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Índice
1. Introdução .................................................................................................... 1
2. A autora e obra ............................................................................................ 2
3. O Cerco do Porto de 1832 ........................................................................... 6
4. Conclusão .................................................................................................. 12
5. Bibliografia ................................................................................................. 13
Índice de imagens
Figura 1- Dorothy (Dora) Wordsworth (1804-1847 ............................................. 2
Figura 2 - Livro Diário de uma Viagem a Portugal e ao Sul de Espanha ........... 3
Figura 3 - Bloqueio Continental .......................................................................... 6
Figura 4 - D. João VI (1767-1826) ...................................................................... 7
Figura 5 - D. Pedro IV (1798-1834) .................................................................... 8
Figura 6 - D. Migue Il (1801-1866) ..................................................................... 9
Figura 7 - Linhas do Cerco do Porto ................................................................ 10
1. Introdução
Em primeiro lugar vamos começar por fazer uma abordagem à vida e obra da
autora.
Em seguida……………………………….
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2. A autora e obra
A razão de Dora vir a Portugal foi por sofrer de tuberculose e por ser
recomendada a estada de tuberculosos em países ensolarados como Portugal.
Outro dos motivos foi o facto de ter casado em 1843, aos 39 anos, com Edward
Quillinan, um militar viúvo que tinha nascido no Porto, filho de um comerciante
de vinhos irlandês naquela cidade. Quillinan cultivou a poesia e a sua fluência
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em português tornou-o um lusitanista britânico, que traduziu Os Lusíadas, de
Luís de Camões, e a História de Portugal, de Alexandre Herculano [1].
Da sua viagem resultou um diário em que a primeira parte começa pela partida
de Southampton em 7 de Maio de 1845, com chegada ao Porto em três dias. No
Norte Dora visitou Vila do Conde, Viana do Castelo, Guimarães, Braga e o Gerês
[1].
Em Portugal, Dora teve quase sempre a companhia do marido, embora ela não
o refira explicitamente. Ela intercala no seu Diário longas descrições da pena do
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marido, tanto literárias como históricas, que nos revelam um olhar estrangeiro
sobre o nosso país a meio do século XIX [1].
A autora procura ser isenta nas observações que faz sobre os usos e costumes
que via. Ao contrário de outros visitantes que dizem o pior dos portugueses, Dora
é gentil com os naturais da terra que visitou. Começa no prefácio por gabar a
segurança que sentiu em Portugal: “No que me diz respeito, embora faça parte
do sexo no qual a cobardia não é motivo de desonra, não posso dizer que tenha
receado desventuras ou que tenha necessitado de grande esforço de persuasão
para sair dos caminhos conhecidos, num país onde poucas senhoras britânicas
alguma vez se atreveram a viajar” [1].
Critica as inglesas do Porto, com quem conviveu pouco. Escreve sobre elas: “As
senhoras inglesas nem sequer se dão ao trabalho a ler a língua portuguesa,
fazendo de razões elevadas uma confortável capa para esconderem de si
mesmas a verdadeira razão para isso, a indolência - ‘É uma grande perda de
tempo aprender a ler uma língua que não tem mais do que um livro digno de ser
lido - Um enorme erro, já agora.” [1]
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Em Lisboa, que na sua opinião não conseguia bater o Porto em beleza, visitou
os Jerónimos, a Torre de Belém, a Praça do Comércio e encantou-se com Sintra
que estava na moda [1].
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3. O Cerco do Porto de 1832
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britânicos economicamente. Esta medida foi mantida até 1814 com grandes
dificuldades dos franceses [3].
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franceses, acabaram por permanecer muito para lá do fim da guerra, exercendo
uma tutela política e militar sobre o País [6].
Para os olhos de muitos, além de ser agora uma espécie de colónia do Brasil,
Portugal era, assim, igualmente um protetorado da Grã-Bretanha. A combinação
entre uma crise económica e social generalizada, o descontentamento que esta
gera, a divulgação do ideário liberal como solução regeneradora do país e uma
conjuntura internacional favorável à possibilidade de mudança político-ideológica
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No entanto, pouco depois, D. Miguel deu o dito por não dito: convocou cortes
tradicionais, anulou a monarquia constitucional e fez-se coroar rei absolutista [2].
Quando D. Pedro percebe que a vitória do liberalismo não seria imediata e que
não se registavam apoios pelo país à sua causa, decide criar linhas defensivas
em torno da cidade [2].
Por sua vez, os miguelistas começaram também a montar uma série de redutos
ao longo da margem esquerda do Douro e contornando cidade pelo norte. Os
redutos foram equipados com peças de artilharia que vão fustigando a cidade
quase diariamente [2].
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Ao longo dos 13 meses que durou, confrontaram-se dois irmãos, D. Miguel e D.
Pedro, e os seus respetivos exércitos, representando duas conceções opostas
de sociedade. Enquanto que D. Miguel procurava manter o antigo sistema
absolutista que entendia que o rei era escolhido por desígnio divino e que só ao
monarca cabia o poder, D. Pedro defendia os princípios basilares da liberdade,
da igualdade e da fraternidade. Para ele inspirado pelas ideias liberais que
varriam a Europa desde as Revoluções Americana e Francesa o rei era
mandatado pelo conjunto da sociedade, não por Deus, cabendo-lhe um papel de
mediador [2].
Esta foi uma guerra que devastou a cidade, não só pelos constantes
bombardeamentos, mas também pelas condições climáticas e de saúde, como
a fome e a cólera. No entanto, D. Pedro suportou todas as desventuras do cerco,
desde a sua chegada a 9 de julho de 1832 até maio de 1833, quando se junta
ao exército em Lisboa [5].
A vitória dos liberais no Porto foi o início de um acontecimento que teve o seu
epílogo em Evoramonte em que D. Maria II assume o trono e D. Miguel é
expatriado [5].
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4. Conclusão
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5. Bibliografia
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