas mãos vagando pelo meu
corpo com uma intensidade que me fez querer montá-lo ali mesmo em cima
da mesa. Quando ele se afastou e recostou-se alguns centímetros, fiquei
vazia e ofegante, querendo mais.

—Eu acho que vou aceitar isso como um sim— ele sorriu e depois me
beijou na testa.

—Sim— eu disse, mesmo que fosse completamente desnecessário. —


Sim, eu definitivamente quero ver mais você, tanto quanto eu puder.

—Perfeito. Obrigado, Ashley. Você fez o meu dia. Minha semana.

Sorri e beijei-o novamente, segura de que mesmo que tivéssemos que


manter isso em segredo, teríamos um pouco mais de tempo juntos. Mais
alguns dias, quase uma semana.
E mesmo que já houvesse uma voz no fundo da minha mente,
imaginando o que diabos eu faria, quando essa semana chegasse ao fim, eu
a silenciei antes que ela pudesse se firmar. Eu estava cansada demais para
dúvidas, lógica ou planos.

Eu estava vivendo o momento e tinha uma semana inteira de momentos


pela frente.

Seria o paraíso.

***

Se a manhã tinha sido difícil, a tarde havia sido tortura. Depois do


almoço e pelas próximas horas, tudo que eu conseguia pensar era em como
mal podia esperar para encontrá-lo sozinho novamente. Estar em sua volta,
em sua cama. Tê-lo dentro de mim.

E com cada olhar ardente que ele me dava, eu sabia que ele estava
pensando exatamente a mesma coisa.

Uma vez que finalmente estávamos trancados em seu quarto


novamente, não perdi tempo. Tirei a saia que estava vestindo e puxei minha
calcinha em um movimento rápido. Ele já estava nu passando as mãos pelo
o meu corpo debaixo da minha camisa, estendendo a mão para desabotoar
meu sutiã e depois me ajudando a sair dele.

Era frenético, louco e carente, assim como a primeira vez, mas enquanto
eu o deixara fazer a maior parte do trabalho na primeira vez, me senti mais
confiante, mais no controle. Eu sabia o que queria e como queria.
—Você vai comer minha boceta e depois me foder. Forte.

Ele soltou um rosnado baixo e gutural aos meus comandos, mas não
parou nem se encolheu. Ele simplesmente caiu de joelhos e enterrou o rosto
nas minhas dobras molhadas, sua língua e seus dedos brincando
insistentemente, quando agarrei seu cabelo e puxei-o ainda mais perto. Eu
queria esse orgasmo. Precisava disso, depois do longo e solitário dia sem ele.

Com minhas mãos e meus quadris me movi contra ele, montando seu
rosto. Meus gemidos se misturavam com os barulhos quentes que estavam
escapando de sua boca, e eu não dava a mínima para as pessoas no corredor
que provavelmente pudessem nos ouvir.

Este era o meu tempo - o nosso tempo - e eu estava determinada a


aproveitar ao máximo.

Afastei a cabeça um pouco para que pudesse olhar em seus olhos,


enquanto ele passava as mãos pelos meus lados, depois segurava meus
seios, seus dedos tocavam meus mamilos.

—Você está tão molhada, Ashley. — Sua voz era profunda e sem fôlego.
—Eu preciso te foder. Não sei se posso esperar mais.

—Eu preciso de você dentro de mim — eu disse, ecoando seu desejo. —


Agora.

Ele se levantou e me levou para a cama, depois gentilmente me


empurrou de volta para o colchão. Enlouquecendo, ele se virou para abrir a
gaveta na mesa de cabeceira, deixando-me carente e fria, sem a sensação de
suas mãos e boca no meu corpo. Felizmente, ele estava de volta em alguns
segundos, desenrolando o preservativo sobre seu pau grosso e duro, que
balançava na sua frente, como uma varinha mágica.

— Agora, James, por favor.

Ele se ajoelhou na minha frente de novo, rápido. —Eu poderia comer


sua boceta o dia todo — disse ele, antes de enterrar o rosto.

Era tão bom que eu estava tentada a deixá-lo. Mas queria mais.
Precisava de mais.

E, graças a Deus, não precisei dizer novamente. Movendo-se como se


pudesse ler minha mente, ele se levantou usando uma mão para se segurar
em mim, enquanto a outra gentilmente separou minhas dobras lisas e o
guiou para o meu núcleo quente.

Ele deslizou para dentro com um impulso longo e suave, me esticando,


me enchendo-me trazendo todo o prazer que vinha com apenas uma pitada
de dor. Ele balançou contra mim devagar, depois parou quando seus quadris
encontraram os meus.

—Você é tão gostosa, querida. — Ele se inclinou para me beijar


ternamente antes de se mover.

Era perfeito e doce, mas por mais que eu quisesse me apegar a esse
momento, também ansiava pelo orgasmo que vinha construindo dentro de
mim.
Doce poderia esperar. O que eu precisava naquele momento, era
urgente e áspero.

—Mais forte, mais rápido— eu ofeguei, arqueando minhas costas e


estendendo a mão para agarrar sua bunda, para puxá-lo mais fundo com
cada impulso poderoso que ele fazia.

Um olhar faminto brilhou em seus olhos e um gemido baixo escapou de


seus lábios, quando ele me deu o que eu estava desejando, seu pênis como
um pistão, enquanto empurrava contra mim, me fazendo gritar de puro
prazer.

—Sim, sim ...— Eu não conseguia formar uma frase coerente, mas não
precisava. Ele sabia exatamente o que eu precisava, e ele estava me dando
- constantemente, silenciosamente construindo o clímax que eu estava
fantasiando o dia todo.

—Quero que você venha me buscar, Ashley. Eu quero vê-la gozar.

Era tudo o que eu precisava ouvir e joguei minha cabeça para trás,
quando as primeiras ondas de prazer rolaram pelo meu corpo. Meus gemidos
se misturaram aos dele, quando minha visão ficou turva e meu mundo
inteiro se juntou com o orgasmo que era tão puro, e perfeito e tudo o que eu
estava precisando.

Seus lábios encontraram os meus novamente, quando ele empurrou


mais uma vez contra mim, gemendo quando encontrou sua libertação.
Então, quando nós tínhamos saciado nossas necessidades ele me beijou.
Lento, gentil, doce.
Coloquei meus braços em volta dele e sorri contra seus lábios. A
urgência havia passado, e eu queria ficar na calmaria da tarde, presa em
seus braços pelo tempo que ele me deixasse.

Para sempre, se eu pudesse.


James
Abri os olhos e olhei contra a luz do sol. Como já podia ser de manhã?

Ashley estava aninhada ao meu lado, tão perfeita e quente. Eu poderia


ter ficado o dia todo assim. Não importa que eu já tivesse passado horas na
cama com ela. Eu poderia não ter tido o suficiente, nunca me fartaria.

—É manhã? — Eu sorri, quando sua voz sonolenta ecoou meus


pensamentos. —Eu só quero ficar na cama.

—Eu também. Não queria que a noite passada terminasse.

Mas tinha terminado, e nós dois sabíamos o quão tedioso seria o dia
seguinte. Sentar-se no workshop e fingir que não nos conhecíamos, como se
não tivéssemos explorado o corpo um do outro e estivéssemos o mais perto
possível, parecia ridículo. Impossível.

—Não é justo— disse ela, novamente perfeitamente sintonizada com


meus pensamentos. —Você sabe que só vou passar o dia pensando em você
nu, enquanto está falando, certo?

Eu ri. —Oh, isso não vai me distrair, obrigado. Mas sim ... eu sei como
você se sente.

E ela estava certa. Eu estaria fazendo a mesma coisa. Jesus, como eu


iria passar o dia assim? Eu queria mais tempo com ela. Mais do que apenas
sexo. Certamente mais do que o tempo que gastávamos na abafada sala de
conferências, cercados por estranhos.

— Você iria a um encontro comigo?

Ela virou a cabeça para olhar nos meus olhos e piscou com a pergunta.
—Isso é hipotético? Ou você está me convidando para um encontro?

—O último— sorri. — Quero que você jante comigo. Esta noite. Sei que
não é realmente algo sobre o qual conversamos, mas ...

—Sim— ela interrompeu, um sorriso largo se espalhando por seu rosto.


—Sim, eu gostaria disso. Muito.

Eu vi quando ela saiu da cama e se espreguiçou, seu corpo firme


iluminado pelo sol da manhã. Era hipnotizante.

Seu rosto tremeu um pouco, e percebi que estava olhando, mas não
consegui me desculpar. Ou desviar o olhar. Ela era perfeita, em todos os
aspectos, e se eu tivesse a oportunidade de olhar seu corpo nu o dia todo
para memorizar todas as curvas, fendas e detalhes, eu faria.

—Eu provavelmente, deveria voltar para o meu quarto.

Eu balancei a cabeça, mesmo que estivesse com medo de ouvir essas


palavras. Eu não queria que ela fosse, mas não havia sentido em prolongar
o inevitável.

—Tudo bem— eu disse. —Vejo você em algumas horas.


—Olhando para o futuro.

—Não tanto quanto estou ansioso por esta noite.

Ela sorriu, enquanto se movia pelo quarto, vestindo-se. —Onde você vai
me levar?

Dei de ombros. —Vai ter que ser uma surpresa.

—Eu geralmente não gosto de surpresas ...— Havia um toque


brincalhão em seu tom e um brilho em seus olhos que me disseram que ela
abriria uma exceção dessa vez.

—Nem eu. Mas desde que te conheci, estou começando a me acostumar


a ser surpreendido.

Ela riu. —Isso é uma coisa boa?

—A melhor.

Ela terminou de se vestir e finalmente voltou para a cama, inclinando-


se para me beijar antes de sair.

—Até hoje à noite— ela piscou, deixando uma mão percorrer meu corpo
e apertando meu pau já duro.

Eu gemi contra seus lábios e empurrei contra sua mão, mas antes que
eu pudesse tomá-la em meus braços e puxá-la para perto, antes que eu
pudesse desfazer as alças, botões e laços que ela passou os últimos minutos
apertando e amarrando, ela se foi.
E eu estava sozinho, minha única lembrança dela era o seu cheiro no
meu travesseiro.

Até esta noite.

***

Entre gastar cada minuto disponível com Ashley e dedicar a maior


parte do tempo restante a fazer o que realmente estava sendo pago, não
havia muito tempo para marcar um encontro romântico. E mesmo sabendo
que ela ficaria feliz, com tudo o que sugeri - ela era exatamente assim - eu
queria que fosse especial. Se a semana que tivemos juntos forneceria nossas
únicas lembranças um do outro, eu queria que todas as lembranças fossem
contadas.

E também queria o máximo de tempo possível com ela. Eu não queria


compartilhá-la com as multidões insistentes e incessantes de Las Vegas ou
com turistas que procuravam seu próximo bufê. Então, depois de puxar
algumas cordas e lucrar com favores, que só acontecem por passar muito
tempo na Cidade do Pecado, consegui uma suíte de cobertura para nós dois
- apenas pela noite. Não era o tipo de quarto que você poderia reservar na
recepção. O mármore, o champanhe que fluía livremente, os móveis
luxuosos e o mordomo particular, estavam geralmente disponíveis apenas
para pessoas que gastavam mais dinheiro em uma noite de jogo do que eu
veria em vários anos.

Mas, por uma noite, era nossa. E eu esperava que fosse uma lembrança
que ela recordasse com carinho quando voltasse ao Texas.
Eu balancei minha cabeça, enquanto olhava ao redor da suíte - tanto
em descrença no meu ambiente escuro, quanto no pensamento dela indo
para casa. Da probabilidade de que nós não nos veríamos outra vez. Isso
seria um pensamento para outra hora, no entanto. Não haveria espaço para
tristeza da realidade pelas próximas horas - ou nos próximos dias,
esperançosamente.

Ao pressionar um botão, a parede de vidro à minha frente se abriu,


revelando uma mesa de jantar para dois, com vista para as luzes brilhantes
da Strip de Las Vegas.

Perfeito.

Olhei para o relógio, ela estaria aqui a qualquer momento. Verificando


o espelho, alisei meu cabelo e camisa, esperando que tudo fosse suficiente
para atender às suas expectativas de como seria uma noite romântica.
Apenas tê-la por perto, seria suficiente para mim, mas para Ashley, eu
queria que tudo fosse mágico. Maravilhoso.

Inesquecível.

Ouvi a porta do elevador se abrir para o vestíbulo e minha respiração


ficou presa na garganta quando ela saiu, o lustre cintilante a banhando com
uma luz suave que refletia em todas as jóias que ela usava. O pequeno
vestido preto que ela usava, abraçava todas as curvas de seu corpo, e meu
pau pulou em antecipação.

Mesmo que a noite tivesse terminado naquele momento, eu teria tido


memórias incríveis o suficiente para durar uma vida.
Ela estava além de linda. Além de incrível.

Perfeita.
Ashley
Saí do elevador e senti como se estivesse na casa de alguém. Alguém
que era muito rico. Como uma cobertura exagerada, fabulosamente
extravagante e brilhante, que você só poderia encontrar em Las Vegas.

Foi fantástico.

Eu estava tão deslumbrada, deixando meus olhos vaguear do chão ao


teto, em torno dos quartos espaçosos que nem mesmo vi James no início.
Mas quando meu olhar finalmente se fixou nele, emoldurado entre as
vidraças que levavam ao pátio ao ar livre, parecendo sexy contra as luzes
brilhantes, levou todo o meu autocontrole, para não escorregar do meu
vestido e montá-lo ali mesmo.

—Boa noite, senhora, — uma voz atrás de mim, soltando um chiado


assustado embaraçosamente alto da minha garganta, antes que eu pudesse
apertá-la.

Eu me virei, a tempo de ver um homem carregando um carrinho grande,


envolto em linho branco, coberto com brilhantes tampas de prata.

Certo. O mordomo.

Porque é claro que James teria pensado em tudo.

Eu murmurei um pedido de desculpas e me afastei, sentindo meu rosto


queimar, enquanto James ria ao fundo. Mas o quarto era tão lindo, e a noite
tão bem pensada, que nem sequer tive tempo para ficar envergonhada. Ou
recuperar o fôlego.

Assim que me virei para encarar James, ele já estava comigo, tendo de
alguma forma, silenciosamente, fechado a distância entre nós. Ele passou
os braços em volta de mim e sussurrou no meu ouvido, enviando um choque
quente até o meu núcleo.

—Eu peguei você, baby. Não se preocupe. Quero que esta noite, seja
perfeita para você.

—Para nós — o corrigi, sorrindo quando virei meu rosto para encontrar
seus lábios. —E está, graças a você.

Ele me levou através do conjunto de quartos, enquanto o mordomo


arrumava nossa mesa do lado de fora. Era diferente de tudo que eu já tinha
visto, como se alguém tivesse conseguido amontoar uma mansão inteira no
alto do hotel imponente. Quando chegamos ao quarto amplo, com sua cama
enorme, lustre brilhante e janelas do chão ao teto, eu sabia exatamente onde
queria passar o resto da noite.

Para o inferno com o jantar. Eu queria ele. Na cama.

Certo. Neste. Momento.

Mas loucamente, dolorosamente, eu sabia que ele me faria esperar.

James pegou minha mão e me levou para fora do quarto me dando um


sorriso malicioso, como se tivesse uma linha direta com meus pensamentos.
Ele se inclinou e me beijou na testa, sussurrando contra a minha pele: —
Em breve, linda.

O mordomo não estava em lugar algum quando retornamos ao pátio,


mas ele deixara a mesa imaculadamente preparada, com o que eu supunha
ser o primeiro de vários pratos junto com duas taças brilhantes de
champanhe. James as pegou da mesa e me entregou uma, enquanto
olhávamos para a rua movimentada abaixo.

—Para nós— disse ele, segurando a taça na minha direção. —A esta


noite e a cada minuto maravilhoso e perfeito que passo com você.

Bati minha taça e deixei tilintar contra a sua, antes de tomar um gole
de champanhe. Eu deixei as bolhas frias e refrescantes dançarem na minha
língua por um momento antes de engoli-la, fechando os olhos para saborear
tudo sobre o momento. A brisa quente do deserto caiu bem contra meus
braços e pernas, e o cheiro da comida que estava flutuando em nosso redor
fez parecer que estávamos no céu.

Realmente, era perfeitamente maravilhoso como ele havia dito, e eu


não queria que isso terminasse.

Com uma mão forte e firme nas minhas costas, ele me levou para a
mesa e puxou uma cadeira para mim. —Vamos comer um pouco dessa
comida deliciosa?

Eu balancei a cabeça e me sentei, talvez um pouco entusiasmada


demais. Mas caramba, eu estava com fome. Provavelmente foi uma coisa
boa não termos pulado diretamente para o quarto, afinal. —Eu pensei que
você nunca perguntaria— eu disse, apenas brincando.

Ele riu, enquanto se sentava. —Eu não quis te deixar esperando. Eu


tenho que admitir, eu me perco um pouco só de olhar para você algumas
vezes. Tenho certeza de que poderia olhar para você por horas, memorizando
cada pequeno detalhe. Mas isso provavelmente pareceria um pouco
estranho depois de um tempo, então acho que vamos apenas jantar.

Ele piscou e riu. Eu não conseguia me lembrar de ter estado com


alguém que era a combinação perfeita de incrivelmente doce e engraçado.
Mas ele estava constantemente dizendo algo que parecia bom demais para
ser verdade, depois seguindo com algo bobo. Era uma combinação que eu
adorava, e a constatação de que eu só seria capaz de experimentá-la por
mais alguns dias, me deixou repentinamente melancólica.

James deve ter notado a diferença, porque esticou o braço sobre a mesa
e pegou minha mão. —Eu estava apenas brincando sobre a coisa
assustadora. Eu realmente não encararia você por horas. Provavelmente ...,
mas não. Sério, você está bem?

Eu sorri, então imediatamente me senti mal, por deixar esses tipos de


pensamentos se intrometerem em nossa noite juntos. Haveria tempo de
sobra para ficar triste, quando estivéssemos separados. Eu definitivamente
não queria isso arruinando o tempo que ainda teríamos um com o outro.
—Eu estou bem— assenti. —Eu estava apenas deixando minha mente
vagar e não deveria. Mas quero passar o resto da noite vivendo no momento.
Contigo.

Seus olhos expressivos estavam cheios de simpatia, e eu podia dizer que


ele sabia exatamente o que eu estava pensando. Eu me perguntei se ele
estava pensando a mesma coisa nos últimos dias. E mesmo que esse
pensamento ameaçasse me deixar triste de novo, ainda era um pouco
reconfortante saber que aqueles sentimentos eram mútuos. Eu realmente
não duvidava que ele sentiria minha falta, tanto quanto eu sentiria a dele.

—Isso soa como um bom plano— disse ele, me fazendo parar e piscar
por um momento, até que percebi que ele estava respondendo as palavras
que eu tinha falado em vez de meus pensamentos reais. —E sou a favor de
viver o momento. Especialmente se envolver você.

—Estou feliz que isso esteja resolvido, então.— Eu não senti que
realmente estava resolvido, mas espero que a declaração seja convincente o
suficiente. —E agora vamos comer e aproveitar a noite perfeita que você
preparou. Como você conseguiu fazer tudo isso em tão pouco tempo?

—Eu tenho meu jeito— disse ele, erguendo uma sobrancelha e fazendo
o possível para parecer misterioso.

—Ah? Talvez eu possa convencê-lo a me ensinar algumas dessas


maneiras mais tarde? Sou uma aprendiz rápida, se tiver o professor certo.
Eu podia ver o desejo brilhar em seus olhos, enquanto ele considerava
sua resposta. —Com prazer vou ensinar tudo o que sei. Mas perceba, pode
haver um teste depois ...

—Enquanto isso envolver você e eu, nus na cama grande, estou bem
com o que quer que você jogue na minha frente.

Ele riu. —Talvez devêssemos ir em frente e pular para a sobremesa,


então. De repente, estou desejando muito mais do que apenas esta comida
deliciosa.

Ele se mexeu em seu assento e pude imaginar o seu pau duro, latejando
contra sua coxa. Eu o queria dentro de mim, e mesmo que meu estômago
definitivamente não estivesse envolvido em pular direto para a sobremesa
e o sexo, eu quase o ignorei naquele momento.

Mas, não. Eu queria aproveitar cada parte da noite.

E depois, queria montar-lhe até de manhã.


James
No momento em que a vi eu queria tê-la em meus braços, meus lábios
em seus lábios, minha boca em seu corpo. Eu a queria no vestíbulo, no pátio,
na cama.

Eu precisava dela.

Era uma necessidade primal semelhante a um animal, diferente de


qualquer coisa que eu já senti antes. Esta mulher era literalmente perfeita
para mim, em todos os sentidos da palavra. Em todos os sentidos.

Meu corpo sabia disso desde a primeira vez que nos conhecemos no bar
do hotel. Meu coração tinha sido convencido após a primeira noite juntos.

Mas meu cérebro resistiu. O jornalista em mim continuava listando os


fatos contra, e era definitivamente uma lista desigual. Meu coração não se
importava, no entanto. E meu corpo deu zero foda-se.

Ainda assim, tínhamos algum tempo antes que meu corpo e meu
coração pudessem conseguir o que queriam, e meu cérebro estava morrendo
de vontade de saber mais sobre ela, coisas sobre as quais eu me perguntava,
mas nunca parecia ter tempo para perguntar durante nossos frenéticos,
agitados momentos muito curtos juntos.

—Então, o que está esperando você de volta em Dallas? — Eu


perguntei, quando estávamos nos acomodando no terceiro - ou quarto, talvez
- curso de nossa refeição, aparentemente interminável.
Ela piscou, depois inclinou a cabeça para o lado. —Eu, hum ... o quê?

Eu sorri —Desculpe pela pergunta aleatória. Só me pergunto como é


sua vida. Seu dia normal. O que está esperando por você, de volta em casa.

—Definitivamente não há quem, a menos que você conte com meus pais.
Mas eles não fazem parte do meu dia-a-dia. Às vezes nem mesmo, meses.
Então, eu realmente não sei. Vou terminar meu curso de jornalismo e depois
... quem sabe? Provavelmente vou acabar ficando perto de Dallas.

—O jornalismo pode acabar tendo muitas viagens. Eu tinha mais de


trinta anos antes de comprar meu apartamento em Nova York. Antes disso,
passei meus vinte anos vivendo em quartos de hotel em todo o mundo.— Eu
sorri novamente e levantei meu copo em uma jogada simulada. —Embora
nenhum tão bom, quanto este.

—Alguma coisa ou alguém especial, esperando por você em Manhattan?

—Não, — eu dei de ombros. —Um apartamento muito quieto. Vou


provavelmente, ter alguns dias de folga após esta viagem, antes de começar
em algo novo. Sempre leva um tempo, para voltar ao normal depois de estar
aqui.

Parecia chato, quando disse isso em voz alta. Chato, sem graça, sem
intercorrências ... sim. Bem preciso. Mas era a vida que eu sempre trabalhei,
certo? Foi o que passei esses anos vivendo com malas, não foi?
Não era esse o sonho? Para pagar suas dívidas e ter um bom lugar para
chegar em casa, enquanto pode escolher o trabalho que você deseja fazer?
Soou muito bem, em teoria.

Por que o pensamento de voltar a isso me fez querer vomitar?

—Isso parece bom— disse ela, sorrindo. Mas mesmo que seu tom
parecesse genuíno, agradável era o melhor adjetivo que eu poderia esperar.
Certamente não parecia divertido. Ou emocionante.

Ou perfeito.

— Sim, é bom o suficiente, eu acho. — Mas as palavras soaram vazias,


mesmo quando estavam saindo da minha boca. Era boa o suficiente ... antes.
Mas não tinha certeza, se boa já é o suficiente.

Eu estava começando a querer mais. Mais do que me permiti antes.


Mais do que provavelmente poderia esperar ter.

Mas isso não me impediu de querer.

Sem dizer outra palavra, ela se levantou da cadeira e andou em volta


da mesa sem tirar os olhos de mim. Seu olhar era puro sexo ardente, e meu
pau estava imediatamente em atenção.

Ela andou atrás da minha cadeira e colocou os braços longos e finos


sobre os meus ombros, depois se inclinou para sussurrar no meu ouvido.
—Eu posso pensar em algo legal, que eu preferiria estar fazendo agora.
— Sua respiração era quente e suave contra o meu pescoço, e um rugido
baixo levantou-se de algum lugar dentro de mim.

Era essa necessidade primordial e sem espera.

Eu me levantei e a beijei pegando seu rosto em minhas mãos, quando


nossos lábios se encontraram. Eu devorei sua boca com fome, seus pequenos
gemidos, apenas alimentando meu desejo. Relutantemente, me afastei do
nosso beijo, deixando-a ofegante balançando em seus pés.

—Quarto— eu exigi, incapaz de formar uma frase coerente. —Eu


preciso de você. Agora.

Eu mal tinha falado as palavras, antes dela agarrar minha mão e me


puxar em direção ao quarto. Eu não sabia onde o mordomo foi, ou se havia
um outro curso que estaria perdendo, mas não me importei. Ele descobriria
para onde havíamos ido, facilmente.

Assim que fechei a porta do quarto atrás de nós, ela se virou para mim,
deslizando as tiras finas dos ombros e deixando seu vestido preto caído no
chão. Ela ficou na minha frente completamente nua, como uma deusa ao
luar. Fechei a curta distância entre nós, dobrando a cabeça e segurando seus
seios com as mãos tomando cada um na boca.

Ela gemeu, quando eu divertidamente peguei seu mamilo entre meus


dentes beliscando e chupando, deixando minha língua lamber o pequeno
botão rosa escuro. Suas mãos entrelaçaram meus cabelos e ela me afastou,
me beijando brevemente antes de olhar nos meus olhos.
—Você me faz sentir tão bem, James. Você fez esta noite incrível para
mim. Quero torná-la tão boa para você também.

Antes que eu pudesse protestar ou questioná-la, ela caiu de joelhos,


desafivelando rapidamente meu cinto e minha calça. Peguei a dica e
trabalhei para desabotoar minha camisa, enquanto ela empurrava minha
calça e roupas íntimas em volta das minhas coxas com um movimento
rápido.

Engoli em seco, quando ela me levou para sua boca todo o caminho, sua
língua tocando ao longo do eixo do meu pau, enquanto os músculos na parte
de trás de sua garganta, massageavam suavemente a cabeça. Era intenso e
quente pra caralho, como tudo nela. Ela estendeu a mão para trás e agarrou
minha bunda de alguma forma me puxando ainda mais fundo, quando meus
quadris começaram a balançar lentamente, para frente e para trás, para
empurrar suavemente entre seus lábios carnudos.

Seus gemidos se misturaram com os meus, e a lua iluminou o quarto


escuro, apenas o suficiente para eu ver sua mão deslizar entre suas pernas,
fazendo meu pau empurrar dentro de sua boca, com o pensamento de que
ela estava me chupando. Abaixei-me, pegando seu seio na minha mão
novamente e roçando meus dedos ao longo de seus mamilos inchados e
sensíveis. —Isso é bom, baby?

Ela se inclinou para trás do meu pau, deixando-o escapar da boca com
um barulho molhado. —Tão bom, James. Quero que nos juntemos.
Meu pau estremeceu em resposta e ela passou a mão sobre ele,
acariciando-me, enquanto sua língua brincava ao longo da crista sensível da
cabeça. Joguei minha cabeça para trás, enquanto meus quadris se
contraíam contra seu punho, a energia sexual reprimida da noite
percorrendo meu corpo com tanta intensidade, que eu sabia que não duraria
muito mais tempo.

—Eu preciso estar dentro de você, baby — eu gemi, cerrando os dentes


para tentar segurar as ondas de prazer que ameaçavam me dominar.

Mas ela não parou, nem diminuiu a velocidade. Por outro lado , ela
chupou mais, mais rápido, com mais urgência, até que eu estava à beira do
êxtase. Então, quando tive certeza de que não poderia me conter por mais
um minuto, ela se afastou, olhou para mim com seus grandes olhos escuros
e gemeu: —Goze para mim, James. — Era tudo que eu precisava ouvir.

Meus quadris se agitaram violentamente, quando os primeiros jatos


quentes explodiram, derramando sobre sua mão e caindo sobre seus seios.
Ela gritou, quando seu próprio orgasmo a alcançou, e sua cabeça caiu para
trás, a boca aberta, nossa respiração ofegante, a única coisa que podia ser
ouvida no quarto.

Por um momento, nenhum de nós se mexeu, como se tivéssemos sido


enraizados no nosso clímax. Finalmente, lento e gentilmente eu a puxei e a
beijei antes de cairmos na cama.

—Isso foi tão bom baby!


—Foi — ela concordou. —Mas estamos apenas começando. Junte-se a
mim para um banho? E então eu quero colocar a banheira de
hidromassagem em bom uso.

Eu sorri. Seria uma longa noite.

Uma noite maravilhosa e perfeitamente longa.


Ashley
A primeira coisa que notei quando acordei, foram aqueles braços fortes
e sexys ainda em volta de mim. Ele estava me segurando assim quando
adormecemos, e mesmo que a cama em que estávamos fosse realmente
enorme, de alguma forma, conseguimos permanecer assim, a noite toda.

Eu senti James mudar um pouco, atrás de mim, seu pau grosso deitado
sonolento, contra a minha bunda, enquanto estávamos de conchinha. Eu
sorri, quando ele gentilmente balançou contra mim, lembrando tudo o que
havíamos feito na noite anterior. Claramente, eu não era a única a pensar
em toda a diversão que tivemos.

—Bom dia, linda. — Senti seus lábios se moverem contra a minha pele,
quando beijou a parte de trás do meu pescoço, enviando um arrepio na
minha espinha.

—Está bom agora — eu murmurei, limpando o sono dos meus olhos,


enquanto rolava em seus braços, para encontrar seus lábios.

Tudo nele era bom. Não, melhor que bom. Ótimo. Surpreendente.
Melhor do que ... qualquer coisa que já experimentei. E eu estava
constantemente precisando me lembrar de que era real. A conexão que
tínhamos era genuína. Pode ter começado como uma noite, mas - na minha
mente e no meu coração, pelo menos - havia evoluído para algo muito mais.
Algo que realmente seria difícil de deixar para lá. Eu ainda não sabia
como lidar com isso, e teria preferido não pensar sobre, se estivesse sendo
honesta. Mas era quinta-feira de manhã e significava que tínhamos cerca
de quarenta e oito horas até a realidade surgir para destruir o paraíso que
havíamos encontrado.

—O que você está pensando, querida?

Eu pisquei, percebendo tardiamente que estava olhando perdida em


meus pensamentos. —Nada — eu menti. —Pensando em você. Sobre nós.

Assim. Então não era uma mentira total ...

—Eu tenho pensado em nós também. — Ele sorriu, mas pude ouvir a
emoção em sua voz, e antes que eu pudesse perguntar qualquer outra coisa,
ele cobriu minha boca com a dele, momentaneamente me fazendo esquecer
de tudo o mais. Seu corpo, sua boca, sua mente - todos pareciam conspirar
contra mim, prontos para me excitar a qualquer momento.

Apenas estar perto dele me colocou em um gatilho, e eu estava


constantemente pensando - querendo, precisando - dele dentro de mim.

Ele me rolou em cima dele, apenas se libertando do nosso beijo por um


momento. —Eu quero estar dentro de você — ele murmurou, sua voz baixa
e grave ecoando meus pensamentos.

—Eu quero isso também. — Tanta coisa. O tempo todo. —Mas vamos
nos atrasar para o workshop, e seu público adorado, não ficará feliz com isso.
Ele riu, mas não discutiu. Não que ele pudesse. As outras mulheres da
oficina se apegaram a cada palavra dele e praticamente caíram sobre si
mesmas para chamar sua atenção.

Eu não poderia culpá-las, é claro. E, sinceramente, eu nem estava com


ciúmes disso. Eu sabia pelos olhares ardentes que ele me atirou o dia todo,
que eu era quem tinha toda a sua atenção na sala de conferências.

E na cama.

—Talvez possamos nos atrasar? — Sua voz soou esperançosa, mas ele
já estava rolando para o lado, gentilmente me puxando na direção do
banheiro.

—Gosto de como você pensa, senhor Sterling.

Seu pênis se contraiu em resposta e olhei ansiosamente.

—Porém, teremos que ser rápidos— disse ele, sua única concessão em
que estávamos, de fato, em risco de chegar atrasados.

—Vou tentar manter isso em mente.

E mesmo sabendo que ele seria capaz de me dar exatamente o que eu


precisava, no tempo que nos restava, tive que resistir à vontade de prolongá-
lo.

Não importa quanto tempo tivéssemos, não teria conseguido o


suficiente.
***

Passei o dia observando-o, ouvindo-o, pensando nele.

Mesmo que eu não tivesse ouvido uma palavra que ele disse, eu ainda
amava a sensação de sua voz passando por mim, baixa e sexy.

Além disso, as outras mulheres na oficina o mantinham ocupado e eu


teria muito tempo depois, para fazer perguntas sobre o que ele estava
falando.

Eu realmente só queria memorizar tudo sobre ele, do jeito que ele falou
sobre fazer na noite anterior durante o jantar. Ele fez uma piada sobre isso
na época, mas com a percepção de que provavelmente não nos veríamos
novamente, eu queria dedicar o máximo de coisas possível à memória.

—Você com certeza está quieta hoje, — a dama ao meu lado, Sherri?
Suzie? Sam? Tanto faz, me cutucou, quando ela sussurrou. —Eu não culpo
você, no entanto.

—O que? Por quê?

—Você está tão triste, quanto o resto de nós que não teremos aquele
colírio para os olhos esta semana, certo?

Suspirei. Eu tive um momento de preocupação que ela tivesse nos


percebido juntos, mas aparentemente não era esse o caso. Ela pensou que
eu tinha uma queda por James, assim como o resto das mulheres na
palestra.
O que acho que sim, de certa forma. Mas era muito mais que uma
queda, é claro. E ia sofrer muito mais do que uma simples paixão quando
tivéssemos que nos separar.

—Sim— eu disse. — Vai ser ruim acordar e começar o dia sem ele. —
Ela assentiu. —Eu sei o que você quer dizer. — Se apenas...

De alguma forma, eu tive que decidir se seria melhor dizer adeus e


desejar-lhe tudo de bom sabendo que nunca mais nos veríamos, ou se eu
deveria tentar dizer-lhe como me sentia, mas e daí? Ele obviamente não
podia voltar para Dallas comigo enquanto tinha uma casa e uma vida
esperando por ele em Nova York. E eu nem conseguia pensar em me mudar
até me formar.

E realmente, não podia esperar que ele me esperasse por quase um ano
enquanto eu cuidava dos negócios no Texas.

Pior ainda, e se eu dissesse a ele como me sentia apenas para descobrir


que ele não sentia o mesmo? Rejeição, mais um adeus estranho depois da
semana perfeita que tivemos? Não, obrigada.

De qualquer maneira que eu tentasse resolver isso, não poderia.

Eu estava fodida.

Realmente.

Verdadeiramente.

Fodida.
James
Era sexta-feira.

Estendi a mão e desliguei o alarme antes mesmo de disparar, movendo-


me devagar e com cuidado para não a acordar. Eu já estava acordado há
uma hora olhando para o teto.

Tentando fingir, que não era sexta-feira.

Normalmente, especialmente, quando eu estava fazendo uma palestra


fora da cidade, o final da semana seria algo que eu gostaria mais do que
qualquer coisa. Mas nesta sexta-feira em particular, era um dia em que tive
medo a semana toda.

Aliás, desde que conheci Ashley. Desde que a realidade havia se


estabelecido, naquela sexta-feira, seria nosso último dia juntos. Nossa
última noite juntos.

Se tivesse que ser a nossa última noite, no entanto, eu queria que fosse
romântica. E tranquila. Nada extravagante como a suíte louca que tínhamos
ido no início da semana.

Só eu e Ashley.

E um pouco de vinho. Isso provavelmente aliviaria um pouco a dor da


noite. Porque mesmo sabendo que cada minuto que passasse com ela
naquela noite seria ótimo, também sabia que dizer-lhe adeus,
provavelmente, seria a coisa mais difícil que já fiz.

Ela se virou para mim e descansou a cabeça no meu ombro. Seus seios
estavam pressionando contra o meu braço e podia sentir os pequenos brotos
de seus mamilos roçando minha pele. Coloquei meus dois braços em volta
dela e a puxei para mais perto, incapaz de resistir a ter o máximo de contato
de pele possível com ela.

Eu definitivamente sentiria falta disso.

—Bom dia— disse ela, abafando um bocejo, enquanto inclinava a


cabeça para olhar para mim. —O que você está pensando?

—Você — sorri e beijei sua testa. —Sempre você.

—Você já parou de ser fofo?

—Tenho certeza de que muitas pessoas diriam que não sou tão gentil.
— Eu sorri, preguiçosamente passando os dedos para cima e para baixo em
suas costas nuas.

—Eles não devem ver seu lado que conheço, então.

Fiquei quieto por um momento, pensando nas palavras dela. Isso era
verdade? Ela viu um lado meu que eu normalmente mantinha escondido?

Talvez. Provavelmente, se eu estivesse sendo honesto.


Mas era fácil ver o melhor das pessoas quando você as conhecia há
apenas uma semana. Ela ainda pensaria que eu era doce depois de uma vida
inteira acordando perto de mim? Eu esperava que sim, mas quem poderia
dizer?

—O que devemos fazer hoje à noite? — Eu perguntei, dirigindo a


conversa - e meus pensamentos - em uma direção mais segura.

—Eu não sei. Nós poderíamos ir...— Ela deu um encolher de ombros,
depois deixou a mão vagar pelo meu peito, pelo meu estômago, mais e mais,
até que estivesse tentadoramente perto do meu pau, que endurecia
rapidamente. —Ou ... nós poderíamos ficar aqui.

—Eu gosto do jeito que você pensa — mudei meus quadris, empurrando
lentamente contra a mão dela. —Mas isso não restringe exatamente nossas
opções.

Ela passou a mão em volta do meu pau acariciando-o de brincadeira,


enquanto beijava uma trilha do meu peito ao meu pescoço. —O que mais
você tinha em mente?

—Na verdade, — minha respiração ficou presa na garganta quando


suas brincadeiras se tornaram mais insistentes. —Acho que podemos ficar
aqui na cama, por um tempo. Pelo menos até terminarmos o que você
começou.

Ela riu, depois jogou uma perna sobre mim, usando a mão para guiar
meu pau ansioso no calor aveludado de sua boceta. —Como isso?
— Oh meu Deus, apenas como isso.

Eu perdi minha linha de pensamento quando ela balançou contra mim


sua boceta segurando meu pau, enquanto deslizava para cima e para baixo
nela.

Nossos planos podem esperar. Tudo poderia esperar. Estávamos o mais


perto possível, e eu ia saborear. Saboreá-la. Completamente.

***

As primeiras horas da manhã que eu passava com Ashley, sempre


passavam rápido demais, mas esse dia, parecia ainda mais rápido que as
outras e não apenas pela maneira como o sexo com ela me fazia esquecer
que qualquer outra coisa existia.

Á tarde, no entanto, se arrastava sem parar. Meia dúzia de vezes fiquei


tentado a terminar o workshop mais cedo e enviar todos para o cassino. Isso
é o que todos eles queriam fazer de qualquer maneira. Eu duvidava que
ouviria muitas queixas.

Certamente, não de Ashley. Toda vez que eu olhava para ela, podia ver
minha própria tortura refletida em seus olhos. Era óbvio que ela estava
presa no mesmo paradoxo de querer que a tarde passasse, mas também
esperando que a noite nunca terminasse.

De alguma forma, nós dois conseguimos passar o dia e agora que


passou, nada disso importava mais. Tudo o que me importava era o fato de
estar com ela, sentado sozinho em uma mesa em um pequeno restaurante
italiano, com suas mãos nas minhas.

—Como você encontrou esse lugar? — Ela perguntou, sorrindo,


enquanto o garçom enchia nossos copos de vinho.

—Nem me lembro, para ser sincero. Está aqui desde sempre, embora
eu deva admitir que a maioria das vezes que estive aqui no passado, foram
depois de uma noite bebendo com os amigos do bar. Desta vez é
definitivamente melhor.

Ela riu. —Acho que vou aceitar isso, como um elogio.

Cada um de nós tomou um longo gole de nosso vinho, e seus olhos nunca
deixaram os meus. Quando ela deixou o copo e respirou fundo, eu sabia o
que estava por vir antes que as palavras saíssem de sua boca.

—Então — ela fez uma pausa, mordiscando o lábio inferior por um


momento. —O que vem depois?

—Jantar eu espero ...

Ela não sorriu, no entanto, e assenti, admitindo que minha piada no


momento não estava nem perto de ser engraçada.

—Desculpe — eu disse, sentindo um pouco de tensão entre nós pela


primeira vez. —Eu não sei. Espero que possamos nos ver depois disso. De
alguma forma.

— Eu também gostaria disso. Mas como seria essa noite?


Eu exalei devagar. Eram as perguntas que eu estava tentando não
pensar a semana toda, mesmo que não estivessem longe da minha mente. E
mesmo que eu tivesse me perguntado exatamente as mesmas coisas,
inúmeras vezes, ainda não estava mais perto de ter uma resposta.

Pelo menos, não uma boa resposta.

—Eu não tenho certeza, para ser sincero. Estou aberto a sugestões, no
entanto. Um fim de semana prolongado em breve?

Ela assentiu. —Um longo fim de semana é um bom começo, eu acho. E


terei tempo livre nas férias e, talvez, no verão. Mas ... e depois?

Dei de ombros. —Nós meio que evitamos essa conversa por um motivo,
certo? Quero dizer, nenhum de nós pode prever o futuro. Sei que quero
passar o máximo de tempo possível com você, mas na realidade? Eu não sei
como na prática isso será. Sinto que na vida real, fora da nossa pequena
bolha de Las Vegas, as coisas não se alinhariam tão facilmente.

—Talvez elas pudessem, mas não posso tomar grandes decisões neste
momento sem algo mais sólido para continuar do que talvez. — Ela revirou
os olhos. —E obviamente, nenhum de nós pode se comprometer com algo
mais sério, quando passamos apenas uma semana juntos.

—Uma semana perfeita, para ser justo. Por que não aproveitamos o
tempo que resta aqui e depois vemos como as coisas funcionam? Não
precisamos ter pressa.
—Não, não precisamos ter. Você está certo. Mas tenho planos e
objetivos. Você já está realizado e bem sucedido, talvez seja mais fácil dizer
isso, mas estou com fome. E quero alguém que estará ao meu lado durante
tudo isso. Você poderia ser essa pessoa?

As perguntas continuaram chegando, mas ainda não havia boas


respostas. Mil pensamentos e respostas em potencial passaram pelo meu
cérebro, e pude ver falhas em cada uma delas. Eu sabia o que ela precisava
que eu dissesse, mas não queria ser irracional. Não seria justo para nenhum
de nós.

E por mais que ela merecesse todas as coisas boas da vida que estava a
caminho de conseguir, ela também merecia a verdade.

—Ashley, eu quero ser esse cara. Posso dizer honestamente, que


embora tenha sido apenas um curto período de tempo nunca senti as coisas
que sinto por você, com mais ninguém. Mas eu acho que é importante que
se nós vamos continuar nos vendo, faremos com expectativas realistas. Você
não acha?

Ela esperou, e percebi que estava avaliando suas palavras antes de


responder. Eu não estava certo, se isso era um bom sinal ou não, mas fiz
saber que tudo o que acontecesse depois não haveria como voltar atrás.

—Precisamos ser realistas, sim. E talvez eu esteja apenas sendo


otimista demais, mas acho que realmente temos uma chance de ser algo
bom. Algo maravilhoso. Algo para sempre. Mas não vejo isso acontecendo,
se tudo o que pudermos nos comprometer é um fim de semana prolongado
em breve, e talvez mais alguns dias no Natal. Eu preciso de mais do que
isso, James.

Cada parte de mim estava gritando para concordar. Concordar com o


que ela queria, porque uma parte de mim sentia que ela estava
absolutamente certa. Eu pude ver o para sempre, quando olhei nos olhos
dela. Mas lidava com fatos e realidades, todos os dias, como parte do meu
trabalho. Era apenas quem eu era, quem eu sempre fui. E não importava o
que meu coração estivesse dizendo, meu cérebro sabia que se eu não levasse
as coisas devagar e com cuidado nós dois poderíamos acabar se machucando.

Certamente, já tinha acontecido antes.

—Gostaria de poder lhe dar mais do que isso, Ashley. Mas não posso
agora.

Eu tinha dito tão claramente, quanto poderia. Eu só esperava que ela


entendesse.

—Eu entendo— disse ela, ecoando meus pensamentos. —E acho que


isso me diz tudo o que preciso saber. Sempre há um problema, certo? Eu
encontro o homem perfeito e ele está indisponível.

—Ashley, por favor, vamos aproveitar o tempo que nos resta ...

—Não, — ela balançou a cabeça. —Quero dizer, obrigada. Por tudo. Mas
não posso fazer isso. Eu preciso ir.
—Eu entendo se você não quer ficar comigo durante o jantar, mas pelo
menos deixe-me levá-la de volta ao hotel. — Puxei minha cadeira para trás
para me levantar, mas ela me parou.

—Não, não acho que seja uma boa ideia. Isso só tornará as coisas mais
difíceis para nós dois. Eu acho que só preciso ficar sozinha. Foi assim que
comecei esta viagem, certo? Então, acho que é assim, que vou terminar.

—Ashley…

—Obrigada por uma semana incrível, James. De verdade. Vou me


lembrar disso, por um longo tempo.

Eu queria dizer mais, mas não havia mais nada a dizer. Não teria
importado de qualquer maneira. Antes que eu pudesse abrir minha boca
novamente, ela partiu.

E não voltaria.
Ashley
Eu abri um olho. Era de manhã a julgar pela nebulosa luz cinza que
entrava pela janela, mas não sabia exatamente a que horas.

Não que isso importasse.

Eu precisava terminar de fazer as malas e tinha que chegar ao


aeroporto antes do meio dia, mas não conseguia reunir energia ou força para
me importar. Eu me senti tão sombria quanto o pedaço de céu que eu podia
ver através da janela, e só tinha que me culpar.

Era todo o motivo de não querer mais do que uma noite só. James nunca
me enganou sobre o que esperar depois de nossa semana juntos - na verdade,
ele fez um grande esforço para não mencionar nada sobre isso, pesando em
voltar. Ele tinha sido perfeito. Perfeito demais.

E agora ele se foi.

Ou ele iria, em breve, dependendo da hora. Eu sabia que seu vôo seria
um par de horas antes de meu, então nós não teríamos o nosso último adeus
no aeroporto. Não importa como a noite anterior tivesse terminado, seria a
última vez que o veria.

Graças às minhas emoções e à minha falta de autocontrole a semana


inteira, eu tinha estragado o pouco tempo que poderíamos passar juntos.
Em vez de passar a noite em seus braços, uma última vez, alternei entre
soluçar no meu travesseiro e olhar para o meu telefone desejando que ele
ligasse. Disposto a continuar.

Mas ele não ligou. E eu nem podia culpá-lo por isso, já que não havia
mais nada a dizer.

Durante toda a noite eu andara de um lado para o outro, imaginando


se deveria ter me comprometido mais, ou tentado mais, ou ... alguma coisa.
Uma coisa que poderia ter mudado o resultado da noite.

Mas não importa quantos ângulos diferentes eu tentei abordar na


situação, não conseguia encontrar um final feliz.

Sentei-me na cama, espiando por cima da pilha de travesseiros ao meu


lado - um péssimo substituto para o homem que estava desaparecido - e
olhei para o relógio. Oito e quarenta e cinco.

Ainda havia tempo tecnicamente, suficiente para eu me vestir e chegar


ao aeroporto antes que seu voo partisse às dez. Mas havia alguma razão?
Além de me dar mais um motivo para chorar, eu não conseguia pensar em
um motivo. Eu queria vê-lo novamente, é claro. Eu queria vê-lo todos os dias,
para sempre.

Obviamente, isso não iria acontecer, então eu precisava encontrar uma


maneira de superá-lo.

Só não sabia se podia.


***

Meu humor não tinha melhorado quando cheguei ao aeroporto, mas


pelo menos o sol estava brilhando novamente. Mas como tudo em Vegas,
estava um pouco brilhante demais, um pouco quente demais. Um pouco duro
demais.

Até o aeroporto era apenas ... demais. Alto, vibrante e um pouco


berrante, era mais como um shopping com máquinas caça-níqueis do que
um aeroporto.

Passei pelo movimento de despachar minha bagagem, passar pela


segurança e me apressar para esperar no portão de embarque. Mesmo com
todo o barulho e a multidão de pessoas passando por mim me senti vazia.
Isolada.

Sozinha.

E mesmo sabendo que ajudaria estar de volta a Dallas cercada por


pessoas e lugares familiares e confortáveis, eu suspeitava que levaria um
tempo até que eu conseguisse sacudir esse sentimento vazio.

Encontrar James e passar tanto tempo - tanto tempo intenso - com ele,
encheu meu coração, e dizer adeus deixou um buraco ali que seria difícil de
consertar. E talvez fosse porque a ferida era muito nova, nova demais para
realmente ter perspectiva, mas senti que nunca poderia curar. Como se eu
pudesse carregar essa tristeza comigo para sempre, sempre imaginando o
que poderia ter sido.
Foi um pensamento, que me deixou com frio.

Mas espero que eu esteja apenas sendo melodramática. Espero que eu


consiga relembrar o tempo que passei em Las Vegas - o tempo que passei
com James - e só me lembrar dos bons momentos. Certamente havia muitas
boas lembranças para escolher. Tudo o que eu conseguia focar no momento,
era o único ruim.

A chamada de embarque soou e lentamente caminhei pelo corredor até


o avião, meus braços e pernas parecendo pesados, como se cada hora de sono
que perdi na noite anterior - e toda noite naquela semana, na verdade -
tivesse subitamente me alcançado. Eu devia ser uma visão e tanto, mas não
me importei.

Eu só queria me sentar, torcer e rezar para que caísse no sono


imediatamente e que não acordasse novamente até que pousássemos em
Dallas. Talvez eu acordasse e percebesse que tudo isso foi apenas um sonho
selvagem e louco como algum tipo de filme brega.

Se apenas a vida real, pudesse ser tão fácil.

Mas de qualquer forma. Pelo menos eu voltaria a Dallas.

Até mais, Vegas. Obrigada por nada.

Eu estava indo para casa.


James
Parecia que o mundo inteiro estava conspirando para me fazer sentir
um idiota. Em todos os lugares que eu olhava, pensei vê-la. Toda vez que
passei por um grupo de mulheres, pensei ter ouvido a voz dela.

Até a senhora sentada ao meu lado no avião tinha cabelos escuros e


pele pálida, o que significava que eu tive que passar o vôo inteiro olhando
pela janela. Eu simplesmente não aguentava mais os lembretes.

E para acrescentar a dor, eu não percebi até que estava prestes a


embarcar no avião que teria uma escala em Dallas.

Como Dallas… Ashley Dallas.

Dallas Love Field, para ser mais preciso. Porque é claro que a última
grande surpresa do dia, jogaria Ashley e Love na minha cara.

Maldita Vegas.

Houve muitas vezes ao longo dos anos, em que eu jurei voltar para lá
mas desta vez, eu estava indo para ficar. Aquele lugar só me trouxe
problemas e mágoa, e simplesmente não valia mais a pena.

Nem mesmo por uma taxa grande e suculenta.

E agora eu fiquei preso em Dallas, por uma hora. Não há tempo


suficiente para deixar o aeroporto, ou fazer qualquer coisa realmente, exceto
sentar e esperar meu voo para Nova York.
Ah, e pensar em Ashley, é claro.

Depois que ela me deixou no restaurante, passei o resto da noite


vagando em transe, imaginando como tudo tinha dado tão errado tão
rapidamente.

Especialmente, depois que tudo estava indo tão certo.

Mas se meus instintos estavam corretos - se realmente era a coisa certa


a fazer para frear nossos sentimentos - por que eu ainda me sentia tão mal
com isso?

Eu não deveria pelo menos, me sentir seguro sabendo que havia tomado
a decisão certa?

Eu já tinha tido muitos relacionamentos antes, e quando era hora de


acabar sempre me senti melhor depois, até aliviado. Claro, eu fiquei
chateado às vezes, até mesmo com o coração partido, mas nunca, nunca
questionei a decisão.

Até agora. Até Ashley.

Agora eu estava questionando tudo.

Exceto que todas eram perguntas que eu tinha feito muito antes de
conhecer Ashley. Perguntas sobre a minha vida. Meu futuro. Minha
felicidade. E eu ainda não tinha respostas, mas estar com ela me fez ver que
era possível. Isso me fez ver que poderia haver outro caminho.

Se eu tivesse coragem de fazer isso acontecer.


Mas foi exatamente isso. Eu sabia o que queria fazer. Eu sabia que pelo
menos me daria uma chance de felicidade. Depois de viver minha vida de
acordo com as regras, fazendo as coisas de maneira metódica, cautelosa e
meticulosamente planejada, eu simplesmente não tinha certeza se havia
algo em mim para fazê-lo.

Ashley podia se dar ao luxo de ser otimista. Ela tinha toda a sua vida
pela frente. Eu não tinha ... nada.

Nada importante, pelo menos. Um apartamento de um quarto em


Manhattan, com vista para uma garagem. Uma carreira de muito sucesso
como jornalista freelancer - minha maior conquista, de longe. E ... era isso.

Ninguém para se preocupar. Ninguém que se importava comigo.


Ninguém para sentir minha falta, quando eu não estava por perto.

Eu nunca tinha percebido o quão triste minha vida realmente era, até
ter encontrado Ashley. Ela mudou tudo. Era como se minha existência em
preto e branco tivesse subitamente se tornado colorida, por uma breve e
surpreendente semana, apenas para que ela fosse arrancada de novo.

Mas não queria voltar à minha vida monocromática.

Não posso.

Foda-se.

Levantei-me da minha cadeira no saguão do aeroporto, meu movimento


repentino e decisivo provocou alguns olhares das pessoas próximas. Peguei
minhas coisas e comecei a andar. Eu não estava familiarizado com o
aeroporto de Dallas, mas sabia que deveria haver uma placa com horários
de chegada e partida em algum lugar.

Um sorriso se formou nos meus lábios pela primeira vez, em quase 24


horas quando um plano começou a tomar forma na minha cabeça. Eu não
sei exatamente, como ele seria desenrolado, mas sabia como seria o primeiro
passo.

Corri pelo piso reluzente, esbarrando entre grupos de pessoas como um


homem em uma missão. Eu estava em uma missão. Uma missão para mudar
minha vida. Para salvar minha vida.

E mesmo que não desse certo, mesmo que tudo desabasse ao meu redor,
eu podia ter certeza, sabendo que pelo menos tinha me dado uma chance.

Eu ia trabalhar pela porra da felicidade, uma vez na vida.


Ashley
Casa.

Finalmente.

Assim que senti as rodas do avião pousarem senti uma nova onda de
mágoa. Mesmo que uma parte de mim estivesse pronta para voltar ao
normal - ou pelo menos algo próximo do normal, também fiquei
decepcionada ao perceber que voltaria para casa sozinha.

Dormindo sozinha.

Morando sozinha.

Talvez seja o que eu merecia.

—Obrigado por voar conosco hoje e viajar com segurança para o seu
destino final.

Fiz uma careta quando ouvi as palavras. Era como se de alguma


maneira o destino estivesse zombando de mim. Dallas era meu destino final?
Eu sempre assumi que ficaria aqui, mas agora não tinha tanta certeza.

Nada parecia certo sem James.

Quando saí do avião e caminhei pelo longo corredor - até meu destino
final, ugh - não pude deixar de imaginar o que ele estava fazendo. Ele já
tinha chegado em casa? Eu não tinha força de vontade suficiente para
descobrir os horários dos vôos e as diferenças de horário. Eu só esperava que
onde ele estivesse, estivesse feliz.

Um de nós deveria estar, pelo menos. E com certeza não era eu.

Eu protegi meus olhos contra o sol que estava fluindo para o terminal,
minha mente ainda preocupada com os pensamentos de James. Eu ainda
podia ver seu rosto claramente em minha mente. Eu quase podia ouvir sua
voz.

—Ashley, espere ...

Eu pisquei, balançando minha mão, quando os cabelos na parte de trás


do meu pescoço se levantaram. Isso foi uma grande coincidência, ou minha
mente se rebelou completamente e estava oficialmente fodendo comigo.
Comecei a andar mais rápido, determinada a chegar em casa antes de ter
um colapso completo.

— Ashley, por favor, espere.

Larguei minha mala de mão e me virei. Não havia como isso ser
coincidência.

Então o vi, e o mundo inteiro parou.

O que? Por quê? Como?

Tantas perguntas inundaram minha mente, mas eu não conseguia falar


com o nó na garganta. Então, eu não conseguia falar porque seus lábios
estavam nos meus e eu estava em seus braços.
Beijá-lo novamente parecia tão certo, e isso acalmou a ferida aberta em
meu coração que eu estava tentando juntar desde que o deixei no
restaurante na noite anterior.

—Eu não entendo— eu disse, balançando a cabeça, quando finalmente


me afastei o suficiente para olhar para ele. —O que você está fazendo aqui?
— Então um pensamento me atingiu, e engoli em seco. —Você está apenas
de escala? Porque se você está, então ...

—Não, Ashley, — ele gentilmente colocou o dedo nos meus lábios, me


cortando no meio da frase. —Eu não estou aqui em uma escala. Bem, eu
estava... mas vou ficar. Quero dizer…

Ele estava claramente lutando para encontrar as palavras certas e eu


estava tentando lhe dar o tempo que ele precisava para explicar, mas ainda
estava tão confusa.

—Quero ficar com você, Ashley. Eu não ligo para mais nada.

Minha boca se abriu, mas nenhuma palavra saiu. Eu a fechei com um


estalo audível e depois disse a primeira coisa que me veio à mente, mesmo
que estivesse apenas repetindo o que já tinha dito momentos antes. —Eu
não entendo.

—Desde que te conheci, você é a única coisa que consigo pensar, a única
coisa que importa na minha vida. Todo o resto só poderia chegar em um
segundo distante. E mesmo que eu tenha percebido durante essa semana
juntos, isso realmente não me atingiu, até que você se foi. Até eu estar
naquele avião voltando para Nova York. Sem você.
Estendi a mão e coloquei-a no rosto dele, como se quisesse tranquilizar
meu coração, meu cérebro e meu corpo de que isso estava realmente
acontecendo. Isso era real.

Mas James estava realmente na minha frente, dizendo as palavras que


eu estava desejando, esperando e rezando para ouvir. Não era um sonho.

—E o seu apartamento? Seu trabalho? E ...— Eu dei de ombros, meu


rosto procurando o dele por sinais de dúvida.

Mas não havia. Ele estava sorrindo, e a única coisa que vi em seus olhos
foi a felicidade. Felicidade e ... —Eu amo você, Ashley.

Amor.

—Eu te amo — ele repetiu, parando para me beijar gentil e apressado


entre cada palavra. —Eu posso trabalhar como freelancer em Dallas, tão
fácil quanto em Nova York. Ou de qualquer outro lugar do mundo, aliás. E
posso vender meu apartamento ou aluga-lo, se você acha que pode estar
interessada em se mudar para lá. Está pago e, mesmo se eu mantivesse o
apartamento, provavelmente economizaria dinheiro, morando aqui apenas
com a diferença básica de custo de vida. Mas o ponto é que não me importo,
com todas essas coisas.

Ele me beijou de novo e eu estava lentamente começando a me deixar


acreditar, a deixar o pequeno brilho de fogo que se inflamava dentro de mim
se transformar em algo mais.

—Você não se importa com nada disso?


—Não, — ele balançou a cabeça. — Eu me importo com você. Nós,
podemos descobrir tudo o mais à medida que avançarmos. Somos adultos
inteligentes. Eu tenho fé em nós. E eu te amo.

Toda vez que ele dizia isso, o calor irradiava através do meu corpo. Eu
nunca me cansaria de ouvir essas três palavras dele.

—Eu também te amo, James. Eu só não posso acreditar. Estou chocada.

Por uma fração de segundo, seu sorriso deslizou e uma linha enrugou
sua testa.

—Oh meu Deus, nem me ocorreu perguntar ... Você está bem com tudo
isso? Querida, se você não quer isso, me avise e vou embora. Sinto muito, eu
deveria ter perguntado ou discutido, ou algo assim, mas eu só tinha uma
hora e estava tão animado ...

Desta vez, foi a minha vez de silenciá-lo com um beijo, e sorri contra
seus lábios com o quão doce era que ele estivesse tão preocupado. Como se o
fosse recusar por qualquer coisa. Nunca.

—É perfeito — eu disse, colocando meus braços em volta dele. —Tudo


é simplesmente ... perfeito.

—Vamos descobrir todos os detalhes, prometo. Eu não joguei


completamente a cautela ao vento. Mas quero descobrir isso com você.

—É tudo o que quero, tudo o que poderia pedir.


E era verdade. Eu não esperava que ele me prometesse o mundo. Eu
sabia que nem sempre seria fácil resolver tudo. Mas sabia que se
estivéssemos juntos, cuidando um do outro, ficaríamos bem.

Não. Melhor do que bem.

Perfeito.
Epílogo

James
—Esta é a última caixa, querida— gritei, colocando-a no hall de entrada
enquanto espiava na esquina. Nós morávamos no pequeno apartamento de
Ashley, há tanto tempo que parecia estranho ter uma casa de verdade. Com
três quartos. Mais de um banheiro. E um quintal.

Eu mal podia esperar para começar alguns projetos de paisagismo. Mas


primeiro, eu precisava encontrar Ashley.

—Hey, — ela olhou para cima e sorriu quando entrei na cozinha. —Eu
pensei ter ouvido você entrar. Fechei a distância entre nós, ansioso por
abraçá-la. —Acabei de trazer a última caixa das minhas coisas antigas, que
havia enviado de Nova York. Mesmo com todas as nossas coisas juntas acho
que vamos ter dificuldade em encher esta casa.

Decidimos esperar alguns meses antes de colocar meu antigo


apartamento no mercado para o caso de decidirmos experimentar Nova
York, mas não demorou muito tempo para me acostumar com o mais lento
e fácil ritmo de vida no Texas, e Ashley parecia feliz em permanecer na área
depois de se formar.

No entanto, nos surpreendemos quando meu apartamento foi vendido


depois de apenas uma semana no mercado e tivemos que nos esforçar um
pouco para encontrar um novo lugar para morar uma vez que ficou claro que
eu teria que encontrar espaço para minhas coisas mais cedo do que pensava.

—Bem, nós temos esse espaço extra. Tenho certeza de que vamos
encontrar uma utilidade para isso, — ela piscou para mim, e eu tinha
certeza de que sabia o que ela estava sugerindo.

O pensamento de ter filhos com Ashley era como um sonho tornando


realidade. Eu nunca tinha tido tempo para resolver o problema com alguém
antes, e especialmente para não ter filhos. Eu sempre estive muito focado
na minha carreira e em mim mesmo. Mas eu estava em um novo lugar na
vida, mental e fisicamente, e iniciar uma família com ela era
definitivamente algo em que estaríamos trabalhando.

Várias vezes por dia, espero.

Mas ainda havia algo que eu queria cuidar, antes disso.

—Tenho certeza que sim — eu concordei, sorrindo. —E você sabe,


mesmo que metade de nossas coisas ainda esteja em caixas, já está
começando a parecer uma casa.

Ela assentiu. —Eles dizem que o lar é onde está o coração.

—Então minha casa sempre estará com você, não importa onde isso
aconteça.
—Você sempre sabe exatamente o que dizer, para me fazer feliz. Esses
últimos oito meses, foram honestamente os melhores da minha vida. Porque
você está comigo.

Eu assenti. Eu me senti exatamente da mesma maneira, como se ela


tivesse sido gravada em meu coração e em meus próprios sentimentos.

—Por nós. Juntos — falei. —E tenho uma confissão a fazer...

—Oh?— Ela inclinou a cabeça para o lado. —Algo de bom, espero.

—Eu espero — sorri. Eu sabia. Mas um pouco de suspense nunca dói.


—Eu estava esperando o momento perfeito. Eu pensei que poderia ser
quando você se formasse na faculdade. Ou quando assinássemos os papéis
finais nesta casa. Ou quando finalizei a venda do meu antigo apartamento
em Nova York. Mas nenhum desses momentos funcionou da maneira que
imaginei na minha cabeça. Sempre haviam outras pessoas por perto, ou
estávamos apressados, ou algo assim ...

—James, você está me matando aqui — sua voz era impaciente, mas
ela estava sorrindo amplamente, e praticamente pulando de emoção. Ela
tinha que saber o que estava prestes a acontecer.

Era apenas uma questão de dizer as palavras.

Eu ri e respirei fundo, subitamente me sentindo nervoso. Enfiei a mão


no bolso e tirei a pequena caixa que eu tinha carregado todos os dias à espera
do momento perfeito, não tendo certeza, de quando isso poderia ser.
E eu nunca teria pensado que seria em nossa nova cozinha, cercado por
caixas móveis, mas aqui estávamos nós.

—Ashley, você me faz tão feliz. Cada minuto de cada dia que estou com
você me faz sentir como se estivesse exatamente onde pertenço. Bem onde
eu sempre deveria estar.

Peguei sua mão e ela cobriu a boca, os olhos brilhando de emoção. Ela
piscou várias vezes, claramente tentando conter as lágrimas que estavam
brotando.

—Eu te amo, querida— continuei. —Eu te amei desde o momento em


que te conheci, mesmo que estivesse com medo de admitir isso a princípio.—
Nós dois sorrimos com a lembrança daquelas terríveis 24 horas, o único
tempo que passamos separados desde que nos conhecemos. —Mas tenho
certeza que quero ficar ao seu lado pelo resto da minha vida. Quero que
fiquemos juntos para sempre. Ashley...— tirei o anel e o deslizei em seu
dedo. —Eu quero ser seu marido. Você me dará a honra de ser minha
esposa?

Ela assentiu entusiasmada e finalmente tirou a mão da boca para dizer:


—Sim, sim, eu serei. Eu te amo muito, James.

Eu me levantei e a puxei para perto. Minhas bochechas doendo de sorrir


tão largo, mas não trocaria a sensação por nada. Isso significava que eu
finalmente - finalmente - vou me casar com Ashley. Eu pensei que minha
vida não poderia melhorar, mas estava errado.

No momento em que ela disse sim, foi perfeito.


—Só há uma coisa— disse ela, mordendo o lábio entre os dentes
enquanto levantava as sobrancelhas.

—O que? Qualquer coisa, querida. Apenas diga.

—Como devemos comemorar?

Eu ri. De todas as coisas com que se preocupar essa era bastante boa.

—Sério— disse ela. —Todas as minhas roupas bonitas ainda estão


embaladas em algum lugar.

—Posso pensar em algumas maneiras de comemorar que não exigem


roupas. Apenas uma cama. E, convenientemente, temos isso aqui.

—Essa é definitivamente, o tipo de celebração da qual nunca vou me


cansar.

***

Ashley
Se alguém tivesse me dito um ano antes que minha vida mudaria tão
dramaticamente, em apenas alguns meses, eu nunca teria acreditado. Eu
provavelmente, teria rido alto se alguém sugerisse que no verão eu estaria
morando com um homem que conheci no outono anterior, quanto mais
comprando uma casa e estaria noiva.
Mas foi exatamente isso que aconteceu, e eu não poderia estar mais
feliz com isso. Olhei para o meu anel - um grande solitário cercado por
diamantes menores - e sorri. Era perfeito. Assim como tudo na minha vida.

Assim como tudo sobre James.

Ele me mimava além da crença. Nada que eu queria era demais. E


mesmo que eu estivesse tão feliz em nosso pequeno apartamento, com uma
simples pulseira de ouro, era bom saber que ele achava que eu valia mais.

Muito mais.

Mas por mais feliz que eu estivesse, nada disso teria importância sem
ele. Todos os dias eu agradecia à minha estrela da sorte, que ele tivera
coragem e força de vontade para abandonar seu voo naquele dia. Para dar
uma chance a nós, quando eu tinha sido tentada a descobrir como sobreviver
sem ele.

Ele sempre quis dizer que o salvei de retornar à sua vida monótona e
monocromática, mas esse dia foi diferente. Naquele dia, ele me salvou de
cometer o maior erro da minha vida. Todos os dias que se passaram desde
então, não houve um único momento que eu não me sentisse absolutamente
e completamente amada.

Sem dúvida, ele foi a melhor coisa que já me aconteceu e agora - embora
meu coração já soubesse - era oficial. Nós passaríamos o resto de nossas
vidas juntos.
—Você está pronta para começar a comemorar, querida?— ele
perguntou, me puxando para o quarto. Ele já havia tirado a camisa e estava
saindo do jeans.

Fiz uma pausa, parando um momento para apreciar a vista. Não


importava quantas vezes tivéssemos feito amor, nunca me cansava de vê-lo
nu. A visão de seu corpo musculoso sempre me deixava sem fôlego. A
maneira como seus músculos se flexionavam e se agitavam enquanto ele se
movia era como assistir a uma obra de arte viva.

—Mais do que pronta — eu disse sorrindo, enquanto tirava a minha


camisa. —Mas não na cama.

—Oh?

—Estou pensando no banho primeiro depois na cama. Então ... bem,


temos muitos cômodos novos para inaugurar.

Seu pênis se contraiu com minhas palavras e pude ver o desejo brilhar
em seus olhos.

—Sim— foi tudo o que ele disse, pegando minha mão e me levando ao
banheiro.

Os ladrilhos frios contra meus pés descalços contrastavam fortemente


com o calor que escorria do meu corpo, e as sensações de desejo fizeram
arrepios por todo o meu corpo - um fato que não passou despercebido.

—Você está com frio, querida? Posso ajudar com isso.


—Estou contando com isso — eu disse, tirando minha calça.

Ele cruzou a distância entre nós, rapidamente me ajudando a tirar meu


sutiã e calcinha, então se afastou e deixou seus olhos vagarem pelo meu
corpo nu.

A única coisa melhor do que aquela sensação que tive quando o vi nu?
A necessidade quente que queimava em seus olhos toda vez que ele olhava
para mim. Nunca deixou de alimentar um senso de urgência dentro de mim
que era impossível ignorar.

—Droga, querida. Você é tão bonita.

Sua voz estava cheia de desejo, e eu podia dizer que ele também sentia
a urgência.

Ele ligou a água e entrou no chuveiro estendendo a mão para me ajudar


a entrar também. A água quente parecia boa ao passar por cima de mim.
Quase tão boa, quanto suas mãos no meu corpo.

Quase.

Assim que firmei meus pés, ele colocou meus braços acima da minha
cabeça e traçou uma linha de beijos quentes no meu pescoço me deixando
contorcendo contra ele, enquanto sua boca viajava mais e mais. Ele tirou
suas mãos e passei as minhas por seus cabelos aproveitando a oportunidade
para empurrá-lo ainda mais.
Engoli em seco quando ele levou meu mamilo em sua boca, sua língua
e dentes, puxando e chupando, tocando ao longo da pele sensível. Abaixei-
me para me tocar, mas ele gentilmente afastou minhas mãos, e tive que me
contentar em passá-las pelos seus ombros musculosos e parte superior do
corpo.

Era um prêmio de consolação, deliciosamente doce pelo menos.

Ele olhou para mim e sorriu. —Eu quero fazer você gozar, querida. Mas
deixe-me fazer o trabalho. Deixe-me cuidar de você.

Pronta para faze-lo cumprir sua promessa, empurrei sua cabeça mais
baixo. Ele parecia feliz em obedecer e, em vez de dizer mais alguma coisa,
colocou sua boca talentosa em melhor uso.

Ele beijou e beliscou uma linha diretamente no meu estômago, apenas


diminuindo a velocidade, até alcançar minhas dobras escorregadias. Entre
a água caindo no meu corpo e sua língua lambendo meu clitóris, eu estava
quase sobrecarregada sensorialmente.

Inclinei minha cabeça contra o azulejo frio e o deixei trabalhar sua


mágica. Deus, o homem era bom em comer boceta. Ele levantou uma das
minhas pernas por cima do ombro para obter um melhor acesso, quando se
ajoelhou na minha frente e rolei meus quadris querendo sentir sua língua
chegar o mais fundo possível.

Eu ficaria mais do que feliz em ficar ali, assim, pelo resto do dia e da
noite. Mas assim que o pensamento passou pela minha cabeça eu o descartei
imediatamente. Eu queria mais. Precisava de mais.
—James — eu ofeguei, sua língua passando rapidamente pelo meu
clitóris, de uma maneira que enviou uma sacudida por todo o meu corpo. —
James, oh Deus, isso é incrível.

Mas não. Não era isso, o que queria dizer. Porraaaa, me senti tão bem,
no entanto.

—Eu não quero que você pare, mas oh, — minhas mãos se apertaram
em seus cabelos, enquanto eu apertava minha virilha contra sua boca. —Eu
preciso de você dentro de mim. Agora, por favor.

Ele não parou, no entanto, e assim que eu disse, pude sentir as


primeiras ondas do meu clímax aumentando. Joguei minha cabeça para trás
e fechei os olhos, vagamente consciente de que os gemidos obscenamente
altos, estavam realmente saindo da minha garganta. Ele disse que queria
me fazer gozar e ele estava se mantendo fiel à sua palavra.

Minha perna tremeu contra ele quando os pequenos tremores


secundários percorreram meu corpo, trazendo pequenas - mas ainda
requintadas - explosões de prazer. Eu senti como se estivesse flutuando,
sonhando, sem peso.

Felizmente, eu tinha James lá, seu corpo duro me mantendo no chão,


seus braços fortes em volta de mim novamente, suas mãos firmes
percorrendo minhas costas, enquanto ele beijava meu pescoço novamente,
docemente, gentilmente.

—Você ainda está pronta para eu te foder, baby?


Oh Deus.

Não havia nada, que eu quisesse mais.

—Sim, por favor — eu sussurrei, minha voz ainda rouca quando relaxei
do meu orgasmo.

E então, exatamente assim, eu o senti deslizar, seus dedos ainda


provocando e circulando meu clitóris. Eu o puxei mais apertado para mim
precisando sentir o máximo de sua pele na minha e corri minhas mãos pelas
costas dele, para segurar sua bunda, puxando-o ainda mais perto, com cada
impulso de quadril.

Eu podia dizer pela urgência de seus movimentos e sua respiração


acelerada que ele estava perto, já excitado por me dar tanto prazer. Foi uma
coisa boa, porque seus dedos e sua boca e seu pau porra, já estavam me
empurrando cada vez mais perto da beira.

Era como se o orgasmo do qual eu mal tinha me recuperado tivesse


aumentado de volta, mudando meu corpo para a velocidade máxima
enquanto ele empurrava mais forte, mais rápido, mais fundo em mim.

—Baby, você é tão perfeita, tão apertada— ele rosnou. —Você me


trouxe tão perto.

—Sim— eu ofeguei, quando ele bateu em mim, um sinal claro de que


ele estava prestes a se desfazer. — Sim, eu quero que você goze comigo,
James.
E foi o suficiente para nós dois.

O calor do meu clímax irradiava do meu núcleo, quando sua própria


facilidade quente se espalhou dentro de mim, seu pau já grosso inchando e
latejando, quando ele gozou.

—Tão bom— ele sussurrou, deixando seu pau descansar dentro de mim,
por um momento. —Tão perfeito.

Deitei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos.

—Eu te amo— eu disse.

Ou talvez tenha pensado nisso, não podia ter certeza.

A única coisa que eu tinha certeza, porém, era que ele já sabia. Este
homem maravilhoso, que parecia conhecer meus pensamentos e meu corpo,
quase tão bem quanto eu, não tinha dúvidas sobre as profundezas do meu
amor. Ele teve isso, desde o começo.

Ele teria isso, para sempre.

FIM!

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