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CENTRO DE DEFESA DA VIDA HERBERT DE SOUZA

Efeitos sociais da violência para


adolescentes e jovens do Grande Bom
Jardim:
percepções e impactos a partir
do cotidiano escolar.

Fortaleza-CE 2022
1. O que o CDVHS vem discutindo
sobre o cenário de violência?
2. Aspectos que contextualizam a
pesquisa.
3. Justificativa Agenda
4. Objetivos Gerais, específicos PRINCIPAIS TÓPICOS A SEREM
DISCUTIDOS NESSA APRESENTAÇÃO.
5. Metodologia
6. Desenvolvimento da Pesquisa.
7. Cronograma da pesquisa.
8. Referências.
Introdução
O Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza é uma entidade não
governamental que nasce em 1994, a partir de lutas comunitárias,
sob a mobilização das comunidades eclesiais da base(CEBs) que
objetivava promover a emancipação de comunidades que sofriam
com o esquecimento, impactadas pelas desigualdades sociais.

O Cenário de violência no Grande Bom Jardim e as mobilizações da


organização no enfrentamento.

A pesquisa como um processo de sistematização e extensão das


lutas no território.
Contexto institucional

A presente pesquisa possui o objetivo de aperfeiçoar a ação institucional do Centro de


Defesa da Vida Herbert de Souza na sistematização de informações refletidas em
pesquisas que são utilizadas para subsidiar processos de exigência de direitos,
sobretudo do direito à vida segura e protegida de crianças e adolescentes. Insere-se no
contexto do apoio do Instituto Unibanco a projetos de desenvolvimento institucional do
CDVHS, não sendo, portanto da responsabilidade do Instituto os procedimentos e a
autoria do relatório de pesquisa.

Este projeto de pesquisa é também um esforço de cooperação e articulação entre o


CDVHS e Grupo de Pesquisa Violência, Exclusão Social e Subjetivação (VIESES-
UFC), cadastrado no Diretório de Grupos do CNPq, vinculado à Universidade
Federal do Ceará - UFC, ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFC, por
meio do projeto de pesquisa “Aspectos Psicossociais da Violência e Práticas de Re-
Existência Juvenis em Periferias de Fortaleza-CE”, apoiado pela Fundação Cearense
de Desenvolvimento e Apoio ao Desenvolvimento Científico, liderado pelo Prof. Dr.
João Paulo Pereira Barros.
Coordenação da
Pesquisa.

Coordenação Executiva Coordenação Adjunta da Coordenação Acadêmica. Coordenação Acadêmica.


do CDVHS. Pesquisa Pelo CDVHS . Prof. Dr. João Paulo Prof. Dr. Luiz Fabio silva Paiva,
Lúcia do Carmo Caio Anderson Feitosa Pereira Barros, Professor Professor de Sociologia do
Albuquerque, Assistente Carlos, Sociólogo e Adjunto do departamento Departamento de ciências
Social e Especialista em Doutorando em Sociologia Sociais e do programa de pós
de Psicologia da UFC .
Pela UFC. graduação em sociologia da
Direitos Humanos. Coordenador do
programa de pós- Universidade Federal do
Ceará, pesquisador do
graduação em psicologia
laboratório de estudos da
da Universidade Federal
violência (LEV).
do Ceará(UFC).
Justificativa
O Cenário de violência urbana ganha cada vez mais espaço com a potencialização das
desigualdades sociais, sendo um dos aspectos mais desafiadores para a população
residente no território do Grande Bom Jardim(GBJ). Principalmente por esse fenômeno
impactar diferentes dimensões sociais, afetando sobretudo a possibilidade de existir
qualidade de vida digna no território.

De acordo com os dados disponibilizados pela da Secretaria de Segurança Publica e


Defesa Social (SSPDS) e um cruzamento com os índices de desenvolvimento
Humano(IDH) calculados pela Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF) disponibilizados
em 2021 pela imprensa, os indicadores de alto índice de homicídios em bairros com
IDH menores são alarmantes.
Justificativa
Expansão dos grupos criminosos n0 território do Grande Bom Jardim e os
mecanismos de controle.

Impactos sociais, políticos e subjetivos.

Efeitos da violência externa à comunidade escolar (percepções dos


agentes comunitarios)
Objetivos

Analisar modos de subjetivação da


Compreender as dimensões
violência juvenis em periferias de
conjunturais da violência e suas
Fortaleza, produzidos tanto pelas

implicações no contexto das


dinâmicas psicossociais da violência

comunidades escolares dos


urbana, quanto por práticas de re-

bairros do Grande Bom Jardim


existência a essa problemática nesses

contextos de rotinização da violência,

localizando os marcadores sociais da

diferença no impacto e na abrangência

das violências sofridas e

representadas pelo sujeitos.


Objetivos

Articular as compreensões e Construir indicadores para monitorar


percepções dos impactos da contextos criticos de rotinização da
violência no contexto das violência com vista a exigência de
comunidades escolares e sua possível atuação direcionada e urgente do
relação com os resultados sobre Poder Público.
acesso, permanência e os indicadores
de ensino-aprendizagem.
Metodologias
.

Pesquisa quantitativa

Entrevistas etnográficas.

Levantamento bibliográfico.
Estudos 1 Efeitos da violência armada no cotidiano das juventudes

do Grande Bom Jardim.
Abordagem Quantitativa

PASSO 1 PASSO 2 PASSO 3

Construção de Contando com a A aplicação dos


Questionário participação de 12 protocolos da
(percepções da escolas Públicas do pesquisa previsto
violência e GBJ. Convites para 2022
Segurança no destinados a jovens
Território e entre 15 e 29 anos
cotidiano escolar matriculados.
Estudos 2 Narrativas de Trajetórias de Vida de Jovens de

Coletivos juvenis.
Abordagem Qualitativa

PASSO 1 PASSO 2 PASSO 3

Trajetórias e formas Jovens entre 15 e 29 Entrevistas


de resistências de anos integrantes de Narrativas
coletivos juvenis do autobiográficas, com
da juventude do intuito de captar os
GBJ, analise GBJ.
Entrevistas efeitos psicossociais
interseccional dos da violência e os
narrativas.
atravessamentos da mecanismo
Acompanhamento a
violência urbana. partir de ações de
encontrados pelas
juventudes para
coletivos atuantes. ressignificar.
Amostra
A amostra será composta de forma não-probabilística a partir do contato com essas instituições e
o convite às estudantes para participar. O cálculo amostral teve como base o número de estudantes
de ensino médio matriculados em escolas públicas na cidade de Fortaleza - pouco mais de 81 mil
matrículas, que representa os 90% dos 91 mil alunos matriculados no ensino médio no município
(INEP, 2020) - e o percentual da proporção populacional do Grande Bom Jardim em relação
população de Fortaleza, 8,33% no último censo (IBGE, 2010). Assim, estima-se que hajam cerca de
6.723 estudantes de ensino médio em escolas públicas no bairro. Considerou-se o nível de
confiança de 95% e a margem de erro de 5%. O tamanho da amostra foi estimado em 374, prevendo
uma possível perda amostral de 10%, então, espera-se contar com um tamanho amostral alvo de 412
pessoas.
Questionário
Comporá o protocolo de pesquisa uma sessão de questões sociodemográficas para a
caracterização da amostra (ex., idade, estado conjugal, escolaridade, raça/cor) e seis
módulos com questões a respeito da segurança e da violência armada e seus impactos nas
vidas dos jovens e adolescentes. Os módulos são os seguintes: (1) percepções sobre a
violência na cidade e no bairro/comunidade, (2) mudanças de hábitos ou de
comportamentos provocadas pela violência, (3) noções de segurança, (4) vitimização, 5)
exposição à violência por parte de grupos do tráfico e da polícia e 6) experiências e
confiança na polícia 7) impactos da violência no acesso à escola e no processo de
aprendizagem.
Referências
BARROS,L.P.; KASTRUP,V. Cartografar é acompanhar os processos. In: PASSOS, E.;
KASTRU, V; ESCÓSSIA, L (orgs.). Pistas do método da cartografia: Pesquisa-Intervenção e
produção de subjetividades. vol.1.Porto Alegre: Sulisd,2009.
BARROS, J.P P.; BENICIO,L. F. S. "Eles nascem para morrer": uma analise psicosocial da
problematica de homicidios de jovens em fortaleza. Revista de Psicologia da UFC, v. 7, n1, p.
115-128,2016
BARROS, J. P. P. et al. Homicidios juvenis e os desafios à democracia brasileira: implicações
ético-politicas da psicologia? Psicologia Ciência e profissão, v. 37, n. 4, p. 1051-1065,2017.
BENICIO, L. F. de S. et al. Necropolitica e Pesquisa-Intervenção Sobre Homicidios de
Adolescentes e Jovens em Fortaleza, CE. Psicologia Ciência e profissão, v. 38,p 1992-207, 218
COMITÊ CEARENSE PELA PREVENÇÃO DE HOMICIDIOS NA ADOLESC~ENCIA-CCPHA.
cada vida importa: relatório julho a dezembro de 2019 fo comitê cearense pela preenç~so de
homicidios na adolscência. Assembleia Legislativa do estao do Ceará: Fortaleza, 2021.

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