A carga manométrica de uma instalação em função da vazão HB = f(QB) , pode ser dividida em 2 tipos: • HBN – Carga manométrica necessária para a instalação (o que o sistema necessita para operar) • HBD – Carga manométrica disponível de uma bomba (capacidade da bomba de fornecer ao sistema) M.F. Curva característica da instalação – CCI M.F. Curva característica da instalação – CCI
Aplicando a equação da energia de (1) a (2) teremos:
M.F. Altura estática (Hest)
Hest é a carga ou altura estática de elevação, o
qual resulta da somatória das parcelas que não dependem a vazão. M.F. Altura estática (Hest) M.F. Altura estática (Hest) M.F. Altura estática (Hest) M.F. Equação da CCI M.F. Equação da CCI M.F. Equação da CCI
De uma forma geral a equação da CCI, para os
casos genéricos fica da seguinte forma: M.F. Curva característica de bomba – CCB Representa a disponibilidade de energia que este equipamento pode fornecer ao sistema. M.F. Na figura abaixo demonstraremos um conjunto de curvas características de uma bomba centrífuga radial. No catálogo do fabricante, a apresentação é um pouco diferente.... M.F. Ponto de funcionamento O ponto de funcionamento é o ponto de cruzamento da CCI com a CCB. Este ponto, também é definindo como ponto de funcionamento, ponto de operação ou ponto de trabalho. Na figura abaixo, O ponto “C” representa o cruzamento da CCI “A” e a CCB “B”. M.F. No projeto de uma instalação, com a vazão necessária Qn, pode-se calcular a carga manométrica necessária HBn, através da equação da energia. Mas nem sempre este ponto faz parte da curva CCB. Como os projetos devem prever uma reserva de projeto (10 a 20%), com o auxílio da curva de instalação escolhemos a bomba mais adequada. M.F. A partir do ponto de funcionamento, podemos encontrar as demais grandezas da bomba. Onde: M.F. QB = Vazão da bomba no ponto de trabalho ηB = Rendimento da bomba no ponto de trabalho HB = Altura manométrica fornecida pela bomba no ponto de trabalho PB = Potência consumida pela bomba no ponto de trabalho NB = Curva de potência consumida pela bomba CCI = Curva característica da Instalação CCB = Curva característica da Bomba M.F. CCBs em função do tipo de bomba Tipo estável ou rising - a altura aumenta continuamente com a diminuição da vazão. A altura correspondente a vazão nula (shut-off) é cerca de 10 a 20% maior que a altura para o ponto de maior eficiência. M.F. CCBs em função do tipo de bomba Tipo instável ou drooping - a altura produzida com a vazão zero é menor do que outras correspondentes a algumas vazões. Neste tipo de curva, verifica-se que para alturas superiores ao shut-off, dispomos de duas vazões diferentes, para uma mesma altura manométrica. M.F. CCBs em função do tipo de bomba Inclinado acentuado ou tipo steep - é uma curva do tipo estável, em que existe uma grande diferença entre a altura desenvolvida na vazão zero (shut-off) e a desenvolvida na vazão de projeto, ou seja, cerca de 40 a 50%. M.F. CCBs em função do tipo de bomba Tipo plana ou flat - a altura varia muito pouco com a vazão, desde o shut-off até o ponto de projeto. M.F. CCBs em função do tipo de bomba Tipo instável - é a curva na qual para uma mesma altura, corresponde duas ou mais vazões nem certo trecho de instabilidade. É idêntica a curva drooping. M.F. Tipos de curvas de potência Bomba de fluxo misto ou semi-axial - a potência consumida aumenta até certo ponto, mantendo-se constante até certos valores e decresce em seguida. Esta curva tem a vantagem de não sobrecarregar o motor em qualquer ponto de trabalho. Estas curvas são chamadas de “no over loading” M.F. Tipos de curvas de potência Bomba de fluxo radial - a potência consumida aumenta continuamente com a vazão. O motor deve ser projetado, de modo que sua potência cubra todos os pontos de operação. Estas curvas são chamadas de “over loading” M.F. Tipos de curvas de potência Bomba de fluxo axial - Neste tipo de curva, a potência consumida aumenta até certo valor, mantém-se constante para os valores seguintes e decresce em seguida. M.F. Tipos de curvas de rendimento Rendimento é o quociente entre a potência hidráulica e a potência consumida. M.F. Tipos de curvas de rendimento Curvas de isorendimento - Toda bomba apresenta limitações de rotores, ou seja, a família de rotores de uma curva característica vai desde um diâmetro máximo até um diâmetro mínimo. O diâmetro máximo é consequência do espaço físico existente no interior da bomba e o diâmetro mínimo é limitado hidraulicamente, ou seja, se utilizarmos diâmetros menores do que indicados nas curvas das bombas, teríamos problemas de funcionamento, baixo rendimento, baixa vazão, baixa altura manométrica, etc. M.F. Tipos de curvas de rendimento Encontra-se no mercado curvas de rendimento plotadas isoladamente ou rebatidas nas curvas QxH, como demonstrado. M.F. Fatores modificadores das curvas CCB/CCI Alteração de níveis dos tanques M.F. Fatores modificadores das curvas CCB/CCI Fechamento de válvula M.F. Fatores modificadores das curvas CCB/CCI Bomba e tubulação usados - No caso da bomba usada, quando em ambientes agressivos, tende a haver um desgaste tanto do rotor quanto da voluta aumentando os espaços a vazamentos internos, como se o diâmetro do rotor fosse diminuído. No caso da instalação, as paredes internas das tubulações passam a sofrer desgaste, alterando o coeficiente de atrito ou esclerosando por incrustação do produto transportado. M.F. Fatores modificadores das curvas CCB/CCI Bomba e tubulação usados M.F. Fatores modificadores das curvas CCB/CCI Alteração no Ø do rotor/rotação M.F. Fatores modificadores das curvas CCB/CCI Alteração no Ø do rotor/rotação M.F. Exemplo de curvas características Tanques com mesmo nível - Instalação e Curvas M.F. Exemplo de curvas características Tanques com mesmo nível - Instalação e Curvas M.F. Exemplo de curvas características Escoamento por Gravidade - Instalação e Curvas M.F. Exemplo de curvas características Bomba Booster - Instalação e Curvas M.F. Perda de carga (Hp) Equação básica
Parcelas singulares e distribuídas
Caso algum exercício ou na vida prática, o coeficiente de
perda de carga de certo componente seja dado em Ks, proceder da seguinte forma: M.F. P
Avaliando as singularidades, pelo método de comprimento
equivalente, podemos relacionar f e Ks:
Porém o comprimento total da instalação é a soma das parcela
distribuídas e as singularidades. M.F. Obtenção do comprimento total M.F. Simplificação da equação da perda de carga M.F. Potência hidráulica
Para seleção do motor elétrico, seguimos a referência prática
abaixo descrita: • Até 2CV de NB, selecionamos o motor elétrico com adicional de 20% , enquadrando-o conforme tabela TG-9 • De 2CV a 20CV, selecionamos o motor elétrico com adicional de 15%, enquadrando-o conforme tabela TG-9 • Acima de 20CV, selecionamos o motor elétrico com adicional de 10%, enquadrando-o conforme tabela TG-9 M.F. Obtenção do coeficiente “f”
Para localizar o coeficiente de perda de carga distribuída:
Diagrama de Moody-Rouse – TG-7 Viscosidade cinemática (ν) – TG-8 M.F. Obtenção do coeficiente “f” M.F. Escolha do “f” para vazão conhecida Com uma vazão Qn, podemos obter o “f” que pode ser adotado constante para todas as demais vazões. Ao determinar-se a CCI, temos dois pontos corretos: vazão nula e vazão Qn. Se for considerado o “f” correto para cada vazão, a variação da curva, praticamente é insignificante. M.F. Escolha do “f” para vazão desconhecida Dada uma bomba e uma instalação, determinar o ponto de funcionamento. Nesta situação não sabemos a vazão e portanto não podemos determinar o “f”. Desta forma, pelo método de “iteração” aprendido em mecânica dos fluídos, adotaremos um “f”. Depois de levantar a CCI, obteremos a vazão no ponto de funcionamento. Então calcula-se o novo “f” e compara-se com o “f” adotado, estando os valores próximo, o exercício está resolvido. M.F. Escolha do “f” para vazão desconhecida No diagrama de Moody-Rouse, temos a “reta de Rouse” ou escoamento hidraulicamente rugoso. Desta reta à direita, devido o número de Re, ser muito alto, as forças viscosas não são mais significativas, prevalecendo apenas as forças rugosas. Assim as retas DH/K tornam-se retas paralelas. Sugestão: • Calcular DH/K e adotar o “f” • Faixas de pequenas variações de DH/K, adotar Re~10⁵ M.F. – Exercício - 01 M.F. - Exercício M.F. – Exercício - 02 A instalação da figura pode operar por gravidade, fechando as válvulas que dão acesso à bomba ou com a bomba colocada em by-pass, fechando-se a válvula que permite o escoamento apena por gravidade. Pede-se: • A vazão sem bomba, graficamente; • A máxima vazão que será fornecida pela bomba (ver curva), com bocas 65x40 mm, rotor de 139 mm, 3500 rpm, quando operar a instalação dada; • O comprimento equivalente da válvula globo (reta sem guia), quando a vazão máxima com bomba for reduzida em 60%. M.F. – Exercício - 02
T=18ºC M.F. – Exercício - 02 M.F. – Exercício - 02 M.F.