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Perturbação do Espetro de
Autismo: a Intervenção dos
Profissionais de Educação em
Contexto Pré-Escolar
DE
Ana Rita Oliveira Teixeira
ORIENTAÇÃO
Doutor Júlio Emílio Pereira de Sousa
Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti
Porto
À minha mãe,
À minha mãe,
À minha mãe,
À minha mãe,
À minha mãe,
À minha mãe,
Obrigada
Agradecimentos
Ao meu orientador, Professor Doutor Júlio, pela orientação, sugestões,
pela leitura atenta e crítica, palavras de motivação e apoio prestado ao longo de
todo o trabalho.
Agradecer à minha mãe, pelo apoio dado nesta fase difícil e pelo esforço
que fez ao longo destes anos, de forma a proporcionar-me um futuro mais seguro
e com estudos. As palavras não são suficientes para a gratidão que sinto.
Por último, mas não menos importante, aos grandes amigos que fiz
durante o meu Erasmus, em Barcelona, que sempre estiveram comigo e me
ajudaram, sendo eles a Maria André, a Edita, a Marta, a Caroline, a Mathilde, a
Gabriela e o João. Muito obrigada.
Resumo
Este relatório de investigação é o resultado de uma preocupação pessoal
e profissional com as dificuldades de inclusão de crianças com Perturbação do
Espetro de Autismo no jardim de infância e a intervenção do educador na sua
inclusão.
Existem três graus no autismo: Grau 1 que exige apoio; Grau 2 que exige
um apoio considerável e o Grau 3 que exige um apoio muito considerável.
Abstract
This research report is the result of a personal and professional concern
about the difficulties of including children with Autism Spectrum Disorder in
kindergarden and the intervention of the educator in their inclusion.
There are three grades in autism: Grade 1: that requires support; Grade 2:
that requires considerable support and Grade 3: that requires very considerable
support.
1.1 Conceito
Para efeitos de diagnóstico, têm de se verificar pelo menos dois dos critérios
do ponto (2) e “esses sintomas estão presentes desde o início da infância e
limitam ou prejudicam o funcionamento diário.” (DSM-5, 2014, p.53)
Deste modo, este processo envolve tanto as crianças como os pais cujo
objetivo é a individualidade da criança.
Para uma inclusão saudável de uma criança com PEA, é necessário que
o educador respeite a individualidade da criança, reduza os tempos de espera,
use estímulos visuais, entre outros.
autistas em JI
“A inclusão deve ser feita de uma forma séria e responsável, em que toda
a comunidade educativa beneficia pela partilha, pela aprendizagem do respeito
pela diferença e da potencialização das capacidades de cada um e de todos...
não uma inclusão de faz de conta.” (Loureiro, 2006)
Correia, (citado por Covas, 2012), defende que, para que os programas
da inclusão funcionem, é essencial: o envolvimento entre educadores do regular
e educadores de educação especial e de todos os técnicos presentes no
processo educativo; um conjunto de práticas e serviços de apoio para um bom
suporte à criança; legislação que defenda a inclusão da criança com NEE na
escola regular; uma boa relação entre a escola, a família e a comunidade.
3 Medidas Educativas
Por fim, as medidas seletivas visam dar “respostas que colmatam dificuldades
acentuadas e persistentes ao nível da comunicação, interação, cognição ou
aprendizagens que exigem recursos especializados de apoio à aprendizagem e
à inclusão” (Crespo, A., Trindade, A. R., Cosme, A., Croca, et al., 2018, p. 29).
Estas devem ser aplicadas consoante as necessidades do aluno em questão.
5 Metodologia Aplicada
Gráfico 8
Legenda:
Fornecer reforço apropriado e imediato, dizendo que é capaz de realizar o que é pretendido
Criar regras claras, curtas e diretas. Uma regra de cada vez para melhor interiorização
Empregar um plano de aula, dizendo no início de cada dia o que vai acontecer,
transmitindo desta forma confiança. No final de cada dia fazer-se também uma síntese
Fazer uso da estimulação multissensorial, pois cada aluno aprende de forma diferente
No presente gráfico, com a questão “Dos pontos abaixo indicados,
assinale as três que considere mais importantes relativamente a Estratégias
Pedagógicas para a Inclusão de crianças com PEA em Jardim de Infância”, com
55% encontra-se a criação de regras claras, curtas e diretas. Uma regra de cada
vez para melhor interiorização. Fazer uso da estimulação multissensorial, pois
cada aluno aprende de forma diferente obteve 47%. Com 44%, solicitar a
colaboração dos pais e logo com 43% organizar-se e organizar o tempo e as
suas tarefas fazendo por exemplo, um horário individual da sua rotina. Fornecer
tarefas alternativas de acordo com as possibilidades do aluno obteve 38%. Com
29%, fornecer reforço apropriado e imediato, dizendo que é capaz de realizar o
que é pretendido. Com 23%, empregar um plano de aula, dizendo no início de
cada dia o que vai acontecer, transmitindo desta forma confiança. No final de
cada dia fazer-se também uma síntese e por fim, com 7%, ajudar a arranjar
amigos. Com isto, entende-se que regras e rotinas são estratégias pedagógicas
fundamentais, ao olhar dos inquiridos, bem como a estimulação. O apoio e
comunicação para e com os pais é também essencial.
Gráfico 10
Gráfico 11 - Inclusão
Gráfico 12 - Benefícios da Inclusão
Crespo, A., Trindade, A. R., Cosme, A., Croca, et al. (2018). Para uma
educação inclusiva: Manual de apoio à prática.
1. Género
o Feminino
o Masculino
o Não quero responder
2. Faixa etária
o Entre 18 e 30
o 31 a 40
o 41 a 50
o 51 a 60
o Mais de 61
3. Habilitação Profissional
o Bacharelato
o Licenciatura
o Pós-graduação
o Mestrado
o Doutoramento
o Outra opção: _____________________
9. Dos pontos abaixo indicados, assinale por ordem de prioridade (1,2,3) três que
considere mais importantes relativamente a Estratégias Pedagógicas para a
Inclusão de crianças com PEA em Jardim de Infância (colocar estratégias em
grelha)
Organizar-se e Fornecer Criar regras Empregar um Fornecer tarefas Solicitar a Ajudar a Fazer uso da
organizar o reforço claras, curtas plano de aula, alternativas de colaboração arranjar estimulação
tempo e as apropriado e e diretas. Uma dizendo no início acordo com as dos pais amigos multissensorial,
suas tarefas imediato, regra de cada de cada dia o que possibilidades pois cada
fazendo por dizendo que é vez para vai acontecer, do aluno aluno aprende
exemplo, um capaz de melhor transmitindo de forma
horário realizar o que interiorização desta forma diferente
individual da é pretendido confiança. No
sua rotina final de cada dia
fazer-se também
uma síntese
A formação na área dos pais deve ser tida em consideração e para isso
existem várias formas de formação, desde cursos na área, como por exemplo
em: www.7senses.pt, onde podem encontrar formação de forma a colmatar as
dificuldades do seu filho, como ajudá-lo na sua melhoria. Para além disso, ao
frequentarem esses mesmos cursos, podem conseguir arranjar estratégias de
melhoria, como por exemplo “o iceberg”. O “iceberg” consiste numa estratégia
na qual os pais podem utilizar, onde descrevem o que acham que é um problema
na criança, de seguida apresenta-se a ponta do iceberg que é o que nós vemos
e achamos o problema, mas o que realmente existe muito mais escondido “no
fundo do oceano”, ou seja, o grande problema da criança. Aí devem escrever as
estratégias que utilizaram e que não resultaram com o seu filho, onde se
encontra a cruz. Esta será uma estratégia a não adotar numa próxima vez. Assim
que encontrarem uma estratégia que resulte, escrevem-na na lista que se
apresenta com o símbolo do certo, de modo a ser algo possível de fazer com a
criança, permitindo assim futuramente intervir. No sentido de ajudar a encontrar
e desenvolver estratégias, a ELI pode intervir junto da família e a família tem o
direito de solicitar essa ajuda. (Direção-Geral de Educação, 2020)
Bibliografia
Amazonas, M. C. L. A., Damasceno, P. R., Terto, L. M. S., & Silva, R. R.
(2003). Arranjos familiares de crianças de camadas populares. Psicologia em
Estudo., 8 (especial), 11-20.
Disponível em https://www.scielo.br/pdf/pe/v8nspe/v8nesa03.pdf
Dessen, M., A., & Polonia, A., C., (2007). A Família e a Escola como contextos
de desenvolvimento humano. Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasil.
Disponível em https://www.scielo.br/pdf/paideia/v17n36/v17n36a03
Destinatários:
Educadores(as) de Infância
Nº de horas: 25h
Formadores:
Ana Rita Teixeira
Calendarização:
18/04/2022 – 18:00-21:00
19/04/2022 – 18:00-21:00
26/04/2022 – 18:00-21:00
27/04/2022 – 18:00-21:00
02/05/2022 – 18:00-21:00
09/05/2022 – 18:00-21:00
16/05/2022 – 18:00-21:00
17/05/2022 – 18:00-22:00
Objetivos:
• Promover o sucesso educativo e a qualidade das experiências de ensino e
das aprendizagens em alunos com PEA;
• Partilhar experiências, ideias e materiais, potenciadores do desenvolvimento
de uma prática de inovação educacional.
Conteúdo:
Introdução (3h)
▪ Apresentação;
▪ Enquadramento da PEA.
Conceito (3h)
▪ Diagnóstico de PEA;
▪ O que é o autismo.
Inclusão (3h)
▪ Entender o conceito da inclusão
▪ A inclusão no Dec. Lei nº 54/2018.
(3h)
▪ Visualizar situações de inclusão e exclusão;
▪ Quais as vantagens da inclusão.
Avaliação (4h)
▪ Construção de materiais de intervenção na PEA.
Avaliação:
➢ Discussão e análise de materiais de intervenção da prática
pessoal/profissional;
➢ Trabalho individual e em grupo com construção de materiais de
intervenção com crianças com PEA em contexto Pré-Escolar.
Regime de avaliação dos formandos
Bibliografia
Correia, M. (2014). Autismo e Atraso de Desenvolvimento – Um Estudo
de Caso. Fundação A LORD.