Virgílio Cossa

Tópicos

• Dominância completa e recessividade

• Semi-dominância

• Co-dominância

• Polialelia

• Genes letais
Existe uma série de vias químicas nas quais cada etapa é
controlada por um produto gênico.

Os genes que interagem são membros da mesma via ou de

uma via conecta.

O procedimento para a sua identificação consiste em

comparar o fenótipo do heterozigoto com os fenótipos dos
homozigotos.

Nas interações alélicas as proporções clássicas da F2 de

Menndel 3:1 e 9:3:3:1 são alteradas.
 Dominância Completa
Nesta relação o homozigoto dominante e o heterozigoto
apresentam o mesmo fenótipo.
 Dominância Completa
Do ponto de vista bioquímico:
Alelo dominante é aquele que codifica uma enzima funcional
e que permite uma via metabólica produzir um produto final.

Alelo recessivo não produz nenhuma enzima, ou produz uma

enzima não funcional, ou com eficiência muito reduzida. A via
metabólica fica interrompida ou a quantidade do produto final é
muito pequena.

No heterozigoto, o alelo dominante produz uma quantidade

suficiente de enzima, necessária para que seja produzida uma
quantidade de produto final, pela via metabólica, igual à
produzida pelo indivíduo portador do genótipo homozigótico
dominante.
 Dominância Incompleta
Neste tipo de interação alélica, o fenótipo do heterozigoto
situa-se no intervalo estabelecido pelos fenótipos dos
homozigotos para os dois alelos em consideração.

Mi
Dominância Incompleta
 Dominância Incompleta
Do ponto de vista bioquímico:

Na dominância incompleta, a quantidade de produto final da

via metabólica é menor do que no homozigoto e, em
consequência, a expressão do heterozigoto é intermediária.
 Codominância
Essa interação alélica se caracteriza pelo fenótipo do
heterozigoto apresentar-se como uma mistura dos fenótipos de
seus genitores homozigóticos.

A codominância diferencia-se da dominância incompleta

porque os dois alelos presentes no heterozigoto são ativos e
independentes.

Em termos bioquímicos, cada alelo do heterozigoto condiciona

a formação de uma proteína ou enzima funcional.
 Codominância
Exemplo: grupos sanguíneos ABO de humanos. Que são
determinados por três alelos de um gene que interagem de
vários modos para produzir os quatro tipos de sistema
sanguíneo ABO.

Os três principais são: IA, IB, i,

mas uma pessoa pode ter apenas
dos dos três alelos ou duas
cópias de um deles.

Os alelos IA e IB
são dominantes
Sobre o alelo i,
mas codominantes
um sobre o outro.
Codominância
 Alelos Letais
Alelos que podem causar a morte do indivíduo que os possui.

Geralmente, é o alelo recessivo que causa a morte.

O primeiro exemplo desse tipo de alelo foi descrito em 1904

por Cuenot.
 Alelos Letais
Resultados do cruzamento de ratos amarelos hetetozigóticos.
 Alelos Letais
Esses resultados levaram-no a propor que o caráter é
controlado por um gene, com dois alelos e que o alelo
dominante que condiciona a cor amarela, supostamente é
letal quando em homozigose.

A alteração para a proporção 2:1, era decorrente da morte

dos indivíduos AyAy, antes mesmodo nascimento. Desse
modo, indivíduos de pelagem amarela são heterozigotos AyA,
enquanto que indivíduos de pelagem normal são AA.
A hipótese do alelo Ay ser letal em homozigose foi confirmada
posteriormente quando uma fêmea grávida do cruzamento
amarelo x amarelo teve seu útero retirado. Foi verificado que
25% de seus embriões estavam mortos, provavelmente em
decorrênciada constituição AyAy.
 Alelos Letais
Outro exemplo de alelo letal é encontrado em gatos.

Uma única dose do alelo ML, interfere gravemente no

desenvolvimento da coluna dorsal, resultando na falta de
cauda no indivíduo heterozigótico MLM.

Mas, no homozigoto MLML, a

dose dupla do alelo produz
uma anomalia tão extrema no
desenvolvimento da coluna que
o embrião não sobrevive.
 Alelismo Múltiplo ou Polialelia
Um gene pode possuir vários alelos. A esse grupo de alelos
dá-se o nome de série alélica e ao fato de um caráter se
expressar de várias maneiras alternativas, em decorrência de
uma série alélica, denomina-se alelismo múltiplo.

É importante lembrar que estão sendo considerados indivíduos

diplóides e cada indivíduo pode conter, no máximo, dois alelos
diferentes.

Os alelos múltiplos são representados pela mesma letra,

acompanhada de um expoente, para serem diferenciados
 Alelismo Múltiplo ou Polialelia
Dado um número m de alelos, o número de genótipos
possíveis é m(m+1)/2.

Assim, com 2 alelos, têm-se 3 genótipos possíveis, com 3

alelos, 6 genótipos e com 4 alelos, 10 genótipos.

Isso demonstra que a existência de mais de 2 alelos por loco,

isto é, de alelismo múltiplo, é uma maneira de aumento de
variabilidade genética de um dado carácter.
 Alelismo Múltiplo ou Polialelia
Exemplo: Sistema sanguíneo ABO
 Alelismo Múltiplo ou Polialelia
Exemplo: Cor da semente da soja
Ordem de dominância
 Referências

KLUG. W.S. et al, Concepts of genetics, 10 th ed. Pearson

Education Inc., London, 2014

GRIFFITHS, A, J. F. Introdução à genética 10 ed. Rio de

Janeiro: Guanabara Koogan, 2014, 743 p.

RAMALHO, M. A. P. et al. Genética na Agropecúaria. Ed.

Lavras: Ed. UFLA, 2012