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Curso de graduação - Administração

EVELYN RIBEIRO DA SILVA


UC21425697

O NOVO NORMAL NA SIDERÚRGICA DO BRASIL

A forma como a produção de


metal foi afetado no Brasil e
como isso prejudicou
diretamente a população.

2022
BRASÍLIA – DF
O Brasil é o nono maior produtor de aço no mundo estanto muito próximo da
posição da Alemanha.

O cenário piorou – e muito – com a chegada da pandemia. Em abril de 2019,


houve uma situação de total desespero para os fabricantes de aço no país. Por
conta da pandemia da COVID-19, as vendas despencaram tanto, que
retrocederam ao patamar de 1995, ou seja, de 25 anos atrás. Os grandes clientes,
como fábricas de autopeças, automóveis e de máquinas e equipamentos, pararam
de fazer pedidos, pois estavam paralisando suas operações durante a lockdown.
Outros consumidores – como aqueles da construção civil, da infraestrutura e da
linha branca – também reduziram demanda a níveis praticamente insuportáveis.

A bobina laminada quente por exemplo, produzida no país, saltou 16,2% na


primeira semana do mês e estava sendo comercializada a R$ 6.855 a tonelada
sem impostos. O produto usado pelos setores automotivo, de construção e de
diversas indústrias acumula alta de 46% no ano e de 130% nos últimos 12 meses.

Houveram quedas substânciais nesse ramo que prejudicou diretamente aos


comerciantes pela falta de consumo a esses materiais, assim como uma
inadimplência de mais de 20% dos clientes. O aumento do valor dessa commodity
impactou no preço dos produtos derivados, transformados e aumentou o custo de
produção ou operação dependendo do setor.

Contudo, em meados de julho de 2020 a nova esperança surge e Segundo dados


divulgados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço o mercado de aços
planos no Brasil apresentaram crescimento de 26,4% em relação a abril,
representando um total de 209,8 mil toneladas.

Os dados são do Instituto Aço Brasil, destacam que a indústria brasileira do aço
está produzindo e disponibilizando no mercado mais aço do que no período da
pré-pandemia. De acordo com o presidente executivo do Instituto, Marco Polo de
Mello Lopes, a demanda atual explica não somente os fatos da retomada dos
principais setores consumidores, mas também pela formação de estoques de
alguns segmentos que querem se proteger da volatilidade do mercado.

“Volatilidade essa provocada pelo movimento mundial de boom  nos preços


das commodities. Quase todos os insumos e matérias-primas, em especial minério
de ferro e sucata, continuam com significativa elevação de preços, causando forte
impacto nos custos de produção da indústria do aço”, explicou.

Em âmbito nacional, as 3,1 milhões de toneladas representaram aumento de


40,1% em relação ao mesmo mês de 2020 e as 14,9 milhões de toneladas no
acumulado de janeiro a maio, elevação de 20,3% frente ao mesmo período do ano
anterior.
“O forte crescimento desses indicadores teve a influência da base de comparação
com maio de 2020, que foi o segundo mês mais crítico de crise de demanda
provocada pela pandemia de Covid-19, impactando fortemente não só a indústria
do aço, mas toda a indústria de transformação”, comentou Lopes.

As vendas internas, nos primeiros cinco meses deste ano, foram de 10 milhões de
toneladas, representando uma alta de 46,4% em relação ao mesmo período do
ano anterior. O consumo aparente de produtos siderúrgicos, nos primeiros cinco
meses deste ano, foi de 11,5 milhões de toneladas, acumulando alta de 50,7%
frente ao registrado no mesmo período de 2020, o maior volume desde outubro de
2013.

É razoável pensar que os preços seguirão firmes até pelo menos o fim do ano,
quando se espera certa estabilidade. Uma queda talvez não aconteça tão
brevemente. Com um volume significativo de importação adentrando ao país,
como já sinalizado por alguns traders, isso irá frear a escalada de alta e trazer
estabilidade antes do fim do ano.

Numa perspectiva global. o minério de ferro continua caro, sem expectativa de


queda em curto prazo e a oferta continuará limitada, segundo projeções de vários
analistas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
https://siderurgiabrasil.com.br/wp-content/uploads/2020/05/sb137_digital.pdf
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-09/industria-do-aco-volta-ter-
producao-no-nivel-pre-pandemia
https://edicaodobrasil.com.br/2021/06/04/aco-brasileiro-teve-avanco-de-130-nos-
ultimos-12-meses/

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