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Introdução
(https://apaixonadosporhistoria.com.br/artigo/60/os-achados-do-cemiterio-real-de-ur)
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No que concerne à hipótese de Sir. Woolley (2016, p. 101), o trecho a seguir remete ao comentário
descritivo que daria origem a essa análise: “Si tratta di due pannelli principali, ciascuno dei quali è un
rettangolo di cinquantacinque centimetri per ventidue, c di due pezzi triangolari ; i primi erano disposti
a guisa di una tenda capovolta, di cui i secondi chiudevano le due estremità, e il tutto era fissato
all'estremità di un'asta e, a quanto sembrerebbe, veniva portato in processione; quando lo trovammo
era adagiato contro la spalla di un uomo, forse l'alfiere del re.” Há hipóteses diversas no sentido de o
Estandarte de Ur se tratar de uma caixa de som para ressonância de um instrumento de corda.
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Em relação ao artefato no qual estão dispostas as figuras do referido “estandarte”, caracteriza-se
por um objeto tridimensional, de formato trapezoidal, com bases menos largas (apesar de
apresentarem mesma extensão que a faceta na qual estão inscritas ambas as “face da guerra” e
“face da paz”. Referido artefato apresenta 21,7cm de altura por 50,4cm de comprimento.
Com o intuito de analisar referida faceta do artefato, podemos notar duas
segmentações que dividem o “estandarte” em três grandes momentos. De fato, a narrativa que
trataremos adiante poderia se iniciar com o conjunto superior de figuras, no entanto, tal lógica
não poderia ser lastreada em decorrência da figura hierarquicamente superior
(rei/general/divindade), afinal o caráter pacificador que tal figura apresenta não incorreria em
grande significação na nossa análise, caso se iniciasse pela faixa superior.
Faixa inferior
Faixa intermediária
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Caso se considere que são carruagens diferentes, podemos notar na fonte que se trata de, ao
menos, quatro carros, além de que são guerreiros e animais distintos, desde que levemos em conta
que o que está sendo representado é uma cena única, um só tempo.
força por ser pertinente visualizar que provavelmente os mesmos membros pertencentes ao
grupo (aglutinando os indivíduos dispostos no chão em um grupo) da faixa inferior do
estandarte novamente restam em derrocada, em uma evidente diferença de força se
comparado com o grupo dito paramentado. Cumpre afirmar que a tensão, diferentemente da
faixa anterior, encontra o ápice na parte central da referida linha, não se enveredando a uma
das laterais, como foi o caso há pouco relatado.
Enfim, o combate não parece mostrar um massacre total, conforme será possível
depreender da descrição a seguir acerca da última faixa referente à “face da guerra”.
Faixa Superior
A análise feita anteriormente sobre a faixa inferior e intermediária nos faz ter alguma
dimensão do que a cena tem a nos mostrar: um cenário de guerra e grande tensão, a qual, ao
longo das faixas, vai perdendo sua força. Assim, partiremos para a faixa superior.
A princípio, logo quando olhamos a imagem, notamos: (i) uma figura central, maior
que o restante das outras figuras humanas representadas (até mesmo ultrapassando a
moldura), a qual também se difere por meio de outras características, como: seu vestuário,
sendo mais comprido e o objeto em sua mão. Além disso, o destaque da centralidade dessa
figura vem por parte dos outros elementos que compõem a faixa: todos estão direcionados a
ela, tanto o lado esquerdo quanto o direito. Evitaremos entrar no mérito de quem seria essa
representação central, talvez um rei ou um sacerdote. Considerando que fosse um rei,
observariamos: (ii) o lado esquerdo representaria a corte do rei. Mesmo que não fosse um rei,
esse lado diz respeito aqueles que acompanham a figura central. Entre todas as representações
humanas que possuem o mesmo tamanho, há apenas uma exceção, que se encontra embaixo
do quadrúpede. De uma forma geral, esses “acompanhantes” possuem espécies de lanças nas
mãos, a não ser o que está guiando o carro/ carruagem, que aparenta ser o mesmo já analisado
quando tratamos sobre a faixa inferior, mas sem o elemento que parece ser uma arma, um
artifício de guerra. Por fim, temos: (iii) o lado direito. Nele, observamos homens sem
vestuário que são levados por outros homens, os quais se encontram vestidos, em direção a
figura central. Podemos pensar que seriam aqueles que possivelmente venceram o conflito
retratado na faixa inferior e os seus prisioneiros (os perdedores).
A faixa superior retrata um momento em que tudo parece já estar controlado, não há
mais a grande tensão vista na faixa inferior, e há mais estabilidade em relação a intermediária.
A figura central parece apaziguar e trazer certa segurança, uma espécie de confirmação da
vitória e controle sob o grupo perdedor.
Diante do exposto, a “face da guerra” se dá por três momentos distintos, representados
pela faixa inferior, intermediária e superior. A primeira mostra o confronto, cena de grande
tensão; a segunda já retrata uma situação menos tensionada e com um maior controle; por fim,
a terceira traz uma situação estável, de controle. Assim, o “Estandarte” de Ur em sua “face de
guerra” trabalha uma relação entre tempo e tensão.
REFERÊNCIAS
Fonte primária
Fontes secundárias
WOOLLEY, Leonard. Ur dei Caldei - i misteri di un’antica città della Mesopotamia.
Milão: Ghibli, 2016.