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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA

CURSO MÉDIO TÉCNICO INTEGRADO EM ADMINISTRAÇÃO

ENY BEATRICE ALVES DA SILVA


GABRIEL PHILIPE LEÃO DA SILVA
LARYSSA CRISTINA DA SILVA
PÉRICLES DANIEL ARRUDA MARQUES DE SOUZA
THYAGO MATHEUS RAMOS FRANÇA
VICTOR LUAN DA SILVA COSTA

EMPREENDEDORISMO, LIBERDADE ECONÔMICA E DESENVOVIMENTO


OS DESAFIOS DA ATIVIDADE EMPREENDEDORA NO BRASIL

PAULISTA
2019
ENY BEATRICE ALVES DA SILVA
GABRIEL PHILIPE LEÃO DA SILVA
LARYSSA CRISTINA DA SILVA
PÉRICLES DANIEL ARRUDA MARQUES DE SOUZA
THYAGO MATHEUS RAMOS FRANÇA
VICTOR LUAN DA SILVA COSTA

EMPREENDEDORISMO, LIBERDADE ECONÔMICA E DESENVOVIMENTO


OS DESAFIOS DA ATIVIDADE EMPREENDEDORA NO BRASIL

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


Escola Técnica Estadual José Alencar Gomes
da Silva, como requisito para o recebimento do
curso médio técnico integrado em
administração.

PAULISTA
2019
ENY BEATRICE ALVES DA SILVA
GABRIEL PHILIPE LEÃO DA SILVA
LARYSSA CRISTINA DA SILVA
PÉRICLES DANIEL ARRUDA MARQUES DE SOUZA
THYAGO MATHEUS RAMOS FRANÇA
VICTOR LUAN DA SILVA COSTA

EMPREENDEDORISMO, LIBERDADE ECONÔMICA E DESENVOVIMENTO


OS DESAFIOS DA ATIVIDADE EMPREENDEDORA NO BRASIL

Relatório final, apresentado na Escola Técnica


Estadual José Alencar Gomes da Silva, como
parte das exigências para a obtenção do título
de Técnico em Administração.

Orientador(a): Profa............................................

Data da defesa/entrega: ___/___/____


MEMBROS COMPONENTES DA BANCA EXAMINADORA:

Prof. Orientador:

Membro:

Membro:
______________________________________________________________________

Média______ Data: ___/___/____

Escola Técnica Estadual José Alencar Gomes da Silva


Paulista - PE
Agradecemos ao professor Tavares Neto por nós
auxiliar no processo de desenvolvimento do
nosso trabalho de conclusão de curso.
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo discutir à cerca das dificuldades enfrentadas
por aqueles que pretendem empreender no Brasil. Em prol disto foi pesquisado em diferentes
fontes desde o conceito de empreendedorismo ao conceito de liberdade econômica.
Os resultados referem-se diretamente a discussão iniciada nos tópicos que tratam sobre
a importância da atividade empreendedora para o desenvolvimento econômico de uma nação,
as dificuldades para abrir um negócio, em questão de tempo do processo burocrático, quais as
maiores barreiras enfrentadas pelos gerenciadores empresariais na área financeira, jurídica,
legislativa e regulamentárias.
O presente trabalho contribui como um referencial de estudo acerca da realidade
econômica brasileira e como contorna-la via o incentivo do processo de empreendedorismo na
sociedade feita, principalmente, por reformas.

Palavras-Chaves: Empreendedorismo, Dificuldades no Brasil, Processo Burocrático.


ABSTRACT

The present work has as objective to discuss about the difficulties faced by those who
intend to undertake in Brazil. For this purpose, it has been researched in different sources
since the concept of entrepreneurship.
The results refer directly to the discussion started in the topics that deal with the
importance of entrepreneurial activity for the economic development of a nation, the
difficulties to open a business, in a matter of time of the bureaucratic process, what are the
biggest barriers faced by the business managers in the financial, legal, legislative and
regulatory area.
The present work contributes as a study reference about the Brazilian economic reality
and how to circumvent it via the incentive of the entrepreneurship process in the society made
mainly by reforms.

Key Words: Entrepreneurship, Difficulties in Brazil, Bureaucratic Process.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Trechos da tabela “Ease of doing business ranking”, mostrando a posição geral do
Brasil (Em inglês: Brazil) 109ª, Irã (Em inglês: Iran, Islamic Rep.) 128ª e Japão (Em inglês:
Japan) 39º ................................................................................................................................. 13
Tabela 2- Tabela de abertura de empresas do Doing Business, sem capital mínimo integrado
.................................................................................................................................................. 14
Tabela 3- Tabela de pagamento de imposto do Doing Business ............................................. 16
LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

CNPJ Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica


COFINS Contribuição Social sobre o Faturamento das Empresas COFINS
CPF Cadastro de Pessoa Física
DARF Documento de Arrecadação de Receitas Federais
DB Doing Business
DCC Documento Complementar de Cadastro
DUC Documento Único de Cadastro
FCN Ficha de Cadastro Nacional
ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços
II Imposto sobre Importações
INSS Instituto Nacional de Securidade Social.
IPI Imposto sobre Produto Industrializado
IRPJ Imposto de Renda Pessoa Jurídica
ISS Imposto Sobre Serviços
NIRE Número de Identificação do Registro de Empresa
PIS Contribuição para o Programa de Integração Social
RG Registro Geral (Carteira de Identidade)
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 9
2.EMPREENDEDORISMO .................................................................................................... 9
2.1 A importância da atividade empreendedora para o desenvolvimento econômico de um
país ........................................................................................................................................ 10

3.LIBERDADE ECONÔMICA............................................................................................. 11
4.METODOLOGIA................................................................................................................ 11
5.DOING BUSINESS 2019 .................................................................................................... 12
5.1. O Brasil no Doing Business 2019 .................................................................................. 12

6. ABERTURA DE EMPRESAS .......................................................................................... 13


6.1 A Abertura de Empresas no Brasil ................................................................................. 13

7. PAGAMENTO DE TRIBUTOS ....................................................................................... 15


7.1 O pagamento de Tributos no Brasil ................................................................................ 16

8.DISCURSSÃO DOS RESULTADOS ................................................................................ 17


9.CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 18
REFERENCIAS ..................................................................................................................... 19
9

1.INTRODUÇÃO

Este trabalho compila informações à cerca da situação dos empresários brasileiros


quando tratamos do propósito de empreender no país. Aborda sobre o que é
empreendedorismo na opinião de diversos autores e busca uma correlação entre estas citações,
procurar informar sobre a importância da atividade empreendedora para o desenvolvimento
econômico de um país, quais as dificuldades encontradas pelos empreendedores tanto para
abrir o negócio, quanto para geri-lo, no caso, em relação a tributações. E busca responder
perguntas como: Quais as políticas que podem ser benéficas em prol de exercer incentivo a
atividade empreendedora?
O trabalho leva em consideração que o empreendedorismo tem a solução para todos os
problemas enfrentados pelo país em relação a abertura de novas empresas e investimentos
que, se caso existissem, gerariam a arrecadação de impostos essenciais para o Estado e,
principalmente, o crescimento de novas oportunidades de emprego para um país em crise.

2.EMPREENDEDORISMO

O empreendedorismo é percebido desde a década de oitenta como um objeto de estudo


de relevância impar para diversas áreas de conhecimento, mesmo que já venha sendo estudada
há séculos, principalmente por economistas e comportamentalistas, isto é, especialistas do
comportamento humano como psicólogos, psicanalistas, sociólogos, entre outros.
Hisrich & Peter (2004) define o empreendedorismo como “processo de criar algo
diferente e com valor, dedicando o tempo e o esforço necessário, assumindo os riscos
financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas
da satisfação econômica e pessoal”.
Segundo Schumpeter (1988), empreendedorismo é um processo ao qual ele cunhou de
“destruição criadora” no qual há a substituição de métodos e produtos existentes por novos.
De acordo com Barreto (1998, p. 190) “empreendedorismo é a habilidade de criar e
constituir algo a partir de muito pouco ou de quase nada”. (Apud Francisco e Knebel,2015
p.27)
Em comum entre estes trechos de pensamento é o repouso em uma característica
inerente ao ser empreendedor, que define empreendedorismo, que é o da inovação, mesmo
que este evento surja de poucos recursos. De que empreender nasce em prol de um objetivo,
10

que não necessariamente é financeiro, mas que causara mudanças, não necessariamente
grandes, nos métodos de produção pré-existentes.

2.1 A importância da atividade empreendedora para o desenvolvimento econômico de


um país

Os autores Francisco e Knebel (2015, p.25) afirmam que “os economistas percebem
que o empreendedor é essencial ao processo de desenvolvimento econômico, e em seus
modelos estão levando em conta os sistemas de valores de sociedade, em que são
fundamentais os comportamentos individuais dos seus integrantes.”.
E quais seriam esses economistas, no caso, os precursores dessa conclusão, novamente
Francisco e Knebel (2015, p.27) destacam três nomes principais: Richard Cantillon, Jean
Baptista Say e Joseph Schumpeter.
Contudo, não é somente a teoria econômica que consegue explicar a importância do
empreendedor, na verdade, sozinha ela é falha em alguns aspectos, para isso a teoria
comportamentalista, que abrange áreas como psicologia, sociologia e psicanalista, isto é,
métodos de conhecimento que abrangem o comportamento humano se fazem uteis.
O primeiro comportamentalista a estudar o empreendedorismo foi Max Weber, mas
David C. McClelland se fez muito mais relevante, de certo modo, pois destacou o papel do
homem de negócios na sociedade e, finalmente, as suas contribuições para o desenvolvimento
da mesma.
Zarpellon (2010, p.40 apud Francisco e Knebel,2015 p.28) “os economistas
associaram o empreendedor à inovação e os comportamentalistas que enfatizam aspectos
atitudinais, com a criatividade e a intuição.”
Uma teoria que se destaca por incrementar esses dois pontos de vista é fornecida pela
Escola Austríaca de Economia pelo seu mais importante nome Ludwig Von Mises, a teoria do
conhecimento, que em resumo diz que o desenvolvimento econômico é causado diretamente
por aqueles que preveem melhor o momento mais favorável para alcançar o lucro em sua
determinada atividade econômica.

“Os lucros, em última análise, derivam sempre de uma correta previsão das
situações futuras. Aqueles que conseguiram antecipar melhor do que os outros os
eventos futuros, e ajustar suas atividades correspondentes, obterão lucros por
11

estarem em condições de atender às necessidades mais urgentes do público."


(MISES, 2010, p.757, 758).

Seguindo este pensamento o economista A. F. Hayek (1968), também economista da


Escola Austríaca, explica que a concorrência empresarial é indispensável para o progresso
econômico porque é a competição que serve como o dispositivo de descoberta. A Escola
Austríaca de Economia constata que uma sociedade comercial e desenvolvida é na sua
essência uma sociedade empreendedora.

3.LIBERDADE ECONÔMICA

O termo liberdade econômica nasce não simplesmente de uma teoria econômica, mas
sim se inicia como extensão de uma filosofia pré-existente, a filosofia Liberal.

“A essência da filosofia liberal é a crença na dignidade do indivíduo,


em sua liberdade de usar ao máximo suas capacidades e oportunidades
de acordo com suas próprias escolhas, sujeito somente à obrigação de
não interferir com a liberdade de outros indivíduos fazerem o
mesmo.” (FRIEDMAN, 2014)

Levando isso em consideração, percebe-se que “Liberdade Econômica” é o estado


onde as pessoas e as empresas estarão livres para exercer o livre comercio, o
empreendedorismo e a livre concorrência, sem regulamentações invasivas do Estado, ou seja,
é o quanto um país facilita o desenvolvimento de um agente econômico, como já dito antes,
os empreendimentos.

4.METODOLOGIA

Em prol da visualização efetiva da importância do empreendedorismo e da liberdade


econômica para o desenvolvimento de um país empregamos como método a comparação
direta do Brasil com diversos países, principalmente aqueles considerados de primeiro mundo,
isto foi feito com o intuito de ilustrar o tema levantado neste trabalho, da maneira mais
adequada ao público no geral.
12

Para isto utilizamo-nos de dados coletados pelo The World Bank/DoingBusiness


(2019) que comparou 190 economias onde as classificou de acordo com a facilidade de fazer
negócios, e para isto utiliza de alguns tópicos, que também possuem classificação própria.
Contudo, para efeito prático, utilizaremos de apenas 2 destes que são pagamento de imposto e
abertura de empresas, especificando quais são os fatores que contribuem para as baixas
posições do Brasil neles. O objetivo final é alcançar a provação do nosso ponto de que uma
economia desenvolvida somente alcançou este nível graças a um ambiente agradável ao
empreendedorismo.

5.DOING BUSINESS 2019

Para explicar melhor sobre o que se trata o relatório, está abaixo um breve resumo da
visão geral do mesmo. O Doing Business 2019 é a 16ª edição do que vem a ser uma das
principais publicações do Grupo do The World Bank, este relatório tem por objetivo analisar a
cada ano as leis e regulações que facilitam ou dificultam as atividades das empresas em cada
economia, em um total de 190.
O Doing Business analisa 11 áreas do ciclo de vida de uma empresa. Dez destas áreas
estão incluídas na classificação das economias em termos da facilidade de se fazer negócios:
abertura de empresas, obtenção de alvarás de construção, obtenção de eletricidade, registro de
propriedades, obtenção de crédito, proteção dos investidores minoritários, pagamento de
impostos, comércio internacional, execução de contratos e resolução de insolvência.
Os dados publicados pelo Doing Business 2019 se referem ao 1º de maio de 2018.

5.1. O Brasil no Doing Business 2019

Na publicação deste ano o Brasil ocupa a 109ª posição no ranking Doing Business em
facilidade de fazer negócios, onde se apresenta mais próximo de economias como a do Irã,
que ocupa a 128ª do que de países desenvolvidos como o Japão, 39° colocado no ranking.
Mesmo em uma posição ruim, é observável o crescimento de 2,96 na pontuação em relação ao
relatório de 2018, o que é um indicativo de uma mudança no modus operante brasileiro
quando tratamos de facilidade em fazer negócios.
13

Tabela 1 – Trechos da tabela “Ease of doing business ranking”, mostrando a posição


geral do Brasil (Em inglês: Brazil) 109ª, Irã (Em inglês: Iran, Islamic Rep.) 128ª e
Japão (Em inglês: Japan) 39º

Fonte: Doing Business, 2019

6. ABERTURA DE EMPRESAS

O tópico de maior relevância para o trabalho, ele trata do número de procedimentos, o


tempo e o custo para uma pequena ou média empresa de responsabilidade limitada, mais
especificamente um negócio padronizado que é 100% nacional, tem capital inicial equivalente
a 10 vezes a renda per capita, se engaja em atividades industriais ou comerciais gerais e
emprega de 10 a 50 pessoas dentro do primeiro mês de operações, iniciar e operar
formalmente no país, e possui seu próprio ranking especifico que vai de 1, melhor posição, a
190, pior posição é um dos índices de maior relevância na nota geral do ranking.
O mesmo por ter um ranking próprio se divide em alguns sub tópicos: a classificação
geral da economia, o número de procedimentos, A duração em dias para abrir a empresa e o
custo, esses últimos três sub tópicos especificados para homens e mulheres, e, por último, o
capital mínimo integrado que equivale à quantia que deve ser depositada em um banco ou
junto a terceiros (por exemplo, um cartório) antes do cadastramento ou registro da empresa ou
em até três meses após a constituição da sociedade limitada.

6.1 A Abertura de Empresas no Brasil


14

O Brasil ocupa em uma comparação mundial, a 140ª posição quando falamos em


facilidade para abertura de empresas, isto em um ranking de 190 países, sendo uma das
economias que mais existem barreiras a atividade empreendedora, principalmente no seu
começo. Como mostrado na tabela abaixo:

Tabela 2- Tabela de abertura de empresas do Doing Business, sem capital mínimo integrado

Fonte: Elaborada pelos autores com base em Doing Business, 2019.

A primeira observação que podemos fazer em relação ao motivo da péssima posição


do Brasil quando comparada a outros países é a duração de dias para a abertura de um
negócio, que são de, em média, 20.5 dias, na qual só fica na frente quando comparado com a
África do Sul, que leva em média 40 dias para a abertura de uma empresa. Isso vem
principalmente da quantidade de documentos e formulários que são necessários, que variam
de um estado para o outro, mais os mais comuns, de acordo com o SEBRAE NACIONAL
(2019), são:

• Contrato Social;
• Documentos pessoais de cada sócio (no caso de uma sociedade).

Este Contrato social que para ser válido deverá ter visto de um advogado, dispensando-se
as empresas de pequeno porte e as micro empresas. Se tudo estiver certo, será possível
prosseguir com o arquivamento do ato constitutivo da empresa, quando geralmente serão
necessários os documentos:

• Contrato Social ou Requerimento de Empresário Individual ou Estatuto, em três vias;


• Cópia autenticada do RG e CPF do titular ou dos sócios;
• Requerimento Padrão (Capa da Junta Comercial), em uma via;
• FCN (Ficha de Cadastro Nacional) modelo 1 e 2, em uma via;
• Pagamento de taxas através de DARF.
15

Após isto será entregue o NIRE (Número de Identificação do Registro de Empresa)


que é uma etiqueta ou um carimbo, feito pela Junta Comercial ou Cartório, contendo um
número que é fixado no ato constitutivo, para com o NIRE conseguir registrar a empresa no
CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), para que a empresa possa contribuir com
impostos. Segue abaixo alguns dos documentos pedidos para o cadastro.

• DUC (Documento Único de Cadastro), em três vias;


• DCC (Documento Complementar de Cadastro), em 1 via;
• Comprovante de endereços dos sócios, cópia autenticada ou original;
• Cópia autenticada do documento que prove direito de uso do imóvel, como por exemplo o
contrato de locação do imóvel ou escritura pública do imóvel;
• Número do cadastro fiscal do contador;
• Comprovante de contribuinte do ISS, para as prestadoras de serviços;
• Certidão simplificada da Junta (para empresas constituídas há mais de três meses);
• Cópia do ato constitutivo;
• Cópia do CNPJ;
• Cópia do alvará de funcionamento;
• RG e CPF dos sócios.

Depois disso, a empresa só precisa seguir mais dois passos, cadastrar-se na


previdência social, mesmo que não tenha funcionários, e por último o aparato fiscal que é a
autorização para impressão das notas fiscais e a autenticação de livros fiscais.
O tempo de abertura de uma empresa varia com o estado com o qual ela se encontra,
mas em média existem. Para os que já disponibilizam uma entrada única de documentos para
abertura de empresa, o processo dura em média de 5 a 15 dias consecutivos.
Para aqueles que ainda não têm essa entrada, o tempo para a abertura pode variar entre
15 a 30 dias. Quando comparamos com o primeiro lugar do ranking, a Nova Zelândia,
observamos a diferença, onde para abrir uma empresa se leva em média 0.5 dia.

7. PAGAMENTO DE TRIBUTOS

Este tópico, de acordo com a DB, aborda os impostos e contribuições obrigatórias que
uma empresa de médio porte deve pagar ou reter em um determinado ano, assim como a carga
administrativa relacionada ao pagamento de impostos analisando os processos que ocorrem
16

depois do pagamento de impostos, como restituições, inspeções ou auditorias fiscais e


recursos fiscais. A mais recente coleta de dados para o projeto foi concluída em 1º de junho
de 2017 cobrindo para o ano calendário de 2015 (1 Janeiro, 2015- 31 de dezembro, 2015).
Sendo o segundo de maior relevância para a posição no ranking, ele é dividido em
cinco sub tópicos principais, mas para efeito utilizamo-nos de quatro deles: O ranking geral
das economias citadas, os pagamentos que são feitos por ano nesses países, o tempo gasto em
prol destes pagamentos (Em horas por ano) e a carga tributária em cima dos lucros.

7.1 O pagamento de Tributos no Brasil

O Brasil ocupa em uma comparação mundial, a 184ª posição quando falamos em


pagamento de impostos, isto em um ranking de 190 países, sendo uma das economias que
mais tributa a atividade empreendedora no mundo, e compete com economias com a da
Venezuela que está logo abaixo na 189ª. Como mostrado na tabela abaixo:

Tabela 3- Tabela de pagamento de imposto do Doing Business

Fonte: Elaborada pelos autores com base em Doing Business, 2019.

A lista de impostos pagos no país é extensa, sendo divididos em tributos federais,


estaduais e municipais, segue abaixo alguns deles.

Tributos federais
• Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ);
• Imposto sobre Produto Industrializado (IPI);
• Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS);
• Contribuição Social sobre o Faturamento das Empresas (COFINS);
• Imposto sobre Importações (II)
Tributos estaduais
• Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS)
17

Tributo Municipal
• Imposto Sobre Serviços (de qualquer natureza) (ISS).

Contribuições Previdenciárias
• INSS (Instituto Nacional de Securidade Social).
Fonte: (SEBRAE NACIONAL, 2018)

Um fator que contribui para a grande quantidade de tempo usada pelos


empreendedores para se pagar imposto é a plataforma existente para tal, o eSocial. O sistema
de escrituração fiscal digital das obrigações fiscais previdenciárias e trabalhistas, foi criado
com o objetivo de unificar as informações sobre as empresas e seus empregados, assim
simplificando a entrega de obrigações e documentações como; DIRF; RAIS; FGTS e SEFIP.
Contudo, o sistema tem se apresentado demasiadamente complexo, havendo uma sobrecarga
de informações muitas das quais são desnecessárias ou repetitivas.
As reclamações vem devido as empresas estarem sendo obrigadas a fazer um enorme
investimento para atender ao eSocial. Mas não são dispensadas de outras obrigações como a
Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), a Relação Anual de Informações
Sociais (Rais), o Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência
Social (Sefip) e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

8.DISCURSSÃO DOS RESULTADOS

Foi observado na análise do ranking da Doing Business 2019, os principais problemas


que em suma impedem o desenvolvimento do empreendedorismo no Brasil. Inicia-se com a
dificuldade para que se abra uma empresa no pais, com as diversas fases e documentos
necessários para o mesmo, que fazem com que sejamos um dos países onde se gasta mais
tempo para realmente formalizar um negócio seja ele pequeno, uma micro ou média empresa.
Também vale citar a tributação abusiva em cima das empresas, onde se gasta em
média ¼ (um quarto) de um ano inteiro somente para pagar todos os impostos, além da fatia
abusiva a qual os lucros dos empresários estão sujeitos a serem subtraídos, que equivale a
65% dele, algo que vai totalmente contra ao pensamento econômico dos países de primeiro
mundo como Noruega ou Nova Zelândia, e que no futuro, caso não houverem reformas
tributarias e relacionadas a abertura do empreendedorismo no país, serão fator principal da
18

passagem em importância mundial do Brasil por países como a África do Sul, por exemplo e
caso continuemos neste rumo talvez algo muito pior como uma possível falência econômica.

9.CONSIDERAÇÕES FINAIS

É perceptível no decorrer deste trabalho o quão difícil é empreender no Brasil,


independente da fase que o empreendimento está, seja começo ou decorrer, as barreiras
apresentadas pela legislação para a atividade empresarial no país são presentes, fato que traz
problemas para a nação quando comparamos com outros países que tem potencial de “tomar”
os investimentos que perdemos por conta desses empecilhos.
Umas das propostas, já sancionadas pelo congresso, em prol da resolução destas
barreiras para a MP 881 da Liberdade Econômica, atual Lei n° 13.874, diz em seu próprio
projeto: “Institui a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, estabelece garantias de
livre mercado, análise de impacto regulatório, e dá outras providências. ”
Esta Lei propõe simplificar o processo de abertura de empresas, esclarecer o que está
imposto no código civil e concede garantias para o livre mercado. Analisando pelo lado da
abertura de empresa, a atual declaração dos direitos de liberdade econômica permite as
empresas a dispensa da necessidade previa de alvarás, para empresas consideradas de baixo
risco e também extingue o eSocial, que será substituído por uma outra plataforma mais
simples e intuitiva para o pagamento de impostos.
Entretanto, apesar da antiga MP 881 melhorar drasticamente a liberdade econômica do
Brasil, a mesma ainda é considerada o primeiro passo para um mercado com um
desenvolvimento econômico elevado. Seriam necessárias outras medidas que facilitem a
abertura de empresas e fomentem o empreendedorismo como uma reforma tributária que
diminua impostos e simplifique os pagamentos dos mesmos.
Conclui-se com a pesquisa que o desenvolvimento econômico está diretamente
interligado com o empreendedorismo e com a liberdade econômica, no caso, as condições
adequadas para que “floresça” atividades lucráveis em um país, e que o Brasil por se negar a
reconhecer isso se encontrar em um estado de pouco ou nenhum crescimento econômico.
19

REFERENCIAS

BAGGIO, A. F.; KNEBEL, D. Empreendedorismo: Conceitos e Definições. Revista de Empreendedorismo,


Inovação e Tecnologia, Passo Fundo, v. 1, n. 1, p. 25-38, Janeiro 2015. ISSN ISSN 2359-3539. Disponivel em:
<https://seer.imed.edu.br/index.php/revistasi/article/view/612/522>. Acesso em: 02 Maio 2019.

DOING BUSINESS. Doing Business 2019 Training for Reform. International Bank for Reconstruction and
Development / The World Bank. Washington DC, p. 5, 152-215. 2019.

ENDEAVOR BRASIL. Os 5 maiores desafios dos empreendedores. Endeavor Brasil, 06 Julho 2016.
Disponivel em: <https://endeavor.org.br/ambiente/5-desafios-empreendedores-pesquisa/>. Acesso em: 01 Maio
2019.

FRIEDMAN, M. Capitalismo e Liberdade. 1ª. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014.

HAYEK, F. A. Studies in Philosophy, Politics and Economics. chicago: Routledge, 1968.

MISES, L. V. Ação Humana: Um tratado de economia. 3.1ª. ed. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil,
2010.

MUELLER, A. O papel do empreendedor no desenvolvimento econômico. Instituto Ordem Livre, 14 Abril


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SARFATI, G. Empreendedorismo e desenvolvimento econômico. Anuário de Pesquisa 2011 - 2012, São Paulo,
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<http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/apgvpesquisa/issue/view/3104>. Acesso em: 03 Maio 2019.

SCHUMPETER, J. A. A teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Nova Cultura, 1997.

SEBRAE NACIONAL. Conheça os principais impostos pagos por empresas no Brasil. SEBRAE, 13 Abril
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2019.

SEBRAE NACIONAL. Conheça os principais impostos pagos por empresas no Brasil. SEBRAE, 13 Abril
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SEBRAE NACIONAL. Como abrir uma empresa. SEBRAE, 24 Abril 2019. Disponivel em:
<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/passo-a-passo-para-o-registro-da-sua-
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Junho 2019.

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Disponivel em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/tire-suas-duvidas-praticas-antes-de-abrir-
sua-microempresa,fd881fe0c92e4510VgnVCM1000004c00210aRCRD>. Acesso em: 01 Junho 2019.

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