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Faleceu de cancro do fígado, na sua casa, em Campo de Ourique. Foi sepultado no Cemitério dos
Prazeres, em Lisboa, tendo sido trasladado a 3 de Maio de 1903 para o Mosteiro dos Jerónimos.
Quando nasceu, chamava-se João Leitão da Silva mas, durante a sua vida, mudou várias vezes de
nome. Por exemplo, em 1818 adotou os apelidos Almeida (apelido da avó materna) e Garret
(apelido da avó paterna). Faleceu como João Batista da Silva Leitão de Almeida Garret.
Almeida Garrett participou na revolução liberal de 1820, e, em 1823, foi para o exílio na Inglaterra
com a esposa Luisa Midosi, devido ao regresso do absolutismo. Um ano depois, partiu novamente
para França.
Almeida Garrett viveu uma vida muito presente na política e foi eleito deputado em 1845. Em 1852,
foi eleito novamente deputado e por um curto período ocupou o cargo de Ministro dos
Negócios Estrangeiros.
Pertencia ao partido setembrista. A sua função era mostrar aos radicais a necessidade do
censo eleitoral. (Setembrismo: corrente mais à esquerda do movimento liberal)
OBRAS:
Poesia:
Folhas Caídas é uma coletânea de poesias escritas por Almeida Garrett e publicada na fase
final da sua vida, em Abril de 1853, um ano antes de morrer.
Na viagem até França (1824) leu Shakespeare e outros autores ingleses e entrou em
contacto com o movimento romântico escreveu Camões (1825) e Dona Branca (1826)
Peças teatrais:
. A primeira fase teve início em 1816, quando Garrett escreveu os seus primeiros poemas, que
tinham características do Arcadismo (movimento literário que valorizava muito os elementos da
natureza) devido à sua formação neoclássica.
Em 1821, um dos poemas de Garrett que falava sobre a história da pintura, conhecido por “Retrato
de Vénus”, foi considerado uma ameaça à moral devido ao seu conteúdo, por isso, ele respondeu a
um processo judicial.
. A segunda fase da obra de Garrett teve uma tendência romântica inspirado no Romantismo inglês.
Publicou o poema “Camões”, que foi considerado o marco inicial do Romantismo em Portugal.
FILHOS E AMORES:
Em 1821 apaixonou-se por Luísa Midosi, de apenas 13 anos com quem se casou um ano depois. Foi
contudo um casamento infeliz, separando-se em 1836.
Viveu com Adelaide Deville Pastor (não se casaram) em 1839, de 17 anos, até à morte desta, devido
a complicações no parto.
Tiveram 3 filhos: Nuno Almeida Garret, João Almeida Garret, Maria Adelaide de Almeida Garret (o
casamento ilegítimo levou o pai a escrever Frei Luís de Sousa).
Mais tarde teve uma amante, Rosa de Montúfar y García-Infante (fidalga espanhola) que foi
celebrada no seu último livro de poemas, Folhas Caídas.
1799 – Almeida Garrett nasce no Porto.
1809 – Parte para a ilha Terceira por causa das invasões francesas. Aí recebe de um tio, bispo de
Angra do Heroísmo, uma educação religiosa e clássica.
1816 – Matricula-se no curso de Direito em Coimbra. Adere às ideias liberais e começa a escrever
algumas peças de teatro.
1821 – Já formado, casa com Luísa Midosi e publica o Retrato de Vénus, que lhe valeu um processo
judicial e um julgamento de que foi absolvido.
1823 – Com a Vila-Francada, exila-se em Inglaterra, onde contacta com a literatura romântica (Byron
e Walter Scott).
1824 – Parte para o Havre, em França, como correspondente.
1826 – Publica ainda em Paris D. Branca. Regressa a Portugal após a outorga da Carta Constitucional,
dedicando-se ao jornalismo político.
1832 – Integra-se no exército liberal de D. Pedro IV, desembarca no Mindelo e participa no cerco do
Porto, escrevendo aí a primeira pare do Arco de Santana.
1834 – Após a guerra civil, Almeida Garrett é nomeado cônsul geral em Bruxelas. Estuda a língua e a
literatura alemãs (Herder, Schiller e Goethe).
1836 – Regressa a Portugal e separa-se de Luísa Midosi, que em Bruxelas o teria traído. Passos
Manuel encarrega-o de reorganizar o teatro nacional, nomeando-o inspector dos teatros.
1837 – Perde o cargo de inspector dos teatros por demissão de Passos Manuel. Apaixona-se por
Adelaide Deville, que morrerá em 1841 e de quem terá uma filha, Maria Adelaide.
1842 – Costa Cabral instaura um governo de ditadura, contra o qual Garrett luta na oposição
parlamentar.
1843 – Escreve o drama Frei Luís de Sousa que será publicado no ano seguinte. Começa também a
escrever o romance Viagens na Minha Terra, que publica em folhetins na Revista Universal
Lisbonense.
1845 – Publica o romance Arco de Santana e a colectânea de poemas Flores sem Fruto. Inicia-se a
paixão por Rosa Montufar, a Viscondessa da Luz.
1851 – É nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros e recebe o título de Visconde e Par do reino.
Conclui a compilação do Romanceiro.