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CURSO DE SERVIÇO SOCIAL Documento

Unidade Curricular de Introdução às Ciências Sociais de trabalho


DOCENTE: TELMO HUMBERTO L. CARIA Nº 9c
1. Escalas em uso nas tabelas de contingência
1.a) Em estatística para verificar hipóteses utilizam-se testes de hipóteses (assunto que não
iremos desenvolver). Para se aplicar um qualquer teste de hipóteses (existem muitos) temos
que ter em consideração o tipo de escalas que as variáveis utilizam e a dimensão da amostra
inquirida. No caso concreto do nosso inquérito estamos perante variáveis com escalas
categoriais ordinais (intervalos média, intervalos familiaridade, intervalos impossibilidade CS,
identificação curso) e com escalas categoriais nominais (curso, sexo/género, compreende
possibilidade CS).

1.b) Com base nas escalas das variáveis que foram construídas no DT9b e na dimensão da
amostra utilizada estamos em condições de construir “tabelas de contingência”
(Crosstabulation). Estas permitem, posteriormente, usar um teste de hipóteses designado de
“qui quadrado”, assunto que não iremos desenvolver.

2- Construção de uma tabela de contingência

Matriz final de dados do estudo (extrato)


num VAR VAR VAR VAR VAR VAR Intervalos VAR
Curso Sexo/ Intervalos Intervalos identificação impossibilidade Compreende
Género média familiaridade curso CS possibilidade
CS
88 1 1 3 1 2 3 1
58 1 1 3 1 2 2 1
57 1 0 1 1 3 2 0
87 1 0 1 2 1 2 0
61 1 0 3 1 2 2 1
54 1 0 2 3 2 2 1
29 2 1 3 2 2 2 0
9 2 0 2 3 3 1 0
22 2 0 2 3 2 2 1
1 2 0 3 3 1 2 0
89 2 0 3 1 3 2 1

2.a) Como se faz a contagem das respostas dadas pelos inquiridos para se poder ter uma
tabela de contingência? Vejamos dois exemplos com 2 e 3 variáveis, respetivamente nas
Tabelas 1 e 2.

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Tabela 1- Tabela de contingência de variação de “intervalos impossibilidade CS”
por “intervalos média”
(intervalos média * concordância impossibilidade CS Crosstabulation)

Intervalos impossibilidade CS
impossibilidade impossibilidade impossibilidade
maior (cod.1) fraca (cod.2) nula (cod.3) Total
Intervalos >149
0 2 0 2
média (cod.1)
140-149
1 2 0 3
(cod.2)
<140
0 5 1 6
(cod.3)
Total 1 9 1 11

Tabela 2- Tabela de contingência de variação de “intervalos impossibilidade CS”


por “intervalos média” e “sexo/género”
(intervalos média*concordância impossibilidade CS *sexo/género Crosstabulation)
Sexo/
Género Intervalos impossibilidade CS
impossibilidade impossibilidade impossibilidade
maior (cod.1) fraca (cod.2) nula (cod.3) Total
Feminino intervalos >149
0 2 0 2
média
140-149 1 2 0 3
<140 0 3 0 3
Total 1 7 0 8

Masculino intervalos >149 0 0 0 0


média 140-149 0 0 0 0
<140 0 2 1 3
Total 0 2 1 3

2.b) Uma tabela de contingência para servir a verificação de hipóteses não basta apresentar
valores absolutos: tem que também apresentar valores relativos. Vejamos a tabela 3. Como
se chegou aos valores relativos apresentados nesta tabela?

Tabela 3- Tabela de contingência de variação de “intervalos impossibilidade CS”


por “sexo/género”
(sexo/género * compreender possibilidade CS Crosstabulation)
Concordância impossibilidade CS
impossibilidade impossibilidade impossibilidade
maior (cod.1) fraca (cod.2) nula (cod.3) Total
Sexo Feminino
1 7 0 8
(cod.0)
12,5% 87,5% ,0% 100,0%
Masculino
0 2 1 3
(cod.1)
,0% 66,7% 33,3% 100,0%
Total
1 9 1 11
9,1% 82,8% 9,1% 100,0%

3- Raciocínio para a análise de hipótese numa tabela de contingência

Ver introdução ao assunto no DT seguinte (DT9d)

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