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RESUMO
O presente trabalho traz à tona a discussão do avanço do conservadorismo e do neoliberalismo
no atual governo de Bolsonaro (Partido Liberal – PL, 2019-2022), com o acirramento das
desigualdades sociais, ataque aos direitos humanos, exclusão dos ditos “diferentes”, negação
da ciência, governo com tendência genocida e características neofacistas, impactando
diretamente na liberdade democrática. Assim sendo, nosso objetivo é analisar a questão dos
direitos humanos nesse Governo, e como isso se relaciona com o Serviço Social brasileiro,
tendo em vista que a defesa dos direitos humanos é princípio fundamental dessa profissão.
Partimos do materialismo histórico-dialético como método de análise, e nos utilizamos da
pesquisa bibliográfica e documental, sob a perspectiva da análise qualitativa do material
coletado. Assim sendo, chegamos a algumas considerações, dentre elas, a de que o Estado,
sob o Governo Bolsonaro vem atacando diretamente os direitos humanos, e coloca a própria
sociedade para resolver suas questões e demandas, e que isso vai impactar também no
Serviço Social, tendo em vista o seu lugar na divisão sócio-técnica do trabalho, o que coloca
certas responsabilidades aos profissionais e às entidades representativas do Serviço Social na
direção da defesa dos direitos humanos.
1. INTRODUÇÃO
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Discente do 3° ano do curso de Serviço Social da Universidade Estadual do Oeste do Paraná,
campus de Francisco Beltrão (UNIOESTE/FB). E-mail: laiszatti6@gmail.com
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Discente do 3° ano do curso de Serviço Social da Universidade Estadual do Oeste do Paraná,
campus de Francisco Beltrão (UNIOESTE/FB). E-mail: izaneteantunesbona@gmail.com
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Professor Adjunto do curso de Serviço Social da Universidade Estadual do Oeste do Paraná,
campus de Francisco Beltrão (UNIOESTE/FB). Orientador do trabalho. E-mail:
jodeylson.sobrinho@unioeste.br
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2. METODOLOGIA
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trabalhistas, previdenciárias, e até mesmo as exclusões jurídico-normativa
de acesso a esses direitos, com forte agravo aos Direitos Humanos no
Brasil.
Vale destacar que no âmbito do Serviço Social crítico se tem uma
compreensão dos Direitos Humanos numa perspectiva emancipatória, a partir
da leitura marxiana e marxista, como expressão das lutas populares e não a de
Direitos Humanos autoritários, ou mesmo aquela concepção dos Direitos
Humanos pregados pelo Estado atual e pela mídia, que pregam que os Direitos
Humanos servem exclusivamente para defender “bandidos” (CFESS, 2013). O
que nos leva a depreender que nessa sociabilidade há determinado grupos
considerados humanos e outros “subumanos”, sendo assim, não tendo
garantido os direitos constitucionais de todos os indivíduos pertencentes a essa
sociedade, não sendo assim respeitados os Direitos Humanos.
De acordo com as entidades representativas do Serviço Social brasileiro,
o conjunto Conselho Federal e Regionais de Serviço Social (CFESS/CRESS),
o contexto atual sócio-histórico de avanço do conservadorismo e da barbárie
sob o capital, os desafios se ampliam e se complexificam em tempos de luta e
resistência, mas permaneceremos atentos e fortes na construção cotidiana de
uma sociabilidade justa, com igualdade substantiva de mulheres e homens
verdadeiramente livres e emancipados.
Insta salientar, em um governo que possui um projeto neoliberal-
conservador, autocrático, negacionista da ciência, genocida, observa-se o
acirramento das desigualdades sociais, a expropriação das condições de
trabalho e o desmonte dos direitos sociais e humanos, tendo também a
precarização das políticas sociais públicas, corte de verbas em todas as
áreas, salientando o sucateamento que envolve a saúde e a educação,
portanto, é indiscutível que o atual governo conservador é um banalizador da
vida e consequentemente um criminalizadorda classe trabalhadora, e
recrudescedor dos Direitos Humanos no Brasil.
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Atrelados a essa luta, assistentes sociais com ‘’aprimoramento
profissional de forma contínua, colocando-o a serviço dos princípios deste
código’’ (CFESS, 1993, p.4), o Conjunto CFESS-CRESS, a ABEPSS e a
ENESSO, somam forças para fomentar e enfrentar os desafios do cotidiano da
classe trabalhadora, buscando mediações, articulações, suportes para a
superação das desigualdades de classe.
Não obstante, nesse embate dos direitos humanos, que afirma sendo
todos os homens são possuidores dos direitos civis, políticos, sociais, culturais
e ambientais, o profissional de serviço social, prima pela universalização e
ampliação desses direitos (RUIZ, 2013, p. 31).
Com o Código de Ética do/a Assistente Social de 1993, no qual contém
11 princípios para o trabalho profissional, nos coloca um entendimento de que
o/a Assistente Social atua em um campo contraditório e limitado, mas que deve
buscar de fato efetivar os direitos humanos, de forma a minimizar a
discriminação da classe trabalhadora e promover a viabilização da democracia
para todos os indivíduos pertencentes aquela determinada sociedade.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Portanto, os Direitos Humanos frutos de uma construção histórica e
social, fazem parte das ações dos movimentos sociais, e procura-se uma
emancipação política do sujeito nessa construção social, sendo assim, os
movimentos sociais, bem como as representações do Serviço Social brasileiro,
conjunto CFESS/CRESS são instituições essenciais no processo da defesa
dos Direitos Humanos, ainda mais porque essa defesa é um princípio
fundamental da nossa profissão, o que nos pode limiar ao combate de práticas
criminosas que ameacem romper com seus ideais, pois só nos sentiremos
livres para ações políticas e emancipatórias quando de fato essa liberdade for
efetivada.
Nesse cariz da universalidade dos direitos, faz-se de suma importância a
luta dos/as assistentes sociais em prol dos direitos humanos, com criticas a
realidade, e no fortalecimento de ações engajadas nessas lutas, perante o
sistema capitalista, que por muitas vezes faz com que essa profissão seja
reprimida pela atual conjuntura.
REFERÊNCIAS
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