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Transtorno da

Personalidade
Antissocial
LUIZ WILSON

LUIZWILSONNETO
@

LWMACHADO.NETO@GMAIL.COM

Psicólogo Clínico Comportamental

Professor da UNIT ALAGOAS

Mestre em Educação (UFAL)

Conselheiro do Crp15/Al

Sócio Fundador da Learning Set


ponto d e p a r t i d a
o que iremos abordar neste módu lo ?
01 Introdução: destacando elementos importantes
sobre os Trantornos de Personalidade.

02 Neuropsicologia dos Comportamentos Antissociais.

03 Classificação diagnóstica e metas para o tratamento.

04 Estudo de caso clínico.


INTRODUÇÃO:

DESTACANDO ELEMENTOS
IMPORTANTES SOBRE OS TRANTORNOS
DE PERSONALIDADE.
Evolução Organismo Atual
Influencia o banco de genes Atuais capacidades e tendências de
que afeta o que somos. cada sujeito são determinadas por
seus padrões únicos de atividade
neural (memórias).
Genes
Iniciam um programa único
de desenvolvimento neural. Situação Atual
Ocorrências atuais (similares e/ou
novas) interagem com os nossos
Experiência padrões únicos de atividade neural.
O desenvolvimento do SN de
cada sujeito, depende de suas
experiências. O que somos hoje
A gente se desenvolve a partir de
interações entre os padrões de
atividade neural e as circunstâncias
atuais.
Redes Neurais
Unidades funcionais de informação

Operam em grandes conjuntos, e não isoladamente.

Captação, decodificação, registro e evocação de


informações.

Circuitos pré-formados/formados x novas conexões.

Padrões primitivos versus aprendizagem.

Economia de esforço.

Podas neurais.

Interação/Adaptação.
TODOS OS ORGANISMOS BUSCAM PADRÕES
DE RESPOSTAS ESTÁVEIS: ECONOMIA DE
ESFORÇO.

Ao agrupar traços e estratégias


comportamentais que os indivíduos
humanos dispõem é possível vislumbrar
sentidos biológicos
adaptativos potenciais neles.
Em certos contextos,
envolver-se em situações de risco, possuir
traços agressivos e
impulsivos, pode ter valor de sobrevivência
para o indivíduo ou para o
grupo.

Em outras situações, são os traços de

evitação, ansiedade e atenção

aumentada em relação aos perigos

potenciais que podem ser

vantajosos.
No entanto, padrões extremos,

presentes nos transtornos da

personalidade, tendem a ser

disfuncionais e, portanto, pouco

adaptativos (seja no contexto

atual ou no passado da espécie).


NEUROPSICOLOGIA DOS
COMPORTAMENTOS
ANTISSOCIAIS
TRÊS MODELOS TEÓRICOS
O modelo da síndrome

frontal/disexecutiva;

O modelo emocional integrado;

O modelo da responsividade

autonômica.

SOUZA, MATTOS, MIELE e MALLOY-DINIZ, 2014.


Este modelo constituiu

SÍNDROME umas das primeiras

FRONTAL/DISEXECUTIVA evidências de

neuroimagem.

O cérebro de uma

grande amostra de

pessoas com TPAs são

funcionalmente

diferentes daqueles da

população em geral.

Contudo, as

disfunções do CPF não

se aplicam a todos os

casos.
Circuito Circuito Circuito do
dorsolateral orbitofrontal cíngulo
Comportamento social: Motivação,
Metas, planejamento, solução
empatia, cumprimento de monitoração de
de problemas, categorização,
regras sociais, controle
memória operacional, comportamentos,
inibitório e
monitoração da aprendizagem controle executivo da
automonitoramento.
e da atenção, flexibilidade atenção, a seleção e o
cognitiva, capacidade de controle de respostas.
abstração, autorregulação,
julgamento, tomada de
decisão, foco e sustentação
da atenção.
INTEGRAÇÃO
EMOCIONAL

Provável deficiência

em uma circuitaria que

envolveria estruturas

como a amígdala e o

córtex pré-frontal
Sistema ascendente mesocortical
(préfrontal) e mesolímbico
INTEGRAÇÃO EMOCIONAL

O envolvimento em situações de risco, por


ineficiência da capacidade de se esquivar
de danos, leva a comportamentos antissociais
em que os fins são buscados a partir de meios
inapropriados.
RESPONSIVIDADE Alterações na atividade

AUTONÔMICA do sistema

nervoso autônomo

funcionam como

delimitadores de riscos

contextuais.

Diferenças no padrão

de resposta autonômica

diferenciariam,

por exemplo,

"psicopatas mal" e

"bem-sucedidos".
HIPOATIVAÇÃO
AUTONÔMICA
Pode levar a dificuldades na

identificação de pistas contextuais

para tomadas de decisão.

HIPERATIVAÇÃO
AUTONÔMICA
Pode fazer o indivíduo captar

sutilezas do ambiente para nortear

seu comportamento.
ESTAMOS COMEÇANDO A
COMPREENDER AS REGIÕES
ENVOLVIDAS NOS CASOS DE
TPAS.

Apesar da neuroimagem ser uma

ferramente potente e de alta

tecnologia, não podemos dizer

que é ou não é normal, quem é

ou não um serial killer, por

exemplo.
CLASSIFICAÇÃO
DIAGNÓSTICA E
METAS PARA O
TRATAMENTO

Critérios diagnósticos para o


Transtorno de Personalidade
Antissocial conforme o DSMV.
DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO
Classificação ampla conforme os
manuais descritivos
Um padrão de
comportamento
de desrespeito e
CRISTÉRIOS violação aos
DIAGNÓSTICOS direitos dos
PARA outros (desde os
15 anos de
TRANSTORNO idade).
DA O indivíduo tem no
PERSONALIDADE mínimo 18 anos de idade.
ANTISSOCIAL
(F60.2) Há evidências de
transtorno da conduta
com surgimento anterior
aos 15 anos de idade.
Critérios diagnósticos para Transtorno
de Personalidade Antissocial
O comprometimento é manifestado por pelo menos dois
dos seguintes critérios:

01 02 03
FRACASSO EM TENDÊNCIA À IMPULSIVIDADE
AJUSTAR-SE ÀS FALSIDADE
NORMAS Ou fracasso em
SOCIAIS Mentiras repetidas, fazer planos para o
uso de nomes falsos futuro.
Repetição de atos ou de trapaça para
que constituem ganho ou prazer
motivos de pessoal
detenção.
Critérios diagnósticos para Transtorno
de Personalidade Antissocial
O comprometimento é manifestado por pelo menos dois
dos seguintes critérios:

04 05 06
IRRITABILIDADE DESCASO IRRESPONSABILI
E DADE
AGRESSIVIDADE Pela segurança de si
ou de outros. Falha repetida em
Repetidas lutas
manter uma
corporais ou
conduta consistente
agressões físicas
no trabalho ou
honrar obrigações
financeiras
Critérios diagnósticos para Transtorno
de Personalidade Antissocial
O comprometimento é manifestado por pelo menos dois
dos seguintes critérios:

07
AUSÊNCIA DE
REMORSO

Indiferença ou
racionalização em
relação a ter
matado, ferido,
maltratado ou
roubado outras
pessoas
INTERVENÇÃO PRECOCE
TRATAMENTOS PARA TPAS TIVERAM
RESULTADOS MODERADAMENTE BAIXOS A
POBRES!

MINORIA DE ESTUDOS MOSTRAM MELHORA,


PRINCIPALMENTE EM CRIANÇAS (PERÍODO
ESCOLAR).

Prática multidisciplinar que procura

responder às necessidades de crianças

com perturbações do desenvolvimento e

em situações de risco.

Observar manifestações compatíveis com o

Transtorno de Conduta ou Transtorno

Opositor Desafiador.
INDICAÇÃO DE
TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO
AUXILIADORES NEUROQUÍMICOS SÃO
IMPORTANTES! PORÉM, NÃO RESOLVE
EFETIVAMENTE O PROBLEMA.

Estabilizadores de humor (Lítio, por

exemplo).

Anticonvulsivantes (Carbamazepina, por

exemplo).

Antipsicóticos (Risperidona e a Quetiapina,

por exemplo).
ORIENTAÇÕES PARA A
CONDUÇÃO
PSICOTERAPÊUTICA
O DESAFIO É PROVOCAR A CONSTRUÇÃO DE
NOVOS CAMINHOS NEURAIS.

Identificar e discriminar Comportamentos

Clinicamente Relevantes.

Análise Funcional dos comportamentos-

problema.

•Modelação.

•Modelagem.

•Role-play.

•Vivências.

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