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Political Research Quarterly

Volume 62 Número 2
de junho de 2009

Estereótipos religiosos e apoio eleitoral 340-354 © 2009 University

of Utah

a candidatos evangélicos 10.1177/1065912908320668

http://
prq.sagepub.com hospedado em http://online.

Universidade Monika L.
McDermott Fordham

Embora exista muita pesquisa importante sobre o tema religião e política, muito pouco existe sobre a afiliação religiosa do candidato e
seu efeito potencial no comportamento dos eleitores. Este artigo aborda a questão da religião do candidato do ponto de vista de que ela
funciona como uma pista de informação para os eleitores nas eleições por meio de estereótipos de traços e crenças. Usando um estudo
de caso de candidatos cristãos evangélicos hipotéticos e um conjunto de dados experimentais originais, esta análise demonstra que os
eleitores estereotipam os evangélicos como mais conservadores do que outros candidatos, bem como mais competentes e confiáveis, tudo
o mais igual. Esses estereótipos subsequentemente desempenham um papel significativo nas escolhas dos eleitores sobre quem apoiar.

Palavras-chave: votação; estereótipos; atalhos de informação; evangélicos; religião candidata

o público disse que não estaria disposto a votar em um

A religião na América
entrelaçado comtornou-se
a políticacada vez mais
nas últimas décadas. Por
exemplo, os eleitores estão se voltando cada vez mais para
suas afiliações religiosas para ajudá-los a formar opiniões
políticas e tomar decisões de voto (Layman 1997; Miller e
Hoffmann 1999). As coalizões dos principais partidos políticos
tornaram-se cada vez mais religiosamente homogêneas, e os
ativistas democratas e republicanos tornaram-se cada vez mais
polarizados em questões culturais (Layman 1999). Talvez como
resultado dessas tendências, os pesquisadores também
encontraram fortes influências religiosas no comportamento
eleitoral dos legisladores (mais recentemente, Yamane e
Oldmixon 2006). Embora esta e outras pesquisas nos digam
um pouco sobre como a afiliação religiosa de um indivíduo -
seja um eleitor, ativista ou legislador - afeta suas próprias
ações, a literatura ignorou amplamente um ingrediente vital na
relação entre religião e política - filiações religiosas dos
candidatos eleitorais e como elas podem afetar as avaliações
dos eleitores e as decisões eleitorais.
Dada a importância crescente da religião na política,
entender se e como a afiliação religiosa do candidato é
importante parece fundamental para nossa compreensão do
comportamento eleitoral e das eleições. Se os eleitores trazem
sua própria religião para a esfera política e as escolhas que
fazem, é razoável esperar que eles também prestem atenção
às afiliações dos candidatos e sejam influenciados por elas.
Pesquisas de opinião pública demonstraram que as
afiliações religiosas dos candidatos podem afetar a disposição
dos eleitores de apoiá-los. Por exemplo, uma pesquisa1 da
Fundação Pew em 2003 constatou que 8% dos americanos
candidato “geralmente bem qualificado” de seu partido político
se o candidato fosse católico. Da mesma forma, 11%
expressaram oposição a votar em um candidato judeu, 37% em
um candidato muçulmano, 17% em um cristão evangélico e
metade não votaria em um ateu. Embora demonstrem que a
afiliação religiosa tem algum efeito, esses números fazem
pouco para elucidar como a religião do candidato afeta os
eleitores e suas escolhas.
Como as afiliações religiosas dos candidatos podem afetar
as escolhas dos eleitores? A pesquisa existente sobre outras
características candidatas oferece um método bem documentado -
processamento heurístico. No processamento heurístico, os
indivíduos usam regras práticas gerais e acessíveis para fazer
julgamentos sobre situações ou pessoas novas e potencialmente
desconhecidas (Fiske e Taylor 1991). Em outras palavras, os
indivíduos simplificam seu mundo tomando atalhos de
informação (heurísticas) em vez de coletar informações
completas. Esses atalhos estão frequentemente na forma de
estereótipos – generalizações que os indivíduos têm sobre
grupos e, subsequentemente, sobre os membros do grupo
(Fiske e Taylor, 1991). Quando se trata de política, o processo
heurístico é o mesmo; os estereótipos sociais e políticos
freqüentemente fornecem as informações para os atalhos
cognitivos dos indivíduos (Ottati e Wyer 1990; Rahn 1993).
Este artigo examina a religião candidata como um atalho de
informação. Ele usa dados originais de um
Monika L. McDermott, Professora de Ciência Política, Fordham
University; e-mail: mmcdermott@fordham.edu.

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estudo experimental para estabelecer como a afiliação religiosa do
candidato afeta a imagem que os eleitores têm dos candidatos, bem
como isso afeta as escolhas dos eleitores. Especificamente, esta
análise analisa os estereótipos de candidatos cristãos evangélicos
em relação a candidatos sem afiliação religiosa (candidatos de
controle religioso) e aqueles com afiliação protestante (candidatos
de controle de denominação). Uma extensa pesquisa sobre o
comportamento dos evangélicos, como um grupo, na política
americana fornece uma base sólida para o uso de candidatos
evangélicos como um estudo de caso.
Estereótipos religiosos como
Atalhos de informação
Os eleitores nos Estados Unidos são famosos por seus parentes
falta de conhecimento sobre política, questões e candidatos em
todas as eleições, exceto nas mais importantes (para um exemplo
anterior, ver Campbell et al. 1960). Pesquisas extensivas também
demonstram, no entanto, que os eleitores encontraram maneiras de
lidar com sua falta de informação política - usando métodos de
tomada de decisão que envolvem a aplicação de conhecimento
geral e cotidiano e processos cognitivos a julgamentos políticos
(Feldman e Conover 1983; Rahn et al. 1990 ). Esses atalhos de
conhecimento generalizado ajudam os eleitores a tomar decisões
sem conhecimento detalhado de uma determinada campanha
eleitoral ou de seus candidatos.
Walter Lippmann (1922) primeiro argumentou que os cidadãos
americanos usam “imagens em nossas cabeças” para formar
impressões e tomar decisões sobre o complicado mundo da política.
De acordo com Lippmann, como tão poucos cidadãos têm
experiência direta com atores ou questões políticas, eles compensam
confiando em suas ideias existentes sobre o que são a política e as
pessoas. Em outras palavras, eles aplicam as imagens gerais em
suas cabeças – estereótipos sociais e políticos – que são relevantes
para a situação específica em que se encontram na tentativa de
“entender” a situação e, se necessário, tomar uma decisão.
Pesquisas mais recentes refinaram esse conceito.
Extensas pesquisas psicológicas demonstram que os indivíduos
têm heurísticas - seus entendimentos de como o mundo funciona,
ou deveria - que eles usam como atalhos para a informação. Ao
aplicar seu conhecimento cotidiano sobre pessoas e coisas, eles
podem entender e processar facilmente novos estímulos – como
novas pessoas ou informações – que recebem. Esse processamento
assume a forma de aplicar a heurística que eles têm ao novo
estímulo, interpretando-o em termos do que eles já esperam que o
mundo seja, em vez de tomar
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o tempo e a energia cognitiva para compreendê-lo
independentemente (por exemplo, Fiske e Taylor 1991).
O mundo da pesquisa política aborda a aplicação específica
dessa ideia à política eleitoral.
Popkin (1991) argumenta que os eleitores, como avarentos
cognitivos, estão mais frequentemente procurando por informações
que sejam fáceis de processar, em vez de informações que eles
tenham que se esforçar para entender (ver também Jervis 1993).
Tal como acontece com a pesquisa psicológica, isso significa que
as heurísticas cotidianas que as pessoas desenvolveram são usadas
para interpretar estímulos novos ou desconhecidos no mundo
político, como mensagens políticas (Mondak 1993; Zaller 1992) e
candidatos políticos (McGraw et al.
1996; Miller, Wattenberg e Malanchuk 1986).
Outros estudiosos demonstram que os eleitores usam com
estereótipos sociais e políticos comuns de grupos para inferir
informações sobre candidatos que são membros de grupos
desses grupos (por exemplo, Conover e Feldman 1989; Rahn 1993).
Os estereótipos de candidatos dos eleitores tendem a cair em duas
categorias gerais - estereótipos de traços e estereótipos de crenças
(Huddy e Terkildsen 1993). Os estereótipos de traço são ideias
sobre os atributos pessoais de um grupo social, enquanto os
estereótipos de crença são suposições sobre os princípios ou
ideologias do grupo.
Não por coincidência, os pesquisadores também descobriram
que as duas razões mais frequentemente mencionadas pelos
eleitores para gostar ou não gostar de candidatos são ideologia –
crenças – e aspectos de caráter pessoal – traços (por exemplo,
Miller 1990). No que diz respeito especificamente ao caráter pessoal,
pesquisas anteriores descobriram que os traços que mais
contribuem, e de forma mais consistente, para os julgamentos dos
eleitores são suas percepções de competência, integridade,
capacidade de resposta e favorabilidade pessoal geral do candidato
(Miller 1990; Miller, Wattenberg e Malanchuk 1986 ; Mondak 1995;
Rahn et al. 1990).
Julgamentos de crenças e julgamentos de características não
são categorias distintas, embora ambos influenciem as impressões
dos eleitores sobre os candidatos (Huddy e Terkildsen, 1993).
Pesquisas existentes constatam que as percepções dos eleitores
sobre a posição ideológica e/ou sobre questões dos candidatos
afetam suas percepções das características dos candidatos, como
competência e integridade (Huddy e Terkildsen 1993; Rahn et al.
1990). Os eleitores que gostam do que percebem ser (seja por
inferência ou conhecimento real) as crenças ideológicas de um
candidato posteriormente inferem características mais positivas
para o candidato também. Em contraste, os eleitores que não
aceitam as posições percebidas de um candidato provavelmente
verão que podem ser mais negativas em geral. Em outras palavras,
a estereotipagem de crenças deve ajudar a conduzir a estereotipagem
de traços.
A pesquisa demonstra que os eleitores usam uma variedade de
estereótipos disponíveis para levar essas informações
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342 Pesquisa Política Trimestral
atalhos. Os estereótipos mais fortes são os dos dois principais
partidos políticos (Conover e Feldman 1989; Rahn 1993). Embora o
partido seja de longe o atalho mais acessível e prontamente usado
pelos eleitores, certamente não é o único. Estudos demonstram que
os eleitores usam uma variedade de estereótipos de grupos para
inferir posições em questões ou orientações políticas, como gênero
do candidato (Koch 2000) e raça (McDermott 1998; Sigelman et al.
1995).
Há boas razões para acreditar que a religião do candidato
funciona como um atalho de informação para os eleitores da mesma
forma, fornecendo aos eleitores informações inferenciais como um
atalho para a tomada de decisões. A pesquisa de Wlezien e Miller
(1997) mostra que os eleitores orientam seus mundos políticos por
meio de grupos e da associação desses grupos entre si e com os
dois principais partidos. A análise de Wlezien e Miller demonstra que
os grupos religiosos, especificamente os evangélicos, se enquadram
nessa categoria. Diante disso, parece razoável supor que, se os
eleitores estiverem cientes de uma possível
afiliação religiosa do candidato, eles aplicarão estereótipos religiosos
comuns — sobre características e crenças — a esse candidato. Os
eleitores inferirão informações de
seus estereótipos para simplificar a formação de impressões e,
assim, sua escolha eleitoral subsequente entre aquele candidato e a
oposição.
Conseqüentemente, os eleitores não precisam de exposição
constante ou conhecimento detalhado das identificações religiosas
dos candidatos para reagir a eles ao fazer seus julgamentos de
candidatos - eles só precisam ter encontrado as informações em
algum lugar. Pesquisas recentes sobre o
Os efeitos do catolicismo candidato fornecem evidências de que
essa informação está disponível, pelo menos em um caso. Na eleição
presidencial de 2004 entre George W. Bush e John Kerry, o New
York Times mencionou o catolicismo de Kerry em 148 histórias
publicadas durante o ciclo eleitoral (McDermott 2007). Embora uma
corrida presidencial não seja normalmente considerada uma eleição
de baixa informação, parece razoável supor que, se tal informação
for mencionada várias vezes, dada a sua natureza pessoal e a
natureza do eleitor americano, ela estará disponível como um
ferramenta de avaliação para os eleitores.
estereótipos evangélicos
Se a religião do candidato influencia a percepção dos eleitores
por meio de estereótipos religiosos, então estabelecer o que são
esses estereótipos torna-se fundamental para entender o papel que
a religião desempenha. Como discutido acima, os estereótipos de
grupo são geralmente generalizações amplas sobre as crenças e
comportamentos do grupo.
Transferido de prq.sagepub.com na University of New England em 2 de junho de 2015
(por exemplo, Fiske e Taylor 1991). Diante disso, quaisquer crenças
ou comportamentos distintos que os evangélicos tenham devem
fornecer alimento para estereótipos políticos.
Estudos mostram que os evangélicos evidenciam uma conexão
mais forte entre suas crenças religiosas e suas atitudes políticas do
que outras afiliações religiosas (Wilcox 1990). Talvez como resultado,
os evangélicos são politicamente (e culturalmente) muito
conservadores, e significativamente mais do que qualquer outra
grande tradição religiosa (Kellstedt e Green 1993). Esse
conservadorismo impulsiona seu comportamento político. Em
comparação com protestantes tradicionais, protestantes negros,
católicos e judeus, os evangélicos brancos votam significativamente
mais nos republicanos nas eleições (Kellstedt e Green 1993; Layman
1997). Além disso, e talvez mais importante, os estudos da religião
dos candidatos entre os titulares de cargos em exercício demonstram
que os membros evangélicos do Congresso votam de forma
significativamente mais conservadora do que a média (por exemplo,
Fastnow, Grant e Rudolph 1999). Como resultado dessas distinções,
parece provável que, se o público mantém uma crença estereotipada
de candidatos evangélicos, é que eles são ideologicamente mais
conservadores do que a média.
O público também tende a manter estereótipos característicos
dos evangélicos (Huddy e Terkildsen 1993). Algumas delas são
resultado de estereótipos de crença, como a pesquisa mostrou (Rahn
et al. 1990). As inferências ideológicas dos indivíduos, relativas às
suas próprias crenças ideológicas, fornecem-lhes um sentimento
positivo ou negativo em relação a um candidato. Essas visões
afetivas podem conduzir a inferências de características positivas ou
negativas dos candidatos. Nesse caso, se os cidadãos veem os
evangélicos como mais conservadores, então os conservadores
deveriam atribuir características mais positivas aos candidatos
evangélicos do que os liberais, como resultado de um suposto acordo
ou desacordo ideológico.
No entanto, as avaliações de características individuais dos
candidatos não são inteiramente impulsionadas pela ideologia.
Estereótipos de características pessoais de grupo também podem
desempenhar um papel na formação de impressões (por exemplo,
Alexander e Andersen 1993). Também ligado à forte relação que os
evangélicos mantêm entre sua religião e política, algumas pesquisas
descobriram que eles são menos tolerantes com o
crenças de outros, especificamente grupos de esquerda, do que o
público em geral (por exemplo, Jelen e Wilcox 1990). Deve-se notar,
no entanto, que algumas pesquisas contestaram a conexão religião
e tolerância e descobriram que ela é secundária às causas políticas
de intolerância (por exemplo, Eisenstein 2006). O potencial
permanece, no entanto, que o público tenha formado uma imagem
dos evangélicos como intolerantes por causa da sabedoria
convencional.
Em geral, as opiniões dos evangélicos podem ser influenciadas
pelo fato de que eles ainda não são considerados parte do
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dominante na política americana. Em uma pesquisa de 2004 com
americanos realizada para o US News and World Report, 56% dos
entrevistados concordaram com a afirmação: “Os cristãos evangélicos
precisam lutar para que suas vozes sejam ouvidas pelo mainstream
americano” . cabe uma relativa relutância do público em apoiá-los
como candidatos. Na pesquisa Pew de 2003, 79% dos americanos
disseram que votariam em um candidato evangélico bem qualificado
para presidente. Embora esse número pareça alto à primeira vista, na
verdade é muito menor do que a vontade expressa de votar em outros
grupos religiosos. Na mesma pesquisa do Pew, 85% dos americanos
relataram que votariam em um candidato judeu qualificado e 90%
votariam em um católico. Mesmo outros grupos tradicionalmente
marginalizados politicamente têm um desempenho muito melhor –
em uma pesquisa Gallup do mesmo ano, 89% disseram que votariam
em uma mulher e 92% relataram que apoiariam um candidato negro
bem qualificado.3
hipóteses
Eu hipotetizo, com base em pesquisas existentes nos campos
separados de estereótipos e religião, que os eleitores julgarão os
candidatos evangélicos com base em traços prováveis e estereótipos
de crença que eles têm do grupo.
Além disso, afirmo que esses estereótipos afetarão as decisões de
voto subsequentes dos eleitores em eleições com candidatos
evangélicos. O provável estereótipo de crença é que os evangélicos
são conservadores, caso em que os indivíduos devem inferir que os
candidatos evangélicos são relativamente conservadores. Como
resultado, os conservadores deveriam inferir características positivas
dos evangélicos, enquanto os liberais deveriam inferir características
negativas. A partir de crenças e comportamentos evangélicos, o
público também pode aplicar um estereótipo de traço dos evangélicos
como intolerantes com as crenças dos outros. Se for esse o caso,
seria de se esperar que os indivíduos vissem os evangélicos de forma
mais negativa como resultado. Em outras palavras, o primeiro
estereótipo de traço potencial é impulsionado pelo estereótipo de
crença, enquanto o segundo resulta da percepção potencial dos
evangélicos como intolerantes.
Esses julgamentos baseados em estereótipos devem então afetar
a disposição dos eleitores de apoiar candidatos evangélicos. Se o
público aplica estereótipos ideológicos a candidatos evangélicos,
deve avaliá-los como mais conservadores em geral. A inferência que
evan
os gelicals são conservadores ajuda os eleitores a fazer uma escolha
ideológica entre os candidatos, julgando quais posições do candidato
estão mais próximas das suas
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(Downs 1957). Como resultado, os eleitores liberais devem ser muito
menos propensos do que os conservadores a apoiar os evangélicos.
Os estereótipos de características que os eleitores aplicam também
devem ter um impacto significativo na votação – as informações
inferidas que os eleitores recebem de seus estereótipos e os
julgamentos de candidatos resultantes que eles fazem devem ajudar
a determinar qual candidato eles escolhem.
Dada a pergunta feita aqui – os evangélicos são diferentes de
outros candidatos? – uma comparação relativa é necessária. Para
testar com justiça os estereótipos potenciais, este artigo compara as
opiniões do público sobre os candidatos evangélicos com dois outros
grupos potenciais de candidatos: protestantes e aqueles sem afiliação
religiosa mencionada. Cada comparação de grupo oferece vantagens
e desvantagens. O uso de ambos ajuda a maximizar os benefícios,
minimizando as limitações de cada um.
Candidatos com afiliação religiosa desconhecida – ou seja, não
há afiliação religiosa ou sugestão mencionada em suas descrições –
fornecem uma condição de controle total para análise de evangélicos
em relação a outros candidatos. Ao não fornecer nenhuma pista
religiosa, pode-se ter certeza de que qualquer diferença entre esses
candidatos e os candidatos evangélicos é por causa da deixa
evangélica. Ao mesmo tempo, porém, pode-se argumentar que é a
falta de menção à afiliação religiosa que cria uma distinção na mente
dos eleitores. É, por esse motivo, também desejável fornecer uma
condição de controle na qual o candidato tenha uma afiliação religiosa,
mas uma que seja “mediana” de maneiras que o rótulo evangélico
não é.
Conforme discutido acima, as pesquisas de opinião pública
apresentam uma visão dos evangélicos como um grupo não
convencional, especificamente na política. Por esta razão, os
protestantes, um grupo amplo que inclui os evangélicos, mas é muito
mais diversificado em seus pontos de vista e mais moderado em geral.
idade, apresentam um grupo de contraste conveniente. Embora os
evangélicos sejam um subconjunto dos protestantes, o público os vê
de maneira distinta. Na pesquisa Pew de 2003, 58 por cento dos
entrevistados classificaram os “cristãos evangélicos” favoravelmente,
enquanto 70 por cento classificaram os “protestantes” favoravelmente.
As duas classificações se correlacionam em 0,35, em comparação
com uma correlação de 0,48 entre as opiniões de judeus e protestantes.
Além disso, em contraste com as visões dos evangélicos como fora
do mainstream, os protestantes têm sido parte integrante da sociedade
americana dominante por mais de meio século (Herberg 1960). Por
essas razões, os protestantes são um grupo de controle religioso
apropriado.
Eles apresentam uma sugestão religiosa, mas que é mais dominante
e distinta do evangelicalismo, fornecendo uma comparação entre
denominações.
Uma questão remanescente, no entanto, é como o público vê os
protestantes como candidatos – e, portanto, como suas imagens
devem diferir dos evangélicos? Dentro
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344 Pesquisa Política Trimestral
Em contraste com as preferências relativamente extremas dos
evangélicos mencionadas acima, os protestantes, como um
grupo, são mais moderados. Em um estudo do comportamento
político das principais denominações religiosas, Layman (1997)
descobriu que os protestantes não evangélicos têm uma
probabilidade prevista de votar nos republicanos que é
intermediária e tem sido extremamente estável ao longo do
tempo. Os evangélicos, por outro lado, tornaram-se cada vez
mais propensos a votar nos republicanos ao longo do tempo,
afastando-se de seus irmãos protestantes. Além disso, na
pesquisa Pew de 2003, as visões ideológicas dos protestantes
não evangélicos são estatisticamente indistinguíveis das dos
católicos (a segunda maior afiliação – juntos, católicos e
protestantes não evangélicos representam 50% da afiliação
religiosa americana,4 definindo assim a “média” pessoa em
termos ideológicos religiosos) embora significativamente menos
conservadores do que os evangélicos.
Quando se trata de estereótipos de traços potenciais dos
protestantes, seu comportamento dominante parece não fornecer
nenhum óbvio ou específico. Embora a quantidade de dados e
análises dos protestantes não seja tão prevalente quanto a dos
evangélicos, a pesquisa do Pew Center fornece uma visão geral
sobre as atitudes do público.
Dadas as avaliações públicas mais positivas dos protestantes do
que dos evangélicos, a única coisa que podemos supor em
relação aos estereótipos de traços relativos é que os candidatos
protestantes serão avaliados de maneira mais positiva em geral
do que os candidatos evangélicos.
Testar os estereótipos evangélicos relativos tanto a candidatos
sem religião especificada quanto a candidatos identificados como
protestantes permite o controle da religião em si, bem como da
denominação religiosa. Se os evangélicos diferem
significativamente de ambos os grupos, então quaisquer efeitos
encontrados são claramente devido ao evangelicalismo, e não
apenas à religião. Se, porém, os evangélicos têm mais em
comum com os protestantes do que com os
candidatos de controle total, então a própria religião pode ser
responsável por quaisquer diferenças. De acordo com a hipótese
apresentada neste artigo – que os eleitores estereotipam os
candidatos evangélicos – a primeira deveria ser verdadeira e não
a segunda. Os eleitores devem ver evan
os gelicals são significativamente diferentes em traços e crenças
do que eles veem protestantes ou aqueles sem afiliação.
Método e Análise
Os dados nesta análise vêm de uma pesquisa experimental
conduzida pela Internet pela Knowledge Networks, Inc. Knowledge
Networks é uma rede de
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empresa de pesquisa com um painel de mais de 40.000
participantes. Os participantes do painel são selecionados por
meio de um procedimento de amostragem de discagem aleatória
de dígitos (RDD) e recrutados por telefone. A Knowledge
Networks fornece aos participantes um serviço de WebTV na
Internet, de modo que famílias não conectadas e conectadas à
Internet sejam representadas e as pesquisas possam ser
realizadas em um formato visual interativo. Como resultado do
método de amostragem probabilística e do fornecimento de
serviço de Internet, o painel resultante é representativo da
população adulta dos Estados Unidos. Amostras retiradas
aleatoriamente do painel são, portanto, também representativas
da população adulta nacional.5 A parte da pesquisa usada neste
artigo inclui 526 adultos americanos amostrados aleatoriamente
do painel da Knowledge Networks.6 O estudo foi financiado por
meio do Time Sharing Experiments para o Ciências Sociais
(TESS).7 A realização de uma pesquisa experimental a partir de
uma amostra nacional representativa oferece o benefício da
validade interna experimental, além de tornar as descobertas
aplicáveis à população em geral. Além disso, conduzir a pesquisa
pela Internet ajuda a minimizar a falta de validade externa que os
experimentos geralmente contêm. A pesquisa foi capaz de
fornecer aos entrevistados fotos de candidatos políticos
hipotéticos, juntamente com descrições gerais, que ajudam a
tornar os candidatos mais tangíveis e reais, mesmo que não
sejam candidatos em uma campanha eleitoral real. Obviamente,
isso não livra o experimento de questões de validade externa. No
entanto, fornece uma experiência mais realista do que uma
pesquisa por telefone poderia fornecer, mantendo os benefícios
de uma amostra nacionalmente representativa.
O experimento forneceu a cada entrevistado as descrições
de dois candidatos, pedindo-lhe que classificasse cada um em
uma variedade de medidas, incluindo as características dos
candidatos que a pesquisa descobriu influenciar o comportamento
eleitoral de maneira mais consistente e forte - competência,
confiabilidade, capacidade de resposta e desempenho geral.
favorabilidade (Miller 1990) – bem como ideologicamente
(estimando as posições dos candidatos). Cada escala variou de
0 a 11, de muito positivo a muito negativo (por exemplo, muito
pouco confiável a muito confiável) e de muito liberal a muito
conservador. (A redação completa da pergunta está disponível
em materiais eletrônicos suplementares no site da editora, http://
prq.sagepub.com.)
O experimento manipulou a religião candidata atribuindo
aleatoriamente cada entrevistado a um primeiro candidato -
candidato A - e depois a um segundo -
candidato B. A atribuição aleatória foi separada para cada
candidato para fornecer variação aleatória no oponente de cada
candidato e para controlar o possível oponente
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religião e efeitos de ordem nas avaliações e na votação.8 Cada
candidato (A e B) tinha cinco condições possíveis: sem religião,
evangélico, protestante, católico ou judeu.
Esta análise usa as condições em que um dos candidatos era
evangélico, protestante ou um candidato de controle (sem
religião).9 O entrevistado recebeu cada candidato (A e B)
separadamente, viu uma foto e uma breve descrição (também
disponível no materiais suplementares eletrônicos) e foi solicitado
a avaliar esse candidato em características e crenças. Elementos
do
as descrições dos candidatos (ocupação, idade e número de
filhos) e suas fotos também foram alternadas aleatoriamente
(todas separadas umas das outras) entre cada par de candidatos
para controlar os efeitos externos à religião do candidato. Depois
de classificar os dois candidatos separadamente, cada entrevistado
recebeu as fotos e descrições dos dois candidatos juntos e foi
solicitado a escolher entre os dois para uma vaga na Câmara dos
EUA.
de Representantes.
Experimentos como este sempre correm o risco de artificialidade
por simplificar demais o ambiente de informação. O experimento
usado aqui não é exceção. Particularmente preocupante é a
manipulação chave – os rótulos religiosos aplicados aos candidatos.
Os eleitores nem sempre se deparam com representações tão
claras da religião de um candidato, pois os candidatos nem sempre
usam sua identificação religiosa na manga, preferindo rótulos
gerais, como cristão , a rótulos específicos, como cristão
evangélico. Há razões para acreditar, no entanto, que esses
rótulos estão disponíveis para os eleitores nas eleições – se não
dos próprios candidatos, então da mídia. Por exemplo, a pesquisa
demonstra que na eleição de 2004, o catolicismo de Kerry foi um
tema frequente da cobertura jornalística (McDermott 2007). Apesar
dessa evidência, como em qualquer estudo experimental, a
replicação no mundo real da política desordenada é desejável,
dado que a maioria dos experimentos pode, por sua natureza,
fornecer apenas parte do quadro.
A pesquisa também incluiu várias medidas dos entrevistados,
como religião e frequência à igreja.
Para medir a identificação religiosa, os entrevistados escolheram
de uma lista de sete identidades religiosas – católico, judeu,
protestante tradicional, protestante liberal, protestante evangélico,
fundamentalista,10 e muçulmano – bem como opções de outra e
nenhuma religião. Deve-se notar que esta pergunta pergunta aos
respondentes o que eles consideram ser – uma questão de
identidade – em vez de que tipo de igreja eles frequentam (filiação)
ou de qual grupo religioso eles são membros (associação). É
possível que essas perguntas eliciem respostas um tanto diferentes
- por exemplo, para
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McDermott / Candidatos Evangélicos 345
um fiel que não se identificava expressamente com o agrupamento
religioso ao qual sua igreja pertencia. É provável, no entanto, que
se tais efeitos de pergunta existem, eles são mínimos. Em um
estudo europeu sobre questões de identidade religiosa versus
questões de filiação, Wolf (2005) encontra mudanças de não mais
de dois pontos percentuais entre as principais categorias religiosas
e respostas dos entrevistados, dependendo da pergunta feita.
Para atendimento religioso, a pesquisa incluiu uma pergunta sobre
a frequência com que os entrevistados frequentam serviços
religiosos – em uma escala ordinal de toda semana a nunca. Esta
medida é utilizada como um indicador geral de religiosidade.
O conjunto de dados também contém as medidas demográficas
de ideologia, afiliação partidária e força, sexo, idade, educação,
renda e raça. Todos vêm de dados existentes do painel Knowledge
Networks. Ideologia e partido são medidos com escalas de 7
pontos, variando de muito liberal e forte democrata a muito liberal
e forte republicano, respectivamente. Sexo é uma variável fictícia
para mulheres; a idade é medida em anos; a educação é uma
escala de 9 pontos que varia de menos do que o ensino médio até
o doutorado; e renda é uma medida de renda domiciliar com
quatro categorias, desde a renda mais baixa até a mais alta.
Estereótipos de Crença do Candidato
Para determinar se os entrevistados da pesquisa aplicam os
estereótipos hipotéticos aos evangélicos, em relação aos
candidatos de controle, eu uso testes de média das escalas de 11
pontos de avaliação de candidatos. Para facilitar a interpretação,
as escalas de características foram invertidas, de modo que 0
representa respostas muito negativas (por exemplo, muito
incompetentes) e 10 indica respostas muito positivas (por exemplo,
muito competentes). A escala de ideologia permanece de muito
liberal (0) a muito conservadora (10).
A Tabela 1 contém os resultados dos testes de médias de
amostras independentes comparando as classificações de crença
dos evangélicos com as dos candidatos religiosos não mencionados
e os candidatos protestantes, bem como o rato relativo
dos protestantes e controlam os candidatos uns aos outros.
Ao comparar as classificações de crença dos entrevistados em
candidatos evangélicos com as dos candidatos de controle, os
resultados demonstram um efeito previsto muito forte. Os
entrevistados classificam os candidatos evangélicos como
significativamente mais conservadores do que os candidatos de
controle e os candidatos protestantes—
uma diferença média de aproximadamente 1 ponto na escala de
ideologia de 11 pontos para cada um. Claramente, os entrevistados
Machine Translated by Google
346 Pesquisa Política Trimestral
tabela 1
Estereótipos de Crenças - Diferenças nas Posicionamentos Ideológicos de Evangélicos
Candidatos, candidatos protestantes e candidatos de controle
Evangélica - sem religião
conservadorismo 1.16*
(398)
Nota: As entradas de célula são a classificação média do primeiro candidato listado menos a classificação média do segundo candidato listado. As classificações estão
em escalas de 11 pontos, variando de muito liberal a muito conservador. Os números dos entrevistados estão entre parênteses. *p ÿ 0,05 (bicaudal); testes t de amostras
independentes .
aplique um estereótipo conservador a candidatos evangélicos,
tudo o mais igual. Além disso, a diferença é claramente por causa
do rótulo evangélico. Os entrevistados classificam os evangélicos
como mais conservadores do que os candidatos protestantes e
sem afiliação, embora não vejam nenhuma diferença entre os
dois últimos.
Presumivelmente, os estereótipos são responsáveis por esses
resultados, conforme hipotetizado, embora uma hipótese
alternativa seja a projeção. Os estudiosos demonstraram que,
quando os eleitores carecem de informações concretas ou
ideológicas para os candidatos, eles atribuem suas próprias
posições a candidatos de sua preferência. Ao mesmo tempo, os
eleitores atribuirão pontos de vista contrários aos seus próprios
pontos de vista a candidatos de quem não gostam (Conover e
Feldman 1982). Essa teoria apresenta a possibilidade de que os
sujeitos experimentais neste estudo possam estar atribuindo suas
próprias crenças ao candidato de que gostam, em vez de
estereotipar os candidatos de acordo com as crenças existentes
sobre o grupo ao qual o candidato pertence. Essa alternativa
certamente merece ser testada.11
Conover e Feldman (1982) conduzem um teste de projeção
versus inferência (através de estereótipos grupais) nas colocações
individuais dos candidatos presidenciais de 1976, Gerald Ford e
Jimmy Carter, em escalas ideológicas e de questões. Os autores
argumentam que a projeção é responsável pela colocação de um
candidato pelas pessoas se os indivíduos que gostam de um
candidato tiverem
posições de emissão e ideologia que se correlacionam fortemente
com onde eles colocaram aquele candidato - presumivelmente,
eles estão projetando suas próprias opiniões sobre o candidato.
Ao mesmo tempo, os indivíduos que não gostam de um candidato
devem ter posições de problemas que se correlacionam
negativamente com esse candidato - projetando pontos de vista
opostos. Em contraste, Conover e Feldman argumentam que se
a inferência é o método para colocar candidatos, então as
colocações de candidatos devem se correlacionar mais fortemente
com as posições que os eleitores inferem de grupos proeminentes
aos quais os candidatos pertencem - nos casos de Carter e Ford,
identificação partidária. Em seus testes,
Transferido de prq.sagepub.com na University of New England em 2 de junho de 2015
Evangélica—Protestante Protestante - sem religião
0,97* 0,19
(402) (387)
os autores acham que a inferência por meio de estereótipos
desempenha um papel muito mais forte nas avaliações de
candidatos do que a projeção, mas essa projeção, no entanto,
desempenha algum papel.
Eu testo os efeitos de projeção da mesma forma que Conover
e Feldman fazem, definindo a projeção como indivíduos que
atribuem sua própria posição ideológica a um candidato que veem
favoravelmente, mas atribuindo a posição oposta a um candidato
que veem negativamente.
Se a projeção está afetando as colocações dos candidatos em
meus experimentos, espero encontrar esses efeitos.
Se os estereótipos estão desempenhando um papel — a hipótese
central deste artigo —, espero descobrir que os candidatos
evangélicos são classificados como mais conservadores,
independentemente ou independentemente dos efeitos da
projeção. Claro, é possível, na verdade provável, que ambos os
efeitos estejam em ação nesses experimentos.
A variável dependente para testar os efeitos de projeção e
estereótipo é a distância absoluta percebida de um candidato
evangélico do sujeito experimental. Especificamente, eu calculo
a medida como o valor absoluto da classificação ideológica de
cada indivíduo do candidato evangélico (escala de 11 a 7 pontos)
menos a classificação de si mesmos (uma escala de 7 pontos). O
valor absoluto é preferível neste caso porque o objetivo é uma
variável de distância pura, não uma variável ideológica per se. A
escala resultante varia de 0 – uma correspondência ideológica
perfeita – a 6 – visões ideologicamente polarizadas percebidas
entre o entrevistado e o candidato.12 As duas variáveis
independentes no modelo medem a projeção e os efeitos
estereotipados, respectivamente.
As visões afetivas relatadas pelos sujeitos sobre o candidato
evangélico (a escala de favorabilidade) captam os efeitos de
projeção. De acordo com as teorias da projeção, os sujeitos que
veem o candidato positivamente devem projetar nele sua própria
posição ideológica – diferença mínima ou nenhuma na escala de
distância. Em contraste, aqueles que veem o candidato
desfavoravelmente devem colocar o candidato evangélico distante
de si mesmos - aumento
Machine Translated by Google
valores na escala. Nesta equação, a medida de favorabilidade deve
ser negativa e significativa, indicando diminuição da distância
percebida para aqueles com visões favoráveis.
Medir os efeitos do estereótipo hipotético em um modelo com
distância ideológica como variável dependente é menos direto. A
evidência deve ser que todos os entrevistados classificam os
candidatos evangélicos como conservadores, independentemente
da projeção. Isso significa que a distância ideológica percebida
deve variar de maneira consistente com as próprias opiniões do
entrevistado. Eu meço o efeito do estereótipo por meio da
autoavaliação ideológica de cada indivíduo. Afinal, se a projeção é
a chave, então a própria posição ideológica de um indivíduo não
deve afetar a distância ideológica percebida, já que liberais e
conservadores classificariam o candidato da mesma forma.
distância de si mesmos. Se os sujeitos estão classificando os
candidatos evangélicos como mais conservadores em geral (efeito
estereótipo), então os liberais devem perceber uma distância maior
entre eles e um candidato evangélico, enquanto os conservadores
percebem distâncias menores, independentemente da preferência.
Em outras palavras, se tanto um liberal forte quanto um conservador
forte classificam um candidato evangélico como 7 - o estereótipo
hipotético de muito mais conservador do que a média - então o
entrevistado conservador estará extremamente próximo desse
candidato em uma distância percebida, enquanto o liberal estará
longe. Assim, a medida de autoavaliação ideológica deve ter um
efeito negativo e significativo, controlando a favorabilidade, se os
efeitos do estereótipo estiverem em ação nas avaliações ideológicas
dos candidatos pelos entrevistados.
A Tabela 2 contém os resultados da estimativa de logit ordenado.
Não surpreendentemente, como demonstram pesquisas anteriores
(Conover e Feldman 1982), tanto a estereotipagem quanto a
projeção influenciam as percepções dos indivíduos sobre as
posições ideológicas dos candidatos, mas o efeito da estereotipagem
é o maior dos dois. As transformações de probabilidade dos
coeficientes logit ordenados demonstram o efeito relativo dos dois
modelos
variáveis. Por exemplo, a probabilidade média de que os indivíduos
classifiquem um candidato evangélico como muito próximo deles
ideologicamente – digamos, uma diferença de 1 ponto ou menos
na escala de 6 pontos – é 0,34. Quando esse indivíduo é muito
conservador, no entanto, a probabilidade de classificar o evangélico
próximo a si aumenta para 59%. Em outras palavras, é mais
provável que eles classifiquem os evangélicos mais próximos de si
mesmos do que não. Uma pessoa muito liberal, em contraste, tem
apenas 16% de probabilidade de classificar um evangélico a menos
de 1 ponto de si mesma. A ideologia pode, portanto, mudar a
probabilidade de que os indivíduos avaliem um evangélico.
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McDermott / Candidatos Evangélicos 347
mesa 2
Projeção e efeitos estereotipados na percepção
Distanciamento Ideológico de Candidatos Evangélicos—
Regressão Logística Ordinal
Distância ideológica percebida (absoluta) entre
respondente e candidato
Variáveis de hipótese Estimativa
Projeção (favorabilidade) –0,15*
(0,05)
Estereótipo (ideologia) –0,34*
(0,09)
N 221
0,12
Pseudo R-quadrado
Nota: Regressão logística ordenada; Os erros padrão estão entre
parênteses. *p ÿ 0,05 (bicaudal).
candidato perto de si por 0,43. Esse resultado apóia fortemente a
hipótese do estereótipo – tanto os liberais quanto os conservadores
classificam os candidatos evangélicos como conservadores.
Há também efeitos de projeção em ação, embora sejam menos
fortes do que os efeitos de estereótipo. Um cidadão que tem uma
visão extremamente favorável do candidato evangélico tem 52%
de probabilidade de avaliar o candidato muito próximo de si,
enquanto quem tem uma visão extremamente desfavorável tem
apenas 23% de chance de fazê-lo. A projeção tem pelo menos um
efeito de 0,29 pontos na classificação ideológica de um candidato
evangélico. O efeito também é menor no sentido substantivo —
mesmo os entrevistados que veem o candidato de forma
extremamente favorável têm apenas 50% de chance de avaliar o
candidato como ideologicamente compatível com eles mesmos.
Estereótipos de traços de candidatos
Pesquisas anteriores indicam que os estereótipos de
características também devem afetar as opiniões dos indivíduos
sobre os candidatos. Conforme discutido acima, parece possível
que os indivíduos vejam os candidatos evangélicos tanto
negativamente quanto como intolerantes. Além disso, os
estereótipos ideológicos dos candidatos evangélicos dos
entrevistados (demonstrados acima) podem conduzir suas
classificações de características em geral. Nesta seção, testo
possíveis efeitos estereotipados em características normalmente
usadas pelos eleitores nas eleições – competência, confiança,
capacidade de resposta e favorabilidade geral. O primeiro teste é
se os indivíduos neste estudo veem os candidatos evangélicos
como distintivos nessas características. A Tabela 3 apresenta uma
comparação de médias de candidatos evangélicos a sem religião e protestantes
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348 Pesquisa Política Trimestral
Tabela 3
Estereótipos de Traços - Diferenças nas Colocações de Personagens Evangélicos dos Entrevistados
Candidatos, candidatos protestantes e candidatos de controle
Evangélica - sem religião
Competência 0,38*
(400)
Capacidade de resposta 0,13
(398)
Confiar 0,41*
(396)
Favorabilidade 0,22
(394)
Nota: As entradas de célula são a classificação média do primeiro candidato listado menos a classificação média do segundo candidato listado. As classificações estão
em escalas de 11 pontos, variando de muito negativo a muito positivo em cada característica. Os números dos entrevistados estão entre parênteses. *p ÿ 0,05
(bicaudal); testes t de amostras independentes .
Os estereótipos de traços geralmente negativos previstos não
recebem suporte. As diferenças médias demonstram que os
evangélicos são vistos tão favoravelmente quanto os candidatos de
controle e até significativamente mais favoravelmente do que os
candidatos protestantes. Isso vai contra as expectativas formuladas a
partir da literatura existente. Além disso, os participantes desse
experimento veem os candidatos evangélicos como significativamente
mais confiáveis do que os candidatos sem religião e os candidatos
protestantes – avaliando-os em média 0,40 e 0,36 pontos a mais na
escala de confiança, respectivamente. Eles também veem os
evangélicos como significativamente mais competentes do que os
candidatos do controle sem religião aproximadamente na mesma
proporção (existe uma diferença semelhante entre evangélicos e
protestantes, embora não atinja níveis padrão de significância
estatística).
Além disso, apesar das constatações de que os evangélicos, como
um grupo, são geralmente menos tolerantes com as opiniões políticas
dos outros, os entrevistados não veem diferença na provável
receptividade dos candidatos evangélicos a seus constituintes (uma
possível consequência da intolerância) e de qualquer tipo de opinião.
candidato a controle. As diferenças são mínimas e até na direção
errada. No geral, as avaliações de características dos candidatos
evangélicos não estão de acordo com as expectativas estereotipadas
potenciais tiradas da literatura existente sobre crenças e
comportamentos evangélicos. Candidatos evangélicos são vistos
distintamente como candidatos, mas são vistos de forma relativamente
positiva. Esses resultados levantam a questão de onde os indivíduos
obtêm suas visões características dos candidatos evangélicos.
Permanece a possibilidade de que os estereótipos de crença
conduzam as visões de traços dos evangélicos, em vez de que as
classificações de traços ou estereótipos de traços existam independentemente.
Transferido de prq.sagepub.com na University of New England em 2 de junho de 2015
Evangélica—Protestante Protestante - sem religião
0,23 –0,04
(403) (391)
0,19 –0,22
(403) (397)
0,36* 0,03
(400) (385)
0,39* –0,24
(403) (388)
Mais uma vez, pesquisas anteriores demonstram que as classificações
ideológicas dos candidatos contribuem para suas classificações de
características subseqüentes (por exemplo, Conover e Feldman 1989).
Eu testo essa possibilidade regredindo (usando logit ordenado) as
classificações de características dos candidatos evangélicos, em
relação às de seus oponentes, na distância ideológica percebida dos
indivíduos em relação a eles. As classificações de características
relativas dos evangélicos são suas classificações em cada uma das
quatro características menos as classificações de seus concorrentes
na mesma escala. A classificação relativa é importante porque é a
distinção dos evangélicos em comparação com outros que exige
explicação. Cada medida varia de um possível -10 (candidato
evangélico avaliado mais negativamente e oponente mais positivamente)
a +10 (candidato evangélico classificado mais positivamente e
oponente mais negativamente). Um valor 0 indica que o respondente
classifica os candidatos da mesma forma.
A variável independente chave nessas equações é uma variável
de distância ideológica relativa. Ele mede a distância relativa percebida
de um entrevistado de ambos os candidatos - o evangélico e seu
oponente.
A medida é a distância percebida entre o respondente e o candidato
evangélico, medida na Tabela 2, menos a distância percebida entre o
respondente e o adversário do candidato evangélico (medida da
mesma forma, substituindo a nota ideológica do adversário). A escala
resultante é uma medida de distância relativa com limiar de -7,
indicando que o entrevistado está o mais próximo possível
ideologicamente do candidato evangélico e o mais distante possível
de seu oponente. A escala tem um teto de +7, em que um respondente
estaria o mais distante ideologicamente possível do evangélico e o
mais próximo possível de seu oponente. Nessa amostra, a escala varia
de –3,60 a +4,20. Se ideológico
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McDermott / Candidatos Evangélicos 349

Tabela 4
Explicando as classificações de características dos evangélicos em relação aos seus oponentes

Competência Confiar Capacidade de resposta Favorabilidade

Distância ideológica relativa:

evangélico-respondente –0,42* –0,26* –0,62* –0,50*
(0,10) (0,10) (0,24) (0,10)
Afiliação da parte demandada 0,17* 0,22* 0,18* 0,28*
(0,07) (0,07) (0,07) (0,07)
religiosidade respondente 0,16 –0,10 –0,06 0,12
(0,10) (0,10) (0,10) (0,10)
entrevistado evangélico 1,12* 1,94* 0,79 0,96*
(0,48) (0,48) (0,47) (0,47)
respondente protestante –0,25 –0,17 –0,75 –0,75
(0,42) (0,41) (0,42) (0,41)
entrevistado católico –0,09 0,67 –0,04 –0,27
(0,38) (0,37) (0,37) (0,37)
Nenhuma religião respondente –0,86 –0,04* –0,58 –0,41
(0,49) (0,49) (0,48) (0,48)
N 182 181 180 183
Pseudo R-quadrado 0,20 0,21 0,18 0,32

Nota: Regressão logística ordenada; Os erros padrão estão entre parênteses. *p ÿ

0,05 (bicaudal).

os estereótipos estão contribuindo para as classificações de
características, então aqueles que se percebem mais distantes do
evangélico do que de seu oponente devem avaliar o evangélico
abaixo do que avaliam seu oponente. Aqueles entrevistados que se
consideram mais próximos do evangélico devem avaliá-lo mais
positivamente do que avaliam seu oponente. Estatisticamente, o
coeficiente da variável distância ideológica relativa deve ser negativo
e significativo.
favoravelmente nessas duas características do que os democratas.
A medição de cada um desses fatores é explicada na seção de
métodos acima. A questão da religião é dividida em uma série de
variáveis fictícias para evangélicos, protestantes tradicionais e liberais,
católicos e aqueles que se descrevem como “sem religião”. Os
entrevistados judeus, muçulmanos e fundamentalistas são incluídos
no modelo como constantes.13 A Tabela 4 contém os resultados para
todas as quatro equações de características. Os resultados

demonstram que a maioria consiste

Cada modelo de regressão também contém controles para outros
fatores que podem influenciar a forma como os indivíduos veem as
características dos evangélicos: religião do respondente, frequência
à igreja e identificação partidária.
A religião dos indivíduos pode desempenhar um papel na forma como
eles veem os candidatos evangélicos – seja por afiliação ou
religiosidade – dadas as descobertas anteriores de que os evangélicos
são menos propensos do que outras afiliações religiosas a separar
suas crenças religiosas e políticas. Por causa disso, os entrevistados
mais religiosos podem ter expectativas mais positivas para os
candidatos evangélicos ao cargo.
Além disso, os entrevistados evangélicos podem se sentir da mesma
maneira, enquanto outras afiliações religiosas podem sentir o
sentimento oposto – que os evangélicos não teriam um desempenho
do seu agrado no cargo, pois eles potencialmente os estereotipam
O efeito principal nas avaliações de características são os estereótipos
de crença dos entrevistados sobre os evangélicos. Em cada equação,
a variável de distância ideológica relativa percebida tem um efeito
negativo significativo, como esperado de pesquisas anteriores –
avaliações ideológicas de candidatos conduzem avaliações de
características. Quanto maior a distância ideológica que os sujeitos
percebem entre si e o candidato evangélico em relação ao candidato
adversário, menos positivamente avaliam o candidato evangélico em
relação ao seu adversário. Isso vale para classificações de todas as
características - competência, confiança, capacidade de resposta e
favorabilidade geral.
A identificação partidária é a única outra variável no modelo com
um efeito tão consistente. Em todos os quatro

como não compartilhando seus pontos de vista. A filiação partidária
também pode ter um efeito sobre as opiniões – Wlezien e Miller
(1997) descobriram que o público normalmente associa os evangélicos
ao Partido Republicano. Como resultado, os republicanos podem ser
mais propensos a avaliar os evangélicos
características, os republicanos avaliam os candidatos evangélicos
de forma relativamente positiva, enquanto os entrevistados democratas
os avaliam negativamente, em relação aos seus oponentes. Dado o
trabalho de Wlezien e Miller (1997), isso não é surpreendente. Se as
pessoas normalmente associam (estereotipam) os evangélicos com o

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350 Pesquisa Política Trimestral
Partido Republicano, então os republicanos devem ser mais favoráveis
a eles do que os democratas.
Apesar da consistência do efeito do partido, a distância ideológica
percebida tem o efeito mais substantivo nas avaliações de
características. Por exemplo, um entrevistado mediano que se
considera relativamente distante, ideologicamente, do evangélico
quanto possível, tem apenas 3% de probabilidade de avaliar o
candidato evangélico de forma relativamente favorável. Por outro lado,
um entrevistado que se considera um par ideológico com o evangélico,
mas não seu oponente, tem 60% de probabilidade de avaliar o
evangélico de forma relativamente favorável. Quando se trata de
afiliação partidária, um democrata forte tem apenas 9% de chance de
avaliar os evangélicos de forma relativamente favorável, enquanto os
republicanos têm 34% de probabilidade.
A distância ideológica pode, portanto, ter uma mudança de pelo menos
57 pontos na probabilidade de ver o evangélico positivamente, em
relação ao seu oponente, em todas as características, contra uma
mudança de 25 pontos na mesma probabilidade como resultado da
identificação partidária.
Nenhuma outra variável no modelo tem a consistência
efeito sobre as avaliações de características relativas que a distância
ideológica e o partido têm. Os entrevistados evangélicos classificam
os candidatos evangélicos de forma relativamente positiva em
competência, confiança e favorabilidade, mas não em capacidade de resposta.A equação também contém controles para dados demográficos do
Nenhuma das outras variáveis de religião tem impactos significativos
ou substantivos.
O estereótipo de crença dos evangélicos como mais
ideologicamente conservadores do que a média parece ser a chave
para as impressões dos eleitores sobre eles como candidatos.
Podemos ver o efeito prático desse estereótipo nas reações relativas
de liberais e conservadores a candidatos evangélicos e seus
oponentes. Como tanto os liberais quanto os conservadores classificam
os candidatos evangélicos como conservadores, tanto em geral quanto
em relação a seus oponentes, eles também os classificam de maneira
diferente em características, com base na distância ideológica
percebida resultante. Por exemplo, os liberais têm em média uma
pontuação de distância ideológica relativa de 1,37, o que significa que
eles se veem 1,37 pontos mais próximos do oponente de um
evangélico do que dele. Em contraste, os conservadores têm uma
média de -0,28 pontos, vendo-se 0,28 pontos mais próximos dos
evangélicos.
Essa diferença ideológica percebida se traduz diretamente em
classificações de características - os entrevistados liberais classificam
os evangélicos como 1,53 pontos menos favoráveis do que seus
oponentes, enquanto os conservadores os avaliam 0,86 pontos mais
favoravelmente. Se os estereótipos dos evangélicos afetam o voto
neles, esse efeito de estereótipo ideológico deve se traduzir diretamente
no apoio ou oposição dos eleitores aos candidatos evangélicos.
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Efeitos do Traço e da Crença
Estereótipos na votação
Esta seção aborda a única questão remanescente em relação aos
estereótipos evangélicos: como, se é que afetam, esses estereótipos
afetam as escolhas dos eleitores em eleições com candidatos
evangélicos? Se os eleitores aplicarem esses estereótipos e suas
atitudes resultantes em relação aos evangélicos ao votar, então esses
fatores do candidato – ideologia, competência, confiança e
favorabilidade geral – devem ter um impacto significativo em suas
escolhas. Para avaliar se esse é realmente o caso, analiso a escolha
dicotômica que os eleitores fazem quando se deparam com um
candidato hipotético, identificado como evangélico, concorrendo com
um adversário que não o é (o mesmo pode didate cenários analisados
na seção anterior ).14
A Tabela 5 contém os resultados da regressão logística da votação
de um candidato evangélico (codificado 1 para voto evangélico, 0 para
voto de seu oponente). As principais variáveis independentes são
medidas dos estereótipos encontrados na seção anterior - o estereótipo
de crença do conservadorismo, medido novamente por meio da
proximidade relativa do entrevistado aos dois candidatos opostos, e as
classificações relativas de competência, confiança, capacidade de
resposta e favorabilidade dos evangélicos contra seus oponentes.
respondente que normalmente podem afetar a escolha do voto:
identificação partidária, variáveis fictícias religiosas da seção anterior,
bem como raça (uma variável fictícia para entrevistados negros),
educação, idade e renda.15 Os métodos seção contém definições
para cada variável demográfica.
Os resultados indicam que tanto o estereótipo de crença quanto a
favorabilidade geral têm um impacto significativo na probabilidade dos
entrevistados de apoiar um candidato evangélico. Primeiro, a distância
ideológica relativa entre o respondente e os dois candidatos tem um
impacto significativo e positivo. Quanto mais próximo se vê do
evangélico versus seu adversário, maior a probabilidade de escolher
o evangélico, enquanto quanto maior a distância relativa percebida do
candidato evangélico, menor a probabilidade de apoiá-lo.
O estereótipo conservador dos candidatos evangélicos dá-lhes
uma vantagem entre os eleitores conservadores (que os estereotipam
como ideologicamente mais próximos de si mesmos do que seu
oponente, tudo o mais igual), mas uma desvantagem entre os eleitores
liberais e moderados (que os estereotipam como sendo mais distantes,
ideólogos). icamente). O resultado prático desse efeito é uma perda
líquida para os candidatos evangélicos nas eleições gerais, a menos
que
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McDermott / Candidatos Evangélicos 351

Tabela 5 O gráfico mostra probabilidades médias em cada valor da distância

Efeitos de estereótipos de traços e crenças na votação de ideológica relativa e escalas de favorabilidade.16 Nos cálculos de
candidatos evangélicos probabilidade, valores para ideologia, partido, religiosidade, educação
e renda são médias, enquanto cada variável dummy é igual a 0. Os
voto evangélico
resultados são estimativas de probabilidade para um eleitor médio
Distância ideológica relativa –0,68* (0,25) hipotético que seja branco, do sexo masculino e não pertença a uma
Competência relativa 0,33 (0,24) das principais tradições religiosas.
confiança relativa 0,36 (0,21)
Capacidade de resposta relativa –0,33 (0,23)
0,91* A Figura 1 demonstra que cada um desses fatores por si só é
Favorabilidade relativa (0,28)
Afiliação da parte demandada 0,16 (0,13) suficiente para levar um entrevistado de um candidato a outro em
religiosidade respondente 0,23 (0,16) corridas com uma corrida evangélica. Para a distância ideológica,
entrevistado evangélico 0,32 (0,85) quanto mais próximo um respondente estiver do oponente – valores
respondente protestante 0,98 (0,69)
positivos – menos provável será um voto evangélico e vice-versa. A
entrevistado católico –0,94 (0,59)
1.01 favorabilidade vai na direção oposta – quanto mais positivo o valor,
Sem religião (0,87)
entrevistado afro-americano 2.33* (0,85) maior a vantagem do evangélico sobre a favorabilidade e maiores as
Entrevistada do sexo feminino 0,85 (0,49) chances de o entrevistado escolher o evangélico. Ambas as variáveis
Educação do entrevistado –0,36* (0,16) demonstram que os candidatos evangélicos não têm um bom
Renda respondente 0,37 (0,29) desempenho geral, com base nesse modelo. Em cada medida, quando
Constante –3,05* (1,18)
o evangélico e seu oponente são iguais - nenhum deles tem vantagem
N 169
0,64 - os entrevistados têm apenas 20% de probabilidade de votar no
Pseudo R-quadrado
candidato evangélico em vez de em seu oponente. Os valores
Observação: os erros padrão estão entre aumentam abruptamente após esse ponto, no entanto, o que significa
parênteses. *p ÿ 0,05 (bicaudal); regressão logística.
que o evangélico ganha rapidamente uma vez que ele tem a vantagem
de crença ou característica, mas que ele não se sai bem em terreno
enfrentando um eleitorado relativamente conservador, por exemplo, uniforme.
em uma eleição primária. Esse efeito também vai além da distância
ideológica percebida. A ideologia respondente tem um efeito
independente – os liberais são significativamente menos propensos a Como as pessoas estereotipam os candidatos evangélicos com
apoiar os evangélicos do que os conservadores, mesmo quando base nessas crenças e características, eles têm um significado especial
controlam a distância ideológica relativa. O estereótipo conservador para essas raças acima e além de seus efeitos gerais. Por exemplo, o
certamente tem forte influência no comportamento eleitoral. efeito dramático nas probabilidades de votação produzido pela distância
ideológica percebida de um entrevistado em relação ao candidato
A característica de favorabilidade do candidato também afeta evangélico – um efeito máximo de 92 pontos – pode realmente
significativamente as escolhas dos eleitores, como esperado. Uma vez prejudicar esses candidatos mais do que ajudá-los porque eles são
que os evangélicos têm uma vantagem geral nessa característica, estereotipados como mais conservadores. Os respondentes
ceteris paribus, o uso que os eleitores fazem dela ao tomar suas estereotipam os evangélicos também à direita da ideologia mediana e,
decisões eleitorais dá aos evangélicos uma vantagem impulsionada portanto, tipicamente à direita de seu oponente, tornando a distância
pelos estereótipos positivos. média percebida (absoluta) entre respondentes e evangélicos
As classificações relativas de confiança, competência e capacidade significativamente maior do que entre respondentes e os candidatos
de resposta não afetam as decisões dos eleitores nesses confrontos. de controle (0,28 e 0,17, respectivamente) no geral. Isso coloca os
Embora os coeficientes de confiança e competência estejam na direção evangélicos em relativa desvantagem em relação aos estereótipos
esperada – positiva – cada um tem um erro padrão relativamente ideológicos e à importância da ideologia nas disputas eleitorais.
grande. Uma possível explicação para essa falta de efeito é a inclusão
da favorabilidade relativa também no modelo. A competência relativa,

a confiança relativa e a capacidade de resposta relativa estão

fortemente correlacionadas com a favorabilidade relativa (0,57, 0,65 e
0,63, respectivamente). Os quatro podem muito bem estar explicando
muito do mesmo fenômeno.
A Figura 1 apresenta os efeitos que as percepções de crenças
relativas e favorabilidade de um entrevistado têm sobre a probabilidade
de votar em um candidato evangélico.
Os dois efeitos de favorabilidade e ideologia se complementam.
Como os conservadores tendem a ter opiniões mais favoráveis sobre
os evangélicos, enquanto os liberais têm opiniões mais negativas –
pelo menos em parte por causa dos estereótipos ideológicos – um
eleitor evangélico que enfrenta um eleitorado relativamente conservador
tem um bônus duplo.
Em contraste, diante de um eleitorado mais liberal,

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352 Pesquisa Política Trimestral
figura 1
Efeitos dos estereótipos dos eleitores sobre a probabilidade de votar em um candidato evangélico
os candidatos evangélicos enfrentam dois obstáculos na forma de
traços e estereótipos ideológicos que trabalham contra eles.
Outro efeito digno de nota da Tabela 5 é o dos afro-americanos.
De acordo com esses resultados, os negros são significativamente
mais propensos a votar no candidato evangélico do que em seu
oponente. Esse efeito, no entanto, não é tão direto quanto parece.
Na verdade, quando se trata de características de candidatos, as
opiniões dos afro-americanos sobre os evangélicos são
substancialmente mais negativas do que as opiniões de outros entrevistados.
como acontece com muitos outros dados demográficos de
Por exemplo, os negros avaliam o candidato evangélico como
mais de meio ponto menos positivo do que outros entrevistados
em favorabilidade, competência e confiança. É somente quando o
modelo inclui essas três variáveis que o coeficiente para afro-
americanos se torna significativo. Em outras palavras, os negros
estão mais dispostos a votar nos evangélicos, mas apenas quando
suas opiniões negativas sobre eles são controladas. Esse
fenômeno certamente merece mais investigação, mas requer
muito mais afro-americanos do que este conjunto de dados contém
(vinte e cinco nesses cenários específicos).
Conclusão
Esta análise é um primeiro passo para entender o papel que
a afiliação religiosa do candidato desempenha na
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eleições – como isso afeta as impressões dos eleitores sobre os
candidatos e suas subsequentes decisões de votação. Dada a
importância da religião do eleitor na política nos Estados Unidos,
especificamente na compreensão do comportamento eleitoral, a
religião pode ser fundamental para a compreensão de um quadro
mais completo da influência religiosa na política eleitoral.
A afiliação religiosa do candidato certamente desempenha um
papel, como ambos argumentaram e demonstraram neste artigo.
Candidatos evangélicos trazem vantagens e desvantagens porque,
candidatos, o evangelicalismo fornece aos eleitores uma pista de
informação que lhes permite aplicar estereótipos sociais de
afiliações religiosas. Especificamente, os eleitores estereotipam
os candidatos evangélicos como significativamente mais
conservadores do que outros candidatos – um estereótipo de
crença – bem como mais confiáveis e competentes – estereótipos
de traços. Esses estereótipos então afetam as escolhas dos
eleitores, desempenhando um papel significativo em suas decisões
de voto em corridas com candidatos evangélicos. O estereótipo
da ideologia conservadora coloca os evangélicos em desvantagem
ao criar uma distância maior entre eles e o eleitor médio. Não é
de surpreender que os julgamentos de favorabilidade relativa
também afetem as decisões de votação e trabalhem em conjunto
com julgamentos ideológicos para polarizar o voto liberal e
conservador para candidatos evangélicos.
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Notas
1. O Pew Research Center for the People and the Press e o Pew Forum
on Religion and Public Life patrocinaram a pesquisa.
As datas de campo foram de 24 de junho a 8 de julho de 2003. A pesquisa
envolveu uma amostra de 2.002 adultos em todo o país. Os dados estão
disponíveis no site do Pew Center (http://people-press.org/dataarchive/#2003).
2. Religião e Ética NewsWeekly e US News & World Report patrocinaram
a pesquisa. A Greenberg Quinlan Rosner Research conduziu a pesquisa de 16
de março a 4 de abril de 2004, por meio de entrevistas telefônicas com uma
amostra nacional de adultos selecionada aleatoriamente de 1.610.
3. A Gallup Organization conduziu a pesquisa de 30 de maio a 1º de
junho de 2003, entre 1.019 adultos. Os dados e a documentação estão
disponíveis no site do Roper Center (http://www.ropercenter .uconn.edu).
4. Os dados são de uma pesquisa do Pew Research Center for the
People and the Press realizada entre 2.003 adultos americanos de 6 a 19 de
julho de 2006.
5. Materiais eletrônicos suplementares para este artigo (encontrados em
http://prq.sagepub.com) contêm informações demográficas dos entrevistados
na pesquisa, bem como dados da Pesquisa da Comunidade Americana dos
EUA de 2006 (www.census.gov) para comparação. Além dos dados
apresentados no apêndice, informações detalhadas sobre painel, amostragem
e recrutamento estão disponíveis em http://www.knowledgenetworks.com.
6. Todo o projeto de pesquisa inclui mais entrevistados em
diferentes condições experimentais que são utilizadas em outros trabalhos.
7. NSF Grant 0094964, Diana C. Mutz e Arthur Lupia, Investigadores
Principais.
8. Apesar desta precaução, foi realizada uma análise dos efeitos potenciais.
Os resultados não demonstram efeitos consistentes da religião do candidato A
nas classificações de características e crenças do candidato B.
A religião do oponente também não tem efeito significativo na votação de
candidatos evangélicos.
9. Como resultado, cada uma dessas três condições candidatas
(evangélica, protestante e controle) pode ter um oponente de qualquer uma
das cinco condições religiosas totais na pesquisa. Quando o candidato A e B
eram da mesma religião, a análise usa as avaliações do candidato A para
representar o primeiro julgamento da religião do candidato.
Quando um candidato religioso enfrenta um candidato sem religião, a
classificação do candidato religioso é usada. Uma análise de amostra
independente não pode incluir os dois candidatos nessas poucas situações,
porque os mesmos eleitores avaliaram os dois. A análise das religiões restantes
está contida em um projeto separado.
10. Há muito poucos entrevistados que reivindicam fundamentalismo como
uma identidade religiosa (nove no total) e menos ainda no subconjunto de
dados usados nesta análise (dois). Por esse motivo, não são feitas concessões
a eles nas análises aqui apresentadas.
11. Duas outras teorias relacionadas merecem menção: raciocínio motivado
e viés de confirmação. No raciocínio motivado, os indivíduos buscam
informações positivas para pessoas de quem gostam, mas informações
negativas para aquelas de quem não gostam (Kunda, 1990). Da mesma forma,
o viés de confirmação argumenta que um indivíduo que recebe informações
subsequentes à formação de uma impressão de algo ou alguém atende apenas
ao que apóia sua impressão inicial e ignora as informações que a desafiam
(Lord, Ross e Lepper, 1979). No entanto, nem o raciocínio motivado nem o
viés de confirmação são prováveis neste caso, pois ambos dizem respeito ao
tratamento de informações subsequentes a julgamentos iniciais, mas assuntos
no
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McDermott / Candidatos Evangélicos 353
os experimentos aqui apresentados não recebem nenhuma informação
adicional após sua exposição inicial.
12. Como a variável dependente é tecnicamente uma variável de intervalo
(aumentando em intervalos de 0,2 por causa da transformação da escala
ideológica do candidato evangélico), também testei as duas hipóteses usando
mínimos quadrados ordinários (OLS). Devido a preocupações com a linearidade,
no entanto, optei por relatar os resultados ordinais. Os resultados das duas
equações são virtualmente idênticos.
13. Idealmente, eu também testaria cada uma dessas religiões, mas o
pequeno número de entrevistados em cada categoria resulta em erros
excepcionalmente grandes e estimativas instáveis e não confiáveis.
Por esse motivo, optei por deixá-los como grupo constante.
14. O pequeno número de casos em que um candidato evangélico foi
colocado contra outro evangélico é muito pequeno (N = 22) para analisar.
Presumivelmente, a afiliação religiosa do candidato não teria efeito em tais
situações, pois os candidatos não poderiam ser diferenciados nesse fator.
15. Como é frequente, o número total de respondentes neste modelo, que
contém muitas variáveis, é menor do que nos modelos mais simples. A queda
em N é um resultado combinado das variáveis de traço e da variável de
ideologia do respondente - em cada caso, os respondentes que responderam
não sabem ou se recusaram são excluídos. Para garantir que essa exclusão
não afetasse os resultados relatados aqui, também executei o modelo
recapturando esses entrevistados, codificando-os com valores intermediários
nas variáveis em questão. Os resultados do modelo não foram, no entanto,
substancialmente diferentes.
16. Nesta amostra, a favorabilidade relativa varia de -6 a +6
e distância ideológica relativa de –3,6 a +4,2.
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