Você está na página 1de 5

IDENTIFICANDO A ROTULAGEM NUTRICIONAL (TRADICIONAL X LIGHT X

DIET)

Thâmara de Oliveira Leal Araújo


47023264
Nutrição – Polo de Picos – PI

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA é


o órgão responsável pela regularização da rotulagem de alimento que
estabelece as informações que um rótulo deve conter, visando à garantia de
qualidade do produto e à saúde do consumidor.
É pelo rótulo que descobrimos se um alimento tem excesso de gordura,
açúcar e sódio. No caso dos alimentos industrializados, é através do rótulo que o
consumidor identifica o que irá consumir. Em geral, os alimentos ultraprocessados
possuem um número elevado de ingredientes e, sobretudo, ingredientes com nomes
pouco familiares e não usados em preparações culinárias, como gordura vegetal
hidrogenada, espessante, aromatizante etc.
Para confirmar se um produto não provoca males à saúde, é preciso verificar
a presença de nutrientes críticos como sal, açúcar e gorduras em quantidades
excessivas. Se aparecer açúcar, sal ou gordura como primeiros da lista é um sinal
de alerta, pois significa que o produto tem mais desses ingredientes do que qualquer
outro componente.
Biscoitos recheados e bebidas lácteas geralmente possuem alta quantidade
de açúcar e gordura. No entanto, as embalagens destacam informações como “fonte
de vitaminas e minerais e/ou antioxidantes”. Fique atento a essas informações, pois
não significa que o produto é saudável. Em virtude de uma dieta inadequada pode
trazer inúmeros riscos à saúde, é de extrema importância avaliar o conhecimento da
população frente à rotulagem. Conforme dados do Ministério da Saúde, cerca de
50% das pessoas que costumam ler os rótulos dos alimentos que consomem não
compreendem adequadamente o significado destas informações (ANVISA e UnB,
2005).
O consumo de produtos diet e light no país aumentou significativamente nos
últimos anos. Este crescimento ocorre não apenas no consumo, como também na
disponibilidade de novos produtos nas gôndolas dos supermercados (Oliveira;
Hoffmann, 2015). Atualmente, estão disponíveis no mercado diversos produtos
alimentícios deste segmento, a exemplo dos refrigerantes, gelatinas, biscoitos,
barras de cereais, iogurtes, achocolatados, dentre muitos outros, no intuito de suprir
a necessidade de demanda de uma parte da população que faz uso destes tipos de
produtos, por apresentar alguma restrição alimentar ou por procurar uma dieta para
redução de peso corpóreo.
Embora estes produtos terem sidos desenvolvidos para atender a
necessidades de indivíduos com condições especificas, pesquisas evidenciam que
atualmente o perfil desses consumidores vem se diversificando, incluindo no leque
de consumidores jovens e adultos preocupados com a qualidade de vida e com a
imagem corporal (NUNES; GALLON, 2013; SANTOS et al., 2015)
Os consumidores muitas vezes procuram por alimentos diet e light, mas não
sabem ao certo o que essa denominação quer dizer. Logo abaixo temos exemplos
de produtos e suas diferenças entre diet x light x tradicional perante a rotulagem.
Produto 1 – GELATINA

GELATINA TRADICIONAL DIET


Porção 5g 5g
Calorias 17 kcal 9 kcal
Carboidratos 2,9 g 0,8 g
Proteínas 1,4 g 1,4 g
Sódio 94 mg 90 mg

Essa tabela apresenta uma comparação de uma gelatina tradicional e uma


gelatina diet.
A gelatina tradicional tem mais calorias do que a gelatina diet e
a quantidade de carboidratos na gelatina tradicional é bem maior quando
comparado a gelatina diet. Os alimentos diet caracteriza alimentos que têm
formulação especial para atender pessoas com restrições dietéticas especificas
como diabetes, hipertensão, alergias alimentares e não com a finalidade de baixo
valor calórico. São produtos com a total ausência de um determinado ingrediente,
por exemplo: açúcar, sal, glúten, que será substituído por outro, sendo produtos
indicados para dietas por razões de saúde, mas isso não significa a redução do valor
calórico do alimento em questão (VIEIRA; CORNÉLIO, 2006).
No caso à gelatina diet, ela apresenta restrição de açúcares, nela são
realizadas modificações no conteúdo dos nutrientes, adaptando-se a dietas de
indivíduos que pertencem a esse grupo da população.
Na sua composição apresenta quantidades insignificantes ou são totalmente
isentos de alguns nutrientes.

Produto 2 – Barra de Cereais

BARRA DE CEREAIS TRADICIONAL LIGHT

Porção 25 g 25 g
Calorias 107 kcal 89 kcal
Carboidratos 19 g 20 g
Proteínas 1,0 g 0,8 g
Fibras 1,0 g 0,3 g
Sódio 40 mg 52 mg

essa primeira tabela temos


uma comparação de uma
barra de cereais tradicional
e uma
barra de cereais light.
Podemos iden&@car que a
barra de cereais tradicional
tem mais
calorias do que a barra
de cereais light. M ais
podemos observar que em
compensação a
barra de cereais light vai ter
um teor maior de carboidrato e
sódio
Nessa tabela aparece a comparação entre duas barras de cereais, uma
tradicional e uma barra de cereal light, nela verifica-se que a barra de cereal
tradicional possui mais calorias do que a barra de cereais light.
Os produtos light, são aqueles que possuem uma redução mínima de 25%
em alguns de seus componentes, seja nos açúcares, nas gorduras totais, gorduras
saturadas, sódio, colesterol total ou valor energético (HARA, 2003), desse modo foi
o que aconteceu com esse produto, pois a barra de cereais apesar de ser um
produto light ela contém um teor maior de carboidrato e sódio.
Produto 3 – Iogurte

IOGURTE TRADICIONAL LIGHT

Porção 150 g 150 g


Calorias 126 kcal 148 kcal
Proteínas 6,8 g 6,2 g
Carboidratos 7g 21 g
Gordura 7,0 g 5,5 g
Sódio 97 mg 103 mg
Cálcio 247 mg 195 mg

As variedades de iogurtes disponíveis para o consumo no mercado crescem


dia após dia, com tantas opções é normal que você se pergunte qual deles é o ideal
para sua dieta. É possível encontrar dos líquidos aos cremosos, saborizados,
naturais, integrais, desnatados e adocicados. Mas há uma coisa que nunca muda
entre eles: a grande quantidade de nutrientes que eles fornecem em cada colherada,
na verdade, todos os tipos de iogurtes são ótimas formas de acabar com a fome em
um lanche.
Nessa tabela a diferença em calorias é pequena, em relação as proteínas
nessa categoria, a diferença também não é muito grande entre os dois, os
carboidratos a uma grade diferenças o natural é bem melhor em relação ao light.
As gorduras do iogurte natural têm um pouco mais quando comparado ao
light, mas essa diferença não é tão alarmante assim, porém se a ideia é não ingerir
muita gordura, a melhor opção é ficar com o iogurte natural desnatado, o sódio no o
iogurte light acaba sendo uma fonte maior de sódio, mas a diferença, ainda assim, é
pequena.
Nos açúcares aqui, a diferença entre os dois fica muito mais significativa. Isso
porque no iogurte natural não é acrescentado o açúcar, como acontece com o
iogurte light. Assim, o iogurte natural só contém açúcar natural do leite.
O cálcio essa é outra categoria que a diferença é grande entre os dois. O
iogurte natural é uma fonte muito melhor de cálcio do que o light.
Porém, comparando essas questões, pode-se dizer que o iogurte natural é
melhor para ser ingerido diariamente, já que há uma quantidade menor de açúcar e
é melhor fonte de cálcio, ou seja, um copo de iogurte natural por dia, em uma dieta
balanceada, e com outras fontes alimentares de leite e derivados é suficiente para
manter o corpo saudável.
Portanto, para que o consumidor faça escolhas alimentares segundo suas
necessidades específicas e que uma alimentação saudável possa contribuir para
melhorar a qualidade de vida, é importante que haja um entendimento maior sobre
estes produtos (NUNES, S. T.; GALLON, 2013).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ações fiscais


realizadas pelos órgãos de vigilância sanitária. 2019.

BRASIL. ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Consumo de


Alimentos diet e light. 2022. Disponível em: http:// portal.anvisa.gov.br/wps/content/
Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Alimentos/Assuntos+de+Interesse/Alimentos+Com+Al
egaçoes+de+Propriedades+Funcionais+e+ou+de+Saúde. Acesso em: 08/06/2022.

HARA, M. C.; HORITA, A. C.; ESCANHUELA, M. F. A Influência do Marketing no


Consumo de produtos light e diet. São Paulo: Alínea, 2003.

NUNES, S. T.; GALLON, C. W. Conhecimento e consumo dos produtos diet e light e


a compreensão dos rótulos alimentares por consumidores de um supermercado do
município de Caxias do Sul, RS - Brasil. Nutrire, [s.l.], v. 38, n. 2, p.156-171, 2013.

OLIVEIRA, F. C.; HOFFAMANN, R. Consumo de alimentos orgânicos e de produtos


light ou diet no Brasil: fatores condicionantes e elasticidades-renda. Segurança
Alimentar e Nutricional, Campinas, v. 22, n. 1, p. 541-557, 2015.

VIEIRA, A. C.P.; CORNÉLIO, A. R. Produtos Diet e Light: O direito de informação


ao consumidor 2006. Disponível em: http://www.ambitojuridico.com.br/
site/index.php?n_link=artigos_leitura_pdf&artigo_id=2212. Acesso em: 08/06/2022.

Você também pode gostar