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Tipos textuais e gêneros que representam

Tipos textuais Gêneros textuais

●     romances;

●     contos;

●     fábulas;

Narrativo ●     lendas;

●     mitos;

●     novelas;

●     crônicas.

●     diários;

●     relatos de viagens;

Descritivo ●     folhetos turísticos;

●     cardápios de restaurantes;

●     anúncios de classificados.

●     notícias;

●     artigos;

Expositivo ●     reportagens;

●     resumos escolares;

●     verbetes de dicionário.

Argumentativo ●     artigos de opinião;


Tipos textuais Gêneros textuais

●     abaixo-assinados;

●     manifestos;

●     sermões;

●     teses.

●     receitas culinárias;

●     manuais de instruções;

Injuntivo ●     bulas de medicamentos;

●     tutoriais de beleza;

●     guias rodoviários.

●     decretos e leis;

●     cláusulas de contratos;

Prescritivo ●     editais de concursos públicos;

●     regras de trânsito;

●     regulamentos internos.


Significação das palavras
O significado das palavras é estudado pela semântica, a parte da gramática que estuda não só o
sentido das palavras como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre si: relações de
sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia,...

Compreender essas relações nos proporciona o alargamento do nosso universo semântico,


contribuindo para uma maior diversidade vocabular e maior adequação aos diversos contextos e
intenções comunicativas. 

Sinonímia e antonímia
A sinonímia indica a capacidade das palavras apresentarem significados semelhantes.
A antonímia indica a capacidade das palavras apresentarem significados opostos. Assim, através
da sinonímia e da antonímia as palavras estabelecem relações de proximidade e contrariedade.

Exemplos de palavras sinônimas:

 importante: significativo, considerável, prestigiado, indispensável, fundamental,...


 necessário: essencial, fundamental, forçoso, obrigatório, imprescindível,...

Exemplos de palavras antônimas:

 dedicado: desinteressado, desapegado, faltoso, desaplicado, relapso,...


 pontual: atrasado, retardado, durável, genérico, irresponsável,...

Leia mais sobre sinonímia e antonímia.

Homonímia e paronímia
A homonímia se refere à capacidade das palavras serem homônimas (som igual, escrita igual,
significado diferente), homófonas (som igual, escrita diferente, significado diferente) ou
homógrafas (som diferente, escrita igual, significado diferente).

Exemplos de palavras homônimas:

 rio (curso de água) e rio (verbo rir);


 caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar).

Exemplos de palavras homófonas:

 cem (100) e sem (indica falta)


 senso (sentido) e censo (levantamento estatístico)

Exemplos de palavras homógrafas:

 colher (talher) e colher (apanhar);


 acerto (correção) e acerto (verbo acertar);
Leia mais sobre palavras homônimas, palavras homófonas e palavras homógrafas.

A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de forma parecida, mas que
apresentam significados diferentes. 

Exemplos de palavras parônimas:

 Comprimento (tamanho) e cumprimento (saudação);


 Imigrar (entrar num novo país) e emigrar (sair do seu país).

Leia mais sobre paronímia.

Polissemia e monossemia
A polissemia indica a capacidade de uma palavra apresentar uma multiplicidade de significados,
conforme o contexto frásico em que ocorre. A monossemia indica que determinadas palavras
apresentam apenas um significado. 

Exemplos de palavras polissêmicas:

 Cabeça (parte do corpo humano e líder do grupo, com origem comum na palavra em
latim capitia);
 Letra (símbolo de escrita e documento substituto de dinheiro, com origem comum na
palavra em latim littera).

Exemplos de palavras monossêmicas:

 Estetoscópio (instrumento médico);


 Eneágono (polígono com nove ângulos).

Leia mais sobre polissemia e monossemia.

Denotação e conotação
A denotação indica a capacidade das palavras apresentarem um sentido literal e objetivo.
A conotação indica a capacidade das palavras apresentarem um sentido figurado e simbólico.

Exemplos de palavras com sentido denotativo:

 O navio atracou no porto.


 A anta é um mamífero.

Exemplos de palavras com sentido conotativo:

 Você é o meu porto.


 Pense pela sua própria cabeça, sua anta!

Hiperonímia e hiponímia
A hiperonímia e a hiponímia indicam a capacidade das palavras estabelecerem relações
hierárquicas de significado. Um hiperônimo, palavra superior com um sentido mais abrangente,
engloba um hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito.

Fruta é hiperônimo de morango.


Morango é hipônimo de fruta.

Exemplos de hiperônimos:

 ferramenta
 ave

Exemplo de hipônimos:

 martelo, serrote, alicate, enxada, chave de fenda,...


 papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, coruja,...

Saiba mais sobre hiperonímia e hiponímia.

Formas variantes
As formas variantes se referem a palavras que possuem mais do que uma grafia correta, sem que
haja alteração do seu significado. 

Exemplos de formas variantes:

 abdome e abdômen;
 bêbado e bêbedo;
 embaralhar e baralhar;
 enfarte e infarto;
 louro e loiro.

Significado de Sinônimos e antônimos

O que são Sinônimos e antônimos:


Sinônimo é uma palavra que possui o significado semelhante a outra e antônimo é uma
palavra que tem significado contrário a outra.

A diferença entre sinônimos e antônimos é o significado das palavras ao serem comparadas:


nos sinônimos eles são aproximados e nos antônimos são opostos.

Vamos saber um pouco mais sobre cada um deles:

Sinônimo
Um sinônimo pode ser uma palavra ou expressão que tem o significado equivalente a
outra, podendo ser igual ou semelhante. Os sinônimos, pela correspondência de seu
significado, podem ser substituídos sem causar alteração no sentido que se deseja expressar.

Veja este exemplo de substituição adequada de sinônimos em uma frase:

Com o início das obras, o trânsito naquela região foi modificado.


Com o início das obras, o trânsito naquela região foi alterado.

Sinônimos e significados diferentes


É preciso ter atenção ao fazer uma substituição de expressões sinônimas porque, conforme a
aplicação e o contexto, as palavras podem assumir diferentes sentidos e podem alterar a
frase.

Para compreender melhor, observe o exemplo:

A chefe pretende aumentar os rendimentos da empresa. (aumentar = elevar)


A chefe pretende inserir os rendimentos da empresa. (inserir = acrescentar)

As palavras aumentar e inserir podem ser sinônimas em muitas situações. Mas, no caso
apresentado, não possuem o mesmo significado e por isso alteram o sentido da frase.

Sinônimos e repetição de palavras


O uso de sinônimos é muito eficiente para evitar que a utilização de uma mesma palavra
deixe um texto repetitivo. Veja:

Quando chegou no aeroporto, percebeu que o avião não estava na pista. Logo, o aviso
sonoro indicou que o avião teve problemas técnicos.

Quando chegou no aeroporto, percebeu que o avião não estava na pista. Logo, o aviso
sonoro indicou que a aeronave teve problemas técnicos.

Exemplos de sinônimos
Veja uma lista com alguns exemplos de palavras sinônimas:

 Objetivo e finalidade;

 Importante e significativo;

 Sabedoria e sapiência;

 Ocupação e ofício;

 Esperto e sagaz;

 Claro e alvo;

 Morrer e falecer;

 Volumoso e corpulento;
 Proibição e impedimento;

 Castigar e punir;

 Doença e enfermidade.

Leia mais sobre o significado de sinônimo.

Antônimo
Os antônimos são expressões ou palavras que têm o significado oposto quando
comparadas a outra. Nesse caso, se forem substituídos, causam alteração no sentido inicial,
expressando uma ideia contrária à anterior.

Veja como a substituição de palavras antônimas modifica o sentido de uma frase:

Ela chegou à escola com muita disposição para estudar.


Ela chegou à escola com pouca disposição para estudar.

Exemplos de antônimos
Conheça algumas palavras antônimas:

 Alegre e triste;

 Benefício e malefício;

 Extrovertido e tímido;

 Calmo e ansioso;

 Excesso e escassez;

 Construir e demolir;

 Adiantar e atrasar;

 Lacônico e prolixo;

 Respeito e desrespeito;

 Incluído e excluído;

 Perpétuo e efêmero.

Leia também sobre antônimo.

Sinonímia e antonímia
A sinonímia se refere à relação de proximidade de sentidos que existe entre palavras
sinônimas. Já a antonímia se refere à relação de oposição de sentidos que existe entre
palavras antônimas.

Tanto a sinonímia quanto a antonímia são estudadas pela semântica, que é a parte da
gramática que explora e interpreta a significação das palavras.
Veja também o significado de semântica e leia sobre as palavras que possuem muitos
significados: polissemia.

Ortografia

O que é ortografia?
A Ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras de uma língua. Do grego "ortho", que
quer dizer correto, e "grafo", por sua vez, que significa escrita.

Ela se insere na Fonologia (estudo dos fonemas) e junto com a Morfologia e a Sintaxe são as
partes que compõem a gramática.

Além de ser influenciada pela etimologia e fonologia das palavras, no que respeita à ortografia
existem convenções entre os falantes de uma mesma língua que visam unificar a sua ortografia
oficial. Trata-se dos acordos ortográficos.

O Alfabeto
A escrita é possível graças aos sinais gráficos ordenados que transcrevem os sons da linguagem.
Na nossa cultura, esses sinais são as letras, cujo conjunto é chamado de alfabeto.

A língua portuguesa tem 26 letras, três das quais são usadas em casos especiais: K, W e Y.

Emprego das letras K, W e Y

 Siglas e símbolos: kg (quilograma), km (quilômetro), K (potássio).


 Antropônimos (e respectivas palavras derivadas) originários de línguas estrangeiras: Kelly, Darwin,
darwinismo.
 Topônimos (e respectivas palavras derivadas) originários de línguas estrangeiras: Kosovo, Kuwait,
kuwaitiano.
 Palavras estrangeiras não adaptadas para o português: feedback, hardware, hobby.

Saiba mais sobre a Origem do alfabeto.

Uso do x e do ch
O x é utilizado nas seguintes situações:

 Geralmente, depois dos ditongos: caixa, deixa, peixe.


 Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano.
 Palavras com origem indígena ou africana: xará, xavante, xingar.
 Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada, enxame.

Exceções:
1. A palavra "mecha" (porção de cabelo) escreve-se com ch.
2. O verbo "encher" escreve-se com ch. O mesmo acontece com as palavras que dele derivem:
enchente, encharcar, enchido.

Escreve-se com x Escreve-se com ch

bexiga bochecha

bruxa boliche

caxumba broche

elixir cachaça

faxina chuchu

graxa colcha

lagartixa fachada

mexerico mochila

xerife salsicha

xícara tocha

Uso do h
O h é utilizado nas seguintes situações:

 No final de algumas interjeições: Ah!, Oh!, Uh!


 Por força da etimologia: habilidade, hoje, homem.
 Nos dígrafos ch, lh, nh: flecha, vermelho, manha.
 Nas palavras compostas: mini-hotel, sobre-humano, super-homem.

Exceção: A palavra Bahia quando se refere ao estado é uma exceção. O acidente geográfico "baía"
é grafado sem h.

Veja também: Há ou A?

Uso do s e do z
O s é utilizado nas seguintes situações:

 Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso  / -osa que indicam grande quantidade, estado ou
circunstância: bondoso, feiosa, oleoso.
 Nos sufixo -ês, -esa, -isa  que indicam origem, título ou profissão: marquês, francesa, poetisa.
 Depois de ditongos: coisa, maisena, lousa.
 Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quis, quiseram.
O z, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações:

 Nos sufixos -ez  / -eza  que formam substantivos a partir de adjetivos: magro - magreza, belo -
beleza, grande - grandeza.
 No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hospitalizar.

Escreve-se com s Escreve-se com z

alisar amizade

análise aprazível

atrás azar

através azia

aviso desprezo

gás giz

groselha prazer

invés rodízio

jus talvez

uso verniz

Temos certeza que esses textos podem te ajudar mais ainda:

 Uso do s e do z
 Trás ou Traz: quando usar ?

Uso do g e do j
O g é utilizado nas seguintes situações:

 Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: presságio, régio, litígio, relógio, refúgio.
 Nos substantivos que terminem em -gem: alavancagem, vagem, viagem.

O j, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações:

 Palavras com origem indígena: pajé, jerimum, canjica.


 Palavras com origem africana: jabá, jiló, jagunço.

Observações:

1. A conjugação do verbo viajar no Presente do Subjuntivo escreve-se com j: (Que) eles/elas viajem.
2. Nos verbos que, no infinitivo, contenham g antes de e ou i, o g é substituído para j antes do a ou
do o, de forma a que seja mantido o mesmo som. Assim: afligir - aflija, aflijo; eleger - elejam, elejo;
agir - ajam, ajo.
3. A cidade Mogi das Cruzes escreve-se com g. A pessoa que nasce ou que vive é chamada de
"mogiano". No entanto, a palavra "mojiano" existe e, de acordo com o
dicionário Michaelis significa "Relativo ou pertencente à região que era servida pela antiga Estrada
de Ferro Mojiana (de São Paulo a Minas Gerais)."

Escreve-se com g Escreve-se com j

angélico anjinho

estrangeiro berinjela

gengibre cafajeste

geringonça gorjeta

gim jeito

gíria jiboia

ligeiro jiló

sargento laje

tangerina sarjeta

tigela traje

Veja também: Viagem ou Viajem

Parônimos e Homônimos
Há diferentes formas de escrita que existem, ou seja, são aceitas, mas cujo significado é
diferente.

Assim, estamos diante de palavras parônimas quando as palavras são parecidas na grafia ou na


pronúncia, mas têm significados diferentes.

Exemplos:

cavaleiro (de cavalos) cavalheiro (educado)

comprimento (tamanho) cumprimento (de cumprir ou cumprimentar)

descrição (descrever) discrição (de discreto)


descriminar (absolver) discriminar (distinguir)

emigrar (deixar o país) imigrar (entrar no país)

Por outro lado, podemos estar diante de palavras homônimas quando as palavras têm a mesma
pronúncia, mas significados diferentes.

Exemplos:

cela (cômodo pequeno) sela (de cavalos)

cheque (meio de pagamento) xeque (do xadrez)

esperto (perspicaz) experto (experiente)

ruço (pardo claro) russo (da Rússia)

tachar (censurar) taxar (fixar taxa)

Veja também: Homônimos e Parônimos

Palavras e expressões que oferecem dificuldades


Além das situações mencionadas acima e os casos de acentuação e pontuação, há uma série de
palavras e expressões que oferecem dificuldades. São exemplos: A baixo / Abaixo, Onde / Aonde,
Mas / Mais, entre tantas outras.

1. Abaixo / A baixo
Leia mais sobre esse assunto abaixo. (em posição inferior)

Olhou-me de cima a baixo com olhar de desaprovação. (relação com a expressão "de cima" ou "de
alto")

Veja também: Abaixo ou A Baixo?

2. Onde / Aonde
Não sei onde deixei meus livros. (não sugere movimento)

Aonde deixaremos os livros? (sugere movimento)

Veja também: Uso do Onde e Aonde

3. Mas / Mais
Eu falo, mas ele nunca me ouve. (porém)

Isto é o que mais gosto de fazer! (aumento de quantidade)

Veja também: Mais ou Mas?

Para diminuir dificuldades com a ortografia, é preciso estar atento e se familiarizar com ela. Isso é
possível somente através da leitura, da prática e mediante a consulta de um bom dicionário.
Quer ficar craque nesse assunto? Não deixe de ler outros textos relacionados com esse tema:

 Os maiores erros de português que você tem que deixar de cometer


 Palavras super difíceis e seus significados
 Uso do Ç - Cedilha
 Acentuação Gráfica
 Emprego do Hífen
 Uso do Por que, Porquê, Por quê e Porque
 Mal ou Mau?

Exercícios de Ortografia
Questão 1
(Fuvest) "A _____ de uma guerra nuclear provoca uma grande _____ na humanidade e a deixa _____
quanto ao futuro.". Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente.

a) espectativa - tensão - exitante


b) espectativa - tenção - hesitante
c) expectativa - tensão - hesitante
e) espectativa - tenção - exitante
Questão 2
(UFRJ) Na série abaixo há um erro de ortografia no emprego do "z". Assinale-o:

a) algoz
b) traz (verbo)
c) assaz
d) aniz
e) giz
Ver Resposta

Questão 3
(FMU) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente.

a) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar


b) alteza, empreza, francesa, miudeza
c) cuscus, chimpazé, encharcar, encher
d) incenso, abcesso, obsessão, luchação
e) chineza, marquês, garrucha, meretriz
Questão 4
“Pedi para ele não me__er na cai__a que estava fe__ada”.

A alternativa que preenche corretamente as lacunas é

a) ch; x; x
b) x; ch; ch
c) x; x; x
d) ch, ch, ch
e) x, x, ch
Ver Resposta
Questão 5
I. __ tempos que não via a Morgana tão feliz.
II. Daqui __ dois anos irei para a Portugal.
III. Agora estamos vivendo em uma casa __ cinco minutos do metrô.
A alternativa que preenche corretamente as lacunas é

a) a; a; a
b) Há; há; há
c) a; há; a
d) há; a; a
e) a; há; há
Ver Resposta

Questão 6
“Depois de ficar parali__ado, esteve de repou__o a semana toda.”

A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:

a) s; s
b) s; z
c) z; s
d) z; z
e) n.d.a
Ver Resposta

Questão 7
I. Esperamos que eles via__em mais vezes.
II. Perdeu o reló__io na piscina.
III. Aquele arroz com __iló estava uma delícia.
A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:

a) j; j; g
b) j; g; j
c) g; g; j
d) j; j; j
e) g; g; g
Ver Resposta

Questão 8
As palavras homônimas são aquelas que têm a mesma pronúncia, mas significados diferentes.
Todas as palavras destacadas estão escritas corretamente, exceto

a) O censo demográfico permite conhecer o número de habitantes de determinado lugar.


b) Tadeu era um dos mais espertos da turma.
c) Naquela tarde, levou a televisão para o concerto.
d) Pagou a faculdade com o cheque que sua mãe lhe deu.
e) Em pouco tempo, ascendeu-se a diretor da empresa
Ver Resposta
Questão 9
As palavras parônimas são aquelas que se assemelham na grafia e na pronúncia, entretanto,
diferem no sentido. A frase abaixo que utiliza corretamente o termo destacado é

a) O sujeito foi pego em fragrante.


b) Guardava todos os mantimentos na dispensa.
c) Sua discrição sobre o objeto foi excelente.
d) O ladrão foi aprendido naquela madrugada.
e) Alexandre sempre foi um cavalheiro.
Ver Resposta

Questão 10
A alternativa que contém um erro de ortografia é

a) Não sei aonde deixei minhas canetas.


b) Não gostava mais de caminhar pela cidade.
c) Estava se sentindo mal pela manhã.
d) A próxima sessão de cinema começa às 21h.
e) Se não chegar a tempo na aula de química, perderei a prova.
Ver Resposta

Saiba mais em:

 Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa


 Exercícios de Ortografia

Classe de palavras
As classes de palavras são categorias entre as quais as palavras são divididas de acordo com
sua formação e função no enunciado. Essa categorização ajuda a entender a lógica das
estruturas de formação das palavras bem como seu uso discursivo. As classes de palavras são:

 substantivo

 artigo

 adjetivo

 verbo

 conjunção

 preposição

 advérbio

 pronome
 numeral

 interjeição

As classes de palavras consistem em agrupamentos dos vocábulos da língua que levam em conta suas
funções e sua formação.

Tipos de classes de palavras

As classes de palavras podem ser variáveis ou invariáveis.

 Palavras variáveis

Aquelas que têm mais de uma forma, podendo variar em gênero (masculino ou feminino), em
número (singular ou plural) ou em grau. As classes de palavras podem variar em apenas uma
dessas categorias ou apenas em duas ou em todas elas. Isso depende de cada classe.

Entre as classes variáveis, temos:

 substantivo

 artigo

 adjetivo

 numeral

 pronome

 verbo

 advérbio

 Palavras invariáveis

Aquelas que não são variáveis em gênero nem em número nem em grau. Por isso, são chamadas
de invariáveis, mantendo a mesma forma.

Entre as classes invariáveis, temos:

 preposição

 conjunção

 interjeição

Substantivo
O substantivo é a classe que nomeia seres, fenômenos, lugares, sentimentos, entre outras coisas.
Pode variar em gênero, número e grau, dependendo do caso. São classificados como:

 Comum: nome genérico dado a seres, lugares ou coisas de uma mesma categoria, sem os
especificar. Exemplos: mulher, país, livro.

 Próprio: nome específico dado a um ser, lugar ou coisa, especificando-o em relação à


categoria a que pertence. É grafado em letra maiúscula. Exemplos: Maria,
Egito, Dom Casmurro.

 Concreto: sua existência não depende do pensamento de outro ser. Pode ser real ou
imaginário, mas sua existência é dada ou narrada como própria e independente. Exemplos:
cadeira, humano, anjo, dragão.

 Abstrato: sua existência depende de outro ser, não sendo dada como própria ou
independente. Exemplos: ciúmes, fome, competência, preguiça.

 Primitivo: não se origina de outra palavra da língua portuguesa, sendo, ele próprio, a


palavra primitiva. Exemplos: pão, flor, casa.

 Derivado: origina-se de outra palavra da língua portuguesa. Exemplos: padeiro (derivado


de pão), florista (derivado de flor), casebre (derivado de casa), viseira (derivado de ver).

 Simples: tem apenas um radical. Exemplos: feira, roupa, sol.

 Composto: tem mais de um radical. Exemplos: terça-feira, guarda-roupa, girassol.

 Coletivo: nome específico para um grupo grande de seres de uma mesma categoria.


Exemplos: cardume (de peixes), orquestra (de músicos), alcateia (de lobos).

Artigo

 O artigo é a classe que costuma fazer referência a um substantivo (explícito ou oculto),


antecedendo-o no enunciado. É com ajuda do artigo que outras classes de palavras (como
adjetivos ou verbos) podem ser substantivadas (isto é, transformar-se em substantivo
naquele enunciado). Definido: indica uma palavra já conhecida, específica ou explicitada no
enunciado. Exemplos: o, a, os, as.

 Indefinido: indica uma palavra que ainda não é familiar ou específica no enunciado.


Exemplos: um, uma, uns, umas.

Adjetivo

 Definido: indica uma palavra já conhecida, específica ou explicitada no enunciado.


Exemplos: o, a, os, as.
 Indefinido: indica uma palavra que ainda não é familiar ou específica no enunciado.
Exemplos: um, uma, uns, umas.

Adjetivo

O adjetivo caracteriza substantivos, atribuindo-lhes qualidades. Pode variar em gênero e


número de acordo com o substantivo que qualifica. Também pode variar em grau (comparativo ou
superlativo), indicando a intensidade da qualidade. Os adjetivos podem ser classificados em:

 Primitivo: não deriva de nenhuma palavra da língua portuguesa. Exemplos: feroz, verde,


baixo.

 Derivado: deriva de outra palavra da língua portuguesa. Exemplos: azarado, atlético,


barrigudo.

 Simples: tem apenas um radical. Exemplos: pobre, limpo, azul.

 Composto: tem mais de um radical. Exemplos: ultravioleta, azul-marinho, anglófono, latino-


americano.

 Pátrio: indica a origem geográfica de algo ou alguém. Exemplo: europeu, argentino,


capixaba.

 Locução adjetiva: quando duas ou mais palavras, juntas no enunciado, têm valor de


adjetivo. Exemplo: Estudava para tornar-se uma mulher de negócios.

Numeral

A classe dos numerais quantifica e estabelece valores numéricos no enunciado em diversos


contextos. Além dos numerais variarem em número, variam em gênero. Eles podem ser:

 Cardinais: indicam quantidade. Exemplos: um, dois, três, quatro...

 Ordinais: indicam ordenação, classificação, hierarquia. Exemplos: primeiro, segundo,


terceiro, quarto...

 Multiplicativos: indicam os múltiplos. Exemplos: dobro, duplo, triplo, quádruplo...

 Fracionários: indicam as frações. Exemplos: meio, metade, terço, quarto, quinto...

Leia também: O que são numerais coletivos?

Pronome

O pronome é a classe que acompanha ou representa um nome, isto é, um substantivo. Assim,


varia em gênero e número. O pronome pode ser classificado como:
 Pessoal: refere-se às pessoas do discurso, podendo ser:

- do caso reto (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas);

- do caso oblíquo átono (me, te, lhe, o, a, entre outros);

- do caso oblíquo tônico (mim, ti, si, comigo, entre outros).

 Possessivo: indica posse ou relação de afeto. Exemplos: meu, sua, nossos, seus.

 Demonstrativo: indica algo ou alguém próximo ou distante no espaço físico de quem fala


ou no tempo (presente do enunciado). Exemplos: este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele,
aquela, aquilo.

 Indefinido: indica algo ou alguém de maneira vaga e indeterminada. Exemplos: certos,


alguma, tudo, ninguém.

 Interrogativo: usado para fazer perguntas direta ou indiretamente. Exemplos: que, como,


quando, onde.

 Relativo: usado para retomar um termo antecedente, ou seja, para referir-se a um termo


anterior no enunciado. Exemplos: que, onde, qual.

Verbo

O verbo é a classe que expressa ações, acontecimentos e estados. Varia em número e concorda


com a pessoa do discurso, além de indicar o tempo em que a ação ocorre (passado, presente ou
futuro em relação ao momento da fala) e o modo. O modo pode ser:

 Indicativo: indica ações tidas como certas de acontecer ou de terem acontecido. Pode ser
conjugados no presente, passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) ou
futuro (futuro do presente e do pretérito).

 Subjuntivo: indica ações ainda incertas, tidas como possibilidade ou hipótese. Pode ser
conjugado no presente, passado (pretérito imperfeito) ou futuro.

 Imperativo: expressa ordens, pedidos ou conselhos.

Os verbos são classificados de acordo com sua conjugação, podendo ser:

 Regulares: apresentam um padrão de conjugação. Exemplos: estudar, varrer, partir.

 Irregulares: seguem um padrão, mas apresentam conjugações diferentes em determinados


modos ou tempos verbais, diferentes do padrão da maioria dos verbos. Exemplos: adequar,
ver, competir.

 Anômalos: sua conjugação é profundamente irregular, não apresentando nenhum tipo de


padrão, podendo alterar até mesmo o radical do verbo. Exemplos: ser, ir.
 Defectivos: não apresentam conjugação em todas as formas. Exemplos: falir (não pode ser
conjugado na 1ª pessoa do singular).

 Abundantes: apresentam mais de uma forma aceita em algumas conjugações. Exemplos:


imprimir (imprimido ou impresso).

Advérbio

A classe dos advérbios qualifica/modifica o sentido de verbos, adjetivos e outros advérbios,


sendo variável em grau. Os advérbios podem ser classificados em:

 Lugar: indicam o sentido de lugar ao qual o verbo refere-se. Exemplos: longe, perto, aqui,
ali, lá, cá, dentro, fora, frente, atrás.

 Tempo: indicam o sentido de tempo referido pelo verbo. Exemplos: ontem, hoje, amanhã,
antes, depois, sempre, jamais, nunca.

 Intensidade: especificam a intensidade da ação de um verbo. Exemplos: muito, pouco,


demais, tão, tanto, mais.

 Modo: especificam a maneira como a ação de um verbo se dá. Exemplos: rápido, devagar,


bem, mal.

 Afirmação: reforçam positivamente a ação de um verbo. Exemplos: sim, claro, decerto.

 Negação: reforçam negativamente a ação de um verbo. Exemplos: não, nunca, nada.

 Dúvida: reforçam o sentido de dúvida do verbo. Exemplos: talvez, quiçá, porventura.

Leia também: Uso do adjetivo e do advérbio

Preposição

As preposições ligam termos em um enunciado, estabelecendo sentido entre eles. São


palavras invariáveis. Essa classe de palavras não apresenta classificação. As preposições são:

a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante,
por, sem, sob, sobre, trás.
 

 Locução prepositiva: ocorre quando duas ou mais palavras juntas assumem função de


preposição. Exemplos: ao longo de, por meio de.

Leia também: Regência dos verbos com sentido de movimento ou estático

Conjunção
As conjunções ligam termos, ideias e até orações, estabelecendo relação entre eles. São
palavras invariáveis. Quando essa ligação dá-se entre termos independentes entre si (ou seja, que
são compreensíveis mesmo sem estarem conectados), chamamos as conjunções
de coordenativas. Quando essa ligação dá-se entre termos dependentes entre si (ou seja, que
ficam incompreensíveis na sentença se não estiverem conectados), chamamos as conjunções
de subordinativas.

As conjunções coordenativas podem ser classificadas como:

 Aditivas: estabelecem relação de adição entre os termos conectados. Exemplos: e, nem.

 Adversativas: estabelecem relação de oposição entre os termos conectados. Exemplos:


mas, porém, contudo.

 Alternativas: estabelecem relação de alternância entre os termos conectados. Exemplos:


ou, ora... ora, nem... nem.

 Conclusivas: estabelecem relação de consequência ou de conclusão entre os termos


conectados. Exemplos: logo, portanto, assim.

 Explicativas: estabelecem relação de causa entre os termos conectados. Exemplos: porque,


pois, que.

As conjunções subordinativas podem ser classificadas como:

 Causais: estabelecem sentido de causa entre os termos conectados. Exemplos: porque,


como, que.

 Concessivas: dão sentido de oposição entre os termos conectados. Exemplos: embora,


apesar de, ainda que.

 Condicionais: estabelecem sentido de condição entre os termos conectados. Exemplos: se,


contanto que, desde que.

 Finais: estabelecem sentido de finalidade entre os termos conectados. Exemplos: para, a fim


de.

 Temporais: indicam circunstância de tempo entre os termos conectados. Exemplos:


quando, enquanto.

 Consecutivas: indicam consequência entre os termos conectados. Exemplos: que, de modo


que.

 Comparativas: comparam os termos conectados. Exemplos: como, do que, tal qual.

 Integrantes: iniciam oração subordinada que assume função sintática em relação à oração


principal. Exemplos: que, se.

Interjeição
As interjeições são expressões autônomas, podendo ser independentes, pois são dotadas de
sentido completo. São comumente exclamativas e transmitem o estado emocional ou as
sensações do enunciador. São invariáveis. Exemplos: Ai!, Nossa!, Psiu!, Oxe!, Viva!. 

Por: Guilherme Viana

Concordância verbal e nominal


A concordância verbal ocorre quando o verbo de flexiona para concordar com o sujeito
gramatical. Essa flexão verbal é feita em número (singular ou plural) e em pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª
pessoa).

A concordância nominal ocorre quando há flexão de um termo (artigo, adjetivo, pronome,…)


para concordar com um substantivo. Essa flexão é feita em gênero (masculino ou feminino) e em
número (plural ou singular).

Exemplos de concordância verbal

 Eu aprendi;
 Ele aprendeu;
 Nós aprendemos;
 Eles aprenderam.

Exemplos de concordância nominal

 O amigo verdadeiro;
 A amiga verdadeira;
 Os amigos verdadeiros;
 As amigas verdadeiras.

Apesar dessas regras básicas, existem casos específicos de concordância verbal e de concordância
nominal.

Casos específicos de concordância verbal


Existem diversos casos específicos de concordância verbal. Os principais são:

Concordância verbal com verbos impessoais

Os verbos impessoais, como não apresentem sujeito, são conjugados sempre na 3.ª pessoa do
singular:

 Havia várias pessoas esperando. (verbo haver com sentido de existir)


 Faz cinco anos que eu te conheci. (verbo fazer indicando tempo decorrido)
 Aqui onde moro, chove todos os dias. (verbos que indicam fenômenos atmosféricos)

Concordância verbal com a partícula apassivadora se

Com a partícula apassivadora se, o objeto direto assume a função de sujeito paciente. Assim, o
verbo estabelece concordância em número com o objeto direto:

 Vende-se casa.
 Vendem-se casas.

Concordância verbal com a partícula de indeterminação do sujeito se

Quando a partícula se atua como indeterminadora do sujeito, o verbo fica sempre conjugado na 3.ª
pessoa do singular:

 Precisa-se de empregado.
 Precisa-se de empregados.

Concordância verbal com a maioria, a maior parte, a metade,...

Com essas expressões, o verbo fica conjugado, preferencialmente, na 3.ª pessoa do singular.
Contudo, já se considera aceitável o uso da 3.ª pessoa do plural:

 A maioria dos alunos vai…


 A maior parte dos alunos vai…
 A maioria dos alunos vão…
 A maior parte dos alunos vão…

Concordância verbal com pronome relativo que

O verbo concorda com o termo antecedente ao pronome relativo que:

 Fui eu que pedi…
 Foi ele que pediu…
 Fomos nós que pedimos…

Concordância verbal com pronome relativo quem

O verbo concorda com o termo antecedente ao pronome relativo quem ou fica conjugado na 3.ª
pessoa do singular:

 Fui eu quem pedi…
 Fomos nós quem pedimos…
 Fui eu quem pediu…
 Fomos nós quem pediu…

Concordância verbal com o infinitivo pessoal

O infinitivo é flexionado, principalmente, quando se pretende definir o sujeito e quando o sujeito


da segunda oração é diferente do da primeira:

 Isto é para nós fazermos.


 Eu pedir para eles fazerem tudo.

Concordância verbal com o infinitivo impessoal

O infinitivo não é flexionado, principalmente, em locuções verbais e em verbos preposicionados:

 As pessoas conseguiram entender a verdade.


 Foram incentivados a entender a verdade.
 Foram impedidos de entender a verdade.

Concordância verbal com o verbo ser

Com o verbo ser, a concordância em número é estabelecida com o predicativo do sujeito:

 Isto é brincadeira!
 Isto são brincadeiras!

Concordância verbal com um dos que

Com a expressão um dos que, o verbo fica sempre na 3.ª pessoa do plural:

 Um dos que foram…


 Um dos que querem…
 Um dos que podem…

Veja aqui outros casos específicos de concordância verbal.

Casos específicos de concordância nominal


Existem diversos casos específicos de concordância nominal. Os principais são:

Concordância nominal com pronomes pessoais 

O pronome pessoal e o adjetivo estabelecem concordância em gênero e número:

 Ele é falador.
 Ela é faladora.
 Eles são faladores.
 Elas são faladoras.

Concordância nominal com vários substantivos

O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo ou assume a forma no
masculino plural:

 mochila e livro emprestado;
 livro e mochila emprestada;
 mochila e livro emprestados;
 livro e mochila emprestados.

Concordância nominal com vários adjetivos 

O substantivo fica no singular quando há vários adjetivos no singular que se encontram


determinados por artigos. Sem a presença de artigos, o substantivo fica no plural:

 a professora simpática e a antipática;
 o professor simpático e o antipático;
 as professoras simpática e antipática;
 os professores simpático e antipático.
Concordância nominal com bastante, muito, pouco, meio, caro, barato, longe

As palavras bastante, muito, pouco, meio, caro, barato e longe, enquanto adjetivos, concordam em
gênero e número com o substantivo:

 muitas joias;
 bastantes joias;
 poucas joias;
 joias caras;
 joias baratas.

Nota: Essas palavras permanecem invariáveis apenas quando assumem a função de advérbios,
modificando um verbo.

Concordância nominal com é permitido e é proibido

Com estas expressões, o adjetivo varia em gênero e número quando houver a presença de um
artigo determinando o substantivo. Quando não houver artigo, o adjetivo permanece invariável no
masculino singular:

 É permitida a entrada de animais.
 É proibida a entrada de animais.
 É permitido entrada de animais.
 É proibido entrada de animais.

Nota: Essa mesma regra de concordância é também aplicada às expressões: é necessário, é preciso,
é bom.

Concordância nominal com mesmo e próprio 

As palavras mesmo e próprio estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo


quando atuam como adjetivo:

 na mesma função;
 no mesmo trabalho;
 nas mesmas funções;
 nos mesmos trabalhos;
 na própria casa;
 no próprio escritório;
 nas próprias casas;
 nos próprios escritórios.

Nota: Esta regra de concordância estende-se também às palavras obrigado, quite, anexo e incluso.

Concordância nominal com menos 

A palavra menos permanece sempre invariável:

 menos alegria;
 menos alegrias;
 menos problema;
 menos problemas.
Veja aqui outros casos específicos de concordância nominal.
 

Concordância verbal
Concordância verbal ocorre quando o verbo se flexiona em número (singular ou plural) e em
pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa), concordando com o sujeito gramatical.

Exemplos de concordância verbal

 Eu sou feliz.
 Nós somos felizes.
 Mariana já tomou banho.
 Mariana e Alice já tomaram banho.

Embora haja a regra básica de concordância verbal com o sujeito gramatical, existem diversos
casos específicos. Confira todas as regras de concordância verbal:

Regras de concordância verbal com SUJEITO SIMPLES


O sujeito é simples quando apresenta apenas um núcleo (um só sujeito). É com esse núcleo que o
verbo deverá concordar em número e pessoa.

 A criança gosta de jogar videogame.


 As crianças gostam de jogar videogame.
 Eu vi o incêndio.
 Nós vimos o incêndio.

Casos específicos de concordância verbal com sujeito simples

Além da regra base, existem casos específicos de concordância com um sujeito simples:

 Fui eu que pedi a tapioca.


 Fui eu quem pediu a tapioca.
 A maioria dos convidados não compareceu.
 Ele é um dos que deram a sua opinião.
 A multidão aplaudiu de pé!
 Quantos de nós também já erraram?

Veja explicações pormenorizadas e exemplos em: Casos específicos de concordância verbal com


sujeito simples.

Regras de concordância verbal com SUJEITO COMPOSTO


O sujeito é considerado composto quando apresenta dois ou mais núcleos (mais de um sujeito).
Regra geral, o verbo deverá concordar em número e pessoa com todos os núcleos, aparecendo
sempre no plural. Isso acontece quando os dois sujeitos se referem à 3.ª pessoa.

 O Paulo e a Helena estão namorando.


 Ele e ela são melhores amigos há anos.
 Os cadernos e as folhas ficaram em cima da mesa.
 Minha prima e meu primo foram de lua de mel para o México.
Concordância com diferentes pessoas gramaticais

Quando o sujeito é formado por diferentes pessoas gramaticais, a concordância verbal é feita com a
1.ª pessoa do plural (nós), se houver um sujeito na 1.ª pessoa (eu). Se houver um sujeito na 2.ª
pessoa (tu), o verbo poderá ser conjugado na 2.ª pessoa do plural (vós) ou na 3.ª pessoa do plural
(vocês).

 Eu e ele fomos os mais rápidos. (nós)


 Eu e você fomos os mais rápidos (nós)
 Eu e tu fomos os mais rápidos. (nós)
 Tu e ele fostes os mais rápidos. (vós)
 Tu e ele foram os mais rápidos. (vocês)

Nos casos em que o sujeito aparece depois do verbo, a concordância poderá ser feita conforme
explicado acima ou ser feita apenas com o sujeito mais próximo.

 Dançaremos eu e minha amiga na festa da escola


 Dançarei eu e minha amiga na festa da escola.
 Comeram você e ele um belo manjar!
 Comeu você e ele um belo manjar!

Casos específicos de concordância verbal com sujeito composto

Existem ainda outros casos específicos de concordância com um sujeito composto:

 Nem Camila nem Raquel chegou em primeiro lugar na corrida.


 Pudim de leite ou quindim são as minhas sobremesas preferidas.
 Nem um nem outro trouxe a contribuição que foi pedida.
 Tanto a alegria quanto a tristeza fazem parte da vida.
 A irmã com o irmão fizeram de barro uma escultura no jardim.
 Limpar e arrumar dá muito trabalho.

Regras de concordância verbal com o VERBO SER


O verbo ser estabelece concordância com o sujeito gramatical, conforme a regra base de
concordância verbal. Contudo, sendo um verbo de ligação, em alguns casos estabelece
concordância com o predicativo do sujeito.

Exemplos de concordância com o sujeito

 Eu sou uma menina muito divertida.


 A Helena é uma menina muito divertida.
 A Paula e a Luísa são umas meninas muito divertidas.

Exemplos de concordância com o predicativo sujeito

 Quem são os pais desta criança?


 São nove da manhã.
 Até parece que tudo são rosas.

Regras de concordância verbal com o VERBO SER


O verbo ser estabelece concordância com o sujeito gramatical, conforme a regra base de
concordância verbal. Contudo, sendo um verbo de ligação, em alguns casos estabelece
concordância com o predicativo do sujeito.

Exemplos de concordância com o sujeito

 Eu sou uma menina muito divertida.


 A Helena é uma menina muito divertida.
 A Paula e a Luísa são umas meninas muito divertidas.

Exemplos de concordância com o predicativo sujeito

 Quem são os pais desta criança?


 São nove da manhã.
 Até parece que tudo são rosas.

 Este lanche é para nós comermos. (sujeito definido nós)


 Acho importante finalizares o projeto. (para definir o sujeito tu)
 Ouvi criticarem as medidas do governo. (indeterminação do sujeito)
 A mãe não viu os filhos entrarem em casa. (sujeitos diferentes nas duas orações)

Concordância verbal com infinitivo impessoal (não flexionado)

A concordância verbal deverá ser feita com o infinitivo impessoal, não havendo a flexão do verbo,
quando não houver um sujeito definido, quando o sujeito da segunda oração for igual ao da
primeira oração, em locuções verbais e com alguns verbos sensitivos e causativos (ver, sentir,
mandar). Também quando o verbo tiver regência de uma preposição e quando o verbo apresentar
um sentido imperativo.

 Ser feliz é o mais importante! (sem sujeito definido)


 Minha irmã trouxe um livro para ela ler no ônibus. (mesmo sujeito)
 Apenas os especialistas conseguiram ler as escrituras. (locução verbal)
 Fui obrigada a saber essas datas de cor. (regência de preposição)
 Falar baixo! (sentido imperativo)

Regras de concordância verbal com VERBOS IMPESSOAIS


Quando os verbos não apresentam sujeito, sendo chamados de impessoais, a concordância verbal
deverá ser feita sempre com a 3.ª pessoa do singular.

Os principais verbos impessoais são o verbo haver (com sentido de existir), o verbo fazer
(indicando tempo decorrido) e verbos que se referem a fenômenos meteorológicos.

 Havia apenas uma cadeira na sala.
 Havia cadeiras suficientes na sala.
 Faz um ano que eu o conheci.
 Faz cinco anos que eu o conheci.
 Chovia todos os dias.
 Nos últimos dias anoiteceu cedo.

Regras de concordância verbal com a PARTÍCULA SE


A concordância verbal com a partícula se é diferente se atuar como partícula apassivadora
(variável) ou partícula de indeterminação do sujeito (invariável).

Concordância verbal com se como partícula apassivadora

Quando a palavra se é uma partícula apassivadora, a concordância verbal é estabelecida com o


sujeito paciente, variando em número. A palavra se atua como partícula apassivadora quando,
numa oração na voz passiva, o objeto direto assume a função de um sujeito que sofre a ação.

 Vende-se apartamento. (apartamento vende-se)


 Vendem-se apartamentos. (apartamentos vendem-se)

Concordância verbal com se como partícula indeterminadora do sujeito

Quando a palavra se é uma partícula indeterminadora do sujeito, a concordância verbal é


estabelecida sempre com a 3.ª pessoa do singular. A palavra se atua como partícula
indeterminadora do sujeito quando a oração não é formada por um objeto direto, mas sim por um
objeto indireto ou por verbos intransitivos. A partícula se deverá ser entendida como um pronome
indefinido que indetermina o sujeito.

 Precisa-se de empregado. (alguém precisa de empregado)


 Precisa-se de empregados. (alguém precisa de empregados)

Regras de concordância verbal com o VERBO PARECER


Nas construções em que o verbo parecer aparece conjugado com um verbo no infinitivo, a
concordância verbal pode ser feita de duas formas: pode ocorre apenas a flexão do verbo parecer
ou apenas a flexão do verbo no infinitivo. O erro ocorre quando é feita a flexão dos dois verbos em
simultâneo.

 O cachorro parecia entender a dona.


 Os cachorros pareciam entender a dona. (flexão do verbo parecer)
 Os cachorros parecia entenderem a dona. (flexão do verbo no infinitivo)

Regras de concordância verbal com os verbos DAR, BATER e


SOAR
Com os verbos dar, bater e soar, a concordância verbal pode ser feita de duas formas.
Concordância verbal com o sujeito da oração, sendo dada ênfase ao substantivo, ou concordância
verbal com o numeral que indica as horas, sendo dada ênfase ao verbo,

 O relógio da torre deu onze horas. (concordância com o sujeito)


 Os relógios da torre deram onze horas. (concordância com o sujeito)
 Deu uma hora no relógio da torre. (concordância com o numeral)
 Deram onze horas no relógio da torre. (concordância com o numeral)

Regras de concordância verbal com HAJA VISTA


Com a expressão haja vista são aceitos dois tipos de concordância verbal. Ou a expressão se
mantém inalterada, sempre no singular, ou ocorre flexão do verbo haver em número, ficando haja
vista ou hajam vista.

 É necessária uma mudança de mentalidades, haja vista a injustiça social que ainda


ocorre.
 É necessária uma mudança de mentalidades, haja vista as injustiças sociais que ainda
ocorrem.
 É necessária uma mudança de mentalidades, hajam vista as injustiças sociais que
ainda ocorrem.

Concordância verbal e concordância nominal


Além de concordância verbal, numa frase ocorre também concordância nominal.

A concordância verbal é a concordância entre o sujeito e o verbo (em número e pessoa):

 eu estudei;
 ela estudou;
 nós estudamos;
 eles estudaram.

A concordância nominal é a concordância entre o substantivo e os diversos termos da oração que


se relacionam com ele (em gênero e número):

 a caneta nova;
 as canetas novas;
 o caderno novo;
 os cadernos novos.

Tempos simples e tempos compostos dos verbos


Tempos Simples
Os tempos simples são tempos verbais - presente, passado e futuro - que são expressos por uma
só palavra.

Eles exprimem ação, estado, mudança de estado ou fenômeno da natureza mediante a utilização
de apenas uma palavra, ao contrário dos tempos compostos, que são expressos por uma
combinação de verbos.

Exemplos:

 Caminho todos os dias. (Tempo Simples)


 Teria caminhado hoje se não estivesse chovendo. (Tempo Composto)

Tempos Simples do Indicativo


Os tempos simples do modo indicativo são:
 Presente
 Pretérito Perfeito
 Pretérito Imperfeito
 Pretérito Mais-que-perfeito
 Futuro do Presente
 Futuro do Pretérito

Tempos Simples do Subjuntivo


Os tempos simples do modo subjuntivo são:

 Presente
 Pretérito Imperfeito
 Futuro

Nos tempos simples temos, ainda, o Modo Imperativo (afirmativo e negativo), bem como as
formas nominais: Infinitivo Pessoal, Infinitivo Impessoal, Gerúndio e Particípio.

Formação dos Tempos Simples


Aprender a conjugar os verbos se torna mais fácil se em vez de se preocupar com a sua
memorização você entender a sua formação, porque no caso dos verbos regulares, ela é lógica.

Existem três tempos primitivos e que você tem de saber: Presente do Indicativo, Pretérito Perfeito
do Indicativo e Infinitivo Impessoal.

A partir deles todos os outros são formados. Assim, temos:

 Derivados do Presente do Indicativo: Pretérito Imperfeito do Indicativo, Presente do


Subjuntivo e Imperativo.
 Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo: Pretérito Mais-que-
 perfeito do Indicativo, Pretérito Imperfeito do Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo.
 Derivados do Infinitivo Impessoal: Futuro do Presente do Indicativo, Futuro do Pretérito do
Indicativo, Infinitivo Pessoal, Gerúndio, Particípio.

Para saber em detalhes como isso ocorre, veja o artigo: Formação dos Tempos Simples.

Conjugação
Segue abaixo a conjugação do verbo dançar nos tempos simples:

Modo Indicativo

 Presente: danço, danças, dança, dança, dançamos, dançais, dançam.


 Pretérito Perfeito: dancei, dançaste, dançou, dançamos, dançastes, dançaram.
 Pretérito Imperfeito: dançava, dançavas, dançava, dançávamos, dançáveis, dançavam.
 Pretérito Mais-que-perfeito: dançara, dançaras, dançara, dançáramos, dançáreis,
dançaram.
 Futuro do Presente: dançarei, dançarás, dançará, dançaremos, dançareis, dançarão.
 Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria, dançaríamos, dançaríeis, dançariam.

Modo Subjuntivo

 Presente: dance, dances, dance, dancemos, danceis, dancem.


 Pretérito Imperfeito: dançasse, dançasses, dançasse, dançássemos, dançásseis, dançassem.
 Futuro: dançar, dançares, dançar, dançarmos, dançardes, dançarem.

Modo Imperativo

 Afirmativo: dança tu, dance ele, dancemos nós, dançai vós, dancem eles.
 Negativo: não dances tu, não dance ele, não dancemos nós, não danceis vós, não dancem eles.

Formas Nominais

 Infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu, dançar ele, dançarmos nós, dançardes vós, dançarem
eles.
 Infinitivo Impessoal: dançar.
 Gerúndio: dançando.
 Particípio: dançado.

Agora que você já sabe o que são Tempos Simples, estude os Tempos Compostos em: Tempos
Compostos e Formação dos Tempos Compostos.

Tempos Compostos
Os tempos compostos são tempos verbais - presente, passado e futuro - que são expressos por
mais do que uma palavra.

Eles exprimem ação, estado, mudança de estado ou fenômeno da natureza mediante a utilização
uma combinação de verbos, ao contrário dos tempos simples, que são expressos por apenas uma
palavra.

Exemplos:

Vou ao Rock in Rio. (Tempo Simples)


Ele tinha saído à procura do ingresso. (Tempo Composto)

Tempos Compostos do Indicativo


Os tempos compostos do modo indicativo são:

 Pretérito Perfeito

 Pretérito Mais-que-perfeito
 Futuro do Presente
 Futuro do Pretérito

Tempos Compostos do Subjuntivo


Os tempos compostos do modo subjuntivo são:

 Pretérito Perfeito
 Pretérito Mais-que-perfeito
 Futuro

Nos tempos compostos temos, ainda, as formas nominais: Infinitivo Pessoal, Infinitivo
Impessoal e Gerúndio. Formação dos Tempos Compostos
Os tempos compostos são formados pelos verbos auxiliares ter e haver e por um verbo principal
no particípio, do qual resulta uma locução verbal.

Para formar os verbos compostos somente conjugamos o verbo auxiliar, uma vez que o verbo
principal estará sempre no particípio.

Para saber em detalhes como isso ocorre, veja o artigo: Formação dos Tempos Compostos.

Conjugação
Segue abaixo a conjugação do verbo estudar nos tempos compostos:

Modo Indicativo

 Pretérito Perfeito: tenho estudado, tens estudado, tem estudado, temos estudado, tendes


estudado, têm estudado
 Pretérito Mais-que-perfeito: tinha estudado, tinhas estudado, tinha estudado, tínhamos estudado,
tínheis estudado, tinham estudado.
 Futuro do Presente: terei estudado, terás estudado, terá estudado, teremos estudado, tereis
estudado, terão estudado.
 Futuro do Pretérito: teria estudado, terias estudado, teria estudado, teríamos estudado, teríeis
estudado, teriam estudado.

Modo Subjuntivo

 Pretérito Perfeito: tenha estudado, tenhas estudado, terá estudado, teremos estudado, tereis


estudado, terão estudado.
 Pretérito Mais-que-perfeito: tivesse estudado, tivesses estudado, tivesse estudado, tivéssemos
estudado, tivésseis estudado, tivessem estudado.
 Futuro: tiver estudado, tiveres estudado, tiver estudado, tivermos estudado, tiverdes estudado,
tiverem estudado.

Formas Nominais

 Infinitivo Pessoal: ter estudado, teres estudado, ter estudado, termos estudado, terdes estudado,
terem estudado.
 Infinitivo Impessoal: ter estudado.
 Gerúndio: tendo estudado.
Verbos transitivos e intransitivos
Verbos transitivos são verbos que precisam de complementos verbais para completar o seu sentido.
Têm um significado incompleto.

Verbos intransitivos são verbos que não precisam de complementos verbais para completar o seu
sentido. Têm um significado completos.
Exemplos de verbos transitivos

 Verbo comer;
 Verbo querer;
 Verbo acreditar;
 Verbo lembrar;
 Verbo emprestar;
 Verbo agradecer.

Exemplos de verbos intransitivos

 Verbo viver;
 Verbo nascer;
 Verbo cair;
 Verbo chorar;
 Verbo dormir;
 Verbo casar.

Verbos transitivos: diretos, indiretos, diretos e indiretos


Verbos transitivos diretos pedem um objeto direto como complemento, indicando quem ou o quê.
Verbos transitivos indiretos pedem um objeto indireto como complemento, indicando de quem, para
quem, com quem, de quê, para quê, a quê,…
Verbos transitivos diretos e indiretos pedem tanto um objeto direto como um objeto indireto como
complementos, indicando quem ou o quê e, também, de quem, para quem, com quem, de quê, para quê, a
quê,…
Verbo transitivo direto
Verbo ler
Ler o quê?

 Ler a receita.
 Ler o livro.
 Ler a notícia.

A receita, o livro e a revista são objetos diretos.


Verbo visitar
Visitar quem?

 Visitar a avó.
 Visitar uns amigos.
 Visitar o doente.

A avó, uns amigos e o doente são objetos diretos.


Veja também outros exemplos de verbos transitivos diretos.
Verbo transitivo indireto
Verbo precisar
Precisar de quê?

 Precisar de ajuda.
 Precisar de dinheiro.
 Precisar de um casaco.

De ajuda, de dinheiro e de um casaco são objetos indiretos.


Verbo concordar
Concordar com quem?

 Concordar com a mãe.


 Concordar com o diretor.
 Concordar com a amiga.

Com a mãe, com o diretor e com a amiga são objetos indiretos.


Veja também outros exemplos de verbos transitivos indiretos.
Verbo transitivo direto e indireto
Verbo agradecer
Agradecer o quê? Agradecer a quem?

 Agradecer o presente ao namorado.


 Agradecer o convite à diretora.
 Agradecer a atenção à professora.

O presente, o convite e a atenção são objetos diretos.


Ao namorado, à diretora e à professora são objetos indiretos.
Verbo devolver
Devolver o quê? Devolver a quem?

 Devolver o livro ao professor.


 Devolver o dinheiro à mãe.
 Devolver a caneta ao colega.

O livro, o dinheiro e a caneta são objetos diretos.


Ao professor, à mãe e ao colega são objetos indiretos.
Veja também outros exemplos de verbos transitivos diretos e indiretos.
Verbos intransitivos
Verbos intransitivos não pedem nem objeto direto, nem objeto indireto. O verbo transmite uma ação
completa que começa e termina no sujeito da oração. Podem ser enriquecidos com a junção (não
obrigatória) de adjuntos adverbiais.
Verbo dormir

 Dormir muito.
 Dormir cedo.
 Dormir sozinho.

Muito, cedo e sozinho são adjuntos adverbiais.


Verbo voltar

 Voltar rápido.
 Voltar amanhã.
 Voltar a pé.

Rápido, amanhã e a pé são adjuntos adverbiais.


Veja também outros exemplos de verbos intransitivos.

Colocação pronominal
A colocação dos pronomes pessoais oblíquos átonos na oração pode ser feita de três
formas distintas, existindo regras definidas para cada uma dessas formas.

Em próclise: pronome colocado antes do verbo;


Em ênclise: pronome colocado depois do verbo;
Em mesóclise: pronome colocado no meio do verbo.
Exemplos de colocação pronominal

 Não me deram uma caixa de bombons ontem. (próclise)


 Deram-me uma caixa de bombons ontem. (ênclise)
 Dar-me-ão uma caixa de bombons amanhã. (mesóclise)

Os pronomes pessoais oblíquos átonos são:


1.ª pessoa do singular - me
2.ª pessoa do singular - te
3.ª pessoa do singular – se, o, a, lhe
1.ª pessoa do plural - nos
2.ª pessoa do plural - vos
3.ª pessoa do plural – se, os, as, lhes

Próclise ou ênclise?
A colocação pronominal depois do verbo é a forma básica de colocação pronominal, seguindo a
estrutura sintática básica de uma oração: verbo + complemento. Contudo, o uso da próclise
encontra-se generalizado na linguagem falada e escrita.

É facultativo o uso da próclise ou da ênclise, caso o verbo não se encontre no início da frase, nem
haja situações que justifiquem o uso específico de uma forma de colocação pronominal.

 Sente-se imediatamente!
 Lembre-me para fazer isso no fim do expediente.

Em orações reduzidas do gerúndio (sem a preposição em).

 O jovem reclamou muito, comportando-se como uma criança.


 Fiquei sem reação, lembrando-me de acontecimentos passados.

Em orações reduzidas do infinitivo.

 Espero dizer-te a verdade rapidamente.


 Convém dar-lhe autorização ainda hoje.

Próclise
A colocação pronominal deverá ser feita antes do verbo apenas quando houver palavras atrativas
que justifiquem o adiantamento do pronome, como:

Palavras negativas (não, nunca, ninguém, jamais,…).

 Não te quero ver nunca mais!


 Nunca a esquecerei.

Conjunções subordinativas (embora, se, conforme, logo,...).

 Embora o faça, sei que é errado.


 Cumpriremos o acordo se nos agradar.
Pronomes relativos (que, qual, onde,…).

 Há professores que nos marcam para sempre.


 Esta é a faculdade onde me formei.

Pronomes indefinidos (alguém, todos, poucos,…).

 Alguém me fará mudar de opinião?


 Poucos nos emocionaram com seus relatos.

Pronomes demonstrativos (isto, isso, aquilo,…).

 Isso me deixou muito abalada.


 Aquilo nos mostrou a verdade.

Frases interrogativas (quem, qual, que, quando,…).

 Quem me chamou?
 Quando nos perguntaram isso?

Frases exclamativas ou optativas.

 Como nos enganaram!


 Deus te guarde!

Preposição em mais verbo no gerúndio.

 Em se tratando de uma novidade, este produto é o indicado.


 Em se falando sobre o assunto, darei minha opinião.

Advérbios, sem que haja uma pausa marcada. Havendo uma pausa marcada por uma vírgula,
deverá ser usada a ênclise.

 Aqui se come muito bem!


 Talvez te espere no fim das aulas.

Mesóclise
A colocação pronominal deverá ser feita no meio do verbo quando o verbo estiver conjugado no
futuro do presente do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo.

 Ajudar-te-ei no que for preciso.


 Comprometer-se-iam mais facilmente se confiassem mais em você.

A mesóclise é maioritariamente utilizada numa linguagem formal, culta e literária. Caso haja
situação que justifique a próclise, a mesóclise não ocorre.

Colocação pronominal nas locuções verbais


A colocação pronominal nas locuções verbais difere caso o verbo principal esteja no particípio ou
no gerúndio e infinitivo.

Verbo principal no gerúndio ou no infinitivo

Caso não haja palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo poderá ficar após o verbo
principal ou após o verbo auxiliar.

 Quero ver-te hoje.


 Quero-te ver hoje.

Caso haja alguma palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo poderá ficar antes da
locução verbal ou depois da locução verbal.

 Não te quero ver hoje.


 Não quero ver-te hoje.

Verbo principal no particípio

Caso não haja palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo deverá ficar depois do verbo
auxiliar, nunca depois do verbo principal no particípio.

Exercícios com colocação pronominal


Já aprendeu tudo sobre colocação pronominal? Verifique os conhecimentos aprendidos!

1. Assinale a opção em que o uso da próclise é facultativo.

a) Quem te perguntou isso?


b) Aquela história me deixou assustada.
c) Que Deus nos proteja!
d) Nunca me ri tanto como agora!

b)

VER RESPOSTA

2. Indique as frases em que a colocação pronominal está correta.

a) Amanhã me levantarei cedo.


b) Me levantarei cedo amanhã.
c) Levantar-me-ei cedo amanhã.
d) Levantarei-me cedo amanhã.

a) e c)

VER RESPOSTA

3. Classifique a colocação pronominal das seguintes frases em próclise, ênclise e


mesóclise.
a) Ninguém me avisou que você vinha hoje!
b) Eles olharam-me com um olhar desconfiado.
c) A professora já te disse que você passou de ano?
d) Desejar-te-ei sempre tudo de bom.

a) próclise
b) ênclise
c) próclise
d) mesóclise

Termos essenciais da oração


Segundo a gramática tradicional, os termos da oração dividem-se em: essenciais, integrantes e
acessórios.

Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado, ou seja, os dois grandes termos


que formam as orações.

A professora foi homenageada pelos alunos.


Sujeito: a professora
Predicado: foi homenageada pelos alunos

Todos queriam ser famosos.


Sujeito: todos
Predicado: queriam ser famosos

Tatiana e eu somos melhores amigas de infância.


Sujeito: Tatiana e eu
Predicado: somos melhores amigas de infância

Sujeito
O sujeito é o termo da oração que indica de quem ou do que se fala. É o termo sobre o qual é feita
uma afirmação.

Exemplos de sujeito

A menina escorregou na escada.
Você tirou dez na prova!
Mariana, Lia, Sílvia e Cátia são as minhas primas.
Eu quero muito ser feliz.

O sujeito pode ser classificado em:

Sujeito determinado simples:


Meu neto nasceu ontem.

Sujeito determinado composto:


Aquela mãe e aquela filha vivem discutindo.
Sujeito determinado implícito:
Acabei de chegar do trabalho. Quero descansar. (eu)

Sujeito indeterminado:
É essencial combater a discriminação racial.

Sujeito inexistente:
Hoje chove muito!

Leia mais sobre os diferentes tipos de sujeito.

Predicado
O predicado é o termo que indica o que acontece ao sujeito, concordando com este. É formado,
obrigatoriamente, por um verbo ou locução verbal.

Exemplos de predicado

A menina escorregou na escada.
Você tirou dez na prova!
Mariana, Lia, Sílvia e Cátia são as minhas primas.
Eu quero muito ser feliz.

O predicado pode ser classificado em:

Predicado nominal:
Meu vestido é verde e dourado.

Predicado verbal:
O aluno estudou durante duas horas.

Predicado verbo-nominal:
A criança chorava assustada.

Leia mais sobre os diferentes tipos de predicado.

Termos integrantes e termos acessórios


Além dos termos essenciais, as orações são também compostas por termos integrantes e termos
acessórios.

Os termos integrantes da oração são o objeto direto, o objeto indireto, o complemento


nominal e o agente da passiva. O predicativo do sujeito e o predicativo do objeto podem, também,
ser considerados termos integrantes da oração.

Os termos acessórios da oração são o adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto.


Sílaba
A - MOR

A palavra amor está dividida em grupos de fonemas pronunciados separadamente: a - mor. A


cada um desses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Em
nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca há
mais do que uma vogal em  cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o número de sílabas de
uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as letras i e u (mais
raramente com as letras e e o) podem representar semivogais. 

Classificação das Palavras quanto ao Número de Sílabas


1) Monossílabas: possuem apenas uma sílaba.
Exemplos: mãe, flor, lá, meu

2) Dissílabas: possuem duas sílabas.


Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por

3) Trissílabas: possuem três sílabas.


Exemplos: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir

4) Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas.


Exemplos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta

Divisão Silábica
Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguintes normas:

a) Não se separam os ditongos e tritongos.


Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou

b) Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu.


Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa

c) Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba.


Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co

d) Separam-se as vogais dos hiatos.


Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de

e) Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc.


Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te

f) Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se aqueles em


que a segunda consoante é l ou r.
Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car

Encontro vocálico, encontro consonantal e dígrafo

Flávia Neves 
Professora de Português

Encontro vocálico é a sequência de duas ou mais vogais numa palavra:

 caixa;
 chapéu;
 iguais;
 saúde;
 poesia.

Encontro consonantal é a sequência de duas ou mais consoantes numa palavra.

 trigo;
 planeta;
 advogado;
 corte;
 filtro.

Dígrafo é uma sequência de duas letras que forma um único som.

 tosse;
 carro;
 ninho;
 guerra;
 toque.

Encontro vocálico
Os encontros vocálicos podem ser classificados em ditongo, tritongo e hiato.

limão
Encontro de uma semivogal e de uma vogal na mesma
Ditongo quatro
sílaba.
ouro

quaisquer
Encontro de uma semivogal, de uma vogal e de outra
Tritongo enxaguei
semivogal na mesma sílaba.
Uruguai

piada
Encontro de duas vogais que se encontram em sílabas
Hiato oceano
diferentes.
ciúme

Os ditongos podem ser ainda classificados em:

 ditongo decrescente (ai, au, ui, éu,…)


 ditongo crescente (ui, oe, ia, ua,…)
 ditongo oral (ai, ei, eu, ou, oi,…)
 ditongo nasal (ão, õe, ãe,…)

Os tritongos podem ser ainda classificados em:


 tritongo oral (uai, uei)
 tritongo nasal (uão, uõe)

Veja exemplos e explicações pormenorizadas de todos os encontros vocálicos.

Encontro consonantal
Os encontros consonantais podem ser classificados em perfeito, imperfeito e misto.

clara
Encontro As consoantes não se separam,
livro
consonantal perfeito permanecendo dentro da mesma sílaba.
próximo

Encontro objeto
As consoantes se separam, ficando em
consonantal corpo
sílabas diferentes.
imperfeito magnífico

destro
Encontro Apresenta características dos encontros
distraído
consonantal misto consonantais perfeitos e imperfeitos.
filtragem

Além dos encontros consonantais perfeitos, imperfeitos e mistos, também se pode considerar que
existe encontro consonantal fonético.

O encontro consonantal fonético ocorre quando a consoante x assume o som cs,


representando assim a dois fonemas consonantais:

 táxi (4 letras, 5 fonemas)


 boxe (4 letras, 5 fonemas)
 oxigênio (8 letras, 9 fonemas)

Veja exemplos e explicações pormenorizadas de todos os encontros consonantais.

Dígrafo
Os dígrafos podem ser classificados em consonantal e vocálico.

corrida
Dígrafo Forma um único som consonantal: lh, ch, nh, rr, máquin
consonantal ss, qu, gu, sc, sç, xc, xs. a
galho

Dígrafo vocálico Forma um único som vocálico: am, em, im, om, mundo
um, an, en, in, on, un. lindo
lâmpada

É preciso ter especial cuidado na identificação de alguns dígrafos. Qu e gu apenas são dígrafos
quando a vogal u não é pronunciada. Sc e xc apenas são dígrafos quando seguidos da vogal i e da
vogal e.

São dígrafos:

 queda;
 quitanda;
 nascer;
 piscina;
 exceção;
 excelente.

Não são dígrafos:

 cinquenta;
 tranquilo;
 quase;
 escolha;
 escravidão;
 excremento.

Formação de palavras

Flávia Neves 

Professora de Português

A formação de palavras é feita por dois processos principais: a derivação e a composição.


Contudo, existem também outros processos de formação de palavras que, embora com menor
regularidade e sistematicidade, contribuem para a formação de novas palavras, como a abreviação,
a reduplicação, o hibridismo, a combinação e a intensificação.

Derivação
Na derivação, a formação de uma nova palavra ocorre a partir de uma única palavra simples ou
radical, ao qual se juntam afixos, formando uma nova palavra com significação própria.

Existem cinco tipos de derivação: derivação prefixal, derivação sufixal, derivação parassintética,
derivação regressiva e derivação imprópria.

Derivação prefixal

Na derivação prefixal acrescenta-se um prefixo a uma palavra já existente.

 desnecessário (des- + necessário)


 contramão (contra- + mão)
 antebraço (ante- + braço)
 infeliz (in- + feliz)

Veja também: Exemplos de derivação prefixal e Prefixos existentes no português.

Derivação sufixal

Na derivação sufixal acrescenta-se um sufixo a uma palavra já existente

 ciumento (ciúme + -ento)


 velozmente (veloz + -mente)
 orgulhoso (orgulho + -oso)
 namorico (namoro + ico)

Veja também: Exemplos de derivação sufixal e Sufixos existentes no português.

Derivação parassintética

Na derivação parassintética acrescenta-se simultaneamente um sufixo e um prefixo a uma palavra


já existente

 espairecer (es- + pairar + -ecer)


 esquentar (es- + quente + -ar)
 entediar (en- + tédio + -ar)
 desgelar (des- + gelo + -ar)

Veja também: Distinção entre derivação parassintética e derivação prefixal e sufixal.

Derivação regressiva

Na derivação regressiva, também chamada de formação deverbal, ocorre redução da palavra


primitiva e não acréscimo.

 boteco (de botequim)


 dispensa (do verbo dispensar)
 bandeja (do verbo bandejar)
 remoinho (do verbo remoinhar)

Veja também: Exemplos de substantivos formados por derivação regressiva.

Derivação imprópria

Na derivação imprópria, atualmente chamada de conversão por algumas gramáticas, não há


alteração da palavra primitiva, que permanece igual. Há, contudo, mudança de classe gramatical
com consequente mudança de significado: verbos passam a substantivos, adjetivos passam a
advérbios, substantivos passam a adjetivos,...

 jantar (verbo para substantivo)


 andar (verbo para substantivo)
 prodígio (substantivo para adjetivo)
 baixo (adjetivo para advérbio)
Veja também: Exemplos de palavras formadas por derivação imprópria.

Composição
Na composição, a formação de uma nova palavra ocorre a partir da junção de duas ou mais
palavras simples ou radicais. Formam-se assim palavras compostas com significação própria.

O processo de composição pode ocorrer por justaposição ou por aglutinação.

Composição por aglutinação

Ocorre composição por aglutinação quando há alteração das palavras formadoras. Ocorre a fusão
de duas ou mais palavras simples ou radicais, havendo supressão de fonemas. Os elementos
formadores perdem, assim, a sua identidade ortográfica e fonológica porque a nova palavra
composta apresenta apenas um acento tônico.

 aguardente (água + ardente);


 embora (em + boa + hora);
 planalto (plano + alto);
 vinagre (vinho + acre).

Composição por justaposição

Ocorre composição por justaposição quando não há alteração das palavras formadoras. Ocorre
apenas a junção de duas ou mais palavras simples ou radicais, que mantêm a mesma ortográfica e
acentuação que apresentavam antes do processo de composição. A maior parte das palavras
compostas por justaposição estão ligadas com um hífen. Contudo, é possível a escrita de palavras
compostas por justaposição sem hífen ou apenas escritas juntas.

 arco-íris;
 beija-flor;
 guarda-chuva;
 segunda-feira;
 chapéu de chuva;
 fim de semana;
 girassol;
 paraquedas;
 passatempo;
 pontapé.

Veja também: O Acordo Ortográfico e as palavras compostas por justaposição.

Abreviação
Na abreviação é apenas utilizada parte da palavra, em vez de ser utilizada a palavra na sua
totalidade. Essa parte de palavra passa a existir como uma palavra autônoma. Neste tipo de
formação de palavras estão incluídas formas reduzidas das palavras, como vídeo (de videocassete)
e também as siglas, formadas pelas letras iniciais de um nome composto por duas ou mais
palavras.

 foto (de fotografia);


 moto (de motocicleta);
 pneu (de pneumático);
 ONU (Organização das Nações Unidas);
 PUC (Pontifícia Universidade Católica);
 FAB (Força Aérea Brasileira).

Reduplicação
Na reduplicação ocorre a repetição de vogais ou consoantes na formação de uma palavra imitativa.
Neste tipo de formação de palavras também estão incluídas as palavras onomatopaicas. A
reduplicação é também chamada de duplicação silábica.

 pingue-pongue
 tique-taque
 bombom
 zum-zum
 pipilar

Hibridismo
No hibridismo ocorre a junção de palavras simples ou radicais provenientes de línguas diferentes.

 monóculo (grego mono + latim oculus)


 nonacosaedro (latim nona + grego cosa e edro)
 sociologia (latim socio + grego logia)

Combinação
Na combinação ocorre a formação de uma nova palavras através da junção de partes de outras
palavras.

 aborrecente (aborrecer + adolescente)


 portunhol (português + espanhol)
 showmício (show + comício)

Intensificação
Na intensificação ocorre a criação de uma nova palavra através do alargamento do sufixo de uma
palavra existente. Ocorre maioritariamente na utilização do sufixo verbal -izar.

 obstaculizar (em vez de obstar)


 protocolizar (em vez de protocolar)
 culpabilizar (em vez de culpar)

Exercícios sobre os processos de formação das palavras


Para verificar os conhecimentos aprendidos, realize estes exercícios!

1. A palavra boteco é formada por derivação.


a) prefixal;
b) sufixal;
c) regressiva;
d) parassintética;
e) imprópria.

c) regressiva

VER RESPOSTA

2. Indique em qual alternativa a palavra não é formada por composição por


justaposição.

a) quinta-feira;
b) paraquedas;
c) guarda-sol;
d) tique-taque.

d) tique-taque

VER RESPOSTA

3. Identifique a palavra formada pelo mesmo processo de formação que a palavra


contramão.

a) supracitado;
b) embora;
c) espairecer;
d) rapidamente.

Uso dos porquês: porque, porquê, por que ou por quê

Flávia Neves 

Professora de Português

O uso dos porquês é um dos assuntos da língua portuguesa que mais causa dúvidas entre os
falantes. Para que o emprego dos porquês seja feito de forma correta, é essencial entender e
distinguir as quatro formas: porque, porquê, por que ou por quê.

Dica rápida para o uso dos porquês

Porque = Usado nas respostas.


Por que = Usado no início das perguntas.
Por quê? = Usado no fim das perguntas.
O porquê = Usado como um substantivo.

Quando usar porque?


Porque (junto e sem acento) é usado principalmente em respostas e em explicações. Indica a causa
ou a explicação de alguma coisa.

Exemplos com porque

 Choro porque machuquei o pé.
 Ela não foi à escola porque estava chovendo.

Porque pode ser substituído por:

 pois;
 por causa de que;
 visto que;
 uma vez que;
 dado que.

Substituição do porque

 Não comprei o computador, porque era muito caro.


 Não comprei o computador, pois era muito caro.
 Não comprei o computador, por causa que era muito caro.
 Não comprei o computador, visto que era muito caro.
 Não comprei o computador, uma vez que era muito caro.
 Não comprei o computador, dado que era muito caro.

Porque é uma conjunção subordinativa causal ou explicativa, unindo duas orações que dependem
uma da outra para ter sentido completo.

Quando usar por que?


Por que (separado e sem acento) pode ser usado para introduzir uma pergunta ou para estabelecer
uma relação com um termo anterior da oração.

Por que em perguntas

Possuindo um caráter interrogativo, por que é usado para iniciar uma pergunta.

Exemplos com por que (interrogativo)

 Por que você não foi dormir?


 Por que não posso sair com meus amigos?

Por que (interrogativo) pode ser substituído por:

 por que razão;


 por qual razão;
 por que motivo;
 por qual motivo.

Substituição do por que

 Por que você está me contando isso?


 Por que razão você está me contando isso?
 Por que motivo você está me contando isso?
 Por qual razão você está me contando isso?
 Por qual motivo você está me contando isso?

Com este sentido interrogativo, por que é formado pela preposição por seguida do pronome
interrogativo que.

Por que em relação com um termo antecedente

Por que é usado também como elemento de ligação entre duas orações, estabelecendo uma relação
com um termo antecedente.

Exemplos com por que (relativo)

 Não achei o caminho por que passei.


 As razões por que fui embora são pessoais.

Por que (relativo) pode ser substituído por:

 pelo qual;
 pela qual;
 pelos quais;
 pelas quais;
 por qual;
 por quais.

Substituição do por que

 A rua por que passei estava com muitas obras.


 A rua pela qual passei estava com muitas obras.
 A rua por qual passei estava com muitas obras.

Estabelecendo uma relação com um termo anterior, por que é formado pela preposição por
seguida do pronome relativo que.

Quando usar por quê?


Por quê (separado e com acento) é usado em interrogações. Aparece sempre no final da frase,
seguido de ponto de interrogação ou de um ponto final.

Exemplos com por quê

 Você não comeu? Por quê?


 O menino foi embora e nem disse por quê.

Por quê pode ser substituído por:

 por qual motivo;


 por qual razão.
Substituição do por quê

 Ele já veio para casa? Por quê?


 Ele já veio para casa? Por qual motivo?
 Ele já veio para casa? Por qual razão?

Por quê é formado pela preposição por seguida do pronome interrogativo tônico quê.

Quando usar porquê?


Porquê (junto e com acento) é usado para indicar o motivo, a causa ou a razão de algo.

Aparece quase sempre junto de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns), podendo
também aparecer junto de um pronome ou numeral.

Exemplos com porquê

 Todos riam muito e ninguém me dizia o porquê.


 Gostaria de saber os porquês de ter sido mandada embora.

Porquê pode ser substituído por:

 o motivo;
 a causa;
 a razão.

Substituição do porquê

 Você sabe o porquê de tanta confusão, não sabe?


 Você sabe o motivo de tanta confusão, não sabe?
 Você sabe a causa de tanta confusão, não sabe?
 Você sabe a razão de tanta confusão, não sabe?

Porquê é um substantivo masculino, podendo sofrer flexão em número: o porquê, os porquês.

Exercícios sobre o uso dos porquês


Teste os conhecimentos que aprendeu através da realização de diversos exercícios sobre o uso dos
porquês!

1. Identifique a frase escrita de forma correta.

 Por que eu devo acreditar em você?


b) Porque eu devo acreditar em você?
c) Por quê eu devo acreditar em você?
d) Porquê eu devo acreditar em você?

a) Por que eu devo acreditar em você?


Explicação: A forma por que é usada para iniciar uma pergunta, sendo sinônima de por que
motivo ou por que razão.

2. Indique em qual frase o uso de “porque” está correto.

a) Porque você ainda está aqui?


b) Fui passear porque estava um dia agradável.
c) Você sabe o porque de tanta discussão?
d) Ele perguntou isso? Porque?

b) Fui passear porque estava um dia agradável.

Explicação: Porque é usado em respostas e em explicações. É sinônimo de pois, visto que, uma
vez que.

VER RESPOSTA

3. Complete as frases com as formas corretas.

a) Ontem não houve aulas. Você sabe __________?


b) As ruas __________ passei já estavam enfeitadas.
c) Comprei este vestido __________ quis!
d) Ninguém entendeu o __________ da tua revolta.

a) por quê
b) por que
c) porque
d) porquê

Explicação:
a) Por quê é usado em interrogações. Aparece sempre no final da frase, seguido de ponto de
interrogação ou de um ponto final.
b) Por que é usado para estabelecer uma relação com um termo anterior. É sinônimo de por qual,
pela qual, pelo qual.
c) Porque é usado em respostas e em explicações. É sinônimo de pois, visto que, uma vez que.
d) Porquê é um substantivo. Vem sempre precedido de um artigo e é sinônimo de o motivo ou a
causa.

Mal ou mau

Flávia Neves 

Professora de Português

Como essas duas palavras são, maioritariamente, pronunciadas da mesma forma, são facilmente
confundidas pelos falantes.

Qual a diferença entre mal e mau?


Mal é um advérbio, antônimo de bem.
Mau é um adjetivo, antônimo de bom.

Exemplo: Ele é um homem mau, só pratica o mal.


Pela oposição: Ele é um homem bom, só pratica o bem.

Quando uso mau? 


O adjetivo mau é usado principalmente para indicar algo de má qualidade ou alguém que faz
maldades, sendo sinônimo de ruim e malvado. Apresenta ainda outros significados, sendo também
sinônimo de nocivo, indelicado, incapaz, incorreto, endiabrado, difícil, indecente, entre outros.

Exemplos com mau:

 Ele é um mau professor.


 Afaste esses maus pensamentos de sua mente.

Quando uso mal?


O advérbio mal é usado principalmente para indicar algo feito de forma errada e incorreta, sendo
sinônimo de erradamente, incorretamente, insatisfatoriamente, negativamente, indevidamente,
entre outros. Mal também é substantivo, podendo significar doença, moléstia, angústia, desgosto,
maldade, tudo aquilo que é prejudicial ou nocivo. Mal pode ser ainda uma conjunção temporal,
sinônima de assim que.

Exemplo com mal:

 Eu preciso descansar porque tenho dormido mal.


 O mal da sociedade moderna é a violência urbana.
 Mal tocou o sino, os alunos saíram correndo.

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