Você está na página 1de 19

REFERENCIAIS INTERNACIONAIS PARA O

MUNDO E O TRABALHO – MONUEM

______________________________________________________________________________
SÃO PAULO
www.cps.sp.gov.br
2021 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000
AUTOR E ORGANIZADOR:

Profº Victor Dias Grinberg


Victor Grinberg é professor nas graduações de Relações Internacionais e Ciências
Econômicas da Faculdade Armando Alvares Penteado, além de coordenar projeto de
extensão como o Fórum FAAP, MONU-EM/FAAP e outras iniciativas de simulação.
Mestre em Comunicação na Contemporaneidade pela Faculdade Cásper Libero (FCL).
Especialista em Mídia, Política e Sociedade pela Fundação Escola de Sociologia e
Política de São Paulo (FESP-SP) e em Tecnologia e Educação a Distância pelo Centro
Universitário Dom Bosco (UniDOM), Graduado em Relações Internacionais pela
Faculdade de Economia da Fundação Armando Alvares Penteado (FECON-FAAP),
Licenciado em Sociologia pela Faculdades Integradas de Ariquemes (FIAR-RO),
Certificado em Marketing Digital - Gestão de Redes Sociais, Métricas e Otimização - pela
São Paulo Digital School (SPdS). Atua nas áreas de Comunicação Política,
Comunicação Política Digital e estudos digitais aplicados à política.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3607095212864548

CO-ORGANIZADORA:

Profª Fernanda Petená Magnotta


Fernanda Magnotta é doutora e mestre pelo PPGRI San Tiago Dantas (UNESP /
UNICAMP / PUC-SP). É especialista em Globalização e Cultura (FESP-SP) e Bacharel
em Relações Internacionais (FAAP). Seus campos de interesse acadêmico são tradições
e ideologias políticas e tomada de decisão dos Estados Unidos. Atualmente é professora
e coordenadora do curso de Relações Internacionais na FAAP e atua como membro
consultor da Comissão de Relações Internacionais da OAB/São Paulo.
Fernanda é autora do livro “As ideias importam: o excepcionalismo norte-americano no
alvorecer da superpotência” (2016) e também é pesquisadora do Núcleo de Estudos e
Análises Internacionais (NEAI) do IPPRI / UNESP. Foi chefe de delegação do Brasil na
Cúpula de Juventude do G-20, na China, acompanhou as eleições presidenciais dos
Estados Unidos, em Ohio, a convite do Consulado norte-americano em São Paulo e foi
selecionada pelo Programa W30 da UCLA / Banco Santander como uma das 30
mulheres mais destacadas em gestão acadêmica no mundo.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1298446475547396

PESQUISA E MONITORIA:

Thais Palanca da Silva


Natália Marioto Siqueira

ILISTRAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO FINAL PARA O CURSO DO CENTRO EDUCAÇÃO


TECNOLÓGICA PAULA SOUZA (CPS):

Profª Beatriz Freddi Motta


Beatriz Freddi Motta Mestre em Educação (USCS), possui Pós-Graduação em Educação
para o Ensino Superior (Universidade Paulista), Graduação em Pedagogia (Universidade
Nove de Julho), Graduação em História (Universidade Cruzeiro do Sul) e Graduação em
Ciências Sociais (Centro Universitário Fundação Santo André). Desde 2005 é Professora
Titular do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CPS) e desde 2019
está à frente da Coordenação de Projetos da Disciplina de História (no CETEC-CPS).
Atuou por 4 anos como Orientadora Educacional na Etec Jorge Street e tem experiência
na área de Educação desde 1993.

______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
PREFÁCIO

Disse, certa vez, Nelson Mandela que “a educação é a arma mais poderosa que
se pode usar para mudar o mundo.” Compartilhamos aqui a ideia de que o
conhecimento transforma e emancipa os homens, e que incentivar o saber é
apostar em um futuro mais consciente e digno para toda a humanidade.

Por meio desse material, pretendemos contribuir para a ampliação de repertório


daqueles que se interessam por política internacional e por metodologias ativas
de ensino e aprendizagem. Aqui, vocês encontrarão um manual introdutório ao
universo das simulações, particularmente dos chamados “modelos de Nações
Unidas” – MUNs.

Essa apostila está dividida em sete módulos, nos quais será possível conhecer
um pouco a respeito das Organizações Multilaterais e da pedagogia das
simulações, bem como ferramentas úteis de negociação e oratória que
contribuem no processo de implementação dessa metodologia. Além disso,
também sistematizamos as regras e procedimentos que se deve conhecer para
implementar esse tipo de projeto, sugerimos instrumentos de avaliação que
podem auxiliar no processo, e damos algumas orientações gerais sobre a
organização logística e preparo de conteúdos para modelos de simulação.

Esperamos que aproveitem e o material possa estimular um interesse ainda mais


profundo e duradouro nessa matéria.

Prof.s. Victor Grinberg & Fernanda Magnotta

______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
MÓDULO 1 – HISTÓRICO DOS MODELOS DE SIMULAÇÃO

Nesse módulo iremos fazer uma contextualização das organizações


internacionais que são o modelo institucional para as simulações, bem como um
breve e sistematizado resumo do histórico desta atividade para embasar a
discussão pedagógica.

1. CONTEXTO DE ORGANIZAÇÕES MULTILATERAIS

Apesar das simulações serem uma prática pedagógica que pode ser
aplicada para virtualmente qualquer processo institucional, vale discutirmos
brevemente o histórico das organizações multilaterais internacionais que são
pano de fundo para o projeto MONU- EM.

PÓS-PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL: BUSCA PELA PAZ

A Primeira Guerra Mundial (28 de julho de 1914 a 11 de novembro de


1918) foi, até a Segunda Guerra Mundial ocorrer pouco mais de 3 décadas
depois, o maior conflito que a humanidade já havia presenciado, totalizando 20
milhões de mortes, sendo metade destas, civis, e 21 milhões de feridos
(MOUGEL, 2011).
O conflito abalou a ordem internacional vigente, os impérios derrotados
foram esfacelados, como o Austro-húngaro, Turco-Otomano, os Impérios Alemão
e Russo, bem como o enfraquecimento do impérios Francês e Britânico e a
ascensão dos Estados Unidos da América (EUA) como uma peça importante na
balança de poder mundial.

https://super.abril.com.br/wp-content/uploads/2018/08/como-as-trincheiras-mudaram-a-1c2aa-guerra-mundial_home.png?w=1024

Bem como após o fim das Guerras Napoleônicas que ocorreram 100
anos antes, os velhos líderes europeus, os novos líderes das novas potências,
principalmente EUA e Japão se juntaram para traçar o futuro da ordem mundial
______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
que surgiria após a guerra. Fortemente influenciados pelo senso de
nacionalidade de Wilson, então presidente dos EUA, e criados diversos países,
alguns esperados, como Polônia, outros nem tanto, como a Tchecoslováquia, e
outros ainda como a criação de um Reino dos Sérvios (compromisso da entente
com os Sérvios) (BURIGANA, 2014, p. 48).
Kissinger (1994, p. 221-222) descreve que a inserção dos EUA, que
rejeitavam a política de equilíbrio europeia, colocou como principal critério para a
nova ordem internacional a democracia, segurança coletiva e autodeterminação,
conceitos alheios ao cenário europeu. Continua colocando a política europeia
baseada não na manutenção da paz, mas para impedir, ou dissuadir os
governos a entrar em guerra.
Adiciona Burigiana sobre o critério de nacionalidade:

O princípio da nacionalidade, tão defendido por Wilson, foi usado com


critérios diversos, criando, em não poucos casos, um ressentimento que
explodiria poucos anos mais tarde: sobre esse ponto de vista é exemplar
o caso da Itália, que reivindicava o que lhe havia sido prometido pelos
Aliados em ocasião da sua entrada na guerra, embora estivesse claro
que estas reivindicações territoriais quase nunca estavam de acordo
com o princípio da nacionalidade (BURIGANA, 2014, p. 49)

Estes arranjos territoriais criados pelo Tratado de Versalhes de 1919 não


seriam suficientes para manter a paz, e como fora feito 100 anos antes, foi
criado uma sociedade das nações, a Liga das Nações, que serviria como fórum
multilateral de resolução diplomática de conflitos, baseado no idealismo de
Wilson, buscando, o que Kissinger descreve como “man’s essencial goodness”
(1994, p. 222).

https://2.bp.blogspot.com/-O362wbEnT40/TjXyMuRJX7I/AAAAAAAABdg/s5ibdvJPkLg/s1600/guerra+civil+batalla+madrid.jpg

Porém o fim do conflito não resultou em uma paz mundial, o Tratado de


Versalhes, deu aos franceses a vitória moral da guerra, culpando os alemães de
responsáveis morais e materiais pela guerra, impondo ao Estado Alemão

______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
pesadas reparações, sob ameaça de invasão, reparações estas que viriam a
destruir a economia alemã, já destruída pela guerra.

LIGA DAS NAÇÕES

A Sociedade das Nações ou Liga das Nações, criada nos meandros das
negociações em Versalhes em 1919, tendo sua primeira reunião em 1920, em
sua sede em Genebra.
Porém, esta organização já nasceu fardada a falhar em garantir uma paz
duradoura no mundo, tanto pelos arranjos herdados do Tratado de Versalhes,
que criou o terreno para a ascensão do revanchismo e nacionalismo em
diversos países, levando à Segunda Guerra Mundial.
Bem como sua própria estrutura, que nasceu sem seu idealizador, os
EUA, e a União Soviética, pois não era reconhecida pela maioria dos países da
Liga, tendo, em sua melhor época apenas 50 membros, nada perto do que sua
sucessora teria após sua criação.

A organização que em sua criação era a maior esperança de seus


idealizadores para manter a paz e evitar um conflito mundial não possuía os
mecanismos executivos para impor suas resoluções, falhou inúmeras vezes,
como na invasão francesa da Renânia em 1923, na anexação da Manchúria pelo
Japão em 31, ou a invasão da Abissínia pelos Italianos em 35.

https://www.todoestudo.com.br/wp-content/uploads/2018/03/league-of-nations-1919.jpg

Falhou em fazer valer os ideias nacionalistas de autodeterminação,


sendo pressionada pelos imperialismos das potências que restaram, e incapaz
de impedir o próximo conflito mundial. Desse modo, em 18 de abril de 1946, a
Liga das Nações foi extinta (RAMME, 2018).

______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
Kissinger (1994) descreve que os mecanismos de dissuasão de ameaças
ainda permaneceram, as alianças e acordos bilaterais ainda eram o que ditavam
a segurança, não o ideal de segurança coletiva de Wilson, e isto foi o ponto
derradeiro da Sociedade das Nações.

2ª GUERRA MUNDIAL: ENTRAVE PARA O ULTILATERALISMO

A Segunda Guerra Mundial foi o maior conflito da história até hoje, mais
de 70 milhões de mortes, cerca de 3% da população mundial da época, muitos
destes morreram durante o combate e ocupação, cerca de 50 a 56 milhões, e 19
a 28 milhões de mortes resultadas indiretamente pela guerra, como fome e
doença. Nota-se o alto número de civis mortos, entre 50 e 55 milhões, e 20 a 25
milhões de soldados e militares mortos (WORLD ATLAS, 2019).
O conflito que se iniciou com a Invasão da Polônia pela Alemanha nazista
em setembro de 1939, e teve seu fim com a rendição incondicional japonesa em
agosto de 1945, teve enorme impacto na política mundial, com a criação de um
sistema multilateral que, ao contrário de seu antecessor, conseguiu manter
relativa paz e impedir outro conflito em escala global.
O período que levou à deflagração do conflito é um exemplo da falha da
Liga das Nações e do Tratado de Versalhes, que, ao invés de buscarem integrar
as nações em um fórum multilateral, incentivaram o revanchismo e o
nacionalismo exacerbado dos derrotados e aqueles que se julgaram injustiçados
pelo novo arranjo.

https://media-manager.noticiasaominuto.com/1920/naom_5447411804a4c.jpg

A invasão da Polônia marcou o fim da ilusão do tratado e do arranjo


europeu, Hitler, em poucos meses destruiu as bases do arranjo que levou

______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
Alemanha a mercê de seus vizinhos e se tornou a maior potência do continente
(KISSINGER, 1994).
Para impedir a nova deflagração de um conflito era necessário, como foi
no fim da Primeira Guerra mundial a criação de um fórum multilateral de
discussão e resolução de conflitos, mas, diferente da Liga das Nações deveria
ter a capacidade de fazer suas resoluções valer, e assim garantir a paz.
Após a confirmação da vitória dos aliados em meados de 44, surgiram 3
abordagens diferentes sobre a restauração da paz e ordem no mundo, um
modelo Britânico, que buscava restaurar o equilíbrio europeu, reconstruindo a
Grã-Bretanha, França e Alemanha para equilibrar o poder Soviético.
(KISSINGER, 1994)
Continua Kissinger (1994), os Soviéticos buscavam estender sua
influência na Europa central afim de tanto espalhar sua ideologia comunista a
outros países, como para se defender de uma 3ª invasão alemã.
Roosevelt visionava um mundo, descrito por Kissinger (1994), como uma
ordem cooperativa internacional, baseada na harmonia, não no equilíbrio de
poder. Acreditava que para garantir a ordem e a paz, os 3 vencedores (EUA,
Reino Unido e URSS) mais a China, deveriam ser os “quatro policiais” do
mundo, trabalhando em conjunto, não contrabalanceando uns aos outros.
O novo arranjo que sairia de Yalta e São Francisco, encabeçado pelos
EUA, que, diferentemente da Liga das Nações, decidiu ingressar e participar
ativamente na sua criação e fortalecimento da Organização das Nações Unidas,
que agora contava não apenas com as nações vitoriosas, mas com todas, ou sua
grande maioria, não excluía mais o governo de Moscou, e tinha um aparato
executivo eficaz de resolução de conflito em seu Conselho de Segurança.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS: MANUTENÇÃO DA PAZ

Entre 25 de abril e 26 de junho de 1945, ocorreu a Conferência de São


Francisco sobre Organização Internacional, que contou com representantes de
50 países. No último dia da Conferência, os 50 países assinaram a “Carta das
Nações Unidas”. Todavia, a “Organização das Nações Unidas” (ONU), começou
a existir oficialmente no dia 24 de outubro de 1945, após a Carta ter sido
ratificada pela China, EUA, Reino Unido, França, ex-União Soviética e a
______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
maioria dos signatários. A criação da ONU representa uma referência para a
promoção da paz e um entrave para uma possível nova Guerra Mundial
(NAÇÕES UNIDAS, 2019).

https://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/wp-content/uploads/2016/09/ONU.jpg

Na primeira Reunião da Assembleia Geral, ocorrida em Londres, no ano de


1946, decidiu-se que a sede permanente da ONU seria nos Estados Unidos. Em
dezembro do mesmo ano, o empresário John Davison Rockefeller Jr. doou,
aproximadamente, oito milhões de dólares para que fossem comprados terrenos
à margem do East River, em Manhattan, em Nova York (NY). O restante dos
terrenos foi oferecido pela cidade de Nova York, e deu-se início à construção da
sede da Organização (NAÇÕES UNIDAS, 2019).
Diferente da organização que suplantava, seu início fora promissor,
contando com 51 diferentes nações em sua primeira reunião, tendo sua sede
construída em Nova Iorque e inaugurada em 1952.
A ONU se baseia nos seguintes propósitos (NAÇÕES UNIDAS, 2019):
- Preservar a paz e a segurança internacional;
- Promover relações amistosas entre os países;
- Realizar a cooperação internacional com a finalidade de resolver os problemas
mundiais de ordem social, econômica, cultural e humanitária, promovendo o
respeito às liberdades fundamentais e aos direitos humanos; e
- Ser um centro cujo destino seja harmonizar a ação dos povos para o alcance
desses objetivos comuns.
Para funcionar de acordo, a Carta da ONU estabelece seis principais
órgãos, sendo eles: Assembleia Geral, Conselho de Tutela, Conselho Econômico
e Social, Conselho de Segurança, Secretariado e Corte Internacional de Justiça;
todos, em conjunto, trabalham para o bom funcionamento da organização
(NAÇÕES UNIDAS, 2019).

______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
EXPANSÃO DO SISTEMA ONU

Além dos seis principais órgãos estabelecidos pela Carta de São


Francisco, diversos outros órgãos e agências foram criados e incorporados no
guarda chuva das Nações Unidas. As mais expressivas são, O Banco Mundial,
o Fundo Monetário Internacional, e a Organização da Agricultura e Comida,
todas criadas em 1945, a UNESCO (1946), a OMS (1948), o FIDA (1977), bem
como outros diversos órgãos e agências especializadas, que ao longo dos anos
se expandiram e aprofundaram a fim de não só garantir a paz e ordem, mas
melhorar a qualidade de vida da população.
Durante a Guerra-Fria as Nações Unidas tiveram como principal objetivo
a manutenção da paz através da mediação de conflitos em seus fóruns de
discussão, bem como através de seus mecanismos executivos de
“Peacekeeping” utilizados pela primeira vez em 1950, autorizando a coalizão
liderada pelos EUA a defender a Coréia do Sul da invasão norte-coreana.
Os mecanismos de Peacekeeping durante a guerra fria foram utilizados de
maneira esparsa devido à relação entre EUA e URSS, que possuíam diversos
interesses em regiões do mundo e impediam a influência do outro através do
poder de veto. Após o fim da Guerra-Fria, surge diversos novos arranjos e
conceitos de segurança internacional, saindo do foco de segurança dos Estados,
e focando na segurança humana.

https://images.jota.info/wp-content/uploads/2020/01/59b514174bffe4ae402b3d63aad79fe0.jpeg

Nesta nova ideia de segurança humana e defesa dos direitos humanos,


foram lançadas diversas missões de paz, como a Missão para Ruanda, para a
Bósnia, Somália, e outras regiões do mundo.

______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
2. HISTÓRICO DE CLUBES DE DEBATES, ASSEMBLEIAS E
EVENTOS ESTUDANTIS

De acordo com Obendorf & Randerson (2013, p. 351), os modelos de


simulação de organizações internacionais possuem um longo histórico, inspirado
fundamentalmente pela Liga das Nações que foi o primeiro referencial
institucional para tal atividade.
Um dos primeiros relatos é a simulação chamada de “Assembleia
Internacional de Harvard” (1923) 1 , que contava com alunos dos cursos de
Direito e Política, os quais colocavam em prática os aprendizados obtidos nas
aulas de Clube de Debate. As simulações surgiram como uma maneira
alternativa de aprendizado às outras já existentes, possuindo maneiras bem-
sucedidas de desenvolver o conhecimento e a conscientização dos estudantes
nas áreas de política e questões internacionais.
A Assembleia Internacional de Harvard foi inspirada na Assembleia
Internacional de Oxford, que havia sido realizada no ano anterior, porém há
poucos registros destas experiências.

ESTUDOS DE CASOS NO CLUBE DE DEBATE: TRABALHANDO A


PLURALIDADE DE VISÕES

Contando com apenas quinze delegações, em retrospecto, é possível


perceber que a experiência a Assembleia Internacional de Harvard, pela sua
origem no debate, privilegiou muito mais o aspecto da oratória e do embate
pragmático das posições construídas para os países representados do que
propriamente dita a política externa e o jogo de interesses dos atores políticos.
Inclusive, esse modelo, que iremos tratar mais afrente, teve um impacto
significativo no futuro da atividade ao formatar a simulação no contexto das
regras e procedimentos parlamentares ao contrário das práticas de igualdade e
formação de consenso que ditam as reuniões da ONU.

1
Nota do Autor: para ver o registro desta primeira simulação (em inglês), ver: THE CRIMSON,
1923 em <https://www.thecrimson.com/article/1923/1/10/hold-first-meeting-of-international-
assembly/>. Acessado em: 15 out. 2019.

______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
Nas edições seguintes, timidamente, os envolvidos foram crescendo,
porém não se tem registro de mais do que três edições2.

ASSEMBLEIAS ESTUDANTIS: INÍCIO DO USO DO ROLE-PLAY

https://sinditex.org.br/wp-content/uploads/2016/02/assembleia.png

O diferencial desta atividade do Clube de Debate ou de outras


Assembleias Estudantis para o que estavam surgindo no contexto das
simulações era exatamente o papel que o aluno passaria a desempenhar, bem
como aquilo que fundamentaria sua participação.
Nesse sentido, a metodologia que fora adotada para a realização foi a
role-play, que consiste nos alunos assumirem um papel específico e, nesse
contexto, desenvolver o conteúdo trabalhado seguindo as diretrizes e limitações
do referido papel.

Assim, o role play permite que os alunos, de forma divertida, aprendam


algo novo e venham a se aprofundar no assunto. Em geral, em uma simulação,
os participantes recebem atribuições específicas como representantes de países
membros da ONU, ou órgãos observadores, realizando uma pesquisa sobre o
país que receberam, identificando questões diplomáticas e transnacionais
relevantes, possibilitando que preparem um Documento de Posição Oficial que
irá nortear para si e apresentar para seus colegas como será sua atuação, e por
fim, executar tudo isso dentro do escopo dos procedimentos e das regras para a
realização desses debates (OBENDORF & RANDERSON, 2013, p. 351).

2
Nota do Autor: para ver a busca no indexador do The
Crimson, acesse:
https://www.thecrimson.com/search/?cx=013815813102981840311%3Aaw6l9tjs1a0&cof=FORID
%3A1 0&ie=UTF-8&q=Harvard+International+Assembly&sa=

______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
3. INSTITUCIONALIZAÇÃO DOS MODELOS DE SIMULAÇÃO

Esse atividade, que havia nascido com alunos, só prosperaria em um


ambiente internacional que promovesse cooperação, como foi o cenário do pós-
Guerra pois as pautas que giram entorno da diplomacia não tendem a ser
resolvidas pelo uso da força, pelo menos não no contexto das simulações; entre
as décadas de 20 e 40, com a criação do campo de ensino, o embrião foi
plantado para que crescesse com esse suporte institucional adequado que só
viria à época da ONU.
O crescimento real da atividade foi apenas na década de 50, com fim da
Segunda Guerra Mundial, criação das Nações Unidas e, no contexto da área, o
início dos cursos de graduação em Relações Internacionais. Os professores
conseguiram perceber que haviam condições de transformar o conhecimento
teórico em prático por meio das simulações e, o modelo de Harvard que
trabalhava com regras parlamentares, operacionalizavam bem a atividade.
A partir da década de 80, diversos artigos surgiram discutindo como no
campo das Relações Internacionais, Ciência Política, Economia e Administração
essa prática poderia ser adotada com melhor eficiência. Alguns desses
materiais estão nas bibliografias complementares deste curso.

4. ASCENSÃO DOS MODELOS DAS NAÇÕES UNIDAS

Fundado em 1955, o Harvard National Model United Nations é a evolução


da Harvard International Assembly, já se adaptando a nova forma de debates
das pautas internacional no contexto da ONU. Segundo os próprios
organizadores, esse é a “maior, mais antiga e mais prestigiosa conferência
desse tipo”, contando com mais de 3000 participantes de 70 países nas suas
últimas edições (HNMUN, 2019).
Essa convergência internacional que Harvard propõe nas últimas décadas
fez com que o seu código de Regras e estilo acadêmico fossem se espalhando,
ainda a conta-gotas, pelos anos 70 e 80 nos Estados Unidos e pela Europa. Com
a explosão de cursos na América Latina e Ásia nos 90, a atividade chegou nos
patamares de milhares de conferências e centenas de milhares de participantes
anualmente.

______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
Vale destacar que pelo caráter descentralizado da organização, não se
tem nenhum tipo de quantificação de quantos modelos existe, número de
participantes ou um repositório centralizado de materiais desenvolvido, o que faz
a historiografia dessa atividade quase que uma lenda passada de modeleiro
para modeleiro.

DO ENSINO SUPERIOR PARA O ENSINO MÉDIO

Em um primeiro momento, viu-se uma predominância maior de atividades


de simulação no Ensino Superior. Todavia, hoje em dia são consideradas um
fenômeno global, com eventos para todos os níveis de ensino, desde o
Fundamental até o Superior (OBENDORF & RANDERSON, 2013, p. 351);
agências especializadas do governo com a United Nations Associal of the United
States of America (UNA-USA) se colocaram no papel de promotoras dessa
atividade acadêmica-pedagógica para professores em todo o país, criando
materiais palatáveis que mesmo professores sem a formação nas áreas de
política ou relações internacionais fossem replicadores.
Essa iniciativa fomentou que os valores de sustentabilidade e
desenvolvimento fosse levados para alunos secundaristas e expandiu
significativamente o escopo do que poderia ser oferecido, como isso seria
oferecido e para quem isso seria oferecido, sem perder os valores que
norteavam as próprias organizações multilaterais.

https://pbs.twimg.com/profile_images/1217794261560840193/WWvU_qH3_400x400.jpg

Nesse sentido, o Fórum FAAP, que como Harvard é organizado por


alunos da Graduação, sempre foi voltado a alunos de Ensino Médio, passou a
inovar para 2020, considerando as características da educação brasileira no
______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
âmbito da reforma do Ensino Médico, se dispondo a propor o evento, primeira
vez, com um comitê exclusivo para 9º ano do Ensino Fundamental II.

5. CONTEXTO ATUAL DOS MODELOS DE SIMULAÇÃO DAS NAÇÕES


UNIDAS NO BRASIL

O desenvolvimento das simulações no Brasil se mistura com a


consolidação do próprio curso de Relações Internacionais no país,
principalmente porque, em um contexto de apropriação pedagógica dessa
atividade nos países que serviram de referencial para a criação do escopo
acadêmico das graduações acabou por eximir os estudantes que fomentarem
isso por conta própria.

As simulações chegaram ao Brasil nos anos 2000, dado o advento do


curso de Relações Internacionais no país, tendo como principais simulações
baseados no modelo MUN, como o Fórum FAAP, SPMUN, SIEM e MINIONU,
realizados em diversos polos de Relações Internacionais do Brasil.
Menos institucionalizadas que nos Estados Unidos, marcando uma
congregação independentes de estudantes modeleiros que, originalmente
tinham grande vivência com modelos internacional e hoje, numa espécie de
terceira geração, são alunos que simularam no Ensino Médio e fomentam a partir
de sua chegada em diversos cursos do Ensino Superior, fazem com que o
contexto atual no país seja muito mais interdisciplinar e plural do que em outros
países.

https://pbagora.s3.amazonaws.com/20190613165701/20190529110524.jpg
Aqui, não é incomum você ver alunos de Relações Internacionais, Direito,
Economia, Administração, Ciências Sociais, Psicologia, Arquitetura e
______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
Urbanismo, Cinema e Engenharia ocupando os quadros de organizadores.
Por fim, vale dizer que as simulações visam trabalhar as questões
relacionadas à paz e à segurança de maneira compreensiva, ao passo que
aproximam a Diplomacia da Sociedade Civil, mostrando que o indivíduo tem o
poder de ser um agente da mudança no mundo, da mesma forma que um
diplomata.

6. SOBRE O PROJETO MONU-EM

PAPEL DO MRE NA PROMOÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA


DIPLOMACIA

Os modelos de Simulação, apesar de populares no segmento da


educação particular no estado de São Paulo, era uma realidade quase que
desconhecida nas escolas públicas da rede estadual e municipal. Buscando
tornar acessível e democratizar o acesso a essa atividade, promovendo a
diplomacia e contextualização das discussões internacionais, o Escritório de
Representação do Ministério das Relações Exteriores em São Paulo (ERESP),
por iniciativa da Embaixadora Irene Vida Gala, começou em 2017 a desenvolver
parcerias para criar um modelo sustentável para levar esse know how para a
educação pública.
Firmando uma parceria com a Secretaria de Educação do estado de São
Paulo, o ERESP conseguiu fazer a adoção efetiva da Escola Estadual Ministro
Costa Manso e, com sua equipe de diplomatas e estagiários, em parceria com o
Colégio Bandeirantes, desenvolveu materiais e um projeto de aulas para servir
de piloto e a base do modelo padronizado do Modelo da Organização das
Nações Unidas para o Ensino Médio, o MONU-EM.

PARCERIA COM AS FACULDADES

Com relativo sucesso desse experimento, ainda em 2017, o ERESP


continuou sua empreitada para conseguir parceiros no nível superior para
assumir essa e outras escolas, expandindo sucessivamente o número de alunos
que conheceriam poderiam eleger participar do projeto.
O MONU-EM então se consolida em 2018 com o formato preferencial de

______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
uma disciplina eletiva na área de Relações Internacionais, diplomacia e política
externa, que culmina em uma aplicação prática dos conhecimentos adquiridos
no decorrer do curso. Ao fim do programa, ocorre uma simulação de um comitê
da Organização das Nações Unidas (ONU). Em casos particulares, de Escolas
Estaduais que não possuem eletivas, o modelo semanal com uma culminância
foi preservado e alocado no contra turno, apenas sem a aplicação de notas ou
frequências contextualizadas na disciplina.

FOMENTO DO FORMATO

Com uma média de 40-45 participantes por semestre, os alunos do 1º, 2º


e 3º ano do Ensino Médio, assistidos por alunos e professores da graduação de
Relações Internacionais das Faculdade e Universidades parceiras, além de
convidados, diplomatas e estagiários do Escritório de Representação do
Ministério das Relações Exteriores em São Paulo (ERESP), ficam imersos
nesse programa que usualmente se desenvolve por volta de 15 semanas.
Em 2019, com seis Escolas Estaduais com o projeto em andamento -
Escola Estadual Ministro Costa Manso, Escola Estadual Major Arcy, Escola
Estadual Antônio Alves Cruz, Escola Estadual Manuel Ciridião Buarque, Escola
Estadual Dr. Antonio Ablas Filho e Escola Técnica Estadual Júlio de Mesquita -
e uma Escola Municipal - EMEFM Oswaldo Aranha Bandeira de Mello -, sob
supervisão de umas OSCIP, a perspectiva é que o projeto conte com mais
parceiros em 2020.

COMO A DIPLOMACIA ESTÁ LIGADA A EXPERIÊNCIA DOS ALUNOS


DE ESCOLA PÚBLICA

As Simulações das Nações Unidas têm seus próprios pilares


pedagógicos que vamos tratar mais adiante nesse material, porém, na rede
pública, sob a égide do projeto MONU-EM, existem, além dos objetivos
acadêmico, propostas sociais e culturais que sustentam essa iniciativa.
Nesse sentido, destacamos os seguintes pilares:

(I) SOCIAL

Um diferencial entre os eventos de simulação e o MONU-EM é a busca

______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
por aproximar as pautas internacionais não só para uma realidade doméstica do
Brasil, mas para algo que sejam mensuráveis e perceptíveis na vida desses
alunos. Ou seja, a construção do conhecimento irá partir do micro – talvez um
problema do bairro ou da cidade –, passando pela forma com que o país trata
nacionalmente e politicamente desse assunto, e aí sim, traduzindo para o
processo de formulação de políticas internacionais no âmbito das organizações
multilaterais.
Esse processo, apesar de parecer custoso, na verdade é bem simples,
fundamental e gera resultados positivos conforme os alunos se sentem
confortáveis com os temas internacionais. É uma tendência desse público que
elege participar do MONU-EM a vontade de debater e se engajar nas pautas
sociais, principalmente nas questões que dizem respeito a preconceitos, pobreza
e educação, então traçar essa ligação do nacional com o internacional é
benéfico.
Destacamos que, uma abordagem que faz essa função com muita
destreza é pelo recorte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS).
Elencados em 2015 como sucessores dos Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio, dando ênfase e protagonismo para o principal problema do século XXI,
que é o desenvolvimento sustentável, as ODSs estão abarcadas dentro do
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento que congrega ações no
âmbito da sociedade civil, dos governos estaduais e do governo federal, então,
estruturalmente, ele facilita tanto a sistematização desses temas quanto acesso
a dados e metas.

(II) CULTURAL

O MONU-EM também busca ser uma plataforma para conectar o aluno


com o futuro da sua educação. Apesar de girar entorno das Relações
Internacionais, o desenvolvimento de habilidades acadêmicas e interpessoais,
temas interdisciplinares e contemporâneos, além de promover debates a partir
da experiência de vida do aluno promovem a base para uma educação
continuada.
Incentivando isso, as Faculdades e Universidades buscam promover um
ou dois encontros in loco, usando de suas instalações, corpo docente, discente
______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912
ou técnico- administrativo para aplicar alguma metodologia diferenciada,
executando uma experiência imersiva e contextualizada nos desafios do ensino
superior.
No caso de instituições que estejam promovendo internamente o projeto
MONU- EM, sem o apoio de Instituições de Ensino Superior, espera-se que esse
espirito seja encapsulado, não necessariamente firmando parcerias para alguma
visita pontual, mas com vistas externas a museus, órgãos governamentais ou do
terceiro setor, empresas que desenvolvam atividades educacionais-tecnológicas
e assim por diante.

PARTICIPAÇÃO DOS EMBAIXADORES DO AMANHÃ EM EVENTOS


DE GRANDE PORTE

O primeiro grande dilema enfrentado pela equipe do ERESP e pelas


Faculdades que davam suporte ao projeto foi acerca de como manter engajado
os alunos que eram recém egressos do programa, uma vez que a permanência
do MONU-EM na Escola visava captar mais alunos que não haviam se envolvido
anteriormente e não trazer novos conteúdos.
Com a entrada da OSCIP “Instituto Global Attitude” no Projeto, surgiu a
oportunidade de ter um parceiro para desenvolver o Embaixadores do Amanhã:
(...) com o objetivo de oferecer educação continuada e acesso a Fóruns
de Simulação e a oportunidades de programas de Jovens Aprendizes
aos seus integrantes.
Com cunho acadêmico e profissional, o projeto é constituído por alunos
participantes do Modelo de Simulação da ONU para Ensino Médio
(MONUEM-ERESP). Iniciado no segundo semestre de 2018 com
apenas uma escola e 40 estudantes, o Embaixador@s expandiu-se para
mais quatro instituições de ensino, totalizando cerca de 200 jovens
integrantes” (IGA, 2019).

Desta forma, extrapolando a base acadêmica feita em sala de aula, optou-


se para que o futuro do projeto se sustentasse no aluno se profissionalizar, se
capacitar e se desenvolver a partir destas experiências, construindo um novo
amanhã.

______________________________________________________________________________
www.cps.sp.gov.br
Rua dos Andradas, 140•Santa Ifigênia • 01208-000 • São Paulo • SP • Tel.: (11) 3324.3912

Você também pode gostar