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PSICOLOGIA CIÊNCIA E

PROFISSÃO

1º SEMESTRE - 2013

PSICOLOGIA INSTITUCIONAL
COMUNITÁRIA

PCP
PSICOLOGIA CIÊNCIA E PROFISSÃO

PROFESSORA VIVIANE DE MASI TEIXEIRA

BIANCA CAMPOS RA : B7903I-2


EDILSON KASPCHAK B7168D-2
JOSEANE FERNANDES B72EII-7
RAUL AVELINO B747BF-4
VALKIRIA SÁ B626FJ-4
DEDICATÓRIA
 Ao belo trabalho realizado por SILVIA LANE sobre sua contribuição para a
psicologia social no Brasil .
 Silvia Lane nasceu em São Paulo em 03 de fevereiro de 1933 e depois de formada
em Filosofia na Faculdade de São Paulo em 1956, começou sua trajetória no campo
da pesquisa em Psicologia Social .
 Ocupou vários cargos de direção acadêmica na PUCSP e foi membro da primeira
diretoria da Associação dos Professores da PUC-APROPUC .
 Silvia ensinou e pesquisou em Psicologia Social, a partir de uma perspectiva sócio-
histórica de influência soviética, com ênfase na busca de uma psicologia que fosse
capaz de ler a realidade latino-americana.
 Em 1980 fundou a Associação Brasileira de Psicologia Social - ABRAPSO, da qual
foi a primeira presidente (http://www.abrapso.org.br).
 Publicou livros em Psicologia Social e foi uma referência importante nesta área e na
Psicologia Social Comunitária, que se desenvolveu no Brasil a partir da década de
80.
 No dia 29 de abril de 2006, aos 73 anos, vítima de câncer, morreu a professora
Silvia Tatiana Maurer Lane. Silvia simboliza, no Brasil, a luta por uma psicologia
latino-americana, por isto, sua morte significou, sem dúvida, uma perda para toda a
Psicologia deste nosso continente.

PCP
 Lane aponta para a tradição
biológica da psicologia como
um dos maiores entraves para
o estudo do comportamento
social dos indivíduos, o que
não significa a negação do
biológico (...) Assim, a relação
homem-meio implica a
construção recíproca do
homem e do seu meio, ou
seja, o ser humano deve ser
visto como produto de sua
relação com o ambiente e o
ambiente como produto
humano, sendo, então,
basicamente social.
LANE, Silvia T. M. Psicologia Social: o homem em
movimento. 13 Ed.. Ed. Brasiliense: São Paulo,
2004. Pg. 82).

PCP
APRESENTAÇÃO
 O objetivo geral de nosso grupo é
apresentar a Psicologia Institucional e
Comunitária e o seu campo de atuação,
tendo como referência a entrevista de três
profissionais.
 Esse trabalho está estruturado na teoria
sobre este contexto de atuação, na
prática pela entrevista com profissionais e
nossa impressão ao tomarmos contato
com esta realidade.
PCP
I-PARTE TEÓRICA:
APRESENTAÇÃO DO CONTEXTO
PSICOLOGIA INSTITUCIONAL E COMUNITÁRIA

ATUAÇÃO EM INSTITUIÇÕES E COMUNIDADES DE DIVERSAS


NATUREZAS

A Psicologia Comunitária é uma aplicação da psicologia social para


resolução dos problemas sociais nas comunidades. Constitui-se como disciplina
recente na história da psicologia. Sua origem remonta, por um lado à psicologia
social e preventiva, à dinâmica e psicoterapia de grupos, práticas "psi" que
conceituavam uma origem social a seus objetos de estudo. São comuns os termos:
“Psicologia na Comunidade”, “Psicologia do Desenvolvimento Comunitário”,
“Saúde Mental Comunitária”, “Psicologia Comunitária na Comunidade”,”Psicologia
Institucional e comunitária”.

PCP 6
CAMPO DE ATUAÇÃO
As instituições nas quais os psicólogos podem atuar são inúmeras ,
com os mais variados objetivos, atendendo populações com as mais
variadas características (além das citadas abaixo, creches, ONGS, hospitais
psiquiátricos, associações de bairros, psicologia jurídica, psicologia do esporte, CAPS,
agências de publicidades, centro psicoténicos...)

PSICOLOGIA

INSTITUCIONAL
COMUNITÁRIA

SAÚDE PREVENÇÃO

ABRIGOS ASILOS ORFANATOS UBS

PCP 7
POPULAÇÃO ATENDIDA

O público é amplo, sendo o foco a saúde da população em seus


múltiplos aspectos. Esta área de atuação favoreceu o acesso da
população de baixa renda ao atendimento psicológico. Tendo uma
função social contundente em meio à população.

PCP 8
II-PARTE PRÁTICA:
CONTEXTO PROFISSIONAL DOS
ENTREVISTADOS

 Com base nas entrevistas e na vivência dos


profissionais apresentamos três instituições
em que atuam...

PCP 9
CAPS AD (Centro de Atenção
Psicossocial Álcool e Drogas)
 Unidade de saúde especializada em atender
os dependentes de álcool e drogas, dentro
das diretrizes determinadas pelo Ministério
da Saúde, que tem por base o tratamento do
paciente em liberdade, buscando sua
reinserção social.
 CLIENTELA: crianças, adolescentes e
adultos com dependência química causada
por substâncias psicoativas.
(Fonte http://www.pmcg.ms.gov.br/comad/canaisTexto?id_can=3149)

PCP 10
CRAS - Centro de Referência
de Assistência Social
 Unidade pública estatal de base territorial,
localizada em áreas de vulnerabilidade
social. Executa serviços de proteção social
básica, organiza e coordena a rede de
serviços socioassistenciais locais da política
de assistência social.
 Usuários: Indivíduos e famílias em situação
de vulnerabilidade e risco pessoal.
(Fonte : http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/cras)

PCP 11
FUNDAÇÃO CASA
 Atua nas medidas de internação e de
semiliberdade (até 21 anos). É
municipalizado, com repasse estadual de
verbas gerenciado pela Secretaria de Estado
de Assistência e Desenvolvimento Social.
(Fonte : http://www.fundacaocasa.sp.gov.br/index.php/medidas-socioeducativas)

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, após verificada a prática de


ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as
seguintes medidas: advertência; obrigação de reparar o dano; prestação de
serviços à comunidade (PSC); liberdade assistida (LA); inserção em regime
de semiliberdade; e internação em estabelecimento educacional.

PCP 12
APRESENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

P1 • Trabalha em uma instituição com


jovens infratores.

P2
• Trabalha em um acolhimento
institucional para crianças com
medida de proteção.

P3 • Trabalha em uma instituição com


pessoas que tenham dependência de
álcool ou drogas.

PCP 13
UNIVERSIDADE E DATA DE GRADUAÇÃO

P1
• Universidade São Marcos. Formação em
2010.

P2
• Universidade Braz Cubas. Formação em
2008.

P3
• UNG- Universidade de Guarulhos.
Formação em 1998.

PCP 14
ÍNICIO DA CARREIRA

P1 – Estágio na área social e o TCC sobre


homossexualidade na adolescência que foi
publicado, o instigou muito a querer trabalhar com
adolescentes.

P2 – Fez 2 anos de estágio na prefeitura de Santo


André; se formou e terminou o estágio, mas ficou
um ano sem trabalhar, pois é quase impossível uma
recém formada entrar no mercado de trabalho,
depois conseguiu trabalho por indicação, entrei
para trabalhar como técnica no abrigo.

P1 – A partir do 3º ano do curso trabalhou como


assistente na faculdade e consultor de RH, através
da profissão conseguiu pagar a formação e
adquirir experiência.

PCP 15
LOCAL DE TRABALHO

• Um sobrado dividido em salas, com

P1
cozinha, salas de oficinas, sala de jogos,
sala de cinema e sala de reunião para
conversar com os jovens individualmente,
refeitório.

• É um sobrado amplo com formato parecido

P2 com uma escola, com sala de artes, uma sala


de brinquedoteca, sala de coordenação,
administração, quartos separados por
gêneros, refeitório.

P3
• A entrevista não aconteceu no ambiente
de trabalho do entrevistado, foi realizada
em seu consultório particular.

PCP 16
AUTONOMIA
P1 – Tem por que é assim, a gente é interligado com o
sistema inteiro de São Paulo, o governo está do nosso
lado, ...o tribunal de justiça trabalha com a gente, por a
gente faz relatório dizendo como está o andamento do
adolescente...

P2 – Tenho por que a gente realiza os pareceres


técnicos, então quando agente encaminha um relatório
para a Vara da Infância, por exemplo...

P3 – Lógico, nós temos uma equipe... onde a gente


discute os casos, lá temos psicólogo, enfermeiro, é uma
equipe multiprofissional, e a gente discute os casos em
equipe de uma maneira geral para que a gente possa
criar a estratégia mais adequada a cada caso, a gente
tem autonomia sim.

PCP 17
18 PCP
• profissão que com certeza, terá mais condição de atuação no P3
mercado... ela nos dá muitas possibilidades de atuação
profissional
• As vezes eles acham que a gente faz um pouco de milagre...,
infelizmente a gente não tem ferramentas para modificar P2
(pessoas), a gente acaba sendo na verdade mediador de conflitos
no dia a dia mesmo...
• existi ainda um preconceito (ex.: registrado como técnico), mas
enfim é coisa que ta sendo quebrada, ta sendo desconstruída, P1
mas que eu vejo que tem um lado bom também, que muitas
pessoas projetam na gente de um salvador
do psicólogo e da psicologia
Imagem que a população tem
SATISFAÇÃO
P1 – É um serviço que eu não vou mentir para vocês
é um pouco cansativo no aspecto de ter que ficar
encima do adolescente, tem adolescente que não ta
querendo ser matriculado...

P2 – eu já tentei, na verdade, eu fiz estágio de dois


anos com população adulta de rua, quando eu
entrei no acolhimento para crianças, eu tinha uma
resistência sim em trabalhar com criança e
adolescente, mas foi rapidamente superado, hoje
não me vejo fazendo uma outra atividade...

P3 – É uma profissão que à mim me dá muita


satisfação, muito prazer, mas eu ralo para ca.... para
esta aqui. Se não existir o afeto, a paixão, não terá a
cura.

PCP 19
20 PCP
• o papel do psicólogo é entender além da dependência química, é uma
parte, fundamental...a psicologia com base com fundamentação teórica, P3
com a humanidade, a gente tem que ter o afeto na conduta, senão não
funciona.
• alguns paradigmas foram quebrados, tipo psicólogo é coisa de louco, e ai
também se criou outros que na verdade psicólogo é mais uma coisa de P2
luxo... o trabalho do psicólogo agora ele ta sendo composto por outros
profissionais também, não existi só um trabalho único...
• primeiramente é promover saúde; então o social pede socorro de
profissionais que queiram entrar, entrar para transformar mesmo, P1
psicólogo hoje para poder agregar no social tem que primeiramente ser
destemido no que tange ser corajoso, não ter preconceito...
FUNÇÃO SOCIAL
REMUNERAÇÃO

R$ 4.000,00
R$ 3.500,00
R$ 3.000,00
R$ 2.500,00
R$ 2.000,00 Piso

R$ 1.500,00 Teto

R$ 1.000,00
R$ 500,00
R$ -
P1 P2 P3

PCP 21
III-IMPRESSÕES:
FRASES MARCANTES

P1 - “...a gente acaba P2 - “...quando você para P3 - “...não existe nada mais
exercendo uma função de se indignar com as potente do que psicoterapia de
de um pai de uma mãe coisas que você ver, é hora grupo, mais rico, mais
que muitas vezes não de você parar, e quando transformador do que um
conseguiu ser construído você começar a sofrer fenômeno grupal. (...) Primeiro o
ou uma ruptura, eu sou pelas coisas, também é manejo, e outra é um grupo de
ser humano, onde eu posso me
Winnicottiano, eu me hora de você parar, você curar com a sua história, a sua
vejo assim, eu me tomo sempre tem que estar dor pode ajudar a curar a minha,
nessa posição, me vejo mediando, por que você eu dou meu olho para você e
como um pai deles, tem que estar bem, você você dá o seu para mim, eu te
assim, de poder montar não vai conseguir ajudar dou meu coração, você dá o seu
um dialogo com ninguém se você não está para mim, e a gente se sente e
efetivação mesmo...” bem...” consegue se ver diferente.”

PCP 22
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A Psicologia Institucional Comunitária é uma
área de atuação abrangente e complexa,
abordando pessoas de todas as idades e
etapas da vida, exigindo um bom preparo e
envolvimento do profissional. A função social
é ampla, pois favorece o acesso de pessoas
de baixa renda. Geralmente ligado a
organismos de assistência social do governo
e do terceiro setor.

PCP 23
 As entrevistas nos conduziram aos meandros
desta fascinante e desafiante empreitada. É
um trabalho de fundamental importância para
a saúde social, pela recuperação e promoção
não só do indivíduo mas de toda a
comunidade. Descobrimos a grande carência
de profissionais, principalmente pela falta de
atenção e investimento por parte dos órgãos
públicos, relegando muitos destes serviços
ao terceiro setor.
PCP 24
 Percebemos a amplitude e o belo trabalho,
que nos convida a um melhor preparo, para
atuar nessa fundamental e promissora área.
São muitas as possibilidades de ação junto
as comunidades e suas necessidades,
principalmente nos tempos atuais de
inversão de valores e desfacelamento das
instituições, como a família, escola, etc.

PCP 25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 http://www.psicolatina.org/Siete/silvia-lane.html;
 LANE, Silvia T. M. Psicologia Social: o homem em
movimento. 13 Ed.. Ed. Brasiliense: São Paulo, 2004.
Pg. 82).
 http://www.pmcg.ms.gov.br/comad/canaisTexto?
id_can=3149
 http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/
assistencia_social/cras
 http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/
assistencia_social/cras
 Apostila da Prof. Viviane.

PCP 26

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