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Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte, Turismo e Comunicação
Nacala-porto, Setembro de 2022
Amós Do Álvaro Rafael
Universidade Rovuma
i. Introdução................................................................................................................................4
Objectivo geral:...........................................................................................................................4
Objectivos específicos:...............................................................................................................4
Metodologia de pesquisa.............................................................................................................4
ii. Conclusão.............................................................................................................................16
O presente trabalho é da cadeira de Gestão de Prevenção e tem como tema em alusão Gestão
da Prevenção nas Empresas, pretende-se dar a conhecer aos leitores sobre a análise das
variáveis que permitam medir Esforços de Prevenção em diferentes actividades; analisar
fontes de risco e respectivas causas, identificando os mais recentes desenvolvimentos na
determinação de índices de prevenção e o seu contributo para o desenvolvimento das
organizações. Ou seja, valorizar o cumprimento em termos de Higiene e Segurança do
Trabalho nas Organizações através de índices de desempenho positivo, que representam
índices de avaliação de cultura de segurança.
Objectivo geral:
Objectivos específicos:
Metodologia de pesquisa
A metodologia usada nesta investigação foi estruturada de acordo com as seguintes fases:
Pesquisa Bibliográfica;
Levantamento de variáveis e síntese dos elementos relevantes encontrados;
Construção de uma primeira versão dos índices de prevenção;
Elaboração e aplicação de um questionário;
Análise dos Resultados;
Conclusões e Recomendações.
1. Gestão de prevenção nas empresas
O estudo da prevenção no que se refere ao trabalho é mais remoto do que podemos imaginar:
o primeiro acto prevencionista está presente no livro mais antigo e valioso de toda civilização,
para construção do imaginário cristão “... de toda árvore do jardim comerás livremente, mas
da árvore do bem e do mal, dela não comerás, por que no dia que dela comeres certamente
morrerá...” (Gênesis 2: 16 a 17).
Em Deuteronômio, Capítulo 22, versículo 8, diz: “Quando construíres uma nova casa farás
uma balaustra em volta do teto, para que não derrame sangue sobre tua casa, se viesse
alguém a cair lá de cima”. Esta outra passagem bíblica nos remonta a ideia de que a
preocupação com segurança é retratada muito antes do que podemos imaginar. Relatos
existentes em papiros descrevem que povos como os egípcios já se preocupavam com a saúde
de seus trabalhadores e as condições as quais pedreiros e mineiros estavam submetidos. A
partir de então está preocupação não parou de atrair interesses da população, não havendo
discriminação devido à classe social.
O homem primitivo associava as tarefas mais arriscadas às tarefas mais importantes (caça,
pesca). O homem das cavernas descobriu o minério e os metais que passaram a auxiliar o seu
trabalho mas também provocaram as primeiras doenças profissionais. Os riscos do trabalho
apareceram juntamente com o homem nas primeiras relações com o trabalho, mas as
primeiras referências de doença profissional, datam de 2360 a.C.
O homem passou a trabalhar com máquinas, e, com a evolução, a sua complexidade aumentou
e aumentaram também os riscos e acidentes. Perante a necessidade de precaver o colaborador,
são dados os primeiros passos no sentido da protecção. O aparecimento da primeira máquina
de fiar, veio mudar um pouco da história da segurança, uma vez que, estas máquinas, ruidosas
e sem qualquer tipo de protecção, trabalhavam a um ritmo superior de qualquer colaborador
pertencente à classe trabalhadora, que era, essencialmente, composta por mulheres e crianças
sem formação nem experiência.
Estas trabalhavam em ambientes sem condições e sem horários de trabalho. O resultado foi o
aumento drástico do número de acidentes de trabalho.
Aprovou-se no Parlamento britânico, a primeira lei de protecção aos colaboradores,
estabelecendo um limite de 12 horas de trabalho, proibindo o trabalho nocturno, obrigando os
empregadores a ter higiene, limpeza e ventilação nos edifícios. E, seguida a esta, outras leis
foram aprovadas mas foram pouco eficientes por oposição dos empregadores.
A Lei das Fábricas trouxe resultados práticos e levou os empregadores a contratar médicos.
Neste ano, a Alemanha aprovava a Lei Operária.
As condições de trabalho não foram sempre as melhores para a saúde dos trabalhadores. No
princípio, o ciclo dos equipamentos inseguros e as condições de trabalho foram responsáveis
por cerca de trinta e seis por cento de todos os acidentes industriais. O resto foi causado pelos
próprios trabalhadores.
Segundo Cabral (2002), a evolução histórica da segurança e da saúde do trabalho, pode ser
caracterizada pela existência de três (3) períodos fundamentais:
2º Período: Décadas de 60 e 70
3º Período: Década de 80
Desta forma, nas pequenas e médias empresas, pode ser mais complicado identificar as
situações de risco e implementar medidas de segurança, dado que estas empresas muitas vezes
não têm os recursos necessários para o fazer.
Segundo Miguel (2012), detalha que para dissuadir as empresas de incumprimento das
normas de segurança no local de trabalho estão:
Neste sentido, a evolução tecnológica trouxe situações mais perigosas com a utilização de
máquinas, químicos, stress, entre outros que “obrigaram” o colaborador a agir com mais
cuidado, e a tomar real percepção das potenciais consequências que pode vir a sofrer.
Com efeito, a aplicação do conceito de saúde e segurança progrediu, no sentido de fazer frente
aos excessos praticados pelas empresas, pela gestão organizacional contra a força de trabalho.
De acordo com Ferreira (1986). O termo prevenir significa “preparar; chegar antes de;
dispor de maneira que evite (dano, mal); impedir que se realize” Logo com este fio de pensar
do autor podemos dizer que a prevenção nas empresas “exige uma acção antecipada baseada
no conhecimento da história anterior, isto é, dos acontecimentos passados a fim de tornar
improvável o progresso posterior dos riscos ou acidentes de trabalho”.
Segundo Freitas (2005), diz que Gestão de Prevenção é a identificação de perigos, avaliação
de riscos, medidas construtivas organizacionais, protecção colectiva e individual e sinalização
de segurança. Tudo isto, será feito através de implementação e aplicação de plano de
prevenção de riscos profissionais, o resultado da implementação e aplicação deste plano de
intervenção é através do sistema de gestão de prevenção integrado no sistema geral da
prevenção.
De acordo com o autor Miguel (1998), ilustra detalhadamente a EPIs que a organização deve
dispor para a protecção dos colaboradores contra os acidentes de trabalho:
b) Protecção para os Olhos: Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo,
onde os acidentes podem atingir maior gravidade.
e) Protecção das Vias Respiratórias: A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se muitas
vezes contaminada em virtude da existência de agentes agressivos. Por isso é necessário
proteger as vias respiratórias.
f) Protecção para Quedas: Em todos os trabalhos que apresentam risco elevado de queda
livre, deve utilizar-se o cinto de segurança (arnês). Este deve ser ligado a um cabo resistente.
h) Protecção para os Pés: Para que os pés não deixem de funcionar, devemos utilizar
protecção para os pés. Se por acaso acontecer algum acidente com eles, talvez nunca mais
possamos trabalhar.
1.5. Sinalização de segurança
Podemos considerar a sinalização dos locais e áreas de trabalho quer como factor na
prevenção de incêndios, quer como factor muito importante na sua protecção. Por sinalização
entende-se genericamente, o conjunto de estímulos ópticos ou visuais, acústicos e tácteis, que
podem condicionar e orientar a actuação das pessoas.
A prevenção dos riscos é encarada como uma condição fundamental para que os trabalhadores
tenham uma vida digna em sociedade e as empresas alcancem sucesso entre os seus
competidores, num mercado global.
Portanto, existem sinais de valorização da área SHST, tais como a prevenção dos riscos, que é
encarada como uma condição fundamental, e a qualificação dos profissionais (embora não
explícitas em termos de posição temporal); refere ainda que deve ser uma realidade,
explicitando as suas razões da integração da gestão da prevenção no sistema de gestão global
das empresas.
De acordo com Miguel (1998), enfatiza que “uma gestão eficiente implica o aproveitamento
óptimo dos recursos disponíveis e um local de trabalho seguro, que proteja a saúde dos
trabalhadores, melhore a sua motivação, promova a qualidade de produção e contribua,
consequentemente, para aumentar o rendimento da empresa”
De acordo com Lei de trabalho moçambicana, Lei nº 21/2007 de 01 de Agosto, no Artigo 222
nº 1, “Acidente de trabalho é o sinistro que se verifica, no local e durante o tempo do
trabalho, desde que produza, directa ou indirectamente, no trabalhador subordinado lesão
corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou redução na capacidade
de trabalho ou de ganho”.
2.1. Considera-se ainda acidente de trabalho de acordo com a Lei nº 21/2007, que ocorra:
a) na ida ou regresso do local de trabalho, quando utilizado meio de transporte fornecido pelo
empregador, ou quando o acidente seja consequência de particular perigo do percurso normal
ou de outras circunstâncias que tenham agravado o risco do mesmo percurso;
d) na execução de serviços, ainda que não profissionais, fora do local e tempo de trabalho,
prestados espontaneamente pelo trabalhador ao empregador de que possa resultar proveito
económico para este.
Seguindo a análise de Itiro Iida (2002), existem diversas formas para prevenir os erros
humanos. Uma delas é substituir o homem pela máquina, principalmente em tarefas simples e
repetitivas ou que exijam grandes forças. Contudo, deve-se observar que as máquinas erram
menos, mas dificilmente corrigem os seus próprios erros, enquanto o ser humano é mais
sensível a isso.
O enfrentamento dessa questão, por sua complexidade e multicausalidade, não passa apenas
pelo treinamento específico de trabalhadores para fazer segurança, independentemente das
condições físicas onde o trabalho se realiza. Acredita-se até que treinar trabalhadores para o
estrito cumprimento de normas – em ambientes agressivos, desfavoráveis à vida, onde a
organização do trabalho em nada favorece o seu exercício correcto – sem lhes oferecer as
condições necessárias e abertura para discutir, ponderar e propor medidas de melhorias, tanto
no ambiente quanto na organização do trabalho, é exacerbar o estado de angústia que
caracteriza a exposição, consciente, a riscos potencialmente capazes de gerar danos à saúde.
Isso porque, uma coisa é expor-se a uma situação de risco à saúde e/ou à integridade física,
sem saber o que isso significa; outra, bem diferente, é ter consciência do problema e ter que a
ele expor-se sem condições para agir. www. Google. com. pelo site:
https://www.controlsafe.pt/principios-gerais-da-prevencao/
Nesse caso, o dano não se restringe apenas àquele provocado pelo risco em questão, mas,
também, pelo sofrimento de natureza mental de não poder proteger-se. Oferecer essa condição
ao trabalhador, na expectativa de que ela seja um caminho alternativo para a solução do
problema acidentário, além de não representar solução alguma, aprofunda ainda mais o fosso
que separa os propósitos da empresa em relação ao tema do engajamento voluntarioso e
compromisso dos trabalhadores. www. Google. com. pelo site:
https://www.controlsafe.pt/principios-gerais-da-prevencao/
Nada mais danoso a qualquer programa de gestão de SST do que o constrangimento sofrido
por trabalhador submetido a treinamento específico de segurança promovido pela própria
empresa, mas que, ao tentar praticar as lições aprendidas, é impedido de fazê-lo, ora por
decisão de suas chefias imediatas, sem justificativas convincentes para tal, ora por
impedimento das próprias condições de trabalho. No caso da segunda hipótese, o conflito está
intimamente relacionado ao fato de o conteúdo do treinamento não ter considerado as
peculiaridades do ambiente e do trabalho. www. Google. com. pelo site:
https://www.controlsafe.pt/principios-gerais-da-prevencao/
Para obter uma sadia qualidade de vida, o homem necessita conviver em um ambiente
ecologicamente equilibrado, sendo que uma das unidades principais desse conjunto é o
ambiente do trabalho, no qual o homem passa a maior parte do seu dia útil. O ambiente de
trabalho está inserido no ambiente geral, de modo que é impossível atingir um ambiente
equilibrado e sustentável ignorando o ambiente de trabalho, nem se pode alcançar qualidade
de vida sem ter qualidade no trabalho (Oliveira, at. al. 1998).
Em todos os sentidos, a ocorrência desse fato pode ser debitada à desvinculação da SST dos
processos produtivos e da própria organização do trabalho. Iguais a isso, ou pior, são
determinadas posturas assumidas, de forma contundente, por alguns gerentes ao reivindicarem
direitos legalmente instituídos para proteger trabalhadores, habitual e permanentemente,
expostos a agentes nocivos à saúde, como os adicionais de insalubridade e periculosidade. E,
da mesma forma, a aposentadoria especial.
Para que haja uma boa Gestão e prevenção de acidentes nas organizações é necessário
implementar as seguintes estratégias:
Em 1989 foi publicada pela Comissão Europeia a Directiva 89/ 391/ CEE, de 12 de Junho –
designada por Directiva Quadro – que veio introduzir e definir um quadro de execução de
medidas destinadas a promover a melhoria da Segurança e Saúde dos Trabalhadores.
Neste sentido, segundo Miguel (1998), os Princípios Gerais de Prevenção constituem-se, por
um lado, como obrigações derivadas da obrigação principal dos empregadores estarem
obrigados a assegurar aos trabalhadores condições de segurança e saúde em todos os aspectos
relacionados com o trabalho.
5º. Realizar todos estes objectivos tendo em conta o estado de evolução da técnica;
6º. Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou pelo que se assuma como menos
perigoso;
7º. Integrar a prevenção dos riscos num sistema coerente que abranja a produção, a
organização, as condições de trabalho e o diálogo social;
Chegamos ao fim do nosso trabalho de pesquisa, da cadeira de Gestão de Prevenção, que tem
como tema Gestão da prevenção nas Empresas. Deste modo, com as nossas pesquisas
concluímos que para que haja sucesso no que concerne com a segurança do trabalho nas
organizações depende da capacidade de realizar um bom diagnóstico da sua situação. Isto é
para ter um Sistema de Gestão da Segurança do Trabalho bem sucedido, é necessário que a
organização tenha uma cultura de segurança estabelecida.
Uma organização somente pode considerar que tem uma cultura de segurança quando atingir
integralmente o último estágio de maturidade, no qual a segurança é a mais alta prioridade.
Assim, recomendamos que o modelo desenvolvido neste estudo seja validado em trabalhos
futuros, para fortalecer suas bases teóricas, e posteriormente ser utilizado como uma
importante ferramenta de gestão de segurança nas empresas, contribuindo para o sucesso e o
bom desempenho do Sistema de Gestão de Segurança no Trabalho (SGST), que, por sua vez,
impactará na segurança das operações, dos trabalhadores e na prevenção de acidentes do
trabalho
iii. Referencias Bibliográficas
AIEA, (2002) & Reason, (1997). Riscos do ambiente de trabalho (3ª ed.). São Paulo. Brasil.
Elevesier.
Cabral (2002). História da segurança e da saúde do trabalho (2ª ed.). Porto. Portugal. Chizer-
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Choudhry; Fang & Mohamed, (2007); Gordon; Kirwan & Perrin, (2007). Importância da
segurança do trabalho Rio de Janeiro. Brazil. Televes
Dejoy et al., (2004); Flin et al., (2000); AIEA, (2002) & Mannan, (2006). Verdadeiro
comprometimento nas políticas empresarias em matérias de segurança no trabalho. (7ª ed.).
Revista da University Pretoria linnd.
Ferreira (1986). Protecção dos colaboradores contra os acidentes de trabalho. (3ªed.). São
Paulo. Brazil. Porto-editoras.
Ferreira (1986). Saúde laboral nas empresas e a promoção da saúde via educação: entre a
tradição e a inovação. (3ªed). São Paulo. Brazil. Revista Latino-Am.
Itiro Iida (2002). Prevenção de erros humanos nas Empresas. São Paulo. Brazil. Porto
editoras.
Miguel (1998). Protecção dos colaboradores contra os acidentes de trabalho. São Paulo.
Brazil. Elevesier.
Miguel (2012). Incumprimento das normas de segurança no local de trabalho. (6ª ed.) São
Paulo. Brazil. Elevesier.
OIT (2004). Melhoria da segurança e saúde no trabalho São Paulo. Brazil. Revista Latino-
Am