DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA. Profa. MOREIRA, Adriana H.
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UNEB, Campus-X, Teixeira de Freitas-BA. CURSO DE BIOLOGIA (licenciatura). 2019-2
ESTUDO DIRIGIDO SOBRE O TEMA
AMINOÁCIDO, para fins de estudos
acadêmicos, nível de ensino superior, aplicado
a disciplina de Bioquímica.
ESCLARECIMENTOS E OBJETIVOS. Para fins de
alinhamento de estruturação de estudo em
Bioquímica, do primeiro módulo de ensino/semestre
letivo, propõem-se o tema: AMINOÁCIDO. Toda a
referência bibliográfica citada, neste documento, possui
seu grau de importância. Textos, capítulos são
sugeridos para estudos, sendo possível acessar por meio
de bibliotecas virtuais e do próprio campus acadêmico.
O respeito autoral é imprescindível e aplicado nesta
intenção para o processo ensino-aprendizagem. Certa
do empenho dos alunos matriculados na disciplina,
estou à disposição desde já. Profa. Dra. Adriana H
Moreira (*)
(*)
responsável da Disciplina de Bioquímica, 2019-2, Uneb,
Campus-X, Teixeira de Freitas-BA - ahmoreira@uneb.br ).
PRIMEIRA PARTE. UMA CONVERSA
ENTRE QUEM SE PROPOEM A ENSINAR
E RECEBER O CONHECIMENTO.
Artigo (em preparação, para divulgação – EXPERIENCIA
DOCENTE NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES.
MOREIRA, A H., 2019; ahmoreira@uneb.br ).
Neste primeiro ponto, adiciona-se ao documento
um pequeno colóquio sobre alguns contextos e
parte textual extraído de um artigo de produção
pessoal que está em vias de divulgação cientifica.
Propondo amplitude no ensino superior ou seu
estímulo, com foco ao aprendizado, faz-se a
exposição como segue.
Marchini et al. (2016) demonstram os esforços de
grupos de pesquisadores e de interesses
particulares ao estudo científico. Comitês e
Conselhos Científicos, no caso, voltados para os
estudos de Alimentos, se reúnem além das
intenções pontuais. A divulgação do objeto de
pesquisa, sem dúvida, proporciona amplo
conhecimento de pessoas ligadas ou não a área de
estudo. Neste caso, pessoas comuns podem
acessar as plataformas digitais ou impressas, tendo
a ampliação do conhecimento.
No meio universitário, em geral, construímos o
interesse do estudo temático e abordagens da
atualidade, com certos ajustes, dependentes da
carga horária disponível para o semestre. Deve-se
contemplar o objetivo geral e/ou específicos
propostos no programa da disciplina. As
discussões mais aprofundadas parecem sofrer com
o que é possível e o ideal.
A fé se deposita no que se crê e constrói, tendo aos
resultados o valor ao que se dá e observados nos
esforços individuais e coletivos. De acordo com
este pensamento pessoal, a leitura é
imprescindível e, se de forma livre, demonstra a
vontade do saber. Nos centros acadêmicos temos
carga horária restrita, por vezes, para o
desenvolvimento de temas amplos e de grande
importância atual. O uso de tempo externo da sala
de aula favorece ganhar conhecimento prévio e
com ele, ampliar a linguagem, com o ganho de
conceitos, de termos e de suas especificidades,
como para o conhecimento de bioquímica.
Aulas combinadas e consecutivas não auxiliam
muito ao bom desenvolvimento dos estudos,
tendo o cansaço mental, em geral, ao final de uma
hora de atividade teórica. Nossa realidade
ultrapassa este limite. Mesmo criando
oportunidades de estudos práticos, não somente
laboratoriais, supera-se a teoria na lógica do
processo ensino-aprendizagem. Esta discussão é
ampla e não pode ser definida ou ser finita nestas
únicas linhas.
Nesta proposta, a busca do saber e do
autoconhecimento promove uma conversa íntima,
sincera e capaz de desenvolver ideias, aptidões e
habilidades. Somar os saberes, nas práticas
coletivas, ampliam possibilidades a troca de
experiências entre os envolvidos. Um movimento
rítmico positivo de ser e não ter, de buscar e não
ganhar sem um custo de trabalho responsável e
disciplinado, certamente, desenvolve um
ambiente salutar para o ensino e aprendizagem.
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Entre outros pensamentos, como um ser que
vive no mundo das vaidades, entre elas, no
meio acadêmico, o poder aparente do
conhecimento, naturalmente, se vê aos passos
daquele que adquiri seus títulos ou posições
superiores no ensino. Não esqueçamos de que
pessoas formadoras de ideias são bem-vindas.
Nem sempre, os títulos justificam os meios. E,
os títulos não fazem o homem, mas o homem
deve dar o valor ao título pela boa obra.
Para isso, a prática na educação deve favorecer
o caminho para o convívio e reflexão do que se
aprende e como se adquiri. Replicar um artigo
já conhecido é fácil, propor uma nova ideia
com reflexão transdisciplinar se torna um
caminho de passos lentos e gradativos.
Antes do especialista tenhamos o ganho do
entendimento do ser. A humildade, em sua
concepção real, propõe uma linguagem
acessível a todo aquele que pretende ensinar e
aquele que precisa de ouvidos para ouvir. Sem
querer entrar nos aspectos filosóficos ou
teológicos da questão, façamos do momento
como sendo único.
O conteúdo da disciplina é um bloco de grande
importância, valido se souber refletir no que se
aprende e se propõem a aprender. Para depois
disso, ensinar de todo amplo saber. Ensinar é
uma grande missão que deve ser vista com
dedicação e verdade ao que se deseja como
pessoa e profissional, compartilhando ideias e
resultados de estudos ou experiencias
projetados ao bem comum.
Neste carinho que coloco as palavras neste
pequeno documento, tendo a intenção de
iniciar na SEGUNDA PARTE os estudos
específicos da disciplina (MOREIRA, Adriana H
2019-2020).
SEGUNDA PARTE. AMINOÁCIDOS.
Estudos sobre a evolução em
parâmetros bioquímicos e sobre os
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métodos no progresso do avanço
cientifico.
Nelson & Cox (2014) descreve uma obra clássica
para os estudiosos em bioquímica. Ambos os
autores aplicaram seus estudos na biologia
molecular e celular, ampliando os conhecimentos
dos conceitos, atividades e processos bioquímicos
da célula. Muito poderia se falar destes grandes
pesquisadores e um resumo de suas biografias se
encontra nas primeiras páginas do livro. Dissertam
sobre os termos ciência, cientista e método
científico. A preocupação no ensino e pesquisa é
bem clara aos objetivos da obra. Das técnicas
modernas da engenharia genômica aos estudos
morfofuncionais mais clássicos propõem em cada
capítulo ampliar sobre o que se conhece na
atualidade e nos valores históricos que
proporcionaram o progresso do saber.
A evolução seria um termo mais aplicável ao que
se propõe no estudo em bioquímica. Vimos ontem
o mundo microscópico sendo revelado, não sendo
suficiente para os argumentos submicroscópicos.
Os processos e atividades biológicas que ocorrem
no interior da célula ou que mantem a sua
conservação, reprodução, duplicação e
manutenção da vida, necessitam de novos
argumentos, como técnicas e métodos. O
entendimento do curso da origem dos seres vivos,
conservação das espécies e adaptação caminha
com o entendimento dos estudos: biogenético,
bioquímico, entre outros. Entre os capítulos do
livro, no de número 1, inclui-se: os avanços mais
importantes na área de bioquímica moderna,
trabalhando entre os temas a EVOLUÇÃO
PREBIOTICA (capítulo 1). Passaríamos o dia
citando as inúmeras possibilidades de estudos e
muitos deles, presentes nesta obra.
Entre os pontos significativos desta referência é o
fogo da lógica da química para a compreensão da
bioquímica, i.e., a química aplicada ao estudo da
biologia dos seres vivos. Explora-se as reações
químicas mais comuns traçando os mecanismos e
suas conservações em padrões ao longo da
evolução dos seres vivos, desde a ideia da
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ancestralidade comum. Na árvore e ramos
genealógicos se vê a divisão de filos e as espécies
prevalentes nas divisões filogenéticas. Dos seres
procariontes aos eucariontes há diversidade de
elementos da vida, porém nas vias metabólicas e
elementos essenciais para a vida a linguagem
complexa se reduz à compostos orgânicos
similares ou idênticos, elevando a discussão sobre
como o termo evolução pode ser aplicado aos
diferentes conhecimentos das ciências.
Dos fundamentos bioquímicos propõem-se os
celulares, químicos, físicos, genéticos e
evolutivos. Esta divisão já se encontra bem clara no
CAPÍTULO 1. Discute-se sobre o alto grau de
complexidade química e organização microscópica
da célula (revisto nas aulas anteriores). Demonstra
que a seletividade química e estrutura da célula é
um padrão imprescindível para a manutenção e
conservação. Entre outros argumentos, como
extrair, transformar e utilizar energia do ambiente
exige trabalho mecânico, químico, osmótico e
elétrico. Qualquer desvio destes trabalhos
possibilitam a desordem do ambiente. Mas, as
interações reguladas entre o organismo e o meio
interno e externo povoam inúmeras outras
importantes faces do conhecimento. O estímulo e
resposta biológica promove ou inibe um programa
bem estabelecido para a reprodução e
autopreservação. Então, como se entende o
mecanismo de reparo ao dano da célula? Quais
alterações do meio interno podem favorecer a
enfermidade da célula, dos tecidos e de todo um
sistema orgânico? Provem da vigilância falha do
sistema imune? Da toxicidade e poder de
penetrabilidade de substâncias vencendo o
mecanismo de seletividade e proteção? Tantas
questões e muitas já bem conhecidas suas
respostas. Outras, são como embriões a caminho
do desenvolvimento.
A biologia é isso um mundo dentro de outro mundo
de possibilidades. Não há verdades absolutas, a
meu ver nos estudos biológicos da atualidade.
Quando se crê em uma prova ela é derrubada por
outras mais recentes. Dos resultados anteriores
criam-se hipóteses para o avanço do estudo. Neste
caminho de criações ou recriações os bioquímicos
discutem sobre como ocorre as adaptações
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químicas da célula mediante as respostas aos
estímulos persistentes ou novos? A evolução
gradual e o tempo parecem discutir no vácuo com
as informações atuais. Fósseis e tecnologia não
proporcionam toda a resposta. As circunstancias
novas ocorrem a cada tempo e a diversidade das
formas de vida se relacionam a ancestralidade.
Este fato é bem-dito como pela avaliação da
semelhança de sequencias gênicas, aminoácidos e
proteínas, metabolismo energético e respiratório.
Apesar disso, há muitas questões não resolvidas. A
Terra, dizem os autores, possui enorme
diversidade de organismos. Os habitáts, como os
de fontes termais, dos intestinos dos animais, nos
ambientes terrestres secos e quentes ou frios,
demonstram inúmeros microrganismos com
arcabouço químico comum (ancestral). Os
princípios da vida e a lógica molecular demanda
amplo entendimento, como se a vida fosse um
milagre (um desconhecido).
Da filogenia dos 3 grupos da vida, com ancestral
comum universal, tem-se: BACTERIA, ARCHEA,
EUKARYA. As bactérias surgem com ramos
filogenéticos maiores aos outros dois. A base para
a árvore é o da sequência nucleotídica dos RNA dos
ribossomos de cada grupo e o grau de diferença
dos ramos representa a distância entre duas
sequências. QUANTO AOS AMINOÁCIDOS o
estudo filogenético demonstra semelhanças entre
os agrupamentos deles para formarem proteínas,
ou a conservação de alguns tipos. O importante é
traçar o grau de relacionamento e estimar a
proximidade ou a distância de similaridade entre as
espécies na ordem filogenética.
Dentre os domínios da Bactéria e Archaea,
EXISTEM GRUPOS DISTINTOS, os aeróbios e
anaeróbios. A dependência de compostos de
oxigênio ou não, como para obter energia para
nitrato (N2), sulfato (formando H2S) ou CO2
(formando CH4) evoluíram em ambientes
anaeróbios e aeróbios. Se fotossintetizadores ou
quimiossintetizadores, diferindo da base da fonte
de energia (luz ou combustível químico) diferem os
organismos capazes de sintetizar biomoléculas de
forma autotrófica (uso de CO2) ou heterotrófica
(nutrientes orgânicos como base). Entre elas, as

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CIANOBACTERIAS são fotoautotróficas
HUMANOS quimio-heterotróficos.
Quando avançamos para o entendimento das
propriedades comuns entre bactérias e archeas
são observados : Escherichia coli (bactéria) habita
o trato intestinal humano e muito estudada no
meio cientifico. Tendo como modelo biológico
atual explora-se toda a sua função e importância
biológica benéfica ou maléfica ao homem. Entre as
suas partes separam-se grupos delas, com os
envelopes (camadas externas que envolvem a
membrana plasmática) denominadas gram-
positivas. Isto por suas propriedades e coradas
pelo corante Gram (desenvolvido por Hans Peter
Gram, 1882). Peptidoglicanas aparecem na parte
externa da sua membrana plasmática, não na
membrana externa (envelope). As gram-negativas
tem uma membrana externa com dupla camada
lipídica na qual estão inseridos lipopolissacarideos
e proteínas chamadas de PORINAS. São estruturas
importantes para formar canais
transmembrana (difusão de compostos de baixo
peso molecular e íons). NAS ARCHEAS diferem de
organismo para organismo, mas tem essas
proteínas ou peptidoglicanos conferindo rigidez
aos seus envelopes.
No estudo estrutural e funcional entre estes
microrganismos encontram-se outras moléculas
como enzimas (ribossomos, metabólitos e
cofatores), íons inorgânicos e nucleoide (uma
molécula de DNA circular) e, se mais de um ou seus
segmentos (PLASMIDEOS) em bactérias. Muitas
arqueias vivem em ambientes extremos com
adaptações bioquímicas para sobreviver em altas
temperaturas, pressão e concentração de sal. E,
parece que ribossomos diferem entre arqueias e
bactérias, formando grupos separados. Outras
comparações se fazem quanto ao comportamento
social e de agregação em resposta a sinais entre
células vizinhas. As bactérias são simples do tipo
mixobacterias tendo que se agregar em resposta a
sinais.
Quando caminhamos nos estudos da evolução
para eucariotos a variedade de organelas com
divisão de compartimentos da célula, inclusive do
material genético, as complexidades de
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e informações variam entre as espécies viventes. No
entanto, há um padrão similar funcional e
morfológico para cada quadro analisado.
O citoesqueleto é uma organização de proteínas
diversas e variadas nos tipos celulares de seres
multicelulares. Há um grande dinamismo de
informação e importância nos processos
biológicos. Como ocorre na especialização das
células musculares, do conjuntivo, nervosas,
epiteliais. Sem reportar o entendimento da
biologia do desenvolvimento (embriologia) o
caminho torna-se mais complexo ao entendimento
da evolução da especialização e desenvolvimento
dos tecidos fundamentais a partir da filogenia dos
folhetos embrionários e da organização do
embrião desde a fecundação.
Os autores da obra dos princípios da bioquímica,
do conteúdo explorado até o momento,
demonstram haver a possibilidade da discussão
das propriedades de complexidade funcional ao
de
estudo das estruturas supramoleculares. Para isso
denotam que macromoléculas e subunidades
monoméricas diferem muito em tamanho e tipos,
como ao exemplo da hemoglobina (presente na
célula do sangue da linhagem celular da medula
óssea, comumente descrita vermelha ou
eritrócito). Nesta célula que sofre modificação de
maturação na medula óssea de mamíferos,
percorre o caminho dos vasos sanguíneos sem
núcleo. Este foi perdido durante o processo de
maturação biológica. Resta na analise os resíduos
de AMINOACIDOS, cadeias longas e dobras da
forma globular (côncava e convexa). Transporta
oxigênio a partir de proteínas (hemoglobinas).
Descreve-se 600 resíduos de aminoácidos em 4
longas cadeias, dobradas em forma globular e
associada em um diâmetro conservado de até 5,5
nm. As proteínas são muito menores do que os
ribossomos e do que organelas. Nem sempre se
observa dentre as proteínas interações ditas não
covalentes (mais fracas que as covalentes). Essas
interações, como de hidrogênio (grupo polar),
iônica (grupo carregado), hidrofóbica (grupo
apolar em solução aquosa) e interação de van der
Waals são todas elas com energia muito menor do
que as covalentes. As interações fracas entre
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macromoléculas em complexos supramoleculares
estabilizam agregações, gerando estruturas
características. Desta forma, se vê os esforços para
a manutenção da vida nos diversos aspectos do
conhecimento biológico.
PARTE TEXTUAL RETIRADO NA INTEGRA
P10-11-12: (LENHINGER).
RESUMO 1.1 Fundamentos celulares
c Todas as células são delimitadas por uma membrana
plasmática; têm um citosol contendo metabólitos, coenzimas,
íons inorgânicos e enzimas; e têm um conjunto de genes
contidos dentro de um nucleoide (bactérias e arqueias) ou de um
núcleo (eucariotos).
c Todos os organismos requerem uma fonte de energia
para realizar o trabalho celular. Os fototróficos obtêm
energia da luz solar; os quimiotróficos oxidam combustíveis
químicos, transferindo elétrons para bons aceptores: compostos
inorgânicos, compostos orgânicos ou oxigênio molecular.
c As células de bactérias e de arqueias contêm citosol, nucleoide
e plasmídeos, todos contidos dentro de um envelope celular. As
células eucarióticas têm núcleo e são
multicompartimentalizadas, com determinados processos
segregados em organelas específicas; as organelas
podem ser separadas e estudadas isoladamente.
c As proteínas do citoesqueleto se organizam em longos
filamentos que dão forma e rigidez às células e servem
como trilhos ao longo dos quais as organelas celulares se
deslocam por toda a célula.
Complexos supramoleculares unidos por interações não
covalentes são parte de uma hierarquia de estruturas,
algumas delas visíveis ao microscópio óptico. Quando
moléculas individuais são removidas desses complexos
para serem estudadas in vitro, algumas interações, importantes
na célula viva, podem ser perdidas.
1.2 Fundamentos químicos
A bioquímica tenta explicar as formas e as funções biológicas em
termos químicos. No final do século XVIII, os químicos
concluíram que a composição da matéria viva é
impressionantemente diferente daquela do mundo inanimado.
Antoine-Laurent Lavoisier (1743-1794) percebeu a relativa
simplicidade do “mundo mineral” e contrastou-a com a
complexidade dos “mundos animal e vegetal”. Ele sabia que
esses últimos eram constituídos de compostos ricos nos
elementos carbono, oxigênio, nitrogênio e fósforo. Durante a
primeira metade do século XX, investigações bioquímicas
conduzidas em paralelo sobre a oxidação da glicose em
leveduras e células de músculo animal revelaram semelhanças
químicas marcantes nesses dois tipos celulares aparentemente
muito distintos, indicando que a queima da glicose em leveduras
e células musculares envolve os mesmos intermediários químicos
e as mesmas enzimas. Estudos subsequentes de muitos outros
processos químicos em diferentes organismos confirmaram a
generalidade
dessa observação, resumida em 1954 por Jacques
Monod: “O que vale para a E. coli também vale para um
elefante”. A atual compreensão de que todos os organismos têm
uma origem evolutiva comum baseia-se, em parte, nessa
observação de que todos compartilhem dos mesmos processos e
intermediários químicos, o que muitas vezes é denominado de
unidade bioquímica.
Menos de 30 entre os mais de 90 elementos químicos
5
de ocorrência natural são essenciais para os organismos. A
maioria dos elementos da matéria viva tem um número atômico
relativamente baixo; somente três têm números atômicos
maiores do que o selênio, 34. Os quatro
elementos químicos mais abundantes nos organismos
vivos, em termos de porcentagem do total de número de
átomos, são hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e carbono, que
juntos constituem mais de 99% da massa das células. Eles são os
elementos mais leves capazes de formar de maneira eficiente
uma, duas, três e quatro ligações; em geral, os elementos mais
leves formam ligações mais fortes. Os elementos-traço
representam uma fração minúscula do peso do corpo humano,
mas todos são essenciais à vida, geralmente por serem essenciais
para a função de proteínas específicas, incluindo muitas enzimas.
A capacidade de transporte de oxigênio da hemoglobina, por
exemplo, é totalmente dependente de quatro íons ferro, que
somados representam somente 0,3% da massa total.
Nas aulas subsequentes teremos a abordagem das
biomoléculas associadas as informações
bioquímicas, entre elas, das proteínas a partir do
entendimento dos aminoácidos. Fiquem atentos
aos estudos propostos e assuntos presentes nos
livros e textos indicados. Não será possível abordar
todo o conteúdo de cada capítulo-livro ou do
próprio assunto. A integração do conhecimento se
fará com o esqueleto primordial de cada tema e
conteúdos correlatos, para a compreensão da
bioquímica nos segmentos de estudos.
REFERENCIAS
MOREIRA, Adriana Helena (2019-2020). EXPERIENCIA
DOCENTE NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Artigo (em
preparação), MOREIRA,
ahmoreira@uneb.br.
A H., 2019-2020;
MARCHINI et al (2016). Aminoácidos. ILSI Brasil-
International Life. Sciences Institute do
Brasil. São Paulo. ISBN 978-85-86126-57-4
Nelson, David L.(2014) Princípios de bioquímica
de Lehninger [recurso eletrônico] / David L.
Nelson, Michael M. Cox ; [tradução: Ana Beatriz
Gorini da Veiga et al.] revisão técnica: Carlos
Termignoni et al.]. – 6. ed. – Dados
eletrônicos. – Porto Alegre :Artmed, 2014.
Texto online [acesso livre]: AMINOÁCIDOS E
PROTEINAS. Revisional didático para o aluno.
http://www2.fct.unesp.br/docentes/edfis/ismael/
nutricao/Amino%e1cidos%20e%20prote%ednas%
20pgs%209%20a%2013%20e%2017.pdf