A herança quantitativa se refere às complexas características transmitidas é que
recebem influencia de múltiplos genes, envolvendo a contribuição de múltiplos genes e fatores ambientais na expressão de características. Neste trabalho, exploraremos os princípios e mecanismos por trás da herança quantitativa, investigando como a variação genética contribui para a diversidade fenotípica em uma população.
A herança quantitativa é um tipo de interação gênica que é também conhecida
como herança poligênica ou, poligenia. Nesse tipo de herança, serão apresentados caracteres de variação contínua, com fenótipos intermediários entre os fenótipos extremos.
Distribuição dos fenótipos em curva normal ou de Gauss
Normalmente, os fenótipos extremos são aqueles que se encontram em
quantidades menores, enquanto os fenótipos intermediários são observados em frequências maiores. A distribuição quantitativa desses fenótipos
estabelece uma curva chamada normal (curva de Gauss).
O número de fenótipos que podem ser encontrados, em um caso de herança
poligênica, depende do número de pares de alelos envolvidos, que chamamos n.
Número de fenótipos = 2n + 1
Se uma característica é determinada por três pares de alelos, sete fenótipos
distintos podem ser encontrados. Caracteres quantitativos e qualitativos É evidente que não existe uma linha divisória taxativa entre estas duas classes de caracteres. Mendel ao cruzar ervilhas altas e baixas demonstrou que a diferença em tamanho era de herança muito simples e se devia somente a um par de genes alelos. Plantas altas e baixas eram tão diferentes que não foram necessárias medidas. Não é precisamente a natureza quantitativa destas variações o que as situa à parte das qualitativas, mas sim o fato de algumas variações serem graduais ou contínuas, de maneira que dificilmente podem ser diferenciadas classes taxativas. Assim se apresentam todas as classes intermediárias de colorações da pele entre os brancos não albinos e os negros mais escuros. Além disso, os caracteres quantitativos podem ser susceptíveis de modificações pelo ambiente.. Os animais e plantas se desenvolvem mais em tamanho e peso quando dispõem de alimento abundante ou se encontram em um bom solo.
Algumas características de importância econômica, como a produção de carne
em gado de corte, produção de milho etc., são exemplos desse tipo de herança. No homem, a altura, a cor da pele, cor dos olhos e, inclusive, inteligência, são casos de herança quantitativa. Entretanto estas características sofrem forte influência do ambiente, alterando o fenótipo.
Um exemplo é a cor da pele que é determinada pela quantidade de melanina
produzida. Para explicar como ocorre essa produção de melanina, vamos dizer que ela está condicionada a dois pares de genes representados pelas letras A e B.
Imaginemos que cada um dos alelos dominantes (A e B) contribua com o
acréscimo de uma mesma quantidade de melanina, sendo chamados de alelos acrescentadores ou aditivos. Já os alelos recessivos (a e b) não contribuem com o acréscimo de melanina ao fenótipo do indivíduo. Assim, quanto maior a quantidade de alelos aditivos, mais escuro o tom de pele. Diante disso, observemos as diferentes tonalidades de pele produzidas: Genótipos Fenótipos AABB Pele preta AABb ou AaBB Pele escura Aabb, aaBB ou AaBb Pele média Aabb ou aaBb Pele clara aabb Pele branca (não albina)
É importante destacar que o tom da pele também sofre influência
ambiental, sendo influenciada pela exposição aos raios ultravioletas do Sol.
E a cor dos olhos?
Não se sabe o certo como surge toda a variedade de cores presentes nos olhos e não esclarece por que pais de olhos castanhos podem ter filhos com olhos castanhos, azuis, verdes, ou de qualquer outra tonalidade. A cor dos olhos é uma característica cuja herança é poligênica, um tipo de variação contínua em que os alelos de vários genes influenciam na coloração final dos olhos. Isso ocorre por meio da produção de proteínas que dirigem a proporção de melanina depositada na íris. Outros genes produzem manchas, raios, anéis e padrões de difusão dos pigmentos.
CONCLUSÃO:
Em conclusão, a herança quantitativa é um mecanismo genético complexo
responsável pela transmissão de características quantitativas, como altura, peso e cor da pele. Conseguimos explorar seus aspectos quanto às questões fenotipicas e como às características são transmitidas além de como o as modificações do ambiente podem influenciar na expressão das características. Estudos futuros são necessários para aprofundar nosso conhecimento sobre os mecanismos subjacentes à herança quantitativa e seu impacto na variabilidade fenotípica.