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ALIMENTOS DIET x LIGHT: SAIBA QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS

Hoje, mais do que nunca , é possível encontrar nas prateleiras dos supermercados uma
infinidade de alimentos e bebidas com os dizeres diet ou light: desde leites, iogurtes, pães,
geléias, refrigerantes, requeijão, até panetones, chocolates em geral, barras de cereais, etc.

Entretanto, a grande maioria das pessoas não sabe o que significam estes termos, ou faz
confusão entre eles, de forma que um passa a ser sinônimo do outro. Além disso, as pessoas
geralmente pouco se preocupam em saber o que cada um desses alimentos apresenta em sua
composição, ou seja, não procuram se informar sobre o que é que o alimento contém que o
torna diferenciado dos demais. Mesmo porque, às vezes a diferença é tão insignificante que o
investimento realizado não vale a pena, já que geralmente esses alimentos especiais são mais
caros que os tradicionais.

Desde 1988, os produtos diet e light estavam enquadrados pelo Ministério da Saúde na
categoria de “alimentos especiais”. Era uma legislação considerada inadequada, que gerava
muita confusão tanto por parte dos fabricantes como por parte dos consumidores. Contudo,
esses alimentos ganharam recentemente uma nova legislação. Pela nova lei, os produtos
conhecidos como diet e light passam a ser conceituados e rotulados sob os mesmos
parâmetros adotados nos EUA e na Europa. Para facilitar a identificação por parte do
consumidor, os fabricantes devem especificar o perfil do produto na embalagem e destacar a
palavra light ou diet. Mas isso não quer dizer que o consumidor possa se sentir seguro,
protegido. Embora existam bons produtos que realmente cumprem o que prometem nos
rótulos e bulas, há ainda aqueles considerados pouco éticos, que visam tão somente o lucro,
não se importando com a saúde do consumidor final.

Este artigo, portanto, tem como objetivo esclarecer as diferenças que existem entre alimentos
diet e light, bem como despertar o senso crítico das pessoas na seleção dos mesmos.

O QUE SÃO ALIMENTOS DIET?

Quando a palavra diet está estampada no rótulo de um alimento ou bebida, significa que
existe a ausência total de algum ingrediente, que pode ser o açúcar, o sal, a gordura, etc.
Assim, produtos específicos para diabéticos devem ser totalmente isentos de açúcar, para
pessoas com problemas cardiovasculares, a restrição deve ser de gordura, e assim por
diante....

Contudo, isso nem sempre quer dizer que ocorre uma redução nas calorias do produto em
questão. É aí que muitas pessoas se enganam e é nesse caso que quero chamar a atenção do
leitor. Tomamos como exemplo os chocolates diet, em que todo o açúcar utilizado na sua
fabricação é substituído por adoçantes. Geralmente, esse tipo de alimento é desenvolvido para
diabéticos, mas acabam sendo também adquiridos por pessoas que querem restringir as
calorias de sua dieta. A palavra diet do chocolate dá muitas vezes uma conotação de que ele é
pouco calórico e isso acaba estimulando a compra daqueles que querem emagrecer ou manter
a forma. Mas o que poucos sabem é que a troca do açúcar por adoçantes no momento da
fabricação, modifica em grande parte a textura do alimento. Para conseguir a textura habitual,
os fabricantes acabam adicionando mais gordura, o que faz com que o total de calorias do
chocolate diet (535cal/100g) fique equivalente ao do não diet (565cal/100g). O consumidor
mal-informado paga mais caro por um alimento com as mesmas calorias da versão normal,
embora não contenha a presença da sacarose.

O QUE SÃO OS ALIMENTOS LIGHT?

Os alimentos considerados light são aqueles com baixo teor de componentes (sódio, açúcares,
gorduras, colesterol) e/ou calorias, ou seja, não são isentos totalmente como os diet. Por isso,
esses alimentos não tem como finalidade atender as necessidades dietoterápicas, nem são
indicados para dietas específicas. Os alimentos são classificados como light quando houver
uma redução de pelo menos 25% da quantidade de um determinado nutriente e/ou calorias
em relação ao alimento tradicional. No caso de alimento sólido, no que se refere às calorias, o
valor total da redução deve ser no mínimo de 40 calorias para cada 100g de alimento e para
alimentos líquidos esse valor diminui para 20 calorias.

Assim como os diet, os alimento light também podem causar confusão às pessoas mal-
informadas. Por exemplo, existem certos adoçantes light que podem colocar em risco a saúde
de pessoas diabéticas, pois contêm açúcares em sua composição. É fundamental também que
o rótulo do alimento acuse o nutriente que foi visado pelo fabricante com o objetivo de tornar
o alimento light, isto porque a utilização desse termo, por si só, não é suficiente para que o
consumidor identifique o perfil do produto.

ALIMENTOS DIET OU LIGHT: COMPRAR OU NÃO COMPRAR?

Diet, light, shakes, sugar free, fat free, slim, low.... O brasileiro tem uma atração toda especial
para o que está escrito em inglês e parece que isso dá ao produto uma confiabilidade toda
especial. Contudo, diet e light não são garantia de saúde. Existe uma infinidade de alimentos
cujos rótulos prometem maravilhas e que são muitas vezes pura enganação. Quantas vezes
ouvimos certas propagandas no rádio, TV, jornais e revistas de alimentos e bebidas que
prometem o impossível, comprometendo inclusive a saúde do consumidor desinformado?

A nossa recomendação para todos é que se leia atentamente os rótulos desses produtos,
observando a composição, o grau de calorias que cada um tem, a quantidade de aditivos
químicos, etc. Só assim poderemos descobrir o que existe realmente dentro deles. Caso haja
alguma dúvida a respeito de algum ingrediente, pergunte a um profissional habilitado a
reconhecer os componentes da formulação (nutricionistas, tecnólogos de alimentos, químicos,
médicos, farmacêuticos e afins). Além disso, procure consumir produtos de indústrias idôneas,
éticas, que também se preocupam com seus consumidores. Cuidado com as fábricas de fundo
de quintal !

Para finalizar, gostaria de colocar algumas dicas que, do meu ponto de vista, são importantes
na hora de se consumir alimentos diet ou light.

Adoçantes: sacarina, aspartame, ciclamato, steviosídeo, acessulfame-K, sucralose. Todos eles


são edulcorantes, substâncias artificiais ou naturais muito mais doces que o açúcar,
responsáveis pelo sabor doce no adoçante. Geralmente adoçam o alimento com muito pouca
ou nenhuma caloria e exercem um papel importante já que são muito utilizados na fabricação
de alimentos diet ou light. Embora indicados inicialmente para pessoas obesas ou diabéticas,
observa-se hoje que estão presentes em mesas de pessoas que querem manter sua forma
física ou estão preocupadas em abandonar ou restringir o nível calórico de sua alimentação.
Entretanto, assim como o excesso de açúcar não faz bem para nossa saúde, adoçante tão
pouco. Por isso, sempre recomendo que, a menos que exista um problema de saúde (diabetes,
por exemplo), prefira ingerir pouco açúcar a grandes quantidades de adoçantes. Não é porque
o produto é diet ou light que pode ser ingerido em quantidades maiores. Lembre-se de que a
maioria dos adoçantes não é natural.

Alimentos light onde a quantidade de gordura foi reduzida são muito melhores para sua saúde
do que os tradicionais. Leites, iogurtes, requeijão, queijos, maioneses, creme de leite, batatas
fritas, pipocas com teores mais baixos de gordura devem ser preferidos àqueles tradicionais.
Mesmo porque, geralmente esses alimentos acabam apresentando uma concentração maior
de outros nutrientes importantes para nossa saúde. É o caso do cálcio em leite e derivados,
que se apresenta geralmente em maiores quantidades nos produtos light. Mas lembre-se
sempre: não é porque esses alimentos contêm teores menores de gordura que você vai sair
comendo como um louco, por que o excesso também faz mal. Maionese, creme de leite,
batatas e pipocas, por exemplo, não devem ser consumidos diariamente.

Refrigerantes e sucos diet ou light devem ser consumidos com moderação, principalmente
aqueles em pó, que são puras misturas químicas. Lembre-se sempre, você trará inúmeros
benefícios à sua saúde cada vez que trocar um copo dessas bebidas por um copo de suco
natural, rico em nutrientes importantes para o seu organismo.

Para geléias, chocolates, gelatinas, doces em geral considerados diet, vale a mesma dica dos
adoçantes.

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