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Turbinas hidráulicas

São máquinas utilizadas desde 1827.

As principais turbinas são:


Pelton – turbina de ação ou de jato.
Aproveitamento com grandes alturas de
queda e pequenas vazões.
O princípio de operação dá-se por jatos de
água que atuam sobre pás (forma de
conchas). Um exemplo que temos é a usina H.
Borden em Cubatão – SP.
Pelton
Francis – Turbina hélico-diagonal de reação.
Aproveitamento com alturas de quedas médias.
Representam a maioria das turbinas instaladas no
Brasil. Principio de operação: todo o rotor sofre
ação simultânea de água em escoamento,
havendo uma mudança de direção de escoamento
absoluto de 90° entre a entrada e a saída do
rotor. Itaipu, Tucurui, Ilha solteira, etc.
Francis
Kaplan – Turbina axial de reação. Aproveitamento
para grandes vazões e baixas alturas de queda.
Princípio de operação: semelhante a Francis,
inclusive com mudança de direção das pás.
Mudança de direção de escoamento absoluto de
90° entre a entrada e a saída do rotor.
Jupiá, Nova Avaiandava, etc.
Kaplan
Bulbo – Turbina axial de reação, com eixo inclinado
ou horizontal. Aproveitamento para grandes
vazões e baixas alturas de queda.
Princípio de operação: semelhante a Francis,
inclusive com mudança de direção das pás.
Mudança de direção de escoamento absoluto
pouco significativo entre a entrada e a saída do
rotor.
Bulbo
Máquina(s) Mista(s)
São máquinas que transformam energia hidráulica
em energia hidráulica, ou seja, fornece energia
hidráulica ao serem acionadas pelo mesmo tipo de
energia.
Ex. carneiro hidráulico.
Carneiro Hidráulico
M. F.
SEMELHANÇA - RELAÇÕES ADIMENSIONAIS
Lembrando do curso de mecânica dos fluídos, que:
M=N-R, onde:
M=N° de adimensionais independentes
N=N° de grandezas envolvidas
R=N° de grandezas fundamentais
Recordamos também que, as grandezas fundamentais são
normalmente escolhidas como base:
F, v, D; ρ, v, D; μ, v, D
M. F.
Escolher as “grandezas neutras”:

Fluído, rotação e tamanho, representadas por: ρ, n, D.

A variação de pressão é uma fundação de:


M. F.
RELAÇÕES ADIMENSIONAIS
M. F.
RELAÇÕES ADIMENSIONAIS
M. F.
RELAÇÕES ADIMENSIONAIS
M. F.
RELAÇÕES ADIMENSIONAIS
M. F.
RELAÇÕES ADIMENSIONAIS
M. F.
RELAÇÕES ADIMENSIONAIS
M. F.
RELAÇÕES ADIMENSIONAIS
M. F.
Lembramos que uma bomba é projetada para operar no
seu rendimento máximo, gerando um par Q;HB, se a
vazão for muito inferior a esta vazão, ocorrerá: diminuição
do rendimento, aumento de força axial, refluxo,
aquecimento, cavitação, etc.
M. F.
L
M. F.
CORREÇÃO DE STEPANOFF
Tenhamos como princípio que pretendemos utilizar a bomba B1,
conforme figura abaixo, no ponto 2 de trabalho, Q2;HB2. Para
tanto, precisamos diminuir o diâmetro do rotor da bomba de
Dr1 para Dr2. Para interpolar a tabela acima mencionada,
lembramos:
M. F.
.
M. F.
M.F.
Rotação Específica

Existem muitos tipos de bombas e cada tipo tem suas


características geométricas, atendendo a uma faixa de
vazões e de cargas.
Porém não é possível escolhermos uma bomba apenas
pela vazão e pela carga que pode proporcionar.
M.F.
Rotação Específica
Não basta que a bomba funcione............ela tem que
funcionar bem, ou seja, além de fornecer o ponto que
necessitamos, deve responder com o melhor rendimento
possível. Para conseguirmos isso, devemos escolher a
geometria conveniente para determinada instalação. O
problema é que só a carga ou só a vazão não são
suficientes para resolvermos as questões de cada
instalação.
M.F.
Rotação Específica
Por esse motivo, devemos escolher e desenvolver
métodos que nos auxilie na decisão de qual bomba
escolher. Um dos métodos utilizados é denominado com
Rotação Específica.
M.F.
Bomba Unidade
Tomemos como exemplo uma bomba real B operando na
rotação ‘n’ e tenha o diâmetro de rotor ‘Dr’. Essa bomba
oferece as seguintes características:
M.F.
Bomba Unidade
Com esses valores calculamos os coeficientes
manométricos e de vazões:
M.F.
Bomba Unidade
Para cada par (Q;HB) temos um outro par de
adimensionais (φ, ψ), sendo que através da combinação
entre esses valores podemos construir as curvas
universais:
M.F.
Para cada par (Q;HB) termos um outro para de
adimensionais (φ, ψ), sendo que através da combinação
entre esses valores podemos construir as curvas
universais:

Desse forma levantamos a curva:


M.F.
O rendimento de uma bomba é afetado pela sua
geometria, porém o rendimento deve ser o melhor
possível dado o par (Q;HB). Fazemos então a consideração
sobre duas bombas, uma sendo a bomba modelo e a
outra a bomba protótipo. (Bm, Bp). Dessa forma,
admitiremos que exista semelhança geométrica entre
elas, sendo assim podemos impor a semelhança completa
e igualar os adimensionais:
M.F.
.
M.F.
Essa condição de semelhança só é válida para bombas da
mesma família e na condição de semelhança completa
(mesmos adimensionais). A bomba considerada ‘bomba
unidade’ é uma bomba fictícia que serve de modelo para
qualquer família. Possui carga manométrica HB de 1m e
vazão de 1m³/s, e sempre trabalha no ponto de maior
rendimento, seja esse qual for.
M.F.
Rotação Específica

Da equação obtida ao lado podemos


dizer que ela está em função da cargas,
das vazões e das rotações de duas
bombas de uma mesma família. Sendo
assim, podemos fazer a comparação de
uma bomba unidade com uma bomba
protótipo qualquer, para determinarmos
a rotação dessa bomba (Bq):
M.F.
A rotação específica tem sido usada função da importância prática de
suas três aplicações básicas:

• a primeira permite determinar o tipo de rotor e a eficiência máxima de


acordo com as condições operacionais;

• a segunda permite, em função dos resultados existentes para bombas


similares, determinar: a geometria básica do rotor, conhecidas as
características de desempenho desejadas (Q e H), e a rotação (n); o
desempenho aproximado da bomba, conhecidas as características
geométricas do rotor;
M.F.
• a terceira permite determinar a rotação máxima que uma bomba pode
operar em condições satisfatórias em função do tipo de bomba e de
características do sistema.
M.F.
Rotação Específica
M.F.
Rotação Específica
M.F.
Rotação Específica
Sendo assim, a relação obtida na equação pode quantificar o
parâmetro que pesa mais e dar a devida importância a ele. Se a
vazão é mais representativa que a carga, o valor de nq (rotação
da bomba protótipo) diminui. Então nq pode ser definida como:
• A rotação que a bomba unidade deve ter com HB=1m e
Q=1m³/s no ponto máximo de rendimento;
• Rotação específica da bomba real;
• Velocidade específica;
• Número de Brauer.
M.F.
Rotação Específica
A unidade de rotação específica é dada em RPM.
M.F.
Rotação Específica
Os motores elétricos utilizados determinam a rotação que
normalmente uma bomba deve ter, e isso é determinado pelo
número de polos que possuem (detalhe construtivo do motor
elétrico). Sendo assim:
n=(120.f)/p
onde: f = frequência da rede elétrica
p = número de polos do motor
M.F.
Rotação Específica
Sendo assim, temos para uma frequência de 60 Hz e um motor
de dois polos uma rotação de 3600 rpm, e se o motor for de 4
polos, temos a rotação de 1800 rpm. Vale lembrar que um
motor que possui mais polos é, construtivamente falando, mais
caro que um outro motor que possua uma potência semelhante.
M.F.
Variação do rendimento em função da rotação específica

Do ponto de rendimento máximo de uma bomba, calculamos a


sua rotação específica e estimamos o seu rendimento pelo
gráfico, comparando-o posteriormente ao rendimento declarado
no catálogo do fabricante da mesma bomba.
M.F.
Aplicações da rotação específica

Uma instalação necessita de 3,5 L/s de água com uma carga


manométrica de 180m. Escolher a rotação e o tipo de bomba
geometricamente adequados, levando em consideração que o
objetivo é o menor custo possível.
M.F.
Aplicações da rotação específica
M.F.
Aplicações da rotação específica

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