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31/03/2022 11:23 Gmail - Acórdão TST

stéfani m <stelmr@gmail.com>

Acórdão TST
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Edson Moreira Rodrigues <edsonmrod@hotmail.com> 30 de março de 2022 15:50


Para: Stéfani <stelmr@gmail.com>

Corretor não consegue reconhecimento de vínculo com imobiliária


Não foram identificados os requisitos da relação de emprego, como a
subordinação.
29/03/22 - A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve decisão que não
reconhecera vínculo de emprego entre um corretor
de imóveis de Curitiba (PR) e a Thá Pronto
Consultoria de Imóveis S.A. Ele corretor tentava provar a existência de subordinação jurídica
em relação à imobiliária e a acusava de fraude na contratação, mas prevaleceu, para o
colegiado, a conclusão de que a situação
não tinha os requisitos para configurar a relação de
emprego.

Plantão

O corretor disse, na ação trabalhista, que passara um ano vendendo apenas produtos da Thá,
que não podia se fazer substituir e que cumpria jornada diária no plantão de vendas, de
segunda a segunda, com 40 minutos de intervalo. Após o plantão, segundo ele, trabalhava
ainda à distância por mais duas horas diárias no sistema on-line da imobiliária, em
atendimento a clientes e pelo chat. Ele pediu a nulidade do contrato de prestação de
serviço
como autônomo e a assinatura da carteira de trabalho.

Autonomia e risco

Por sua vez, a Thá sustentou que não tem nenhum corretor com vínculo celetista e que a
comissão de venda é paga pelos clientes, separando a parte do corretor e a parte da empresa.
"Não existia onerosidade, visto que o pagamento pela corretagem era feito pelos
clientes que
adquiriam os imóveis, e não pela empresa", alegou. Segundo a empresa, o corretor também
tinha total autonomia, com risco assumido, pois, "caso não efetuasse nenhuma venda no mês,
não receberia nenhuma comissão".

A definição dos elementos que caracterizam o vínculo de trabalho está prevista na CLT (artigos
2º e 3º): subordinação, pessoalidade, onerosidade e não eventualidade em relação às
atividades exercidas para a empregadora.

Serviços autônomos

O juízo da 18ª Vara do Trabalho de Curitiba e o Tribunal Regional do Trabalho da


9ª Região
(PR) indeferiram o pedido do corretor. Na avaliação do TRT, o contrato escrito de prestação de
serviços autônomos de corretagem era válido, "sobretudo porque formalizado
por trabalhador
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com discernimento suficiente para entender o alcance do que foi pactuado".

Prestação jurisdicional

Contra a decisão, o corretor recorreu ao TST argumentando que o TRT teria


deixado de se
manifestar sobre questões importantes levantadas no recurso, como as alegações de que a
prestação de serviços era realizada de maneira pessoal, de que havia controle das atividades
por meio de relatórios e de que não poderia ser substituído por
outro profissional. O corretor
pediu no recurso a nulidade do julgamento pelo TRT por falta de prestação jurisdicional.

Forma expressa

Na avaliação da relatora, ministra Delaíde Miranda Arantes, o TRT se manifestou de forma


expressa sobre todos os pontos necessários para o julgamento do processo para
concluir pela
ausência de subordinação e pela validade do contrato escrito de prestação de serviços
autônomos de corretagem. "A decisão, além de se encontrar devidamente motivada, resolve
de forma lógica e coesa as questões postas em juízo", assinalou.

A ministra lembrou, ainda, que os julgadores não estão obrigados a examinar exaustivamente
todos os argumentos trazidos pelas partes no processo para que suas decisões sejam
proferidas de forma fundamentada.

A decisão foi unânime.

(RR/CF)

Processo: Ag-AIRR-10916-47.2016.5.09.0652

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