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Faculdade de Ciências Agrárias

Licenciatura em Engenharia Florestal


Cadeira de Melhoramento e Conservação Florestal
3˚ Ano/ IIº Semestre

INTERACÇÕES GENÉTICAS

Discente:
Airose Alegria José Namalue

Docente:
Atanásio Félix

Unango, Agosto 2019


ÍNDICE
CAPITULO I: INTRODUÇÃO.............................................................................................3
1.2. Objectivos .................................................................................................................3
1.2.1 Geral....................................................................................................................3
1.2.2. Específicos ..........................................................................................................3
CAPITULO II: REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................4
2.1. Interacção génica .......................................................................................................4
2.2. Tipos de interacções genéticas ....................................................................................4
2.2.1.Interacções epistáticas ...........................................................................................4
2.2.2.Interacções não-epistáticas.....................................................................................5
2.2.3.Herança quantitativa/ poligênica/ poligenia.............................................................5
CAPITULO III: PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES.................................................................7
CAPITULO IV: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................7
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
A Genética é a ciência da hereditariedade; constitui o ramo da biologia que estuda o
mecanismo de transmissão dos caracteres de uma espécie, passados de uma geração
para outra, além das variações que ocorrem nesse processo, fator importante na
evolução dos organismos. A genética desenvolveu-se como ciência depois da segunda
metade do séc. XIX, com base nos avanços dos conhecimentos como descoberta dos
gametas, compreensão dos processo de divisão celular, o papel dos cromossomos e dos
genes na transmissão das características hereditárias e na descoberta do DNA
(AMABIS, 2010).
A Genética nasceu das pesquisas de Gregor Johann Mendel. Monge agostiniano,
professor de Física e História Natural desenvolveu seu trabalho durante os anos de 1845
a 1865 com alunos secundaristas em Brunn, hoje Brno, maior cidade da República
Tcheca, cultivando ervilhas de jardim (Lathyrus odoratus) tentando esclarecer o
comportamento de algumas das características. Mendel não foi o primeiro a se dedicar
ao estudo da hereditariedade, mas foi o que obteve resultados positivos, devido sua
capacidade de interpretar corretamente os resultados dos cruzamentos feitos. Seu
trabalho assíduo e paciencioso foi o de cultivar e analisar cerca de 10.000 plantas de
ervilhas, para elaborar suas duas leis que formaram as bases da Genética, até então
(ALBERTS, 2004).

1.2. Objectivos
1.2.1 Geral
 Estudar interacções genéticas

1.2.2. Específicos
 Conceitualizar interacções genéticas;
 Identificar tipos de interacções genéticas;
 Descrever as interacções genéticas.
CAPITULO II: REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Interacção génica
São os casos em que vários pares de genes interagem para a determinação de apenas um
carácter, ou compreende o mecanismo em que dois ou mais pares de genes com
distribuição independente, condicionam conjuntamente um único caráter. Nem todas as
características são controladas por um único gene. Um grande número de
características é controlado por dois ou mais genes e sua ação depende, além da ação e
interação alélica, também da ação combinada dos diferentes genes –interação gênica
(BIZZO, 2010).

2.2. Tipos de interacções genéticas


Existem vários casos de interacções génicas que podem ser agrupados em duas
categorias (BIZZO , 2010).

2.2.1.Interacções epistáticas
Há casos em que os alelos de um gene impedem a expressão dos alelos de outro par,
que pode ou não estar no mesmo cromossomo. Esse fenômeno é chamado de epistasia
(do grego epi, sobre, e stasis, parada, inibição). O alelo que exerce a ação inibitória é
chamado de epistático, e o que sofre a inibição é chamado de hipostático. Se o alelo
epistático atuar em dose simples, isto é, se a presença de um único alelo epistático for
suficiente para causar a inibição do hipostático, fala-se em epistasia dominante. Por
outro lado, se o alelo que determina a epistasia atuar somente em dose dupla, fala-se em
epistasia recessiva (STRASHAN T, 2013).

2.2.1.1.Epistasia dominante
O alelo dominante de um par inibe a acção de alelos do outro par. Um exemplo de
epistasia dominante é a herança da cor dos pelos de cavalos, que depende, entre outros
factores, da acção de dois alelos: W e w, e B e b. W (dominante) inibe a manifestação
de cor, enquanto o alelo w a permite. O efeito destes alelos influencia a manifestação
dos alelos B (determina pelos pretos) e b (pelos marrons). A proporção fenotípica do
cruzamento entre diíbridos é 12:3:1 (STRASHAN T, 2013).

2.2.1.2.Epistasia recessiva
Um par de alelos recessivos inibe a acção de alelos de outro par. A cor dos pelos de cães
lavradores é um bom exemplo: o alelo dominante B codifica o pigmento preto e o
recessivo bb, o pigmento marrom. Alelos de outro locos interferem na deposição do
pigmento produzido: o alelo dominante E permite a deposição do pigmento no pelo,
enquanto o recessivo e a impede. A presença de dois alelos recessivos ee no genótipo
mascara a expressão dos alelos que determinam a cor do pelo – preto ou chocolate.
Nesse caso, surgem cães com pelos amarelos. Proporção fenotípica do cruzamento entre
cães diíbridos: 9:3:4 (BIZZO , 2010).

2.2.1.3.Epistasia recessiva duplicada


Ocorre quando um par de alelos recessivos (aa) inibe a acção de alelos de outro locos
génico (B e b) e, ao mesmo tempo, o par de alelos bb também é capaz de inibir o par de
alelos A e a. Assim, o par de alelos aa é epistático sobre B e b, e o par bb é epistático
sobre A e a. Nesse caso, quando ocorrerem no genótipo os pares aa e/ou bb, os
fenótipos serão iguais. Quando dois dominantes estão presentes juntos (A_B_), eles se
complementam, produzindo outro fenótipo. A proporção fenotípica esperada do
cruzamento entre diíbridos é 9:7 (BIZZO , 2010).

2.2.2.Interacções não-epistáticas.
Os alelos de lócus diferentes interagem na determinação de um só caráter. Um exemplo
é a determinação da cor de pimentão. Há quatro cores possíveis: vermelho, marrom,
amarelo e verde. Essas cores dependem da interação entre alelos de dois lócus gênicos:

Epistáticos: Genes controladores

Hipostáticos: Genes controlados

 O alelo dominante C provoca a decomposição da clorofila e o recessivo c


permite que a clorofila se mantenha;
 O alelo dominante R produz pigmento vermelho e o recessivo r produz
pigmento;
 Pimentões vermelhos ocorrem em plantas com genótipo R_C_;
 Pimentões marrons ocorrem em plantas com genótipo R_cc;
 Pimentões amarelos ocorrem em plantas com genótipo rrC;
 Pimentões verdes ocorrem em plantas com genótipo rrcc;
 Proporções fenotipicas esperadas entre diibridos: 9:3:3:1 (ALBERTS, 2004).

2.2.3.Herança quantitativa/ poligênica/ poligenia


Ocorre quando vários pares de genes interagem para determinar uma característica, cada
um com efeito aditivo sobre o outro. Graças a esse tipo de interação existe uma
variedade muito grande de fenótipos e genótipos para algumas características. A
interação desses fenótipos com o ambiente aumenta ainda mais essa variação, como é o
caso da cor da pele, cor dos olhos, altura das pessoas, entre outros.
No caso da herança da cor da pele, existe um modelo simples que propõe a existência de
dois genes, cada um com dois alelos. Um dos alelos de cada par seria mais ativo na
produção de melanina (A e B); o outro alelo, menos ativo na produção de melanina, é
representado pela letra minúscula (a e b). A interação entre esses genes produziria pelo
menos cinco fenótipos básicos (com branco em um extremo e negro no outro). Outros
modelos admitem a existência de pelo menos três genes de efeito aditivo, o que
produziria não cinco, mas sete classes fenotípicas (AMABIS, 2010).
CAPITULO III: PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES
As interacções genéticas ocorre quando dois ou mais genes agem na determinação de
uma mesma característica. Em que elas podem ser: Interação não-epistática; Epistasia
ou Criptomeria; Herança Quantitativa, Poligênica ou Multifatorial.
As interacoes epistaticas são tipo de interação em que um par de alelos atua sobre outro
par de alelos, inibindo sua expressão, emquanto que quantitativas, os genes de dois ou
mais pares contribuem no mesmo sentido para uma dada manifestação, devendo cada
gene dominante dar a sua contribuição para aumentar a expressividade do fenótipo.
CAPITULO IV: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMABIS, JOSÉ MARIANO; MARTHO, GILBERTO RODRIGUES,(2010). Biologia


em Contexto. Vol. 1.Ed. Moderna.
ALBERTS, BRUCE; (2004). Biologia Molecular da Célula. Ed. ARTMED.
BIZZO, NÉLIO, (2010). Novas Bases da Biologia: Ensino Médio. São Paulo: Ática.
STRASHAN T.; READ A; (2013). Genética Molecular Humana. Artmed Editora.

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