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RÓTULOS ALIMENTÍCIOS

O que são rótulos?

Os rótulos alimentares representam um conjunto de características que os identificam e


asseguram um produto alimentar apto para consumo. A sua interpretação fará com que escolha
as opções mais saudáveis para uma melhoria na sua saúde.

Para que serve o rótulo?

O rótulo serve para diversas finalidades, como atrair a atenção dos clientes, gerar valor à
mercadoria e também informar. Para que um produto apresente uma boa saída no mercado, é
imprescindível que ele consiga comunicar ao público todas as suas características.

Em outubro de 2020 a Anvisa publicou alterações significativas na legislação de rotulagem


nutricional, como a obrigatoriedade de marcar os valores de referência também para 100mL ou
100g na tabela nutricional, além de apontar também a necessidade de avisos na frente do rótulo
caso o produto ultrapasse valores preestabelecidos em sódio, gordura saturada ou açúcares
adicionados.

Regras gráficas para os Rótulos

Novas regras gráficas para os rótulos

A tabela nutricional deve ser sempre em preto sobre fundo branco;

A fonte da tabela e das informações passa a ter um tamanho mínimo aceitável de 8 pontos
(caracteres com até 2,8mm) em rótulos de tamanho normal e tamanho mínimo de 6 pontos
(2,2mm) onde não couber a tabela com 8 pontos.

Embora não determine limites, a legislação exige espaçamento e proíbe que os caracteres
encostem nas barras, linhas e símbolos da tabela nutricional.

Rotulagem nutricional frontal

Rotulagem nutricional frontal: alertas na frente da embalagem

A alteração mais significativa é a obrigação de expor, de forma clara, o alto conteúdo de açúcar
adicionado, gordura saturada ou sódio, nos produtos onde estes forem superiores aos valores de
referência definidos.

A Anvisa determinou novas regras para a rotulagem nutricional no Brasil, que afetam
praticamente todas as categorias de alimentos. Essa regra passa a valer a partir de outubro de
2022. As publicações que regulamentam as alterações são a RDC 429/2020 e a IN 75/2020.

•RDC: Dispõe sobre a rotulagem nutricional dos alimentos embalados

•IN: estabelece os requisitos técnicos para a declaração da rotulagem nutricional dos alimentos
embalados

Qual a principal norma?

A principal norma a respeito é a RDC nº 259 — Regulamento Técnico sobre Rotulagem de


Alimentos Embalados, publicada no Diário Oficial no dia 20 de setembro de 2002.
O que deve conter em um rótulo?

Designação de venda do alimento

A primeira informação da nossa lista é a designação de venda. Essa informação é o que


representa aquele produto e como ele é definido, de acordo com estudo técnico da legislação
brasileira.

Por exemplo, um frasco de azeite de Oliva. Ele deve conter essa denominação. Como existem
diversas variações do produto (virgem, extra virgem etc.), o termo pode ser descrito como:
Azeite de Oliva Extra Virgem.

Informação nutricional obrigatória

Em alimentos, inserir a tabela nutricional é obrigatório na maioria dos casos e extremamente


recomendado mesmo para os que não tenham essa obrigatoriedade. Dessa forma, os clientes
podem encontrar exatamente os componentes que vão ingerir

A partir de 2019 os produtos brasileiros deverão seguir uma nova regra de rotulagem: inserir
informações sobre a lactose!

A regra inclui três níveis de classificação para os produtos. São eles:

"zero lactose", "sem lactose" ou "não contém lactose": para produtos com quantidade menor do
que 100mg por 100g de produto, ou 0,1% de concentração;

"baixo teor de lactose" ou "baixo em lactose": produtos que contenham quantidade entre 100mg
até 1g por 100g de produto (0,1% a 1% de concentração);

"contém lactose": uma variação para a presença na quantidade acima de 100mg por 100g do
item, ou 0,1%.

O que não pode faltar em um rótulo?

O que não pode ter no seu rótulo

Para que o consumidor não seja induzido ao erro ou enganado, a Anvisa proíbe que os rótulos de
alimentos industrializados tragam informações que não possam ser comprovadas.

Além disso, a indicação de substituição errônea, quando o rótulo induz o consumidor a pensar
que um alimento pode substituir outro, quando suas composições nutricionais são diferentes, é
proibida. Como exemplo, um doce de frutas não substitui o consumo da própria fruta.

Por fim, também é vedado o destaque da presença ou ausência de ingredientes comuns em


alimentos de igual natureza, como indicar “não contém colesterol” em óleos vegetais.

Tabela nutricional

Informação nutricional obrigatória

Também chamada de tabela nutricional, deve conter informações sobre todos os nutrientes e
valores energéticos do alimento. Deve constar, obrigatoriamente, os seguintes itens:

valor energético em Kcal e kJ;

carboidratos;

proteínas;

gorduras totais;
gorduras saturadas;

gorduras trans;

fibra alimentar;

sódio.

Se tiver outros minerais e vitaminas com pelo menos 5% do VD (valor diário), eles também
poderão constar na tabela nutricional.

Todos os itens devem estar discriminados em quantidade por porção e %VD. A porção deve
estar em grama ou mililitro e apresentar também a medida caseira (copo, colher de sopa, fatias,
unidades etc.).

Regras de um rótulo

Regras para apresentação das informações do rótulo segundo o item 8.2 da RDC nº 259 da
Anvisa:

O tamanho das letras e números da rotulagem nutricional obrigatória, exceto a indicação dos
conteúdos líquidos, não pode ser inferior a 1mm.

Informação nutricional obrigatória

Porção: é a quantidade média do alimento que deve ser usualmente consumida por pessoas
sadias a cada vez que o alimento é consumido, promovendo a alimentação saudável.

Medida caseira: indica a medida normalmente utilizada pelo consumidor para medir alimentos.
Por exemplo: fatias, unidades, pote, xícaras, copos, colheres de sopa. A apresentação da medida
caseira é obrigatória. Esta informação vai ajudar o consumidor a entender melhor as informações
nutricionais.

%VD: percentual de valores diários é um número em percentual que indica o quanto o produto
apresenta de energia e nutrientes em relação a uma dieta de 2000 calorias.

Cada nutriente apresenta um valor diferente para se calcular o VD (valor diário)

Significados dos itens da tabela nutricional

O que significam os itens da Tabela de Informação Nutricional dos Rótulos de Alimentos:

– Valor energético: é a energia produzida pelo nosso corpo proveniente dos carboidratos,
proteínas e gorduras totais. Na rotulagem nutricional o valor energético é expresso na forma de
quilocalorias (kcal) e quilojoules (kJ).

– Carboidratos: são os componentes dos alimentos cuja principal função é fornecer energia para
as células do corpo, principalmente do cérebro. São encontradas em maior quantidade em
massas, arroz, açúcar, mel, pães, farinhas, tubérculos e doces em geral.

– Proteínas: são componentes dos alimentos necessários para a construção e manutenção dos
nossos órgãos, tecidos e células. Encontramos nas carnes, ovos, leites e derivados, e nas
leguminosas (feijões, soja e ervilha).

– Fibra alimentar: está presente em diversos tipos de alimentos de origem vegetal, como frutas,
hortaliças, feijões e alimentos integrais. A ingestão de fibras auxilia no funcionamento do
intestino. Procure ingerir alimentos com altos %VD de fibras alimentares.
– Gorduras totais: as gorduras são principais fontes de energia do corpo e ajudam na absorção
das vitaminas A, D, E e K. As gorduras totais referem-se à soma de todos os tipos de gorduras
encontradas em um alimento, tanto de origem animal quanto vegetal.

– Gorduras saturadas: tipo de gordura presente em alimentos de origem animal, como carnes,
toucinho, pele de frango, queijos, leite integral, manteiga, requeijão, iogurte. O consumo desse
tipo de gordura deve ser moderado, pois em grandes quantidades pode aumentar o risco de
doenças do coração.

– Gorduras trans: tipo de gordura encontrada em grandes quantidades em alimentos


industrializados, como as margarinas, cremes vegetais, biscoitos, sorvetes, salgadinhos prontos,
produtos de panificação, alimentos fritos e lanches salgados que utilizam as gorduras vegetais
hidrogenadas na sua preparação. O consumo desse tipo de gordura deve ser muito reduzido,
considerando que nosso organismo não necessita desse tipo de gordura e ainda porque quando
consumido em grandes quantidades pode aumentar o risco de doenças do coração. Não se deve
consumir mais que 2 gramas de gordura trans por dia.

– Sódio: está presente no sal de cozinha e alimentos industrializados (salgadinhos de pacote,


molhos prontos, embutidos, produtos enlatados com salmoura), devendo ser consumido com
moderação, uma vez que seu consumo excessivo pode levar ao aumento da pressão arterial.

O consumo frequente e em grande quantidade de sal, açúcar, doces, refrigerantes, salgadinhos,


frituras e outros alimentos industrializados aumenta o risco de doenças como câncer, obesidade,
hipertensão arterial, diabetes e doenças do coração. Escolha alimentos mais saudáveis, lendo as
informações e a composição nutricional nos rótulos dos alimentos.

Erros que podem acontecer na rotulagem

O erro mais comum é a inserção de informações erradas nos rótulos que compõem as
embalagens, e essas precisam ser capazes de deixarem os consumidores cientes de dados como
data de validade, conteúdo, volume, ingredientes, restrições de uso ou alimentares, origem, entre
outros.

Os erros podem acontecer na criação, revisão ou mesmo na impressão dessas informações.

Informações erradas podem trazer sérios problemas para as empresa e multas milionárias. Além
disso, as empresas podem ser processadas pelos consumidores.

A melhor maneira de se evitar esses problemas é trabalhar com ética e sempre está atualizado
com as RDCs, leis e portarias que são publicadas pela Anvisa ou empresas afins, para melhor
atender aos consumidores dos alimentos. Além de buscarem profissionais capacitados para a
elaboração correta das rotulagens.

Outro problema bastante comum é o tamanho das fontes. Na legislação existem padrões de
tamanhos de fontes para que as embalagens estejam regulares e de acordo com as normas.
Não podem ser utilizadas informações falsas ou que não possam ser comprovadas na embalagem
do produto. Pães, Biscoitos, Doces, Compotas, Geleias, Temperos Prontos e outros. Informação
pode levar o consumidor ao engano quanto à verdadeira procedência do produto. Além disso a
informação não pode ser comprovada.

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