SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

ENGENHARIA CIVIL

ADRIANNY VIANA DE ARAÚJO AMORIM

KAREN CRISTINA DE ALMEIDA CAIRES

PEDRO HENRIQUE SOUZA SILVA

TIAGO SANTOS DA SILVA

Construção da Creche Machado de Assis

 ADRIANNY VIANA DE ARAÚJO AMORIM

KAREN CRISTINA DE ALMEIDA CAIRES

PEDRO HENRIQUE SOUZA SILVA

TIAGO SANTOS DA SILVA

Construção da Creche Machado de Assis

Trabalho de Engenharia Civil apresentado à

Universidade Norte do Paraná - Unopar, como requisito
parcial para a obtenção de média bimestral nas
disciplinas de Hidráulica e Hidrometria, Fundamentos da
Mecânica dos Solos; Estruturas Isostáticas; Resistência
dos Materiais Avançado.

Prof.: Jose Augusto Alves Pimenta; Amanda Regina

Foggiato Christoni; Gabriel Trindade Caviglione; Gabriel
Trindade Caviglione; Katielly Tavares dos Santos.

São Félix do Coribe - BA

2019
2022
 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

2.1 ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS 4

2.2 HIDRÁULICA E HIDROMETRIA 9
2.3 FUNDAMENTOS DA MECÂNICA DOS SOLOS 13
2.4 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AVANÇADO 14

3 CONCLUSÃO 19

4 REFERÊNCIAS 20
 3

1 INTRODUÇÃO

O aumento gradativo da população, bem como a saturação dos espaços

nas superfícies que ocorrem nos grandes centros urbanos têm ocasionado a uma
utilização cada vez mais elevada dos espaços subterrâneos. O ideal é que o subsolo
sirva como base para obras de infraestrutura e mobilidade urbana, além de redes
subterrâneas de serviço, como redes de telefonia, internet e redes de
armazenamento. Ocupando o espaço subterrâneo, os túneis permitem um
planeamento superficial mais adequado, estruturando metrópoles mais atraentes,
aliadas de um menor impacto ambiental.
Em razão da grande concentração de construções no espaço
urbano, o impacto das obras subterrâneas na superfície deve ser reduzido ao
mínimo possível. Dentro dos grandes centros urbanos atualmente, não existem
dúvidas dos benefícios e da grande demando por obras subterrâneas. Existem mais
de 100 cidade no mundo, com população acima de quinhentos mil habitantes, onde
os sistemas de transporte em massa são predominantemente subterrâneos. O
direcionamento mundial é de expansão dos sistemas integrados dos metrôs e
ferrovias urbanas, com estações e centros comerciais (FERRÃO,2018).
As escavações de túneis ocorrem em diferentes tipos de solos e
rochas, cada um com suas características intrínsecas ao material ao qual está sendo
escavado; além disso, a profundidade, a presença de águas, estruturas superficiais
dentre outros, são fatores que têm influência direta no projeto de obras
subterrâneas. No que tange o estudo, análise e detalhamento de estruturas
subterrâneas é necessário que haja a participação conjunta, no mínimo das
seguintes disciplinas: geologia, engenharia geotécnica, tecnologia de construções e
engenharia estrutural.
Dito isso, este trabalho tem como objetivo principal o estudo inicial
da obra de Escavação de um Túnel para a Construção de uma Estação de Metrô na
Cidade de São Félix do Coribe, munícipio do estado da Bahia, assim como a análise
de sua viabilidade técnica. Cada estação é projetada seguindo normas e critérios
específicos, levando em consideração diversos fatores dentre eles os aspectos da
geologia e topografia local, as especificações dos materiais utilizados na construção
da estação, bem como suas características mecânicas, e por fim avaliação do
projeto das tubulações para fornecimento de água na estação do metrô serão
 4

abordados como objetivos secundários desse estudo.

 5

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS

Para construção da creche, sua equipe precisa conceber um sistema estrutural

em concreto armado que possa suportar as alvenarias de vedação e todas as
cargas referentes ao uso da edificação. Como você pode imaginar, a creche terá um
mobiliário específico para as crianças, para os professores. Por isso, no seu dia a
dia teremos um conjunto de ações atuantes sobre a estrutura, que deve ser capaz
de suportar todo este peso, com segurança para seus usuários.
A concepção estrutural escolhida é uma associação de pórticos isostáticos que
por repetição compõe toda a estrutura da creche. Estes pórticos estão espaçados a
cada 5,0m; tem um vão de 6,0m e uma altura de 3,0m. A Figura 1 mostra do
esquema estático do Pórtico que será usado nesta repetição.
Conforme a ABNT NBR 6120:2019, para escolas, usamos uma sobrecarga de
300 kg/m² referente ao mobiliário e uso da edificação. Somadas à esse
carregamento, temos o peso da estrutura, lajes e vigas, o qual é razoável
considerarmos um valor de 150 kg/m². A estes valores, é razoável consideramos um
carregamento referente à camada de revestimento (regularização, contrapiso e
piso), estimado em 100 kg/m². Sendo assim, como os pórticos estão espaçados em
5,0m; temos uma carga linear por metro estimada em:
kg kN
150+300+100 ¿∗5=2750 =27,5 .
m m
Ainda com relação à viga, temos o peso da alvenaria de vedação, da parede
construída sobre à viga. Neste caso, a tradicional parede de blocos cerâmicos,
consideramos que pesa 180 kg/m². Como temos um pé direito de 3,0m, o
kg kN
carregamento linear por metro na viga será de 180∗3,0=540 =5,4
m m
Somando o carregamento das lajes com o das paredes temos uma carga linear
kN
no pórtico de 5,4+ 27,5=32,9 . Sabendo-se que nesta situação teremos uma carga
m
concentrada na horizontal, ao pé dos pilares de P=25 kN ,você poderá entender o
comportamento estrutural do pórtico e passar as informações para que o engenheiro
possa projetá-lo.
 6

Figura 1 - Esquema estático do pórtico típico da creche.

Fonte: Autores, 2022.
 7

A. REAÇÕES DE APOIO

Figura 2 - Diagrama de Esforços.

Fonte: Autores, 2022.

∑ Fx=0 ∑ Fy=0 ∑ MB=0

∑ Fx=0 ∑ MB=0
HB−25=0 −197,4 x 3−25 x 0+ VA x 6=0
HB=25 KN −592,2+VA x 6=0
592,2
VA = =98,7 KN
6

∑ Fy=0 VA +VB=197.4 KN
VA +VB−197.4=0 98,7+ VB=197.4 KN
VA +VB=197.4 KN VB=197.4−98,7 KN
VB=98,7 KN
 8

B. DIAGRAMA DE ESFORÇO NORMAL

Figura 3 - Diagrama de Esforço Normal.

Fonte: Autores, 2022.

C. DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE

Figura 4 - Diagrama de Esforço Cortante.

Fonte: Autores,2022.
 9

D. DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR

Figura 5 - Diagrama de Momento Fletor.

Fonte: Autores, 2022.

E. VALORES CRÍTICOS

Esforço Cortante: Momento Máximo – 148,05 kN

Esforço Fletor: Máximo Positivo – 73,05 kN; Máximo Negativo – 75,00 kN.
 10

2.2 HIDRÁULICA E HIDROMETRIA

O sistema hidráulico predial de abastecimento de água, assim como os

demais sistemas relacionados à construção civil, possui a necessidade de
especificações precisas e rigorosas. Conforme a norma NBR 5626:1998,
dimensionamento é o ato de determinar dimensões e grandezas para que as
instalações de água fria possam garantir o fornecimento de água continua, em
quantidade suficiente, compressões e velocidades adequadas para que o sistema de
tubulações e peças de utilização funcionem perfeitamente, preservar a potabilidade
da água e garantir o máximo de conforto aos seus usuários.
As instalações hidrossanitárias necessárias à construção da Creche
Machado de Assis consistem nas redes de água fria, coleta de esgoto e drenagem
pluvial. Seus dimensionamentos dependem de conceitos hidráulicos fundamentais
relacionados aos escoamentos livres e forçados.
É necessário o dimensionamento da rede predial de abastecimento de água,
de forma a atender a demanda dos banheiros, da irrigação do jardim e da
alimentação da fonte. Inicialmente, traçou-se a rede e dividiu-a em diversos trechos.

A. VAZÃO

Para o trecho, com tubulação em PVC, de alimentação de irrigação do

jardim, sendo o diâmetro interno de 67 mm (75 mm diâmetro externo) e
possuindo uma velocidade máxima de 3,0 m/s, a vazão conduzida pelo trecho
é dada da seguinte forma:

Q=Velocidade máx x Área

A área é dada por:

2
Área=π x r

Sendo o diâmetro:

∅
∅=0,067 mr = =0,0355 m
2
 11

Logo,
Área=π x 0,03552 Área=0,003959 m²

Portanto,

Q=3,00 x 0,003959Q=0,011877 m3 / s

B. PERDA DE CARGA UNITÁRIA E PERDA DE CARGA TOTAL

Considerando o mesmo trecho em questão, com comprimento de 27 m e

com os seguintes acessórios: 2 registros de gaveta abertos, 1 curva de 45° e
2 curvas de 90°.
A perda de Carga Unitária é apresentada como:

Q1,85
J=10,65
C1,85 x D 4,87

Em que:
J = perda de carga unitária (m/m).
Q = vazão (m³/s).
C = coeficiente relacionado ao material da tubulação (m 0,367/s).
D = diâmetro (m).

O coeficiente C, relacionado ao material da tubulação, trata-se de um fator

resultado de experimentações e, por isso, é apresentado em quadros, como
demonstrado abaixo.
 12

Quadro 1 -Materiais mais utilizados na confecção de tubos hidráulicos e seus respectivos.

Fonte: Material de apoio,2022.

Substituindo os valores na equação, têm-se:

1,85
0,011877
J=10,65 1,85 4,87 J=0,1435 m/m
150 x 0,067

As perdas de carga totais podem ser calculadas pela seguinte fórmula:

∆ H T =J x Ltotal

Em que:
∆ H T = perda de carga total (m).
J = perda de carga unitária.
Ltotal = comprimento total da tubulação.

Para utilização desta metodologia, as perdas de carga localizadas,

referentes aos acessórios hidráulicos, devem ser empregadas somente na
forma de comprimento equivalente, conforme o quadro abaixo, obtendo ao
final o total ( Ltotal ).
 13

Quadro 2 - Acessórios mais utilizados e seus respectivos comprimentos equivalentes

Fonte: Material de apoio, 2022.

Para determinar Ltotal, deve-se incluir os comprimentos equivalentes dos

acessórios:
Ltotal =( 2 x 0,9 )+ (1 x 0,8 )+ ( 2 x 1,4 ) +27 Ltotal =32,4 m

Logo, a perda de carga total é:

∆ H T =J x Ltotal =0,1435 x 32,4∆ H T =4,65 m
 14

2.3 FUNDAMENTOS DA MECÂNICA DOS SOLOS

 15

2.4 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AVANÇADO

No projeto de construção da creche, dentre os equipamentos que constituem

a área de lazer infantil, teremos balanços para crianças de até 100 kg, construídos
com madeira de reflorestamento e materiais recicláveis. A figura abaixo traz a
representação gráfica do projeto para o balanço que será construído.

Figura 6 -Projeto para o balanço a ser construído

Fonte: Adaptado do material

A viga superior deverá ser estudada segundo as condições de atuação das

forças. Dessa forma, essa viga está suportada nas extremidades por dois apoios
fixos e, considerando a situação de carregamento total, duas crianças de 100 kg
estão no balanço. A Figura a seguir esboça a viga na situação de carregamento
total.
 16

As vigas são elementos estruturais que oferecem resistência à flexão,

provocada por carregamentos verticais aplicados. Por definição, as vigas têm duas
dimensões muito menores que a terceira (comprimento) e as cargas que a solicitam
são perpendiculares ao seu eixo longitudinal. Dessa forma, se calcula as condições
de equilíbrio para essa viga, apresentando os valores das reações que os apoios
oferecem.
Para encontrarmos as reações nos apoios, é necessário verificar o equilíbrio
de forças na vertical, para garantir que a viga não vai se mover nem para cima nem
para baixo, e o equilíbrio de momentos, para garantir que a viga não irá girar. O
diagrama de corpo livre da viga é:

Figura 8- Diagrama de corpo livre da viga

Fonte: Elaborada pelos autores.

Portanto, fazendo o equilíbrio de forças na vertical, encontra-se:

∑ Fy=0 → F 1+ F 2+ F 3+ F 4−R1−R 2=0

Em que:
R representa as reações;
 17

F representa as forças pontuais.

Portanto, substituindo os valores numéricos, encontra-se:

R 1+ R 2=2000 N

Fazendo o equilíbrio dos momentos no primeiro apoio, encontra-se:

∑ M =0 → R 2(xapoio 2−xapoio 1)−F 1(xforça 1−xapoio1)−F 2(xforça 2−xapoio 1)−F 3(xforça 3−xa

Substituindo os valores numéricos, encontra-se:

R 2 (3−0 ) =( 500 ) . ( 0,6−0 ) + ( 500 ) . ( 1,2−0 )+ ( 500 ) . ( 1,8−0 )+ ( 500 ) . ( 2,4−0 ) 3 R 2=3000 N

Das duas equações, encontra-se o seguinte sistema:

R 1+ R 2=2000 N3 R 2=3000 N

Resolvendo o sistema, encontra-se:

R 1=1000 N R 2=1000 N

Em um segundo momento, deve-se considerar a situação em que apenas

uma criança de 40 kg está sobre o assento da esquerda do balanço, conforme a
figura abaixo. Nesse caso, então, é apresentado os valores das reações que os
apoios oferecem.

Figura 9 - Viga sob carregamento parcial

Fonte: Adaptado do Material.
 18

Para encontrarmos as reações nos apoios, é necessário verificar o equilíbrio

de forças na vertical, para garantir que a viga não vai se mover nem para cima nem
para baixo, e o equilíbrio de momentos, para garantir que a viga não irá girar. O
diagrama de corpo livre da viga é:

Figura 10 - Diagrama de corpo livre

Fonte: Elaborado pelos autores.

Portanto, fazendo o equilíbrio de forças na vertical, encontra-se:

∑ Fy=0 → F 1+ F 2−R 1−R 2=0

Em que:
R representa as reações;
F representa forças pontuais.

Portanto, substituindo os valores numéricos, encontra-se:

R 1+ R 2=400 N

Fazendo o equilíbrio dos momentos no primeiro apoio, encontra-se:

∑ M =0 → R 2 ( xapoio 2−xapoio 1 ) −F 1 ( xfor ç a 1−xapoio1 )−¿ F 2(xfor ç a 2−xapoio1)=0

Substituindo os valores numéricos, encontra-se:

R 2. (3−0 ) =+ ( 200 ) . ( 0,6−0 )+ (200 ) . ( 1,2−0 ) → 3 R 2=360 N

 19

Das duas equações, encontra-se o seguinte sistema:

R 1+ R 2=400 N 3 R 2=360 N Resolvendo o sistema, encontra-se:

R 1=280 N R 2=120 N
 20

3 CONCLUSÃO

Por meio do presente estudo foi possível perceber a importância que tem,
em um projeto de construção civil, especificações precisas e rigorosas, uma vez que
este tem sido um setor de grande impacto sobre a sociedade e o meio ambiente.

Levando em conta as considerações feitas, torna-se possível verificar e

destacar os resultados obtidos, como a definição de estruturas e seus aspectos
físicos, como motivação à segurança de edificações; a análise das características e
o uso do solo como material de sustentação de edificações da construção civil; a
definição da hidráulica da edificação, como suas tubulações e vazões, para um
adequado e sustentável uso.

Conclui-se, portanto, que a abordagem geral deste documento conceitua e

explicita aspectos necessários, conceitualmente e descritivamente, como forma de
exigências de desempenho, no âmbito construção civil, com foco principalmente
nas questões de segurança e habitabilidade.
 21

4 REFERÊNCIAS

 ANDRADE, A. S.. Máquinas Hidráulicas AT-087. Paraná: Universidade do Paraná,

2022. 17 slides, color. Disponível em:
http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasalan/AT087-Aula00.pdf. Acesso em: 30 maio
2022.

CHIOSSI, N. J.,1979, Geologia Aplicada à Engenharia, 2ª Edição, Grêmio

Politécnico, São Paulo.

FERRÃO, W. C. (2018). Estudo de Túneis Superficiais: Influência Na

Convergência e no Perfil de Assentamento. 154 f. Dissertação (Mestrado) - Curso
de Engenharia Civil, Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 2018.

GERALDI, J. L. P., 2011, O ABC das Escavações de Rocha. Editora Interciência,

Rio de Janeiro.

REIS, A.P.C. (2020). Simulação Numérica Tridimensional da Escavação do

Trecho Asa Norte do Metrô do DF com Tuneladora Tipo EPB. Dissertação de
Mestrado, Publicação G.DM - 346/2020, Departamento de Engenharia Civil e
Ambiental, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 108 p.

TATON, R. Mineira – Topografia subterránea. Galerías. Túneles. Subsuelo.Madri:

Editora Paraninfo S.A.,1981. 191p.