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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MIGUEL TORGA - SABROSA 152808

Almeida Garrett “Frei Luís de Sousa”

Curso Profissional Técnico de Turismo 2020/2021

Iara Santos, Nº 7; Daniela Monteiro, Nº 4; Ana Gomes, Nº 1


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Índice
Introdução........................................................................................................................................................3
Biografia de Almeida Garrett............................................................................................................................3
Obras de Almeida Garrett.................................................................................................................................3
Contextualização Histórica, Cultural e Literária................................................................................................4
“Frei Luís de Sousa”..........................................................................................................................................5
Estrutura externa da obra................................................................................................................................6
Estrutura interna da obra.................................................................................................................................6
Conclusão.........................................................................................................................................................7
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Introdução

Neste trabalho iremos falar e aprender mais acerca de Almeida Garret e aprender a interpretar melhor a
sua escrita e também a sua obra.

Biografia de Almeida Garrett

Almeida Garrett (1799-1854) foi um poeta, prosador e dramaturgo português que teve um importante
papel como o iniciador do movimento romântico em Portugal com a publicação do poema “Camões”.

João Batista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu na cidade do Porto, Portugal, no dia 04 de fevereiro
de 1799. Acompanhou a família na mudança para os Açores, durante a invasão napoleónica.

Garrett passou a infância e a adolescência na ilha Terceira, onde fez seus primeiros estudos. Desde cedo
manifestava inclinação pela literatura e pela política., porém, seus pais tentavam encaminha-lo para a
carreira eclesiástica.
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Obras de Almeida Garrett

 Viagens na Minha Terra


 Portugal na balança da Europa
 Folhas Caídas
 Um Auto de Gil Vicente
 Falar a verdade a mentir
 Flores sem fruto
 Helena
 A Nau de Catrineta e Bela Infanta
 Camões
 Dona Branca
 O toucador
 Lucrécia

Contextualização Histórica, Cultural e Literária

Em 1816, Almeida Garrett deixou a família e retornou para o continente. Ingressou no curso de Direito na
Universidade de Coimbra e entrou em contato com as ideias liberais.

Jovem, com aspirações políticas, Almeida Garrett se envolveu ativamente na Revolução Liberal do Porto de
1820, que exigia o estabelecimento de uma monarquia constitucional em Portugal.

Em 1821 concluiu a Licenciatura e estabeleceu-se em Lisboa onde ingressou no Ministério do Interior e


pouco depois passou a dirigir o serviço de instrução pública.

Em 1823, com a volta do absolutismo, na contrarrevolta liderada por D. Miguel, Garrett teve que deixar
Portugal e exilou-se na Inglaterra. Foi no exílio que entrou em contato com a literatura romântica de Lord
Byron e Valter Scott.

Em 1824, por questões de necessidade financeira, partiu para a França onde trabalhou como
correspondente comercial em Havre.

Em 1826, Garrett foi anistiado e retornou para Portugal. Dedicou-se ao jornalismo e fundou o diário “O
Português” e o semanário “O Cronista”.
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Em 1828 retornou para a Inglaterra, devido ao restabelecimento do regime absolutista por D. Miguel. Só
conseguiu apoio para seu regresso após o liberalismo sair vitorioso com a Guerra Civil Portuguesa de 1832.

“Frei Luís de Sousa”

Esta obra de Almeida Garrett aconteceu no decorrer do século XVI e retrata a vida de Manuel Luís de Sousa
Coutinho e da sua esposa D. Madalena de Vilhena, uma mulher muito supersticiosa, que acredita que
qualquer sinal que achasse fora do normal, era uma chamada de atenção para ações futuras, um presságio.

Enquanto que Manuel, um homem corajoso, patriota, provado historicamente que era possuidor de um
grande amor por Madalena, não se importa com o passado da sua esposa, esta vive com muitos receios em
relação ao facto do seu primeiro marido, D. João de Portugal, que, apesar de se pensar que terá sido morto
na batalha de Alcácer Quibir, está ainda vivo e regressa a Portugal tornando ilegítimo o casamento de
Manuel.
Este facto valoriza o amor, mesmo contra os ideais sociais da época. O dramatismo desta obra é mais
acentuado quando o autor concede ao casal uma filha, D. Maria de Noronha, uma jovem que sofre de
tuberculose. Pura, ingénua, curiosa, corajosa, perfeitamente inocente dos actos dos seus pais, é a
personificação da própria beleza e pureza que se consegue originar mesmo num casamento condenável.

É-lhes concedido também um aio, Telmo Pais, que ainda é leal ao seu antigo amo, D. João de Portugal, para
além de ser contra o segundo casamento de D. Madalena. Conselheiro atencioso e prestativo que tem um
carinho enorme por D. Maria de Noronha.

O desfecho da obra é originado por Manuel de Sousa que incendeia a sua casa a fim de não alojar os
governadores. Ao perceber que Manuel destruíra a sua própria casa, onde residia o quadro de D. Manuel
de Sousa Coutinho, Madalena toma esta situação como um presságio, pressentindo que iria perder Manuel
tal como perdeu a sua casa e o seu quadro.

Consequentemente, Manuel vê-se forçado a habitar na residência que dantes fora de D. João de Portugal.
Este regressa à sua antiga habitação, como romeiro, e frisa as apreensões de Madalena ao identificar o
quadro de D. João. Com esta revelação, o casal decide ingressar na vida religiosa adotando novos nomes:
Frei Luís de Sousa e Sóror Madalena.
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O conflito desenvolve-se num crescente até ao clímax, provocando um sofrimento cada vez mais cruel e
doloroso.

Estrutura externa da obra

Frei Luís de Sousa é constituído por três atos, sendo que o primeiro e o terceiro têm doze cenas e o
segundo ato, quinze. Verificamos, assim, estarmos perante um texto organizado de forma tripartida,
regular e harmoniosa.

Estrutura interna da obra

Nela há a considerar três partes ou momentos:

Exposição – Ato I, Cenas I a IV

Abrange as duas primeiras cenas do ato I e permite a apresentação dos antecedentes da acção: primeiro
casamento de D. Madalena, desaparecimento do seu primeiro marido, tentativas para encontrar, segundo
casamento (com Manuel de Sousa Coutinho), existência de uma filha.

Conflito – Cenas V a XII do Ato I, Ato II e até à Cena IX do Ato III

Inicia-se na cena 3 do ato I e decorre até ao final Do ato II, culminando com o reconhecimento do Romeiro.

Desenlace – Ato III, Cenas X a XII


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Ocupa todo o ato II e culmina com a catástrofe: a morte de Maria e a tomada do hábito por parte de
Manuel de Sousa Coutinho e de Dona Madalena.

Conclusão

Com este trabalho conseguimos aprender que Almeida Garrett é um romântico, embora esteja consciente
do estado da literatura romântica do seu tempo. Mas também conseguimos entender melhor a sua escrita
e também a sua brilhante obra.

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