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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL – UNINTER

POLO DE APOIO PRESENCIAL -PAP VOLTA REDONDA - RJ

CURSO - BACHARELADO EM PSICANÁLISE

JÉSSICA PERIARD DO CARMO

RU: 1138000; TURMA: 2022/02

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Índice:

● 1. Tema - Realidade - pág.3


● 1.1. Delimitação do Tema - pág.3
● 2. Observação da realidade e Pontos-Chave - pág.3
● 3. Teorização dos fatos - pág. 4
● 3.1 Esquizofrenia tipo paranoide - pág.15
● 3.2 Esquizofrenia como elemento normal de caráter místico, espiritual ou
religioso - pág.16
● 3.3 Transtorno de Personalidade Tipo Antissocial - pág. 19
● 3.4 Transtorno da Personalidade Borderline - pág.20
● 3.5 Transtorno bipolar tipo I e II - pág.22
● 4. Considerações finais sobre a teorização antes de apresentar hipóteses -
pág. 22
● 5. Hipóteses- Como melhorar? - pág. 25
● 6. Aplicação à realidade - pág.33
● Referências - pág.34

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1 TEMA - REALIDADE

Averiguar a situação atual da prática psicanalítica em Volta Redonda e encaminhamento


dos detentos da criminalidade na cidade com transtornos mentais.

1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Buscar respostas sobre a prática profissional da clínica de psicanálise em Volta Redonda,


cidade do interior do estado do Rio de Janeiro. Verificar legislação para o exercício legal da
profissão, profissionais capacitados. Ênfase no encaminhamento de criminosos com
transtornos mentais, abrangendo violência e psicanálise.

2 OBSERVAÇÃO DA REALIDADE E PONTOS-CHAVE

Antes de apresentar a proposta da problematização desse projeto, apresento aqui dados


coletados a respeito da cidade de Volta Redonda, da situação da saúde populacional -
Amparo através de clínicas e hospitais, e da segurança ao Civil.

De acordo com o site oficial da prefeitura de Volta Redonda:

"Volta Redonda é um dos principais municípios do Estado do Rio de Janeiro. Possui


importância significativa para a economia regional e estadual. A cidade também tem papel
fundamental na história do desenvolvimento industrial do Brasil, abrigando a maior usina
siderúrgica da América Latina, por isso é conhecida como a “Cidade do Aço”.

Volta Redonda é cortada pelo Rio Paraíba do Sul, cuja curva acentuada deu nome à cidade.

Segundo o último IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Pnud (Programa das


Nações Unidas para o Desenvolvimento), o município atingiu o índice 0,771, sendo o quarto
maior do Estado.

(...)

Habitantes:

260.180 (duzentos e sessenta mil e cento e oitenta)

(...)"

Volta Redonda conta com SMS - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

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"A SMS busca garantir o direito à saúde da população atendida pelo SUS, de forma integral
e humanizada, através de uma rede de atenção qualificada e resolutiva e de uma gestão
colegiada e participativa.

SERVIÇOS

Gestão operacional das Unidades Básicas de Saúde da Família, Centros Odontológicos,


Hospitais Municipais, Farmácia Municipal e demais unidades de saúde; Realização de
exames, consultas, cirurgias e demais procedimentos elencados pelo SUS; Coordenar as
campanhas de vacinação conforme orientação do Ministério da Saúde; Dispensação de
medicamentos, conforme a política nacional de assistência farmacêutica; Promoção de
programas e projetos de saúde preventiva; Integração com diferentes níveis e serviços que
constituem a rede de atenção à saúde (MAC, Urgência e Emergência, Hospitalar,
Vigilâncias, etc)."

Sobre a situação da segurança do cidadão voltarredondense:

"GM - GUARDA MUNICIPAL DE VOLTA REDONDA

A GM, que tem caráter de secretaria municipal, conforme a Constituição Federal é


responsável pela proteção de bens públicos municipais, de serviços e instalações, conforme
dispuser a lei. A GM também age na proteção do patrimônio municipal, colaborando na
segurança pública junto a órgãos estaduais: Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de
Bombeiros.

Há 28 anos na GMVR possui curso de Inteligência em Segurança Pública – 6° CISP -


SSINTE /SISPERJ; Prevenção de Acidentes de Trânsito do Programa Operação Lei Seca;
Prevenção e Combate à Incêndio Florestal – Secretaria de Estado da Defesa Civil – GBM;
Prevenção de Acidentes e doenças do Setor de Transportes – Denatran / Ministério da
Justiça; Investigação Criminal I e II – Secretaria Nacional de Segurança Pública e outros."

Busco apresentar uma pesquisa baseada em dados territoriais coletados através da Internet
e livros; virtual e tradicional, sobre a problematização da capacitação da psicanálise para
formar profissionais qualificados ao atendimento em hospitais e clínicas privadas,
juntamente com uma pesquisa focada à psicanálise criminal: Saúde mental de presidiários e
para aonde são encaminhados e causas possíveis do adoecimento que pode levar ao
feminicídio, assassinatos em massa, violência generalizada, assaltos, e outras formas de
conduta criminal que rompem com a sanidade do cidadão voltarredondense quando a
justificativa é a mente adoecida perante a lei.

3 TEORIZAÇÃO - APRESENTAÇÃO DE FATOS

De acordo com dados fornecidos pelo buscador do Google com as palavras "Psicanálise em
Volta Redonda", encontramos uma grande lista de profissionais graduados em psicologia

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que exercem função de psicanalistas através de cursos paralelos, pós-graduação, cursos
livres.

Fiz uma pesquisa que visa fornecer a informação sobre cada formação profissional:

Mestrado em Teoria Psicanalítica - Um


Mestrado em Psicanálise - Um
Curso de Psicologia - Seis
Institutos não regulamentados de Psicanálise - Quatro
Formação por curso livre em Psicanálise - Dois
Formação em outra área que não é Psicanálise - Um
Hipnose Clínica - Dois

Gráfico criado por mim, Jéssica Periard do Carmo, data: 12 de Outubro de 2022, Horário:
9:31. Pesquisa baseada nos perfis profissionais encontrados no Google.

Como podem observar, encontramos profissionais com formações diversas, dentro de


clínicas privadas, graduandos de psicologia em sua maioria, e associações e institutos não
regulamentados para a formação do psicanalista, pois a psicanálise trata-se de uma
formação não regulamentada de exercício de livre saber, amparada por associações não
credenciadas pelo MEC, e cuja formação profissional depende muito do psicanalista, em
relação à análise pessoal, supervisão, teoria e prática.

"(...) é possível verificar que desde seus primórdios, portanto, a psicanálise foi exercida por
médicos. Com o tempo, extrapola o campo da medicina e adentra o campo da psicologia –
ciência que ganhava espaço na academia em meados dos anos 1950. Silva, Gasparetto e
Campezatto (2015) afirmam que, com a absorção da psicanálise pela psicologia, surge uma
psicanálise técnica, aplicada e aprendida nas universidades, nos cursos de psicologia.
Outro movimento importante com relação à difusão da psicanálise é a criação de escolas de
psicanálise, nas quais são praticados a formação, os estudos e as discussões na área pelos
psicanalistas. Neste momento, é importante ter em mente que a psicanálise surge dentro da

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medicina, mas se difunde com o tempo, como uma prática à parte da medicina, com sua
ética e regulamentações próprias.

Sabemos, portanto, que em suas origens havia íntima relação entre psicanálise e clínica
médica. Até hoje a psicanálise é exercida dentro do campo da medicina (principalmente
associada à psiquiatria), e teve sua inserção no Brasil a partir da mesma.

(...)

Rosa (2001) ainda discorre que a psicanálise está presente nos cursos de Psicologia tanto
em um de seus eixos teóricos (Psicanálise I, II etc.) quanto nas disciplinas temáticas, como
Psicomotricidade, Psicopatologia, Psicologia do Desenvolvimento, em que sua inserção é
menos óbvia, mas não menos presente. Dentro da formação de psicólogo (estágios e afins),
a psicanálise também estará presente dependendo da abordagem teórica do supervisor,
seja no campo de atendimento clínico, seja no atendimento à comunidade (na escola, nas
instituições etc.).
(...)"
Texto por :Prof.ª Giovana Fonseca Madrucci para a Aula Um de Psicanálise, Ciência e
Profissão do curso de Bacharelado em Psicanálise pelo Centro Universitário Internacional -
UNINTER

Embora a psicanálise possa ser aprendida de diversas formas bem como praticada, é
necessário se atentar à qualidade do ensino, da prática e clínica. A negligência de um
psicanalista pode levar o analisando ao óbito ou à Psicanálise Selvagem.

"O principal instrumento de trabalho do psicanalista é o seu próprio aparelho psíquico, por
isso é indispensável o processo de análise pessoal para que o analista não pratique uma
psicanálise selvagem.

Na tradução pela editora Imago no Brasil, a expressão ficou "Psicanálise Silvestre", no


entanto, não atende ao que se espera expressar no texto original de Freud, conforme pode
ser compreendido pela leitura do artigo na íntegra (Freud, 1910/1986, p. 205-213), em que
Freud apresenta exemplos de situações clínicas em que o psicanalista faz intervenções
dizendo coisas à paciente com base em sua própria motivação e necessidade e, com isso,
comete erros técnicos.

Em um dos exemplos, Freud relata o caso de um jovem médico que disse à paciente que a
causa da ansiedade era a falta de satisfação sexual e lhe recomendou três maneiras de
tratamento: "ela devia ou voltar para o marido, ou ter um amante, ou obter satisfação
consigo mesma". Freud considera que, no caso citado, o doutor compreendeu mal as
teorias psicanalíticas e ainda demonstrou que o sentido que ele tem de "vida sexual" é
popular, significa necessidade de coito e produção de orgasmo (Freud, 1910/1986, p. 207).

Freud também adverte ao fato de alguns psicanalistas entenderem que é preciso explicar
coisas ao paciente:

É ideia há muito superada, e que se funda em aparências superficiais, a de que o paciente


sofre de uma espécie de ignorância, e que se alguém consegue remover esta ignorância

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dando a ele a informação (acerca da conexão causal de sua doença com sua vida, acerca
de suas experiências de meninice, e assim por diante) ele deve recuperar-se. (Freud,
1910/1986, p. 211)"
Psicanálise Selvagem, apresentada pela Profª Giseli Cipriano Rodacoski, na Aula Seis da
disciplina "Introdução à Psicanálise" do curso de Bacharelado em Psicanálise do Centro
Universitário Internacional - UNINTER.

Outro ponto bastante controverso a ser utilizado na psicanálise é a prática da Hipnose.

O grande passo importante para a entrada na psicanálise de Freud foi em 1885, quando
recebeu uma bolsa de estudos de seis meses para estar estudando em Viena. Freud não
conseguiu os estudos tão amplos em Viena quanto os obteria em Paris, na França. Foi
então que decidiu estar no Hospício Salpêtrière, um local muito grande, com prédios de dois
andares, inúmeros pátios e jardins, o que antes era uma antiga fábrica de material bélico
desativada. A maioria das pessoas deste hospício eram mulheres, idosos, chegando a ter
aproximadamente cinco mil pessoas.

Freud se dirigiu a este hospício para realizar estudos anatômicos sobre atrofias e
degenerações. Acompanhou Charcot no estudo de casos. Após estudar anatomia e
doenças orgânicas do sistema nervoso, passou a focar em estudos sobre neurose e
histeria.

Nesse período, em Viena, o médico e Prof. Breuer já estava utilizando o método hipnótico
em pacientes histéricas, se aproximou de Freud.

O que viso ressaltar é que mesmo com a hipnose e sua eficácia, a verdadeira psicanálise
não está no método sugestivo, nem no hipnotismo e sim, na Associação Livre, orientando a
tomar precauções na utilização dessa técnica e seu vínculo psicanalítico.

Eis a explicação da Associação Livre em defesa da psicanálise atual e não da utilização de


meios do método catártico e hipnose do período pré-psicanalítico:

“Método que consiste em exprimir indiscriminadamente todos os pensamentos que ocorrem


ao espírito, quer a partir de um elemento dado (palavra, número, imagem de um sonho,
qualquer representação), quer de forma espontânea” (Laplanche-Pontalis, 2001, p. 38).

O pai da Hipnose Clínica, Charcot, foi um médico e cientista francês. Aqui seguem trechos
sobre o hipnotismo.

"Charcot baseava seus estudos nos casos clínicos mais bem estabelecidos ou
completamente desenvolvidos, que permitiam ao médico estabelecer com segurança o
diagnóstico. Ao utilizar o hipnotismo – técnica que até então era considerada como uma
pseudociência – Charcot foi capaz de definir uma sintomatologia básica para a histeria, sem
negligenciar as simulações apresentadas pelos pacientes histéricos.

(...)

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Freud, durante seu estágio em Paris, também adquiriu amplo conhecimento sobre o
hipnotismo. Segundo Freud, quase não se podia acreditar no que aconteciam aos pacientes
hipnotizados a menos que já se tivesse alguma experiência com isso antes.

(...)

Se, por um lado, médicos renomados como o dr. Meynert criticam a hipnose (tal como
também o farão posteriormente com a psicanálise) como se seu conhecimento em
determinadas áreas lhes desse propriedade para julgar e criticar estudos em áreas
diferentes de suas especialidades, por outro lado, alguns cientistas como o Obersteiner e
Krafft-Ebing se colocaram como irrestritamente a favor da hipnose dentro da prática médica,
enfatizando os ótimos resultados que obtêm a partir dos métodos sugestivos e que nada
têm a ver com nacionalidade ou raça (aqui, o autor traz essa provocação por causa das
insinuações de que a posição de Forel deriva de suas origens. Freud, além de ser judeu e
sensível a esse tema por motivos pessoais, posteriormente irá escrever inúmeros textos
com críticas a esse respeito e ao posicionamento da comunidade científica com relação à
psicanálise).

(...)

Por fim, o autor (Freud) traz a importância forense da hipnose, uma vez que os “crimes
sugeridos” ainda são palco de estudo e preparação dos juristas, uma que “deve permanecer
em aberto até que ponto a consciência de se tratar apenas de uma experiência facilita à
pessoa a execução de um crime” (Freud, 1886, p. 140)."
Aula Um da disciplina "A Clínica em Freud" do curso de Bacharelado em Psicanálise do
Centro Universitário Internacional - UNINTER. Por Profª Raquel Berg.

Os desafios da saúde mental em Volta Redonda estão a caminho de um progresso lento,


gradual.

Preços exorbitantes por consultas com psicólogos e psiquiatras. Uma atenção maior à
saúde anatômica ou saúde física do que a saúde mental dos residentes, levando muitos a
adoecer e se ausentar dos trabalhos, bem como adoecer a ponto de existirem mentes
criminosas, devido à taxa alta de desemprego na cidade.

De acordo com o trabalho realizado por Angélica de Oliveira Vieira para a Universidade
Federal Fluminense - UFF, entitulado" Tecnologias e Pessoas: os desafios identificados na
Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda", este é um quadro da situação datada de
2013 sobre a divisão das redes de saúde em Volta Redonda:

"Divisão das Redes de Saúde, segundo o Guia da Saúde Pública de Volta Redonda - Ano
2013

36 Unidades Básicas de Saúde da Família


8 Unidades Básicas de Saúde
5 Clínicas Odontológicas Concentradas
1 Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)

8
Rede de Média e Alta Complexidade
5 Policlínicas
3 Centros de Reabilitação
5 Centros de Atenção Psicossocial
1 Espaço de Cuidado em Saúde
4 Residências Terapêuticas
1 Centro de Doenças Infecciosas
1 Centro de Controle de Zoonoses
3 Centros de Especialidades Odontológicas
1 Laboratório Municipal
1 Centro de Imagem
2 Farmácias Municipais
1 Polo de Ostomizados
1 Ótica Municipal
2 Hospitais
1 Banco de Leite Humano
1 Núcleo de Hemoterapia
1 Núcleo de Tratamento Intermunicipal
5 Unidades de Urgência e Emergência, incluindo o SAMU, com duas bases municipais, e
qos serviços contratados."
Fonte: Guia da Saúde Pública de Volta Redonda (GSPVR) – Tiragem 1ª edição 2013.

O município carece de atendimentos psicanalíticos personalizados e individualizados para


tratar das psicopatologias de cada analisando ou paciente.

Os centros de Reabilitação são focados nos vícios e recuperação de viciados. Pouco


enfoque na psique do sujeito.

É bastante comum em Volta Redonda, encontrar homens ex-viciados em drogas que com o
apoio de Centros de Reabilitação muita das vezes sem fins lucrativos, buscam entrar em
Transportes públicos vendendo objetos diversos para tentar se estabelecer com uma nova
vida e com um trabalho que possa sustentá-los.

Trata-se da vida de muitos ex-criminosos e ex-viciados que enfrentam preconceito na


cidade, sem a possibilidade de integração Psicossocial, optando por meios alternativos por
sobrevivência.

De acordo com o artigo publicado no site oficial da prefeitura de Volta Redonda, com o
título: "Volta Redonda reestrutura serviços de saúde mental e quer acabar com estigmas
sobre o tema", publicado no dia 15 de Março de 2022, a secretária de Saúde, Maria da
Conceição de Souza Rocha, declara em meio a Conferência organizada pelo governo
municipal do Hotel Bela Vista, a visão sobre Luta Anti-Manicomial que tem estado em pauta
nos últimos anos. Trata-se de uma lei que entre outros fatores, proíbe a internação de
pacientes dentro de manicômios precários semelhantes aos do período pré-psicanalítico:

"(...) Conceição lembrou que para seguir avançando no setor, é preciso evitar retrocessos
como a cultura dos manicômios com o aprisionamento de pessoas de forma compulsória e

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sem critério, onde os pacientes eram submetidos a maus-tratos e com consentimento da
família.

“Quando resgatamos a recente história de violência e violações nos hospícios, vemos que
os corpos que predominavam nesses locais eram negros, com inúmeras barreiras
econômicas e sociais: mulheres violentadas ou que os maridos não queriam mais como
suas companheiras, gestantes adolescentes, mulheres abusadas sexualmente, pessoas
homoafetivas ou que não atendem a norma da heteronormatividade, ou com algum tipo de
deficiência, transtorno e distúrbio”, afirmou."

A saúde mental dentro dos manicômios da região possui infraestrutura precária, poucos
profissionais para atender a demanda de tantos pacientes encarcerados que podem se
confundir com mendigos. Estados desumanos. Transformando-se em um reduto em que
marginalizados, minorias, homossexuais, criminosos, vítimas e pacientes com transtornos
mentais se misturam em um verdadeiro depósito de mentes abandonados por descaso da
falta de profissionais da psicanálise dispostos a atender em um plantão vinte e quatro horas.

Conceição continua:

"A secretária de Saúde citou alguns retrocessos na luta antimanicomial, como a portaria
3588/2017, que dá incentivo financeiro para hospitais gerais que têm leitos psiquiátricos.

“Este financiamento só acontecerá se a taxa de internação psiquiátrica for igual ou maior a


80% ou mais, o que estimula a internação. Assim como o decreto 9761/2019 que estimula a
cultura da abstinência, colocando a como estratégia central e as comunidades terapêuticas
como instituições de internação e tratamento. Desvalorizando a política de redução de
danos e traz um viés religioso para o campo do cuidado. Retrocesso este que acontece
também na cidade de Volta Redonda, quando houve a desestruturação dos serviços. É
preciso investimentos. Tem um ano que estamos tentando resgatar esses serviços e
oferecê-los de forma digna à população”, enfatizou Conceição."

Escolas de psicanálise cristã, decretadas proibidas. Psiquiatras de plantão em dias


específicos para medicar os pacientes, sendo que eles precisam de sessões psicanalíticas
de Associação Livre e não de métodos pseudo-científicos e religiosos ou de medicamentos
sem tratamento psicológico.
Triste realidade da saúde mental em Volta Redonda.

Em pesquisa realizada pelo A VOZ DA CIDADE no Instituto de Segurança Pública (ISP) do


Estado do Rio de Janeiro sobre criminalidade foi computado que, entre outros dados (ver
Referências), Volta Redonda está em primeiro lugar, com 66 homicídios dolosos; vindo
Angra dos Reis em segundo no ranking, com 60. Apesar das colocações, os dois
municípios apresentaram queda, sendo que no ano de 2019, a primeira cidade registrou 82
mortes e a segunda, 89. Rio das Flores segue sem nenhuma morte nos dados do ISP,
sendo, novamente, o único município que não computou o crime em questão. - Pesquisa
realizada em 2021.

Dados do IBGE do ano de 2020 sobre óbitos em relação à saúde e fatores externos
(incluindo criminalidade) em Volta Redonda:

10
ÓBITOS Masculino (óbitos) Feminino (óbitos) Ignorado (óbitos)

2.704 1.433 1.271 0

Menos de 1 ano 5 a 9 anos 15 a 19 anos 30 a 39 anos de 50 a 59 anos de


de idade (óbitos) (óbitos) idade (óbitos) idade (óbitos)
(óbitos)

36 2 25 91 329

1 a 4 anos de 10 a 14 anos de 20 a 29 anos de 40 a 49 anos de 60 a 69 anos de


idade (óbitos) idade (óbitos) idade (óbitos) idade (óbitos) idade (óbitos)

2 1 80 154 646

70 a 79 anos de 80 anos ou Idade ignorada


idade (óbitos) mais de idade (óbitos)
(óbitos)

598 739 1

Algumas Neoplasmas Doenças do Doenças Transtornos


doenças (Tumores) sangue e dos endócrinas, mentais e
infecciosas e (óbitos) órgãos nutricionais e comportamentai
parasitárias hematopoéticos metabólicas s (óbitos)
(óbitos) e alguns (óbitos)
transtornos
imunitários
(óbitos)

536 449 16 137 16

Doenças do Doenças do Doenças do Doenças do Doenças do


sistema olho e anexos ouvido e da aparelho aparelho
nervoso (óbitos) (óbitos) apófise circulatório respiratório
mastóide (óbitos) (óbitos)
(óbitos)

73 0 1 556 260

11
Doenças do Doenças da Doenças do Doenças do Gravidez, parto
aparelho pele e do tecido sistema aparelho e puerpério
digestivo subcutâneo osteomuscular geniturinário (óbitos)
(óbitos) (óbitos) e do tecido (óbitos)
conjuntivo
(óbitos)

95 7 16 104 2

Algumas Malformações Sintomas, Lesões, Causas


afecções congênitas, sinais e envenenamento externas de
originadas no deformidades e achados s e algumas morbidade e
período anomalias anormais em outras mortalidade
perinatal cromossômicas exames clínicos consequências (óbitos)
(óbitos) (óbitos) e de laboratório, de causas
não externas
classificados (óbitos)
em outra parte
(óbitos)

23 12 201 0 200

Fatores que
influenciam o
estado de
saúde e o
contato com
serviços de
saúde (óbitos)

Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/volta-redonda/pesquisa/17/15752
IBGE, Ministério da Saúde, Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde -
DATASUS 2020

De acordo com o Portal Psychiatry Online Brasil, em um estudo realizado em outubro de


2009 no ramo da Psiquiatria Forense, chamado de: Crime e Doença Mental: Um Nexo de
Causalidade, criado por Hamilton Raposo de Miranda Filho, Médico Psiquiatra do Hospital
Nina Rodrigues, Professor do curso de Medicina (UNICEUMA), são vários os agravantes
que estimulam o sujeito a cometer crimes. Fatores estressantes internos e externos,

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condições biológicas, transtornos psíquicos, falta de amparo social ou plena lucidez, mas o
desejo de infringir as leis, são alguns dos motivos.

"(...) A violência é uma forma de afirmação, de controle e de poder. Grande parte dos atos
de violência, mais precisamente o homicídio, as pessoas que as cometem, agem por
impulsos e são consideradas normais (STRÜBER, MONIKA E ROTH, 2006, p.40).
Entretanto por razões subjetivas, num dado momento, que lhes parecem justificáveis,
muitos tomam consciência da gravidade e da irreversibilidade do ato somente depois de
cometê-lo (Abdala, 2006, p.40). Fica explícita a imprevisibilidade da violência, assim como
características comuns do agente agressor: baixa tolerância a frustração, capacidade
reduzida de compreensão e instantaneidade no ato.

As questões que dizem respeito à violência e criminalidade, principalmente o


comportamento impulsivo, podem ser explicadas biologicamente através de alterações no
sistema límbico e no córtex pré-frontal ou lesões cerebrais ainda em vida embrionária
modificando circuitos das aminas biogênicas (STRÜBER, MONIKA E ROTHR, 2006, p.42).
Outra questão é a influência social: a pobreza, desigualdade social e má distribuição de
renda seriam fatores determinantes para o crime. Condições genéticas, genes envolvidos
com MAO-A, causando uma redução de serotonina e alterações no córtex pré-frontal em
indivíduos, apontam como causa do comportamento anti-social (ADRIAN RAINE, 2008).(...)"

O trabalho apresentado: “Crime e doença mental: um nexo de causalidade” apresentou


através da entrevista, exame mental, formulação de diagnóstico através da CID-10 e em
alguns, aplicação da escala PCR-L, em 67 pessoas do sexo masculino, todas acusadas de
ilícitos de violência contra pessoas, o seguinte resultado:

1-Homicídio:

1.1-Total de periciados: 14 pessoas

1.2- sem diagnóstico psiquiátrico: 4 pessoas = 28,5%.

1.3- envolvimento com consumo de múltiplas drogas: 3 pessoas = 21.4%.

1.4- diagnóstico de esquizofrenia tipo paranóide: 2 pessoas = 14,2%

1.5- transtorno de personalidade tipo anti-social: 2 pessoas = 14,2%

1.6- transtorno de personalidade tipo bordeline: 2 pessoas = 14,2%

1.7- outros diagnósticos psiquiátricos: 3 pessoas = 21,4%

2-Agressão:

13
2.1- Total de periciados: 17 pessoas

2.2- envolvimento com consumo de múltiplas drogas: 6 pessoas = 35,2%

2.3- transtorno de personalidade tipo anti-social: 4 pessoas = 23,5%

2.4- esquizofrenia tipo paranóide: 2 pessoas = 11%

2.5- transtorno de personalidade paranóide: 1 = 5,8%

2.6- transtorno de personalidade bordeline: 1= 5,8%

2.7- outros diagnósticos psiquiátricos: 3 = 17,6%

3-Furto:

3.1- Total de periciados: 7

3.2- transtorno de personalidade tipo anti-social: 2 = 28,5%

3.3- retardo mental leve: 3 = 42%

3.4- esquizofrenia residual: 1 = 14,2%

3.5- transtorno afetivo bipolar em remissão: 1 = 14,2%

4-Roubo:

4.1- Total de periciados: 13

4.2- transtorno de personalidade anti-social: 5 = 38,4%

4.3- retardo mental leve: 3 = 23%

4.4- envolvimento com consumo de múltiplas drogas: 4 = 30,7%

4.5- esquizofrenia paranóide: 1 = 7,6%

5-Estupro:

5.1- Total de periciados:

5.2- envolvimento com consumo de múltiplas drogas: 3 = 37,5%

5.3- transtorno de personalidade anti-social: 2 = 25%

5.4- esquizofrenia tipo paranóide: 1 = 12,5%

14
5.5- retardo mental leve: 1 = 12,5%

Atentado violento ao pudor:

6.1- Total de periciados: 4

6.2- sem diagnóstico psiquiátrico: 2 = 50%

6.3- retardo mental leve: 2 = 50%

Tráfico de entorpecentes:

7.1- Total de periciados: 4

7.2- envolvimento com o consumo de múltiplas drogas: 3 = 75%

7.3- sem diagnóstico psiquiátrico: 1 = 25%

Fonte: https://www.polbr.med.br/ano09/for1009.php
2009.

3.1 ESQUIZOFRENIA TIPO PARANOIDE

O espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos inclui esquizofrenia, outros


transtornos psicóticos e transtorno (da personalidade) esquizotípica. Esses transtornos são
definidos por anormalidades em um ou mais dos cinco domínios a seguir: delírios,
alucinações, pensamento (discurso) desorganizado, comportamento motor grosseiramente
desorganizado ou anormal (incluindo catatonia) e sintomas negativos.

Duas condições são definidas por anormalidades limitadas a um domínio de psicose:


delírios ou catatonia. O transtorno delirante caracteriza-se por pelo menos um mês de
delírios, ainda que nenhum outro sintoma psicótico esteja presente.

A esquizofrenia paranoide é conhecida por delírios e alucinações.

Os delírios são crenças fixas, não passíveis de mudança à luz de evidências conflitantes.
Seu conteúdo pode incluir uma variedade de temas (por exemplo: persecutório, de
referência, somático, religioso, de grandeza).

Delírios persecutórios: Crença de que o indivíduo irá ser prejudicado, assediado, e assim
por diante, por outra pessoa, organização ou grupo.

Delírios de referência: Crença de que alguns gestos, comentários, estímulos ambientais, e


assim por diante, são direcionados à própria pessoa.

15
Delírios de grandeza: Quando uma pessoa crê que tem habilidades excepcionais, riqueza
ou fama.

Delírios erotomaníacos: Quando o indivíduo crê falsamente que outra pessoa está
apaixonada por ele.

Delírios niilistas: Envolvem a convicção de que ocorrerá uma grande catástrofe.

Delírios somáticos: Concentram-se em preocupações referentes à saúde e à função dos


órgãos. (Parecido com Hipocondria.)

Sobre as Alucinações: Elas são experiências semelhantes à percepção que ocorrem sem
um estímulo externo. São vívidas e claras, com toda força e impacto das percepções
normais, não estando sob controle voluntário.

Alucinações auditivas costumam ser vividas como vozes, familiares ou não, percebidas
como diferentes dos próprios pensamentos do indivíduo.

As alucinações devem ocorrer no contexto de um sensório sem alterações; as que ocorrem


ao adormecer (hipnagógicas) ou ao acordar (hipnopômpicas) são consideradas como
pertencentes ao âmbito das experiências normais. Em alguns contextos culturais,
alucinações podem ser elementos normais de experiências religiosas.

3.2 A ESQUIZOFRENIA COMO ELEMENTO NORMAL DE CARÁTER MÍSTICO,


ESPIRITUAL OU RELIGIOSO

Existem controvérsias sobre a esquizofrenia no setor psiquiátrico, pois pacientes relatam


que tais fenômenos como delírios e alucinações são oriundos de experiências místicas, com
ou sem efeito de drogas.

Psiquiatras e pacientes buscam explicações na religiosidade, quando estes não têm caráter
cético a respeito de delírios e alucinações serem como possessões demoníacas,
mediunidade descontrolada ou que tais pacientes relatem ter poderes sobrehumanos que
apenas religiões podem explicar.

Embora psiquiatras mantenham embasamento na esquizofrenia como transtorno mental,


alguns deles se posicionam em cima do muro em relação à fé e crença do paciente em tais
fenômenos serem paranormais.

Apresento aqui algumas opiniões de líderes religiosos sobre a esquizofrenia.

Escolhi três das mais populares doutrinas ou religiões: Espiritismo de Allan Kardec, Igreja
Católica e Igreja Evangélica.

"(..) Visão espírita

16
Allan Kardec, na questão 367, de O Livro dos Espíritos, indaga aos espíritos?

O Espírito, ao se unir ao corpo, identifica-se com a matéria?

Resposta: A matéria não é mais que o envoltório do Espírito, como a roupa é o envoltório do
corpo. O Espírito, ao se unir ao corpo, conserva os atributos da natureza espiritual.

A partir disso, pode-se concluir que os espíritos trazem algumas predisposições ao


renascer, por exemplo, o espiritismo nos esclarece que os esquizofrênicos são espíritos que
estão sujeitos a uma punição (ex: por não ter resolvido algo no passado), além de sofrerem
por ter que habitar corpos que os impedem de se manifestarem plenamente.

“O esquizofrênico não tem destruído a afetividade, nem os sentimentos; tem dificuldade em


expressá-los, em razão dos profundos conflitos consciênciais, que são resíduos das culpas
passadas. E porque o Espírito se sente devedor, não se esforça pela recuperação, ou
teme-a a fim de enfrentar os desafetos, o que lhe parece a pior maneira de sofrer do que
aquele em que se encontra.” – Dr. Bezerra de Menezes
(...)"
Fonte: Qual a visão espírita da esquizofrenia?
https://radioboanova.com.br/qual-a-visao-espirita-da-esquizofrenia/ Texto por Juliana
Chagas, jornalista e produtora da rádio Boa Nova. 2017.

A visão espíritas é deveras assustadora para um paciente esquizofrênico, pois ele não sabe
lidar com a esquizofrenia sem amparo psicanalítico, imagine ter de buscar uma regressão
em vidas passados, sendo que a mente na vida presente está atormentada por delírios e
alucinações que ele mesmo não controla.

A tal "vida passada" deste paciente pode trazer ainda mais perturbação psicológica.

Posso citar um exemplo: Imagine que o paciente descubra que foi um homem que torturou
crianças no passado e que possui uma mente adoecida por ter esquizofrenia, como uma
punição. Como esse paciente consegue ter uma vida normal com um passado ao qual ele
irá criar ainda mais delírios e fantasias na contestação e conflito do passado e presente?

Há todavia, a visão espiritualista quântica que explica em um caráter místico, porém,


plausível, a comunicação do esquizofrênico com realidades paralelas, multidimensional,
sendo ele um poderoso intermediador metafísico telepata vivendo por entre realidades, ao
qual se situa apenas na dele.

Há também psicólogos que defendem que o esquizofrênico é um grande empata, capaz de


sentir emoções, entender pensamentos, ouvir sentimentos em forma de palavras.

Dando continuidade à pesquisa, sigo com a opinião católica a respeito da esquizofrenia:

"(...) Quase se pode ver as lágrimas do santo na página. Ou talvez essas sejam as lágrimas
de seus leitores ao longo dos tempos, que souberam exatamente o que ele quis dizer.
Quando o intelecto é destroçado por uma doença como a esquizofrenia, completa com suas
alucinações e delírios (para não mencionar inúmeros sintomas menos dramáticos, mas não

17
menos debilitantes), não se pode conhecer o mundo, a si mesmo ou a Deus da maneira que
deveria conhecer. E na medida em que não se pode conhecer bem, não se pode agir bem.
Como diz Agostinho, a pessoa age contra as próprias boas intenções. Há uma tragédia tão
profunda nessa falta de compreensão e na falta de liberdade total que se segue a ela. Mas
isso é uma coisa que parece que a tradição católica se apegou bem: a sensação de doença
mental como uma trágica quebra de uma faculdade natural. A segunda ideia que quero
mencionar é que os católicos há muito consideram que os doentes mentais estão entre “os
menores” de quem Cristo nos chama a cuidar como se fossem o próprio Cristo (Mateus
25:31-46). Desde seus primeiros dias, o cristianismo estava alcançando os pobres e
marginalizados, e os doentes mentais estavam entre eles. Seja no atendimento explícito
aos que têm problemas de saúde mental, seja no atendimento aos pobres, famintos ou
sem-teto (todos os grupos que SEMPRE incluem pessoas com doenças mentais), a Igreja
Católica tem uma longa tradição de serviço. A terceira ideia que quero mencionar é uma
que me parece mais confusa. Muitos católicos são moldados por um sentimento expresso
de forma mais sucinta por Santo Inácio de Loyola: “Trabalhe como se tudo dependesse de
você e ore como se tudo dependesse de Deus”. Acho que, de muitas maneiras, isso pode
ser libertador para os católicos preocupados com doenças mentais. Por exemplo, acho que
nunca conheci um católico que pensa que a doença mental deve ser resolvida pela oração
e não pela psiquiatria. Somos um povo de ambos/e! (Observe que há muitos católicos,
como muitos outros, que não procuram ajuda por outros motivos; mas geralmente não
esperam que Deus os cure.)(...)"
Trecho em inglês traduzido por mim para a língua portuguesa, do site Catholic Moral
Theology (A Teologia Moral Católica), St. Augustine, Catholics and Mental Illness, escrito
por Dana Dillon. 2013.

Para o catolicismo, a esquizofrenia na maioria dos casos se resolve com a reza e não com
a ajuda da psiquiatria, psicanálise e psicologia.

É também um pensamento assustador, pois o esquizofrênico tem alucinações e delírios a


ponto de criar o próprio Deus e venerar um Deus que é extraído dentro da própria
insanidade mental.

E o pior pode acontecer: Ouvir esse Deus e receber orientações desse Deus que o
conduzem a cometer um crime ou cometer suicídio.

E aqui registro a opinião da igreja evangélica sobre esquizofrenia:

"(...) A esquizofrenia não é mencionada explicitamente em nenhum lugar da Bíblia. A


esquizofrenia é um distúrbio psicológico caracterizado mais comumente por ouvir vozes e
ter alucinações, delírios, pensamento desorganizado e, às vezes, paranóia. (...)

(...)Há também aqueles que acreditam que a esquizofrenia é de natureza espiritual, como
na possessão demoníaca. Essa ideia vem dos relatos bíblicos de pessoas cujos sintomas
parecem espelhar a esquizofrenia. Embora a possessão demoníaca seja possível em
alguns casos, é improvável que seja a causa da maioria. Os esquizofrênicos não reagem ao
nome de Jesus, nem possuem conhecimento sobrenatural. Além disso, quando os relatos
bíblicos são cuidadosamente comparados com casos de esquizofrenia, os sintomas não
parecem realmente os mesmos (veja Lucas 4:41).

18
Tal como acontece com todos os problemas de saúde mental, a esquizofrenia pode ter
várias causas que são únicas para cada pessoa. Embora os sintomas possam ser os
mesmos, as causas podem ser diferentes. É por isso que é importante não rotular as
pessoas com esse diagnóstico em categorias “espirituais” ou “físicas”.

Os crentes devem estar cheios de compaixão por aqueles que sofrem de esquizofrenia.
Podemos pensar nisso como uma prisão da mente. As pessoas com esquizofrenia e suas
famílias geralmente não têm apoio das comunidades cristã e médica porque nenhuma delas
tem todas as respostas. A igreja deve ministrar a todos, inclusive a pessoas com
esquizofrenia e suas famílias. Aqueles que lutam com doenças mentais devem ser
considerados parte de um campo missionário. Eles precisam do evangelho para ajudá-los a
entender onde Deus se encaixa no quadro e que há esperança em Jesus.

Embora a Bíblia não aborde especificamente problemas cerebrais ou psicológicos, ela se


refere a pessoas sendo curadas de todos os tipos de doenças. O Senhor opera não apenas
por meio de milagres, mas também por meio de medicamentos, cirurgias, aconselhamento
e mudanças ambientais. Ele não quer que ninguém permaneça em sofrimento sem
esperança, e chama todos a virem a Ele com seus fardos para encontrar a vida (Mateus
11:28-30). O Senhor também chama Seus filhos para estender o amor e o evangelho
àqueles que sofrem, especialmente aos que são mais vulneráveis (Tiago 2:1-4). A Bíblia diz
que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Romanos 10:13). Quem sofre
de esquizofrenia pode ter esperança em Jesus para uma vida mais abundante (João
10:9-11). O Senhor pode usar todas as coisas para o seu bem."
Fonte: GotQuestions.org é um ministério voluntário de servos treinados e dedicados que
têm o desejo de ajudar outras pessoas em sua compreensão de Deus, Escrituras, salvação
e outros tópicos espirituais. Eles são cristãos, protestantes, conservadores, evangélicos,
fundamentalistas e não-denominacionais.
https://www.gotquestions.org/Portugues/Bibia-esquizofrenia.html

A igreja evangélica mantém uma opinião clara, acolhedora e consoladora, digamos que
integrativa psicossocial com uma justa compreensão a respeito do sofrimento de um
paciente esquizofrênico, cabendo ao paciente crer ou não crer.

Porém a psicanálise não deve se fundir ao cristianismo como uma doutrina religiosa, pois as
igrejas são determinadas à crença da castração no conceito freudiano dos escritos de Freud
e desmitifica tabus como a psicossexualidade infantil afim de adaptar obras psicanalíticas à
santidade casta imposta pelas regras de cada igreja.

3.3 TRANSTORNO DE PERSONALIDADE TIPO ANTISSOCIAL

Um transtorno da personalidade é um padrão persistente de experiência interna e


comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é
difuso e inflexível, começa na adolescência ou no início da fase adulta, é estável ao longo
do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo.

19
Transtorno da personalidade antissocial é um transtorno da personalidade do grupo B.
301.7 (F60.2)

Critérios Diagnósticos

Um padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das outras pessoas que
ocorre desde os quinze anos de idade, conforme indicado por três, ou mais, dos seguintes:

Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas à comportamentos legais, conforme


indicado pela repetição de atos que constituem motivos de detenção.

Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras repetidas, uso de nomes falsos ou
de trapaça para ganho ou prazer pessoal.

Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.

Irritabilidade e agressividade, conforme indicado por repetidas lutas corporais ou agressões


físicas.

Descaso pela segurança de si ou de outros.

Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por falha repetida em manter uma conduta
consistente no trabalho ou honrar obrigações financeiras.

Ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença ou racionalização em relação à


ser ferido, maltratado ou roubado outras pessoas.

A característica essencial do transtorno da personalidade antissocial é um padrão difuso de


indiferença e violação dos direitos dos outros. Esse padrão também já foi referido como
psicopatia, sociologia ou transtorno da personalidade dissocial.

3.4 TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDERLINE

301.83 (F60.3)

Critérios Diagnósticos

Um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoal, da autoimagem e dos afetos e


de impulsividade acentuada que surge no início da vida adulta e está presente em vários
contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:

Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado.

20
Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos caracterizado pela
alternância entre extremos de idealização e desvalorização.

Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou da


percepção de si mesmo.

Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas.


(Alguns exemplos: Sexo, gastos, abusos de substância, direção irresponsável, compulsão
alimentar.)

Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento


auto-mutilante.

Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade de humor.

Sentimentos crônicos de vazio.

Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la.

Ideação paranoide transitória associada à estresse ou sintomas dissociativos intensos.

A característica essencial do transtorno da personalidade borderline é um padrão difuso de


instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem, e de afetos e de impulsividade.
Medo do abandono real ou imaginário. Perturbação de identidade.

A influencer, instagrammer, blogueira, formadora de opinião, que atende pelo artístico:


Lindsay Woods escreveu o livro "De Ponta-Cabeça" aos vinte e seis anos de idade.
Autobiografia. Lançado em 2020.

Na página 97, capítulo "Ao limite (borderline)", ela relata ter sido diagnosticada como
portadora do Transtorno de Personalidade Borderline. Relata ter apresentado muito das
características relatos pelo manual DSM-5.

Na página 101 do livro, capítulo "Fui para a reabilitação", ela relata os horrores que
presenciou em um hospital psiquiátrico:

"(...) No primeiro hospital psiquiátrico, passamos por uma triagem. Tentei fugir em
desespero, mas meu pai me resgatou e me levou de volta para dentro. O médico que me
atendeu não foi nem um pouco empático; Ao contrário, ele me tratou com frieza e desprezo.
Emitiu uma autorização para que eu fosse para uma ala muito decadente. Que lugar era
aquele onde eu tinha ido parar? Sem infraestrutura, a limpeza muito precária. Foi horrível,
uma experiência que não desejo a ninguém. Aquele lugar era carregado de energias ruins e
clima pesado. Os pacientes eram maltratados, gritavam amarrados com cordas às camas,
algo realmente assustador e feio de se ver. Alguns estavam tão depressivos que nem saíam

21
mais da cama, mal respiravam, como se tivessem suas almas sugadas. Parecia um filme de
terror. (...)"

O relato de Lindsay Woods ilustra bem a situação descrita previamente pela secretária de
saúde Maria da Conceição de Souza Rocha, na página onze desse projeto.

3.5 TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II

Os critérios para Transtorno Bipolar tipo I representam o entendimento moderno do


transtorno maníaco-depressivo clássico, ou psicose afetiva, descrito no século XIX. Diferem
da descrição clássica somente no que se refere ao fato de não haver exigência de psicose
ou de experiência na vida de um episódio depressivo maior. No entanto a vasta maioria dos
indivíduos cujos sintomas atendem aos critérios para um episódio maníaco também tem
episódios depressivos maiores durante o curso de suas vidas.

O transtorno bipolar tipo II, que requer um ou mais episódios depressivos maiores e pelo
menos um episódio hipomaníaco durante o curso da vida, não é mais considerado uma
condição mais leve que o transtorno bipolar tipo I, em grande parte da razão da quantidade
de tempo que pessoas com essa condição passam em depressão e pelo fato de a
instabilidade do humor vivenciada ser tipicamente acompanhada de prejuízo grave no
funcionamento profissional e social.

Algumas características do episódio maníaco do transtorno bipolar tipo I:

Período distinto de humor anormal, irritável.


Autoestima inflada. Redução da necessidade de sono. Pressão para continuar falando.
Fuga de ideias. Distratibilidade. Aumento de atividades dirigidas a objetivos. Perturbação do
humor.

Algumas características do Transtorno bipolar tipo II hipomaníaco:

As mesmas características do Transtorno bipolar tipo I. Os episódios depressivos maiores


recorrentes costumam ser mais frequentes e prolongados do que os que ocorrem no
transtorno bipolar tipo I.

Comparados com os indivíduos com transtorno bipolar tipo I, os que apresentam transtorno
bipolar tipo II tem maior cronicidade da doença e passam, em média, mais tempo na fase
depressiva, que pode ser grave e/ou incapacitante.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A TEORIZAÇÃO ANTES DE


APRESENTAR HIPÓTESES

Fiz uma apresentação de dados, defesa de meu trabalho, juntando pesquisas em fontes
confiáveis para fornecer informações precisas e detalhadas sobre a real situação da saúde

22
mental da cidade de Volta Redonda e um posicionamento crítico dos transtornos de alguns
criminosos: os que têm mente criminosa e podem vir a cometer crimes na cidade e os que
estão sendo vítimas de um mal estar na civilização.

Encerro com trechos sobre este mal estar e sobre o psicossocial na sociedade:

"(...)

Freud (2010 [1930]):

O que buscam os homens? É difícil não acertar a resposta; eles buscam a felicidade,
querem se tornar e permanecer felizes. Essa busca tem dois lados, uma meta positiva e
uma negativa; quer a ausência de dor e desprazer e, por outro lado, a vivência de fortes
prazeres. (p. 29-30)

As hipóteses de Freud sobre o mal-estar na cultura (ou civilização) partem da percepção de


que o ser humano, no processo de seu desenvolvimento, se depara com elementos
incontroláveis, sejam eles provenientes da natureza, do próprio corpo ou das relações que
estabelece com outras pessoas. Para o autor, os homens buscam maximizar seu prazer e,
ao mesmo tempo, reduzir seu desprazer.

Tal meta de maximização do prazer possui seus limites, já que ela depende sempre de
objetos – e aqui entendemos objeto como aquilo que está fora do sujeito, podendo ser outro
sujeito, ou objetos da natureza. Essa relação com os objetos é onde está, na hipótese
freudiana, o surgimento da cultura.

Para ele, o que motiva a produção da cultura é a angústia ante o inesperado, ele afirma:

O sofrer nos ameaça a partir de três lados: do próprio corpo, que, fadado ao declínio e à
dissolução, não pode sequer dispensar a dor e o medo, como sinais de advertência; do
mundo externo, que pode se abater sobre nós com forças poderosíssimas, inexoráveis,
destruidoras; e, por fim, das relações com os outros seres humanos. (Freud, 2010[1930] p.
31)
Trechos da aula "Cultura e Natureza" sobre o mal estar freudiano do Prof. Cícero Costa
Villela para a Aula Um de Cultura e Linguagem do curso de Bacharelado em Psicanálise
pelo Centro Universitário Internacional - UNINTER. 2022.

Enquanto ocorrer um mal estar na civilização estaremos expostos à diversos estressores


ambientais e será difícil estabelecer uma psicopolítica, em que o sujeito autônomo
consegue se constituir como sujeito sem a alienação do meio em que está inserido e com
as condições de vida que o tornam digno e que permitem a ele coexistir com sujeitos de
psicopolíticas diferentes ou sendo eles, os cidadãos "servos" do sistema ao qual estão
produzindo, compartilhando e criando.

É preciso quebrar tabus e mitos de cadeias de associações significantes cujos significados


não fazem sentido em tempos atuais e aprisionam o sujeito à suas crenças limitantes,
impedindo-o de enxergar a vida como homem moderno cartesiano: Cogito, ergo sum.
(Penso, Logo Existo)

23
As prisões invisíveis podem ser sentidas e percebidas na sociedade: Elas buscam a
maximização do prazer através de um sistema capitalista, em que o sujeito precisa comprar
para receber migalhas de uma felicidade ao qual ele não possui, pois ela é inalcançável:
Sempre existirá o desejo de uma aquisição melhor e mais atual.

O status é uma prisão, a pobreza, o medo da violência, o caos dentro do inconsciente, a


busca por pertencimento a um grupo social, a escolha do partido político ideal, são todos
conflitos do externo para o interno, ao qual para se tornar feliz, o sujeito deve ter em
primeiro lugar: Saúde mental. Para só assim depois buscar no que deseja se realizar.
Sendo esta realização, a própria felicidade.

"A constituição de uma identidade implica na definição de quem a pessoa é, quais são seus
valores, as metas com que se compromete, quais os caminhos que deseja trilhar na vida
(Schoen-Ferreira et al., 2008, p. 326).

De acordo com a teoria Psicossocial de Erikson (1972, 1998), existem dois polos na
formação da identidade, resultantes do confronto de forças antagônicas: identidade do ego
– polo positivo – e difusão de identidade – polo negativo. O polo positivo – identidade –
acontece quando os jovens escolhem os valores aos quais serão fiéis, tornando-se, então,
conscientes de sua uniformidade e continuidade no tempo e no espaço, e percebendo que
suas realizações possuem reconhecimento e significado em sua cultura (Erikson, 1979).
(Schoen-Ferreira et al., 2008, p. 326)

Já a difusão de identidade é tanto “o início do processo de construção da identidade ou a


resultante negativa no desenvolvimento” (Schoen-Ferreira et al., 2008, p. 326). Acontece
como disparador da construção da identidade, quando o sujeito tem dificuldades de
apreender seu entorno e a ele responder com o repertório e suas características pessoais
desenvolvidas até então. O sujeito experimenta um descompasso entre si e seu meio, e
diante disso, pode desenvolver a identidade de seu ego como um mecanismo de
autorregulação, ou estagnar e até regredir, recalcitrando o desenvolvimento subsequente. A
crise é, portanto, estruturante:

A crise de identidade é social, porque essa identidade deve ser encontrada dentro da
comunidade à qual o indivíduo pertence e depende durante toda a vida do suporte de
modelos sociais. [...] Ele aponta que a formação de identidade pelo aspecto normativo
também tem seu lado negativo, que pode permanecer como uma parte rebelde
revolucionária de toda a identidade pela vida inteira. (Noack, 2007, p. 136)

Erikson concebe a identidade como psíquica, e a crise de identidade como social (Noack,
2007, p. 136)."
Trechos da aula "Formação e Crise da Identidade" sobre o Psicossocial de Erik Homburger
Erikson do Prof. Cássio Gonçalves de Azevedo para a Aula Seis de Desenvolvimento
Humano do curso de Bacharelado em Psicanálise pelo Centro Universitário Internacional -
UNINTER. 2022.

24
Enquanto o sujeito estiver em sociedade, ele permanecerá usando uma máscara, para
agradar aos outros que o cercam. O conflito de personalidades se dá pelo que o Isso
projeta no Eu para agradar o meio psicossocial.

A alienação psicossocial faz com que se crie uma identidade única ao qual possui regras e
limitações de pensamentos, distanciando o Eu do Eu e colocando o Eu no lugar do Coletivo.
O pensamento comunitário pode levar a perda do pensamento que cria o sujeito. Se
pensamos, logo existimos, ao pensarmos por uma sociedade, deixaremos de pensar por
nós mesmos.

Uma sociedade não pode descaracterizar a individualidade em prol de que haja união de
massas. A sociedade existe para nos fornecer o que precisamos para viver e nos sentirmos
felizes, sem o mal estar da civilização. A cultura, a linguagem, a forma como coexistimos
depende de mútuo respeito e empatia por nossas diferenças e igualdades.

Antes de finalizar a teorização, desejo a meus conterrâneos de Volta Redonda, buscar


verificar o que está errado não somente na psique do indivíduo, mas também no:

Psicossocial.1

5. HIPÓTESES - COMO MELHORAR?

Apontar os erros e defeitos de uma sociedade, sem ter uma visão global de como tal
comunidade se formou e de como os cidadãos são conduzidos como gado até a exploração
de suas terras e de suas produções em massa, passando como cegos e surdos
involuntários perante o poder público, é como verificar um fragmento de uma caracterização
dentro de uma peça erudita que se formou com linguagens e mitos ao redor de todos esses
anos.

Para começar, pensamos diferente, temos status que muda de acordo com o patrimônio de
cada cidadão, porém geneticamente somos seres que não demandam quaisquer
superioridade.

Inclusive essa palavra deveria ser proibida: "Superioridade".

"superioridade

substantivo feminino

1.
condição de mando; autoridade.
"aqui a sua s. não conta"

2.

1
Referência à música "Psychosocial" da banda norte-americana de IOWA, Slipknot.

25
posição ou condição de ser superior ou estar mais adiantado com relação a outro(s);
vantagem."
Dicionário: Oxford Languages. Definição de superioridade.

Esta palavra que às vezes se disfarça como "melhor", ou como supremacia racial ou
autoridade política máxima ou extremista, vem para nos causar separatismo, confusão, e
principalmente alienação.

A superioridade quando unificada ao capitalismo demanda um sistema piramidal hierárquico


em que existirá o burguês e o proletário. E acima de ambos, a classe muito alta dos
senhores que controlam a produção dos escravos.

A falta de conscientização sobre o coletivo das pessoas: sociedade, e em termos mais


burocráticos: civilização, nos leva a derrubar pilares de fraternidade e empatia.

Para isso é preciso entender primeiramente o conceito de raça:

"Sob a visão biológica, todos os seres humanos pertencem à mesma raça: a raça humana.
Afinal, a palavra raça designa um grupo de indivíduos que tem uma parte importante de
seus genes em comum, e que pode ser diferenciada dos membros de outros grupos a partir
desses genes. Todos os seres humanos têm trinta mil genes iguais e apenas 4 genes que
nos diferenciam. Sendo assim, pertencemos todos à mesma raça! Sendo assim, um negro
pode ter um filho com um oriental sem problemas!

Esses quatro genes que diferenciam um ser humano de outro representam o fenótipo.
Branco, negro, alto, baixo... então, quer dizer que há pessoas que discriminam outras e as
tratam diferente por causa de apenas 4 genes?

Infelizmente é o que acontece e se chama racialização. Trata-se justamente da ideia de se


atribuir superioridade a um fenótipo em detrimento de outro. Agora, imagine que a
racialização era disseminada livremente antes da abolição da escravatura! O artigo a seguir
trata justamente sobre a interlocução entre a eugenia, a ciência do melhoramento racial e o
campo da educação no início do século XX."
Trechos da aula "Conceito científico de raça" sobre o raças e racialização do PROF.
SÉRGIO LUÍS DO NASCIMENTO | PROF. ELSTON AMERICO JUNIOR,
PROF. IZIQUEL ANTÔNIO RADVANSKEI, a Aula Dois de ESTUDO DAS RELAÇÕES
ÉTNICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA,
AFRICANA E INDÍGENAdo curso de Bacharelado em Psicanálise pelo Centro Universitário
Internacional - UNINTER. 2022.

A raça de qualquer sujeito não será a causa determinante de seu caráter e sua vivência.
Sendo assim, não há motivos para problematização da representatividade, exemplo:
Substituir um branco por um negro ou um negro por um branco. Nem motivos para utilizar a
racialização para causar guerras e distinção de humanos através da superioridade.

Nós existimos em uma sociedade em que há grupos favorecidos e grupos não favorecidos.

26
Esta sociedade procura um modelo padrão de vida, de poder financeiro, de aparência, de
objetos de consumo e objetificação em prol da obtenção de lucro e controle sobre a saúde
mental e física da população.

Quantos de nós não adoecemos mentalmente e posteriormente fisicamente porque nos


falta dinheiro e conquista de determinado corpo estabelecido pelos critérios da estética,
ditado pela ditadura da moda, bem como por propagandas que causam alienação e giram
em torno de nos persuadir a ter o "corpo perfeito", "carro perfeito", "vida perfeito", sendo que
não passam de esquematizações mentais tendenciosas que são surreais? E dificilmente o
burguês irá adoecer, pois ele possui poder aquisitivo para tais exigências de uma
pseudo-felicidade, mas o proletário irá ser vítima desse bombardeio de disseminação dos
padrões e objetos de consumo impostos pela mídia.

Não necessariamente precisamos pensar em uma Coca-Cola quando estamos com sede.
Mas a imagem da Coca-Cola entra por vias conscientes da sede e se instaura em nosso
inconsciente como Desejo.

Consideramos a possibilidade de beber água.


Porém beber água não nos traz socialização.
A água não está "na moda", nem tampouco nos torna desejáveis aos olhos dos
consumistas e seguidores de tendências.
Comprovadamente Coca-Cola é considerada, assim como demais refrigerantes, um dos
piores alimentos do mundo.
Por que anda consumimos?
Porque a sociedade está no mito da Caverna.

"Platão e Sócrates comparam o mundo sensível a uma prisão por meio da chamada
alegoria da caverna, presente no Livro VII da obra A república (Platão, 1988). A alegoria
trata de indivíduos que viveram toda a sua existência acorrentados no interior de uma
caverna, ou seja, aprisionados pelas paixões e sensações, e que apenas poderiam olhar
para frente, onde eram projetadas sombras, na parede da caverna que habitavam. Assim,
essas pessoas tomavam as sombras e aparências como se fossem verdadeiras, sem saber
que atrás deles havia outros indivíduos (leiam-se, sofistas e poetas) manipulando, na frente
de uma fogueira, objetos que davam origem às sombras projetadas na parede, como em
um teatro de sombras de fantoches ou um simulacro.

No entanto, um dos prisioneiros, o filósofo, consegue se desacorrentar, pois seus


instrumentos de libertação são a razão, o estranhamento e os questionamentos. O filósofo
percebe então que havia sido sempre enganado, tomando as aparências como se fossem a
realidade. Decide, depois disso, sair da caverna, para encontrar as ideias, as formas, isto é,
a realidade fora da prisão, e enfim observa a luz do Sol, que representa a verdade, o belo, o
bem e a justiça. O filósofo toma a difícil decisão de retornar à caverna para advertir seus
antigos companheiros a respeito do fato de que estavam sendo enganados, acreditando
que as sombras eram verdadeiras. Ao retornar, esses companheiros não acreditam em
suas palavras: acabam por desmenti-lo e agredi-lo, até matá-lo (Platão, 1988)."
Trechos da aula "A alegoria da caverna" do Prof. Paulo Niccoli Ramirez, a Aula Um de
Filosofia, do curso de Bacharelado em Psicanálise pelo Centro Universitário Internacional -
UNINTER. 2022.

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Crédito: Matiasdelcarmine/Adobe Stock.

Enquanto formos manipulados, estaremos nas sombras dessa caverna. A entidade


governamental deveria cumprir o papel de ser a luz para seu povo. O líder trata-se do
Mestre e não da figura autoritária cujos conflitos mentais nos conduzem à guerras internas e
externas.

O mestre é portador da iluminação acerca de seu povo. É exigido que seu caráter seja
nobre e humanitário para que o povo possa prevalecer seguro e conduzido para além do
domínio da escuridão da caverna.

Democraticamente podem existir vários mestres: A luz da sabedoria vem para todos
aqueles querem obtê-la.

Em viés psicanalíticos, o adoecimento mental se assemelha à alegoria dessa caverna.

O inconsciente está na mais profunda escuridão e é desconhecido pelo sujeito.


A sociedade trará sujeitos que são como as sombras aos quais este sujeito alienado tenta
se identificar e se integrar.
Todavia, eles são todos "loucos".
"Nós somos todos loucos aqui."2
Enquanto não detemos verdade absoluta, seremos "loucos", pois não compreendemos
nada além do que vemos.

O problema é quanto a "loucura" nos transforma em sujeitos de múltiplos sintomas que


fazem mal não somente a nós mesmos, mas contra os outros.

A nossa mente é como um poderoso mecanismo. Pense nela como se fosse a Engine, ou
seja, o motor de um robô.

2
Referência ao livro "Alice no País das Maravilhas" escrito por Lewis Carrol.

28
Se este robô desconhece o próprio software instalado nele, estará fadado à loucura.
Não produzirá algo bom para ele, nem para a sociedade.
Será um escravo das massas.
Sem uma autoanálise e a descoberta de mecanismos de defesa, complexo, sonhos,
passado, e principalmente: Identidade, será uma máquina que apenas produz
incessantemente e gera sofrimento, não sabendo como pensar por si próprio.

A construção da civilização sempre será platônica em meu pensamento por exigir que os
Direitos Humanos nos defendam como minorias e maiorias.

Primeira-dama, Eleanor Roosevelt segurando a Declaração Universal dos Direitos


Humanos. Por Autor desconhecido (site da Biblioteca Franklin D Roosevelt) [Domínio
público], via Wikimedia Common.

“Nos Estados em que existam minorias étnicas, religiosas ou linguísticas, as


pessoas pertencentes a essas minorias não devem ser privadas do direito de ter em
comum com os

outros membros do seu grupo, a sua própria vida cultural, de professar e de praticar
a sua

própria religião ou de utilizar a sua própria língua.”

Artº 27º do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos. 1966.

"O final da Primeira Guerra Mundial, em


1918, conduziu à dissolução do Império
Otomano e do Império Habsburgo multi-
nacional. Na Europa Central, emergiu o
princípio da autodeterminação nacional
e foram criadas novas leis para as mino-
rias. Além disso, celebraram-se tratados

29
de paz bilaterais e multilaterais, tam-
bém com disposições específicas para a
proteção das minorias. Depois da Primeira
Guerra Mundial, a Sociedade das Nações
foi incumbida de monitorizar os níveis de
proteção concedidos a grupos minoritá-
rios. Também alguns Estados, tais como a
Finlândia ou a Estónia, em 1921 e 1923,
emitiram declarações para a proteção das
suas minorias. Estes tratados estabelece-
ram o direito a usar a língua da mino-
ria na vida privada e pública, contendo
também cláusulas de não discriminação.
Porém, não existia um quadro específico
de direitos humanos e a ideia de direitos
de grupo era contestada.
Assim, depois da Segunda Guerra Mun-
dial a proteção das minorias foi substituí-
da por instrumentos que protegiam os di-
reitos humanos individuais e liberdades,
baseados nos princípios da não discri-
minação e igualdade. A Segunda Guer-
ra Mundial marcou o fim dos regimes de
minorias na Europa Central, suplantados
pela ideologia comunista da unidade dos
trabalhadores. As minorias foram pressio-
nadas a adaptarem-se à cultura do regime
ideológico dos Estados comunistas. De-
pois dos eventos de 1989 e da consequente
dissolução do Império Soviético, a afilia-
ção ou atribuição nacional e étnica come-
çou a desempenhar um papel importante.
A identidade nacional e o sentimento de
pertença a um grupo étnico ou nação tor-
nou-se, em determinados casos, o veículo
para a criação de novos Estados ou para a
reclamação da independência nacional. A
proteção das minorias e o reconhecimen-
to dos seus direitos reemergiu, assim, na
agenda política. A proteção dos direitos
das minorias tornou-se uma das condições
para a obtenção da qualidade de membro
do Conselho da Europa. A União Europeia
exigiu a proteção das minorias como con-
dição para o estabelecimento de relações
diplomáticas entre a União e os novos Es-
tados."
DIREITOS DAS MINORIAS E DOS POVOS INDÍGENAS

30
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
NÃO DISCRIMINAÇÃO E AÇÃO AFIRMATIVA
AUTONOMIA E INTEGRAÇÃO
DIVERSIDADE ÉTNICA E PLURALISMO
Fonte:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://igc.fd.uc.pt/manual/pdfs/O.p
df&ved=2ahUKEwiPyonAyN_6AhUNrJUCHZ9MCaEQFnoECEgQAQ&usg=AOvVaw00wIpG
21kgHFcwcuZu35Qr

“Um país deve ser julgado pela forma como trata as suas
minorias.”

Mahatma Gandhi.

O meu ideal de civilização consiste na paz como prioridade. Na fraternidade, como


essencial. Na cultura, como propriedade intelectual de acesso à todas as pessoas.
No rompimento com a discriminação.

Na justiça como Pilar que sustenta uma sociedade. Verdadeiramente justa.


À luz que não condena as trevas, só invés disso busca compreender, integrar, regenerar
seus motivos e angústias.

A arte como Pilar sublime. Não corrompida pelo dinheiro, poder e luxúria.

A preservação do entretenimento infantil, dos valores de mulheres e homens, e a equidade,


não a igualdade entre povos, etnias, culturas.

"equidade

/qü,qu/

substantivo feminino

1.
apreciação, julgamento justo.

2.
virtude de quem ou do que (atitude, comportamento, fato etc.) manifesta senso de justiça,
imparcialidade, respeito à igualdade de direitos.

31
"a e. de um juiz"

Imagem ilustrativa. Fonte:


https://www.inclutopia.com.br/l/equidade-muito-mais-do-que-igualdade/

Esse é o modelo de sociedade que aspiro em relação às hipóteses de que um tijolo não
apenas em Volta Redonda, mas no mundo, é pequeno diante da construção maligna que se
formou diante de nossos olhos, deturpando nossos pensamentos e nos causando crises de
identidade e adoecimento ao mal estar da civilização.

Barreiras como xenofobia, preconceito religioso, intolerância, desigualdade e principalmente


ignorância são como o grande câncer pulmonar da natureza que se formou no planeta Terra
e atingiu toda a população.

É triste, mas o que vemos não é equidade e sim essa realidade:

32
Imagem ilustrativa. Fonte:
https://escolapt.wordpress.com/2019/11/03/as-mentiras-da-inclusao/

A sociedade acima, privilegiada e arquitetada como uma exploração à sociedade abaixo.


Uma total regressão a um passado, a uma civilização, a uma ideia utópica de humanidade,
construída pelos pensamentos adoecidos, dos delírios de grandeza de um fascista.

Ideias. Vozes do povo. A voz de uma aluna.


A voz de alguém pertencente à subculturas dentro das culturas.
A ideia que não é levada a sério pelo poder governamental por ser de uma mulher, classe
baixa. Ideias utópicas de uma punk boba.3

6. Aplicação à realidade

"Quando você nasce pobre, seu ato mais revolucionário é ser estudioso."
Lembro quando eu li isso em uma frase de uma faixa amarrada no poste ao lado de minha
casa, em um dia de protesto.

Para poder desafiar a autoridade com propostas de melhoria ou de revolução, é necessário


se obter mais conhecimento e inteligência do que essa autoridade.

As pessoas tendem a serem conformistas e reclamarem em redes sociais, ao invés de


buscar modelos de projetos para a resolução das demandas da população.

Eu incentivo a escrever projetos como esse que eu escrevi, fazerem suas pesquisas,
especificarem o que precisam de suas autoridades e levarem tais projetos às suas
prefeituras.

Uma revolução bem sucedida só é iniciada através de pesquisadores que desafiam mentes
dominadoras fascistas.

Sem a necessidade de uma guerra, pois o poder da palavra, do conhecimento é inerente às


grandes almas.

Somos todos velas no escuro ao redor de uma falsa luz. Se tivermos consciência de nossa
iluminação própria, afastamos a escuridão, que nada mais é do que a escuridão da loucura
mais condenável: A da superioridade. A do controle e domínio radical sobre nosso
pensamento, sobre nosso poder.

"Nosce te ipsum" - Uma das máximas délficas: CONHECE-TE A TI MESMO.

Para isso, o entendimento da sua psique, deve ser a sua prioridade. Mente saudável, corpo
saudável, sociedade saudável, mundo saudável. Leve a sério a psicanálise. Ela é um saber
precioso.

3
Referência à banda anarquista de French House, Daft Punk.

33
Para se ter amparo de profissionais qualificados, é necessário regulamentar a prática,
valorizar a obtenção do diploma de bacharel em Psicanálise, e apoiar toda e qualquer
implementação de psicanalistas voluntários ou remunerados em hospitais psiquiátricos,
presídios, lugares que carecem da regeneração para a vida, e assim minimizados a morte,
que assombra o meio em que habitamos.

REFERÊNCIAS

PALÁCIO 17 DE JULHO, Site da Prefeitura de Volta Redonda. Características sobre a


cidade. Criado 24 de Julho de 2018.
https://www.voltaredonda.rj.gov.br/cidade/8-interno/11-caracteristicas/

PALÁCIO 17 DE JULHO, Site da Prefeitura de Volta Redonda. SMS - Secretaria Municipal


de Saúde. Criado 24 de Julho de 2018.
https://www.voltaredonda.rj.gov.br/secretarias-e-orgaos/secretarias/8-interno/68-sms/

PALÁCIO 17 DE JULHO, Site da Prefeitura de Volta Redonda. SMS - GM - Guarda


Municipal de Volta Redonda. Criado 24 de Julho de 2018.
https://www.voltaredonda.rj.gov.br/secretarias-e-orgaos/secretarias/8-interno/71-gmvr/

LISTA DE PROFISSIONAIS DE PSICANÁLISE CADASTRADOS NA BUSCA DO GOOGLE.


De acordo com o ano de 2022.
https://www.google.com/search?q=peican%C3%A1lise+volta+redonda&client=ms-android-s
amsung-rev2&source=android-browser&ei=yqlGY-PgEbuJ5OUPuMeK8As&oq=peican%C3
%A1lise+volta+redonda&gs_lcp=ChNtb2JpbGUtZ3dzLXdpei1zZXJwEAMyBQgAEKIEMgUIA
BCiBDoKCAAQRxDWBBCwAzoHCAAQsAMQQzoNCC4QxwEQrwEQsAMQQzoNCC4QgA
QQxwEQrwEQDToHCAAQgAQQDToGCAAQBxAeOggIABAFEAcQHjoKCC4QsQMQ1AIQQ
zoFCAAQgAQ6BAgAEEM6BwguEIAEEA06CAgAEAUQHhANOggIABAIEB4QDToKCCEQw
wQQChCgAUoECEEYAFD6GVjSQWCGSWgBcAB4A4ABlQOIAeEfkgEKMC4xNC4zLjMuM
ZgBAKABAcgBDsABAQ&sclient=mobile-gws-wiz-serp#trex=m_r:1,m_t:gwp,rc_q:psican%25
C3%25A1lise%2520volta%2520redonda,rc_ui:2,ru_gwp:0%252C6,ru_q:psican%25C3%25A
1lise%2520volta%2520redonda,trex_id:VMkDne

Prof.ª Giovana Fonseca Madrucci para a Aula Um de Psicanálise, Ciência e Profissão do


curso de Bacharelado em Psicanálise pelo Centro Universitário Internacional - UNINTER,
sobre a formação profissional atual do ano de 2022 para a prática e clínica psicanalítica.

Psicanálise Selvagem, apresentada pela Profª Giseli Cipriano Rodacoski, na Aula Seis da
disciplina "Introdução à Psicanálise" do curso de Bacharelado em Psicanálise do Centro
Universitário Internacional - UNINTER. 2022.

34
FREUD, S. Psicanálise Silvestre. 1910. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas
Completas de Sigmund Freud. 2. ed. Rio de Janeiro: Imago, 1986. v. 11. p. 205-213.

A Clínica em Freud - Relatos sobre estudos de Freud, apresentada pela Profª Raquel Berg,
na Aula Um da disciplina "A Clínica em Freud" do curso de Bacharelado em Psicanálise do
Centro Universitário Internacional - UNINTER. 2022

FREUD. (1889) Resenha de hipnotismo, de August Forel. Publicações pré-psicanalíticas e


esboços inéditos, 1866-1899. v. 1.

Período Pré-Psicanalítico e Regra Fundamental da Psicanálise, Aula Um apresentada pela


Prof.ª Giseli Cipriano Rodacoski, da disciplina "Introdução à Psicanálise" do curso de
Bacharelado em Psicanálise do Centro Universitário Internacional - UNINTER. 2022

Site oficial da prefeitura de Volta Redonda, artigo com o título: "Volta Redonda reestrutura
serviços de saúde mental e quer acabar com estigmas sobre o tema", publicado no dia 15
de Março de 2022.
https://www.voltaredonda.rj.gov.br/noticias/4867-volta-redonda-reestrutura-servi%C3%A7os-
da-sa%C3%BAde-mental-e-quer-acabar-com-estigmas-sobre-o-tema/

Jornal "A Voz da Cidade", artigo "Sul Fluminense tem aumento no número de homicídios
dolosos em 2020 em comparação a 2019". 6 de Janeiro de 2021.
https://avozdacidade.com/wp/sul-fluminense-tem-aumento-no-numero-de-homicidios-doloso
s-em-2020-em-comparacao-a-2019/

Material sobre Esquizofrenia retirado do livro "Manual Diagnóstico e Estatístico de


Transtornos Mentais" (DSM-5). American Psychiatric Association. 2014.

Material sobre Transtorno da Personalidade Antissocial retirado do livro "Manual


Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais" (DSM-5). American Psychiatric
Association. 2014.

Material sobre Transtorno da Personalidade Borderline retirado do livro "Manual Diagnóstico


e Estatístico de Transtornos Mentais" (DSM-5). American Psychiatric Association. 2014.

Material sobre Transtorno Bipolar Tipo I e II retirado do livro "Manual Diagnóstico e


Estatístico de Transtornos Mentais" (DSM-5). American Psychiatric Association. 2014.

Trechos da aula "Cultura e Natureza" sobre o mal estar freudiano do Prof. Cícero Costa
Villela para a Aula Um de Cultura e Linguagem do curso de Bacharelado em Psicanálise
pelo Centro Universitário Internacional - UNINTER. 2022.

Trechos da aula "Formação e Crise da Identidade" sobre o Psicossocial de Erik Homburger


Erikson do Prof. Cássio Gonçalves de Azevedo para a Aula Seis de Desenvolvimento
Humano do curso de Bacharelado em Psicanálise pelo Centro Universitário Internacional -
UNINTER. 2022.

35
Trechos da aula "Conceito científico de raça" sobre o raças e racialização do PROF.
SÉRGIO LUÍS DO NASCIMENTO | PROF. ELSTON AMERICO JUNIOR,
PROF. IZIQUEL ANTÔNIO RADVANSKEI, a Aula Dois de ESTUDO DAS RELAÇÕES
ÉTNICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA,
AFRICANA E INDÍGENAdo curso de Bacharelado em Psicanálise pelo Centro Universitário
Internacional - UNINTER. 2022.

Trechos da aula "A alegoria da caverna" do Prof. Paulo Niccoli Ramirez, a Aula Um de
Filosofia, do curso de Bacharelado em Psicanálise pelo Centro Universitário Internacional -
UNINTER. 2022.

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