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Automação I 1.

1– Introdução à Pneumática

1.1 – INTRODUÇÃO À
PNEUMÁTICA
Automação
3º Ano / 1º Semestre
-
Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel

Ferreira da Silva
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira Ano
da Silva
3º Ano – Licenciatura em Engenharia MecânicaDep. Engenharia
Automóvel Mecânica 1/11
Letivo 2020/2021
Automação I 1.1– Introdução à Pneumática

Simulação
Lógica

Esquemática
Didáctica

Simbólica
Prática

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 2/11
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação I 1.1– Introdução à Pneumática

Resumo Histórico (I)

 A pneumática, do grego “pneuma” (respiração), trata do emprego do ar comprimido como fonte


produtora de trabalho.

 O primeiro homem que sabemos ter-se


interessado pela pneumática foi o grego
‘KTESIBIOS’ que, à cerca de 2000 anos,
construiu uma catapulta funcionando a ar
comprimido

 A partir de 1900, a pressão de trabalho fixou-se


em 8 bar (8 kg/cm2) o que ainda hoje continua
sendo a pressão normal em ar comprimido.

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Automação I 1.1– Introdução à Pneumática

Resumo Histórico (III)


 A pneumática ocupa um campo vastíssimo, estando aliada a todas as formas de energia. A
pneumática substitui na indústria não só o esforço muscular, mas também algumas das decisões
humanas, o que a levou a tornar-se um elemento indispensável na produção das grandes séries que
a indústria moderna passou a exigir.

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Automação I 1.1– Introdução à Pneumática
Resumo Histórico (IV)
 A pneumática serve-se do ar comprimido como transmissão de potência através de actuadores
lineares (cilindros pneumáticos, com ou sem haste) e/ou actuadores rotativos (motores
pneumáticos).

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Automação I 1.1– Introdução à Pneumática

Resumo Histórico (IV)


 A quantidade e diversidade de aplicações, tendo o ar comprimido como forma de energia é
surpreendente. Assim, operações como furar, roscar, prensar, cortar, abrir, fechar, empurrar,
levantar, decapar, pintar, limpar, insuflar, agitar…etc., podem enquadrar-se na mecanização ou
automatização.

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Automação I 1.1– Introdução à Pneumática

Sistemas Híbridos
 A pneumática encontra-se ao lado da mecânica, electricidade/electrónica e da hidráulica como
meio de transmissão comando e controlo de energia. Estes sistemas, são complementares entre si e
como tal frequentemente combinados. A pneumática como meio de transmissão de energia, a
electricidade, como meio de processamento de sinais.

 A melhor decisão para um determinado sistema (ou combinação de sistemas) exige um


conhecimento prévio e exacto das suas características, bem como das suas vantagens e
desvantagens. Só em presença de um caso concreto e dos seus requisitos específicos se poderá
tomar uma decisão rigorosa.

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Propriedades do Ar Comprimido (I)


 Sendo essencialmente uma mistura de gases, o ar atmosférico contém na maior parte das vezes
partículas sólidas em suspensão (poeiras) e grande percentagem de água sob a forma de vapor.

 Sendo compressível, aumenta o seu potencial de energia.

Quantidade: O ar comprimido, encontra-se em quantidades ilimitadas praticamente


em todos os lugares.
Transporte: O ar comprimido é facilmente transportável através de tubagens,
mesmo para distâncias consideravelmente grandes.
Armazenamento: No local de utilização, não é necessário que o compressor esteja em
funcionamento contínuo. O ar pode ser sempre armazenado num
reservatório e, posteriormente utilizado. Pode inclusivamente ser
transportado em reservatórios.
Temperatura: O trabalho realizado com ar comprimido é insensível às oscilações da
temperatura. Isto garante, também em situações térmicas extremas, um
funcionamento seguro.

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Propriedades do Ar Comprimido (II)


Segurança: Não existe o perigo de explosão ou incêndio. Portanto, não são
necessárias custosas protecções contra explosões.
Limpeza: O ar comprimido é limpo. O ar, que eventualmente escapa das tubagens
ou outros elementos inadequadamente vedados, não poluem o ambiente.
Esta limpeza é uma exigência, por exemplo, nas industrias alimentícias,
têxteis e químicas.
Construção dos Os elementos de trabalho são de construção simples e, portanto, de
elementos: custo vantajoso.

Velocidade: O ar comprimido é um meio de trabalho rápido, permitindo alcançar


altas velocidades de trabalho. A velocidade de trabalho dos cilindros
pneumáticos oscila entre 1 e 2 m/s.
Regulação: As velocidades e forças de trabalho dos elementos a ar comprimido são
reguláveis sem escala.
Segurança Elementos e ferramentas a ar comprimido são “carregáveis” até á sua
contra paragem total e portanto seguros contra sobrecargas.
sobrecargas:

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Correcta Utilização do Ar Comprimido

Preparação: O ar comprimido requer uma boa preparação. Impurezas e


humidade devem ser evitadas, pois provocam desgastes nos
elementos pneumáticos.
Compressibilidade: Não é possível manter uniforme e constante as velocidades dos
cilindros mediante ar comprimido.
Forças: O ar comprimido é económico somente até uma determinada força,
limitada pela pressão normal de trabalho (entre os 6 e os 10 bar), e
também pelo curso e velocidade. O limite será entre os 20.000 e os
30.000 N.
Escape do ar: O ar comprimido é ruidoso. Com o desenvolvimento de
silenciadores este problema pode, no entanto, ser solucionado.
Custos: O ar comprimido é uma fonte de energia cara. Porém, o alto custo
da energia está em grande parte, compensado pelos elementos de
preço vantajoso e pela grande rentabilidade do ciclo de trabalho.

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Estrutura de um Sistema Pneumático e


Sequênciamento dos Sinais

Secção de trabalho
pneumático

Secção de controlo
pneumático

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

1.2 – DIMENSIONAMENTO DA
REDE DE DISTRIBUIÇÃO D0 AR
COMPRIMIDO
Automação
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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

 Uma rede de ar comprimido tem duas funções básicas:


 Permitir a comunicação entre a fonte produtora e os equipamentos consumidores;
 Funcionar como reservatório para atender às exigências locais.

 Topologia:  Requisitos:
 Anel fechado;  Pouca queda de pressão;
 Anel aberto.  Sem fugas;
 Separação do condensado.

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Rede de Distribuição - Visão geral


Sistema de Distribuição do Ar Comprimido

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Rede de Distribuição – Topologia de redes

Anel fechado Anel aberto

 Sempre que possível, a rede de distribuição deve ser em anel fechado;

 A rede em anel aberto exige sempre um diâmetro maior que a rede em anel fechado,
mesmo tratando-se do mesmo caudal, pressão e distância.

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Rede de Distribuição – Topologia de redes


 Geralmente a rede de distribuição é feita em circuito
fechado (anel fechado), em torno da área onde há
necessidade de ar comprimido.

 O anel auxilia na manutenção de uma pressão constante,


bem como na distribuição mais uniforme do ar.

 Dificuldade na separação dos condensados, fluido circula


em duas direcções.

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Rede de Distribuição - Drenagem de condensados


 Para recolher e drenar os condensados devem ser instaladas derivações (picagens) com drenos,
manuais ou automáticos, nos locais mais baixos da rede principal no fim de linha ou onde houver
elevação da linha.

 Em redes extensas, recomenda-se a colocação de drenos adicionais distanciados de


aproximadamente 20 a 30 m uns dos outros.

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Rede de Distribuição – Derivação (picagem)

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Rede de Distribuição – Declive de drenagem

 As tubagens, em especial nas redes em circuito


aberto, devem ser montadas com um declive de
0,5 a 2%, no sentido de circulação do ar.

 A inclinação da tubagem serve para favorecer a


recolha dos elementos condensados e das
impurezas devidas à formação de óxidos.

 Devido à formação de água por condensação, é


necessário em tubagens horizontais instalar
picagens (linhas de descida), na parte superior
do tubo de distribuição.

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa

 Localização da central de compressão;

 Perdas de carga ao longo de toda a


tubagem, elementos de ligação;

 Os pontos de alimentação;

 Previsão de crescimento da rede nos


próximos anos (Δ%);
 Fator de utilização dos equipamentos;

 Estimar com relativo rigor o consumo de ar comprimido;

 Pressão de funcionamento;

 Perdas de caudal ao longo da rede de distribuição;

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa


Consumo de ar

 O diâmetro interno dos actuadores (mm).

 O curso útil (mm).


Conhecer o
 O nº de ciclos por minuto (n/min). actuador
 Cilindro de duplo ou simples efeito.

 Pressão de funcionamento/serviço (bar ou kgf/cm2).

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa


Tabela de transformações das unidades

2
Atmosfera Pascal Bária Bar milibar o hPa mm Hg m H2O kgf/cm
5 6
Atmosfera 1 1,01325×10 1,01325×10 1,01325 1013,25 760,0 10,33 1,033
-6 -5 -3 -4 -5
Pascal 9,869×10 1 10 10 0,01 7,501×10 1,020×10 1,019×10
-7 -6 -4 -5 -2
Bária 9,869×10 0,1 1 10 0,001 7,501×10 1,020×10 1,020×10

Bar 0,9869 100000 1000000 1 1000 750,1 10,20 1,020


-4 -2
milibar 9,869×10 100 1000 0,001 1 0,7501 1,020×10 10,20
-3 -3 -2
mm Hg 1,316×10 133,3 1333 1,333×10 1,333 1 1,360×10 13,60
-2 4 -2
m H2O 9,678×10 9807 9,807×10 9,807×10 98,06 73,56 1 0,100
2 -4 5
kgf/cm 0,968 9,810×10 9,810×10 0,9810 981,0 735,8 10,00 1

Considerar para efeitos de cálculo que 1 bar é igual 1 kgf/cm2

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Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa


Consumo de ar

Consumo de ar estimado para um cilindro de simples efeito

Q  s  n  q 
Consumo de ar estimado para um cilindro de duplo efeito

Q  2 s  n  q 
Q – consumo de ar [l/min]; Fórmulas a utilizar só
s – curso [cm]; quando não se conhecem
n – número de ciclos por minuto; as características dos
q – fator consumo de ar por cm de curso [l/cm] (tabelado). cilindros (Estimativa)

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa

q - fator consumo de ar por cm de curso [l/cm]


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Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa

 No cálculo dos consumos de ar comprimido estimados anteriormente para cilindros de simples


de duplo efeito, partimos do principio que os cilindros estão sempre a trabalhar (funcionamento
continuo ou fator de utilização de 100%);

 Como normalmente esta situação não corresponde à realidade, o consumo de ar não deverá ser
considerado como a totalidade (100%), mas sim como um valor médio em função do fator de
utilização mais próximo da realidade (tempo efetivo de trabalho);

 Apontam-se a titulo indicativo, valores do fator de utilização mais comuns:

─ Fator de utilização mais corrente, 10 a 50%;

─ Valor médio do fator de utilização, 30%.

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa


Exemplo I

Pretende-se estimar o consumo de ar comprimido de um cilindro de duplo efeito com 40 mm de


diâmetro trabalhando à pressão de 6 bar. O curso útil é de 200 mm e o número de ciclos por minuto
de 15.

Exemplo I - resolução

1 - Cálculo do consumo de ar de um cilindro pneumático.

Q  2 s  n  q 
Q  2 20  15  0,085  51 l / min

Tabela de
q – factor consumo de ar por cm de curso [l/cm]. consumo de ar

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Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa


Exemplo I - resolução

2 – Correção do valor médio calculado, fator de segurança (10 a 20%).


Valor recomendado 15%.

Q (corrigido )  51  1,15  58,65 l / min

3 – Afetação das fugas, fator de fugas (5 a 10%).

Q ( final )  58,65  1,1  64,515 l / min

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa


Mangueira flexível

Conversão de volume de ar gasto na tubagem de ligação em litros

Qt    l

Qt – consumo de ar nos tubos de ligação [litros];


l – comprimento do tubo [m];
 – fator de consumo de ar por m [l/m] (tablado).

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa


Mangueira flexível
Exemplo II

Pretende-se calcular o volume de ar comprimido gasto num


tubo de 5 metros, com diâmetro de 13 mm (DN13) e pressão de
trabalho de 6 bar.

Qt    l
Qt  0,9  5  4,5 l

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido

 Para proceder ao dimensionamento do diâmetro mínimo necessário da rede principal, de tal


modo que esta possa fornecer a pressão e caudal necessários aos diversos pontos de alimentação,
devem ser considerados os seguintes itens:

- caudal;

- comprimento da rede;

- queda de pressão admissível;

- número de pontos de estrangulamento;

- pressão de trabalho.

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido

 Caudal

Caudal é quantidade em m3 por hora de ar consumido na rede supondo que todos os


equipamentos estão em funcionamento ao mesmo tempo. Esta quantidade já se
encontra afetada da medida de segurança (mais 10 a 20%), e do valor de fugas (mais
5 a 10%).

Q  C  %

Q – caudal [m3/h];
C – consumo da rede [m3/h];
% – percentagem para futura ampliação

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido

 Comprimento total da rede de distribuição

O comprimento total da rede de distribuição de ar comprimido é obtido em função do


seu comprimento linear acrescido dos comprimentos equivalentes de todos os pontos
de estrangulamento.

Lt  L1  L 2

Lt – comprimento total da rede [m];


L1 – comprimento rectilíneo da rede [m];
L2 – comprimento equivalente, pontos de estrangulamento [m].

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Dimensionamento da rede de ar comprimido

 Queda de pressão admissível

A queda de pressão ao longo da tubagem está associada à rugosidade interna dos tubos,
aos elementos estranguladores e ao tipo de escoamento do fluido.

Para um desempenho satisfatório da rede de distribuição a perda de carga não deve


exceder os 0,3 kgf/cm2 ou, em grandes redes (cumprimentos superiores ou igual a 500
metros), um máximo de 0,5 kgf/cm2.

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Dimensionamento da rede de ar comprimido

 Pontos de estrangulamento

Os pontos de estrangulamento
são constituídos por todos os
elementos de ligação da rede
(curvas, tês, registos, etc.)
necessários para a distribuição
do ar ao longo de toda a
instalação industrial. São
convertidos em comprimentos
equivalentes, L2.

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Dimensionamento da rede de ar comprimido

 Dimensionamento da rede – diâmetro da tubagem

O cálculo do diâmetro mínimo da rede de distribuição necessário para satisfazer o


consumo de ar, atendendo a uma futura expansão da mesma, pode ser obtido pela
seguinte equação:

 1,663785  10 3  Q1,85  Lt 
di  10   5 
 P  Pt 
 

di – diâmetro interno [mm];


P – queda de pressão admissível [kgf/cm2];
Pt – pressão de trabalho [kgf/cm2].

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo III

Válvula

Rede
A figura representa o esquema de secundária

uma rede de distribuição (linha 1

principal ou tronco, linhas


secundárias e linhas de alimentação) Linha de
de ar comprimido. alimentação

Calcule o diâmetro da rede de


2
distribuição.
Tê com fluxo
em derivação

Tê com Curva
fluxo em longa
linha
3

Rede
principal

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo III - continuação

Características: Válvula

Rede
- comprimento rectilíneo da tubagem secundária
240 m; 1
- perda de carga admissível 0,3 kgf/cm2;
- pressão de trabalho 6 kgf/cm2;
Linha de
- caudal 250 m3/h (com fatores); alimentação
- aumento de capacidade prevista 50%.
2

Tê com fluxo
em derivação

Tê com Curva
fluxo em longa
linha
3

Rede
principal

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo III - continuação

Elementos de ligação: Válvula

Rede
secundária

- 12 tês com fluxo em derivação; 1

- 2 tês com fluxo em linha;


- 5 válvulas do tipo gaveta;
Linha de
- 8 curvas de 90º de raio longo. alimentação

Tê com fluxo
em derivação

Tê com Curva
fluxo em longa
linha
3

Rede
principal

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo III - resolução Rede principal – anel fechado

1 - Cálculo do caudal ar necessário (metade do caudal.)


Caudal Q
C  %  FS  FF
Q
2 Diâmetro di

250 1,5 1,15 1,1


Q  237,188 m3 h
2
2 - Cálculo do diâmetro da tubagem, sem acessórios
(meia rede).
 1,663785 10 3  Q1,85  L1 
di  10   5 
  P  Pt 
 
 1,663785 10 3  237,1881,85 120  Rede em
di  10   5  anel fechado
 0,3  6 
  Características
da rede
di  48,73 mm
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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo III - resolução Diâmetro das tubagens

Note que o diâmetro Diâmetro


Designação Diâmetro exterior Espessura
Massa do tubo negro
(kg/m)
nominal
obtido não é um DN
(“) (mm)
Teórico Max. Min. Liso Roscado
diâmetro de referência,
10 3/8 17,2 17,5 16,7 2,3 0,839 0,845
para o cálculo do
15 ½ 21,3 21,8 21,0 2,6 1,21 1,22
comprimento
20 ¾ 26,9 27,3 26,5 2,6 1,56 1,57
equivalente dos
elementos de ligação, 25 1 33,7 34,2 33,3 3,2 2,41 2,43

por tal terá que ser 32 1¼ 42,4 42,9 42,0 3,2 3,10 3,13

utilizado o diâmetro 40 1½ 48,3 48,8 47,9 3,2 3,56 3,60

imediatamente acima, 50 2 60,3 60,8 59,7 3,6 5,03 5,10

ou seja 50 mm. 65 2½ 76,1 76,6 75,3 3,6 6,42 6,54

80 3 88,9 89,5 88,0 4,0 8,36 8,53


O diâmetro calculado
100 4 114,3 115,0 113,1 4,5 12,2 12,5
aponta para uma
tubagem com diâmetro 125 5 139,7 140,8 138,5 5,0 16,6 ---

nominal de 2’’. 150 6 165,1 166,5 163,9 5,0 19,8 ---

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido
Dimensionamento da rede de ar comprimido
Custo das tubagens

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo III - resolução Rede principal – anel fechado

3 - Cálculo do comprimento total da tubagem (L1+L2). Caudal Q


Tendo como base o diâmetro de 50 mm obtém-se os comprimentos equivalentes
para cada um dos elementos de ligação. Na tabela seguinte apresenta-se o Diâmetro di
comprimento equivalente total dos elementos de ligação.
Comprimento
Equivalente
Elemento Qtd Comp. Eq. (m) Total (m) L1+L2

Tê com fluxo em derivação 8 3,0 24,0

Tê com fluxo em linha 1 1,0 1,0

Válvulas do tipo gaveta 2 0,6 1,2 Tabelas


de tubos
Curvas de 90º raio longo 5 0,6 3,0

Comprimento equivalente total (L2) 29,2


Tabelas de
equivalência

Lt  L1  L 2 Características
Lt  120  29,2  149,2 m da rede

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo III - resolução Rede principal – anel fechado

4 - Cálculo final do diâmetro da rede, com acessórios .


Caudal Q

Diâmetro di
 1,663785 10 3  Q1,85  Lt 
di  10   5  Comprimento
 P  Pt  Equivalente
  L1+L2

 1,663785 10 3  237,1881,85 149,2 


di  10   5   50,90 mm
 0,3  6 
 
Tabelas
de tubos

Considerando as perdas de carga dos elementos de ligação no cálculo do Tabelas de


equivalência
diâmetro interno da tubagem obtém-se um diâmetro de 50,90 mm. Este aponta
agora para uma tubagem com diâmetro nominal comercial de 2½ ’’ (65 mm).
Características
da rede

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo IV Redes secundárias

Tendo como ponto de partida para o cálculo das redes secundárias o problema do exemplo III
calcule o diâmetros das redes secundárias sabendo que:

Rede secundária 1 possui: Rede secundária 2 possui:


- comprimento da tubagem de 30 m; - comprimento da tubagem de 25 m;
- 6 tês com fluxo em derivação; - 5 tês com fluxo em derivação;
- 1 válvulas do tipo gaveta; - 1 válvulas do tipo gaveta;
- 1 curva a 90º de raio longo; - 1 curva a 90º de raio longo;
- 1 cotovelo. - 1 cotovelo.

Rede secundária 3 possui:


- comprimento da tubagem de 20 m;
- 4 tês com fluxo em derivação; Características
da rede
- 1 válvulas do tipo gaveta;
- 1 curva a 90º de raio longo;
- 1 cotovelo.

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo IV - resolução Redes secundárias

1 - Cálculo do caudal de ar necessário por rede secundária.

C  % FS  FF
Qmetro 
4 30  5 25 2 20
2501,51,151,1
Qmetro   (1,664m3 h) / m
4 30  5 25 2 20

Qn  Qmetro  metrosda rede


Q1  1,664 30  49,92 m3 h
Q2  1,664 25  41,60 m3 h
Q3  1,664 20  33,28 m3 h Características
da rede sec.

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo IV - resolução Redes secundárias

2 - Cálculo do diâmetro da tubagem, sem acessórios. Características


da rede princ.

 1,663785 10 3  Q1,85  L1 


din  10   5 n 
 P  Pt 
 
 1,663785 10 3  49,921,85  30 
di1  10   5   20,75 mm
 0,3  6 
 
 1,663785 10 3  41,601,85  25 
di2  10   5   18,70 mm Tabelas
 0,3  6  de tubos
 
 1,663785 10 3  33,281,85  20  Características
di3  10   5   16,47 mm da rede sec.
 0,3  6 
 

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo IV - resolução Redes secundárias

3 - Cálculo do comprimento total da tubagem, rede secundária (L1+L2). Características


da rede princ.

Comprimento
equivalentes
Elemento Qtd Comp. Eq. (m) Total (m)

Tê com fluxo em derivação 6 1,5 9,0 Diâmetro das


redes
Válvulas do tipo gaveta 1 0,3 0,3
secundárias
Curvas de 90º raio longo 1 0,3 0,3

Cotovelo a 90º 1 1,5 1,5

Comprimento equivalente total (L2) 11,1

Linha 1 (30 metros) Tabelas

Lt  L1  L 2
de tubos

Características
Lt1  30  11,1  41,1 m da rede sec.

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo IV - resolução Redes secundárias

3 - Cálculo do comprimento total da tubagem (L1+L2). Características


da rede princ.

 1,663785 10 3  Q 1,85  Lt 


di1  10   5 
1 1 Comprimento
equivalentes
 P  Pt 
 
 1,663785 10 3  49,921,85  41,1  Diâmetro das
di1  10   5   22,09 mm redes
 0,3  6  secundárias
 
Considerando as perdas de carga dos elementos de ligação no cálculo do
diâmetro interno da tubagem obtém-se um diâmetro de 22,09 mm. Note que agora
deveríamos optar por um tubo com diâmetro nominal comercial de 1’’ (25 mm) já
que o diâmetro encontrado é superior ao correspondente comercial, ¾’’ (20 mm). Tabelas
de tubos
As redes de distribuição secundárias possuem diâmetros internos de 19,9 mm e
17,62 mm respetivamente , 2ª e 3ª. O diâmetro nominal comercial das redes de Características
da rede sec.
distribuição secundárias mantem-se nos ¾” (DN20 - 20 mm).
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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo V Redes de alimentação

Tendo como ponto de partida para o cálculo das redes de alimentação


o problema do exemplo IV calcule os diâmetros das redes de
alimentação sabendo que possuem:

Características:
- comprimento retilíneo da tubagem de 5 m;
- 2 tês com fluxo em derivação;
- 1 válvulas do tipo gaveta;
- 1 curva a 180º de raio longo;

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo V - resolução Redes de alimentação

1 - Cálculo do caudal ar necessário por rede de alimentação.

Dado que as redes secundárias não são iguais teremos de calcular o valor do ar necessário para
cada rede de alimentação. Assim, tomamos como valores de partida os caudais obtidos no ponto
1 do exemplo IV. Os caudais serão:
C
Qn 
nº de alimentaçõ es
49,92
Q1   8,32 m 3 h
6
41,60
Q2   8,32 m 3 h
5
33,28
Q3   8,32 m 3 h Características
4 da rede

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo V - resolução Redes de alimentação

2 - Cálculo do diâmetro da tubagem, sem acessórios.

 1,663785 10 3  Q1,85  L 


din  10   5 n 
 P  Pt 
 
 1,663785 10 3  8,321,85  5 
di1  di2  di3  10   5   7,47 mm
 0,3  6 
 

Note que o diâmetro obtido não é um diâmetro de referência, para o cálculo do


comprimento equivalente dos elementos de ligação, por tal terá que ser utilizado Tabelas
o diâmetro 25 mm. Note ainda que o diâmetro calculado aponta para uma de tubos
tubagem com diâmetro nominal comercial de 3/8’’, diâmetro mínimo (10 mm).
Características
da rede

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo V - resolução Redes de alimentação

3 - Cálculo do comprimento total da tubagem (L1+L2).

Elemento Qtd Comp. Eq. (m) Total (m)

Tê com fluxo em derivação 2 1,5 3,0

Válvulas do tipo gaveta 1 0,3 0,3

Curvas de 90º raio longo 2 0,3 0,6


Comprimento
Comprimento equivalente total (L2) 3,9 equivalentes

Tabelas
Lt  L1  L 2 de tubos

Lt1  5  3,9  8,9 m Características


da rede

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo V - resolução Redes de alimentação

4 - Cálculo final do diâmetro da rede, com acessórios.

 1,663785 10 3  Q 1,85  Lt 


di1  10   5 1 1 
 P  Pt 
 
 1,663785  10 3  8,321,85  8,9 
di1  10   5   8,38 mm
 0,3  6 
 
Comprimento
equivalentes
Considerando as perdas de carga dos elementos de ligação no cálculo do
diâmetro interno da tubagem obtém-se um diâmetro de 8,38 mm. Note que não Tabelas
existem tubos comerciais com diâmetro nominal de 8,38 mm. Nesta situação deve de tubos
optar-se pelo diâmetro interior de 3/8’’ (DN10 - 10 mm).
Características
da rede

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Exercício de aplicação

Características:
- comprimento linear de 240 m;
- perda de carga 0,5 kgf/cm2;
- pressão de trabalho 5 bar;
- Consumo de 150 m3/h;
- aumento prevista 25%.

Rede principal: 12 tês de fluxo em


derivação, 2 tês com fluxo em linha, 5
válvulas de diafragma e 8 curvas longas.
Redes secundárias: comprimento
retilíneo de 15 metros, 4 tês de fluxo em
derivação, 1 válvula de gaveta, 1 curva
de raio curto e um cotovelo.
Linhas de alimentação: comprimento
retilíneo de 3,5 metros, 2 tês de fluxo em
derivação, uma válvula de gaveta e uma
curva a 180° de raio longo.

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

DIMENSIONAMENTO DE
ATUADORES

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos

 Os atuadores pneumáticos lineares (cilindros) desenvolvem, na maioria das aplicações, o seu


maior esforço na fase de expansão.

 O dimensionamento dos cilindros terá que ter em conta todas as forças envolvidas no projeto.

Tipo de funcionamento Simbologia


Fator de
carga η Fp
Fa 
Cilindros estacionários
(Cargas aplicadas no final do curso)
0,7

m
Cilindros dinâmicos
(Cargas aplicadas ao longo de toda ação do 0,5
cilindro) Fa – Força de avanço ou atuação [kg];
m
Fp – Força de projeto, força necessária
Cilindros com guia horizontal m para a operação, [kg];
1,0
(Movimentação horizontal de cargas) η – Fator de carga.

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Ferreira da Silva 47/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cilindros de duplo efeito

 O diâmetro de um atuador é determinado em função da força de avanço Fa corrigida pelo


fator de carga η e da pressão de trabalho Pt.

 A secção plana de um cilindro na fase de


avanço, para cilindros de haste simples de
duplo efeito, é dada por:

Fa
Pt    dc 2
A A    rc  2
4
Fa – Força de avanço ou atuação [kg]; rc – Raio interno do cilindro [cm];
Pt – Pressão de trabalho [kgf/cm2]; dc – Diâmetro interno do cilindro [cm].
A – Secção reta do êmbolo, avanço [cm2].

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cilindros de duplo efeito

Desenvolvendo a equação fundamental da pressão em ordem a dc obtemos:

Fa Fp
dc  2 e dado que Fa 
  Pt 

 O diâmetro mínimo aceitável, para um cilindro de haste simples e de duplo efeito ao avanço,
será dado por:

Fp
dc  2
    Pt

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cilindros de duplo efeito

 Trabalho realizado na fase de recuo do cilindro, o diâmetro mínimo aceitável para um


cilindro de haste simples e de duplo efeito ao recuo, será calculado em função da coroa
circular do êmbolo. A área da coroa circular será dada por:

 (dc 2  dh 2 )
Ac   (rc 2  rh 2 ) 
4

rh – Raio da haste [cm];


dh – Diâmetro da haste [cm];
Ac – Área da coroa circular [cm2].

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cilindros de duplo efeito

 Para a FESTO, as perdas por atrito, em condições normais de pressão (400 a 800 kPa, 4 a 8 bar)
estão compreendidas entre 3 a 20% da força em questão.
A esta aproximação correspondente a expressão:

Fp  A  Pt  R

R – Atritos ≈ 10% da força de projeto.

Em que o diâmetro será dado por:

Fp  R
dc  2
  Pt

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo I Cilindros de duplo efeito

Na figura apresenta-se uma linha


de embalagem de compotas.
Sabendo que o cilindro “A”
movimenta uma estrutura que
desliza sobre uma superfície com
guias polidas e lubrificadas,
perfazendo um deslocamento total
de 100 cm, calcule o diâmetro
mínimo necessário para
movimentar toda a estrutura.
Considere que o conjunto em
movimento possui um peso
aproximado de 50 kg (estrutura
mais compotas) e pressão de
trabalho de 6 kg/cm2.

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo I - resolução Cilindros de duplo efeito

1 - Calculo do diâmetro do cilindro segundo as indicações da SMC.

Fp
dc  2
    Pt
50
dc  2  3,26 cm  32,6 mm
1   6

Consultando as tabelas da SMC (Anexo E) constataríamos que existe um cilindro com um valor
muito próximo do calculado. Nesta situação deveríamos utilizar um cilindro com diâmetro
imediatamente superior mas, e dada que esta diferença é muitíssimo pequena, poderíamos optar
pela utilização de um cilindro da série CM2 com diâmetro de 32 mm.
Fator de carga
ɳ

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Anexo E – Tabelas comerciais, cilindros normalizados SMC

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Anexo E – Tabelas comerciais, cilindros normalizados SMC

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Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo I - resolução Cilindros de duplo efeito

1 - Calculo do diâmetro do cilindro segundo as indicações da SMC.

verificação Fp    A  Pt
  3,2 2
Fp  1   6  48,25 kg
4
Note que na verificação da carga movimentada por este cilindro há uma pequena diferença que
pode ou não ser significativa. Para evitar este problema devemos utilizar um cilindro com
diâmetro imediatamente superior, i. e., um CM2 com 40 mm de diâmetro e haste de 14 mm de
diâmetro, por exemplo.

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Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo I - resolução Cilindros de duplo efeito

2 - Calculo do diâmetro do cilindro segundo as indicações da FESTO.

Fp  R
dc  2
  Pt
50  (50  0.1)
dc  2  3,42 cm  34,2 mm
 6

Optando ainda por um cilindro SMC a nossa escolha recairia no CM2 com 40 mm de diâmetro e
uma haste de 14 mm de diâmetro, por exemplo. Note que o mesmo diâmetro seria adotado se
optasse-mos por um cilindro FESTO, Anexo F.

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Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cilindros de simples efeito

 Os cilindros de simples efeito realizam parte do ciclo de trabalho, retorno ou avanço, por
ação de uma mola.

 Ás forças em jogo, calculadas pela equação fundamental da pressão, há que acrescentar a


força da mola aos movimentos do cilindro.

Para um modelo de haste recolhida, a força de avanço necessária para movimentar uma carga
será dada em função da seguinte expressão:

F1   ( A  Pt  f1 )

F1 – Força de saída, avanço [kg];


f1 – Força de reacção da mola, oposição ao movimento [kg].

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Cilindros de simples efeito

Em que o diâmetro será dado por:

Fp    f1
dc  2
    Pt

 No movimento de recuo, a carga máxima a movimentar será dada por:

F2    f 2

F2 – Força de recuo, retração [kg];


f2 – Força de reação da mola, sentido do movimento [kg].

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Exemplo II Cilindros de simples efeito

Na figura representa-se um cilindro de simples efeito de haste recolhida utilizado na mudança de


direção de pacotes numa linha de embalagem. Sabendo que a pressão de trabalho é de 6 kg/cm2 e
o peso da estrutura fixado à haste é de 1 kg. Os pacotes movimentam-se ao longo de dois tapetes
transportadores de roletes. Calcule o diâmetro mínimo do cilindro necessário para efetuar a
mudança de direção dos pacotes transportados.

20 kg

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Exemplo II - resolução Cilindros de simples efeito

1 - Cálculo do diâmetro do cilindro.

Fp
dc  2
    Pt
20  1
dc  2  2,111 cm  21,11 mm
1   6

Obtido o valor do cilindro de duplo efeito retira-se das tabelas comerciais para cilindros de
simples efeito, Anexo G, o valor da força de reação da mola em N.
Assim para um Ø 25 mm e um curso de 100 mm , temos f1 = 47 N (CM2).

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Exemplo II - resolução Cilindros de simples efeito

1 - Cálculo do diâmetro do cilindro, com mola.

Fp    f1
dc  2
    Pt
21  1  4,7
dc  2  2,335 cm  23,35 mm
1   6

Consultando novamente a tabela (Anexo G) verifica-se que o diâmetro cilindro aconselhado para
movimentar a carga é Ø 25 mm, diâmetro imediatamente superior, com f1 = 47N (CN2).

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Cilindros de simples efeito
Anexo G – Força de reação da
molas cilindros simples efeito,
SMC

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Exemplo II - resolução Cilindros de simples efeito

2 – Verificação do diâmetro selecionado.

F1   ( A  Pt  f1 )
   2,5 2 

Fp  1    6  4,7   24,75 kg
 4 
3 – Cálculo da força de retração para o diâmetro selecionado.

F2    f 2
F2  1  1,7  1,7 kg
Verifica-se assim que o cilindro escolhido satisfaz todas as condições impostas no problema. Em
situações que não se verifiquem todas as situações, o recuo não se efetua, opta-se por um cilindro
com diâmetro superior ou por um de duplo efeito.

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Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Verificação à encurvadura
Pela utilização do Critério de Euler podemos analisar a relação entre o comprimento l da haste e o
tipo de fixação.

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Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Verificação à encurvadura
Pela utilização do Critério de Euler podemos analisar a relação entre o comprimento l da haste e o
tipo de fixação. Desta análise, obtém-se uma relação conhecida como “o comprimento livre de
encurvadura” que, aplicada na equação seguinte permite verificar/calcular se os diâmetros das
hastes oferecidos pelos catálogos dos fabricantes satisfazem as necessidades do projeto.

2
64  l0  Fa  S
dh  4
3 E

Esta análise é de extrema importância dado que é com base nela que o projetista calcula o
diâmetro mínimo necessário para a haste do cilindro e o seu comprimento (para o tipo de
fixação escolhida).

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Ferreira da Silva 66/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Verificação à encurvadura

Combinando as equações anteriores poderemos obter segundo o Critério de Euler, as


dimensões mínimas (cm) para o diâmetro da haste do cilindro.

2
64  l0  Fa  S
dh  4
3 E

Com:
S – Coeficiente de segurança (entre 3,5 e 5)

l0 – comprimento segundo o Critério de Euler [cm]


Fa – Força de avanço ou atuação [N]
E – módulo de elasticidade do aço (módulo de Young) = 2,1x107 [N/cm2]
dh – Diâmetro da haste [cm].

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Ferreira da Silva 67/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo III Verificação à encurvadura

Tendo como base o esquema apresentado no Exemplo I dimensionar o atuador pneumático “A”
segundo o Critério de Euler.

Exemplo III - resolução

– Verificação da haste pelo Critério de Euler.

2
64  l  Fa  S Fp
dh  4 com E  2,1 10 7 e Fa  Exemplo I
3 E 
Resolução I

Fator de carga
ɳ

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Ferreira da Silva 68/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo III - resolução Verificação à encurvadura

– Verificação da haste pelo Critério de Euler.

2
64  l  Fa  S 7 Fp
dh  4 com E  2,1  10 e Fa 
3 E 

50
Fa   10  500 N
1
64  (0,7  100) 2  500  5 Exemplo I
dh  4 3 7
 1,048 cm  10,48 mm
  2,1  10
Resolução I

Verifica-se que o atuador selecionado satisfaz perfeitamente os requisitos do


Fator de carga
projeto, cilindro CM2 com 40 mm de diâmetro e haste de 14 mm de diâmetro. ɳ

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Ferreira da Silva 69/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Dimensionamento ao amortecimento

 O amortecimento nos cilindros pneumáticos tem por finalidade absorver a energia cinética
gerada durante os movimentos de avanço ou recuo dos cilindros.

 Absorver completamente o impacto da carga para evitar que a instalação fique danificada.

 No entanto, pode não ser possível absorver completamento o impacto e, nesta situação, só
nos resta a colocação de um batente externo. A energia cinética de uma massa em movimento
pode ser expressa pela seguinte fórmula:

1 2 E – Energia cinética, em Joule [J];


E  mv m – Massa da carga [kg];
2 v – Velocidade [m/s].

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Ferreira da Silva 70/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Dimensionamento ao amortecimento

Sabendo ainda que a velocidade é dada pela relação:

L
L – Curso do atuador [m];
t – tempo de avanço/recuo [s]. v
t

2
1 L
E   m  
2 t

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Ferreira da Silva 71/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo IV Dimensionamento ao amortecimento

Tendo ainda como base o Exemplo I e o esquema apresentado calcular a absorção de energia
cinética por amortecimento pneumático do atuador “A” sabendo que o cilindro possui um tempo
de avanço de 2 s.

Exemplo IV - resolução

– Cálculo da energia cinética.

2
1 L
E   m 
2  ta 
2
1 1
E   50     6,25 J
2 2
Exemplo I

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Ferreira da Silva 72/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Dimensionamento ao amortecimento
Anexo H – Seleção do diâmetro, amortecimento, SMC

2
1 1
E   50     6,25 J
2 2
Conclui-se que o atuador CM2 da SMC de 40 mm com haste de 14 mm não satisfaz a absorção
de energia cinética (Anexo H) e por isso, devemos reduzir a velocidade, mantendo a carga, ou
colocar um amortecedor externo (batente) para absorção do impacto.
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Ferreira da Silva 73/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Dimensionamento ao amortecimento

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Ferreira da Silva 74/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cálculo do consumo de ar necessário

 O cálculo do consumo de ar nos atuadores pneumáticos lineares tem por finalidade


dimensionar a rede de distribuição de forma mais exata possível. O consumo é dado por:

A  l  n Pt  1,013
Qcc 
1,013  10 6
ou

A  l Pt  1,013
Qcc 
T  1,013  10 6

Qcc – consumo de ar [l/seg]; A – área do cilindro [mm2];


l – curso do atuador [mm]; n – número de ciclos por segundo;
T – tempo para um único ciclo [s].

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Ferreira da Silva 75/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo V Cálculo do consumo de ar necessário

Mantendo como base o Exemplo I e o esquema apresentado calcular o consumo de ar do atuador


“A” de duplo efeito sabendo que o cilindro possui um tempo de ciclo de 4 s.

Exemplo V - resolução

– Cálculo do consumo de ar.

Dos cálculos realizados na resolução do exemplo I ficamos a saber que o cilindro a utilizar
possui um diâmetro de 40 mm para o êmbolo e 14 mm para o diâmetro da haste.

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Ferreira da Silva 76/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cálculo do consumo de ar necessário
Exemplo V

– Cálculo do consumo de ar.

 

 40 2  40 2  14 2  1
 1000   6  1,013
4 4
Qcc     3,093 l
1,013 10 6 s

ou :


   40 2  26 2 


 1000  6  1,013
4
Qcc     3,093 l
4 1,013 10 6 s

O consumo de ar necessário para o acionamento do cilindro é de 3,093 l/s.

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Ferreira da Silva 77/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Seleção de compressores

Definido o caudal necessário para o


correto funcionamento do sistema.

Pressão de trabalho:
8 - 10 bar
Fluxo de ar (FAD):
1.9 - 40.8 l/s

Pressão de trabalho:
7 - 14 bar
Fluxo de ar (FAD):
9,1 – 11,1 m³/min

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Ferreira da Silva 78/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Reservatórios
Para compressores de pistão
Volume do reservatório (m3) = 20% do caudal total
do sistema medido em m³/min.

Vr  Q  0,2 (m 3 )
Para compressores rotativos
Volume do reservatório (m3) = 10% do caudal total
do sistema medido em m³/min.

Vr  Q  0,1 (m 3 )

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Ferreira da Silva 79/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

1.2 – DIMENSIONAMENTO DA
REDE DE DISTRIBUIÇÃO D0 AR
COMPRIMIDO
Automação
3º Ano / 1º Semestre
-
Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel

Ferreira da Silva
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva
3º Ano – Licenciatura em Engenharia MecânicaDep. Engenharia
Automóvel Mecânica Ano Letivo 2020/2021
1/79
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

 Uma rede de ar comprimido tem duas funções básicas:


 Permitir a comunicação entre a fonte produtora e os equipamentos consumidores;
 Funcionar como reservatório para atender às exigências locais.

 Topologia:  Requisitos:
 Anel fechado;  Pouca queda de pressão;
 Anel aberto.  Sem fugas;
 Separação do condensado.

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Ferreira da Silva 2/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Rede de Distribuição - Visão geral


Sistema de Distribuição do Ar Comprimido

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Ferreira da Silva 3/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Rede de Distribuição – Topologia de redes

Anel fechado Anel aberto

 Sempre que possível, a rede de distribuição deve ser em anel fechado;

 A rede em anel aberto exige sempre um diâmetro maior que a rede em anel fechado,
mesmo tratando-se do mesmo caudal, pressão e distância.

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Ferreira da Silva 4/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Rede de Distribuição – Topologia de redes


 Geralmente a rede de distribuição é feita em circuito
fechado (anel fechado), em torno da área onde há
necessidade de ar comprimido.

 O anel auxilia na manutenção de uma pressão constante,


bem como na distribuição mais uniforme do ar.

 Dificuldade na separação dos condensados, fluido circula


em duas direcções.

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Ferreira da Silva 5/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Rede de Distribuição - Drenagem de condensados


 Para recolher e drenar os condensados devem ser instaladas derivações (picagens) com drenos,
manuais ou automáticos, nos locais mais baixos da rede principal no fim de linha ou onde houver
elevação da linha.

 Em redes extensas, recomenda-se a colocação de drenos adicionais distanciados de


aproximadamente 20 a 30 m uns dos outros.

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Ferreira da Silva 6/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Rede de Distribuição – Derivação (picagem)

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Ferreira da Silva 7/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Rede de Distribuição – Declive de drenagem

 As tubagens, em especial nas redes em circuito


aberto, devem ser montadas com um declive de
0,5 a 2%, no sentido de circulação do ar.

 A inclinação da tubagem serve para favorecer a


recolha dos elementos condensados e das
impurezas devidas à formação de óxidos.

 Devido à formação de água por condensação, é


necessário em tubagens horizontais instalar
picagens (linhas de descida), na parte superior
do tubo de distribuição.

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Ferreira da Silva 8/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

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Ferreira da Silva 9/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

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Ferreira da Silva 10/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa

 Localização da central de compressão;

 Perdas de carga ao longo de toda a


tubagem, elementos de ligação;

 Os pontos de alimentação;

 Previsão de crescimento da rede nos


próximos anos (Δ%);
 Fator de utilização dos equipamentos;

 Estimar com relativo rigor o consumo de ar comprimido;

 Pressão de funcionamento;

 Perdas de caudal ao longo da rede de distribuição;

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Ferreira da Silva 11/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa


Consumo de ar

 O diâmetro interno dos actuadores (mm).

 O curso útil (mm).


Conhecer o
 O nº de ciclos por minuto (n/min). actuador
 Cilindro de duplo ou simples efeito.

 Pressão de funcionamento/serviço (bar ou kgf/cm2).

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Ferreira da Silva 12/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa


Tabela de transformações das unidades

2
Atmosfera Pascal Bária Bar milibar o hPa mm Hg m H2O kgf/cm
5 6
Atmosfera 1 1,01325×10 1,01325×10 1,01325 1013,25 760,0 10,33 1,033
-6 -5 -3 -4 -5
Pascal 9,869×10 1 10 10 0,01 7,501×10 1,020×10 1,019×10
-7 -6 -4 -5 -2
Bária 9,869×10 0,1 1 10 0,001 7,501×10 1,020×10 1,020×10

Bar 0,9869 100000 1000000 1 1000 750,1 10,20 1,020


-4 -2
milibar 9,869×10 100 1000 0,001 1 0,7501 1,020×10 10,20
-3 -3 -2
mm Hg 1,316×10 133,3 1333 1,333×10 1,333 1 1,360×10 13,60
-2 4 -2
m H2O 9,678×10 9807 9,807×10 9,807×10 98,06 73,56 1 0,100
2 -4 5
kgf/cm 0,968 9,810×10 9,810×10 0,9810 981,0 735,8 10,00 1

Considerar para efeitos de cálculo que 1 bar é igual 1 kgf/cm2

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Ferreira da Silva 13/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa


Consumo de ar

Consumo de ar estimado para um cilindro de simples efeito

Q  s  n  q 
Consumo de ar estimado para um cilindro de duplo efeito

Q  2 s  n  q 
Q – consumo de ar [l/min]; Fórmulas a utilizar só
s – curso [cm]; quando não se conhecem
n – número de ciclos por minuto; as características dos
q – fator consumo de ar por cm de curso [l/cm] (tabelado). cilindros (Estimativa)

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Ferreira da Silva 14/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa

q - fator consumo de ar por cm de curso [l/cm]


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Ferreira da Silva 15/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa

 No cálculo dos consumos de ar comprimido estimados anteriormente para cilindros de simples


de duplo efeito, partimos do principio que os cilindros estão sempre a trabalhar (funcionamento
continuo ou fator de utilização de 100%);

 Como normalmente esta situação não corresponde à realidade, o consumo de ar não deverá ser
considerado como a totalidade (100%), mas sim como um valor médio em função do fator de
utilização mais próximo da realidade (tempo efetivo de trabalho);

 Apontam-se a titulo indicativo, valores do fator de utilização mais comuns:

─ Fator de utilização mais corrente, 10 a 50%;

─ Valor médio do fator de utilização, 30%.

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Ferreira da Silva 16/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa


Exemplo I

Pretende-se estimar o consumo de ar comprimido de um cilindro de duplo efeito com 40 mm de


diâmetro trabalhando à pressão de 6 bar. O curso útil é de 200 mm e o número de ciclos por minuto
de 15.

Exemplo I - resolução

1 - Cálculo do consumo de ar de um cilindro pneumático.

Q  2 s  n  q 
Q  2 20  15  0,085  51 l / min

Tabela de
q – factor consumo de ar por cm de curso [l/cm]. consumo de ar

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Ferreira da Silva 17/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa


Exemplo I - resolução

2 – Correção do valor médio calculado, fator de segurança (10 a 20%).


Valor recomendado 15%.

Q (corrigido )  51  1,15  58,65 l / min

3 – Afetação das fugas, fator de fugas (5 a 10%).

Q ( final )  58,65  1,1  64,515 l / min

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Ferreira da Silva 18/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa


Mangueira flexível

Conversão de volume de ar gasto na tubagem de ligação em litros

Qt    l

Qt – consumo de ar nos tubos de ligação [litros];


l – comprimento do tubo [m];
 – fator de consumo de ar por m [l/m] (tablado).

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Ferreira da Silva 19/79
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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido – Estimativa


Mangueira flexível
Exemplo II

Pretende-se calcular o volume de ar comprimido gasto num


tubo de 5 metros, com diâmetro de 13 mm (DN13) e pressão de
trabalho de 6 bar.

Qt    l
Qt  0,9  5  4,5 l

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Ferreira da Silva 20/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido

 Para proceder ao dimensionamento do diâmetro mínimo necessário da rede principal, de tal


modo que esta possa fornecer a pressão e caudal necessários aos diversos pontos de alimentação,
devem ser considerados os seguintes itens:

- caudal;

- comprimento da rede;

- queda de pressão admissível;

- número de pontos de estrangulamento;

- pressão de trabalho.

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Ferreira da Silva 21/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido

 Caudal

Caudal é quantidade em m3 por hora de ar consumido na rede supondo que todos os


equipamentos estão em funcionamento ao mesmo tempo. Esta quantidade já se
encontra afetada da medida de segurança (mais 10 a 20%), e do valor de fugas (mais
5 a 10%).

Q  C  %

Q – caudal [m3/h];
C – consumo da rede [m3/h];
% – percentagem para futura ampliação

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Ferreira da Silva 22/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido

 Comprimento total da rede de distribuição

O comprimento total da rede de distribuição de ar comprimido é obtido em função do


seu comprimento linear acrescido dos comprimentos equivalentes de todos os pontos
de estrangulamento.

Lt  L1  L 2

Lt – comprimento total da rede [m];


L1 – comprimento rectilíneo da rede [m];
L2 – comprimento equivalente, pontos de estrangulamento [m].

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Ferreira da Silva 23/79
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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido

 Queda de pressão admissível

A queda de pressão ao longo da tubagem está associada à rugosidade interna dos tubos,
aos elementos estranguladores e ao tipo de escoamento do fluido.

Para um desempenho satisfatório da rede de distribuição a perda de carga não deve


exceder os 0,3 kgf/cm2 ou, em grandes redes (cumprimentos superiores ou igual a 500
metros), um máximo de 0,5 kgf/cm2.

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Ferreira da Silva 24/79
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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido

 Pontos de estrangulamento

Os pontos de estrangulamento
são constituídos por todos os
elementos de ligação da rede
(curvas, tês, registos, etc.)
necessários para a distribuição
do ar ao longo de toda a
instalação industrial. São
convertidos em comprimentos
equivalentes, L2.

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Ferreira da Silva 25/79
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Dimensionamento da rede de ar comprimido

 Dimensionamento da rede – diâmetro da tubagem

O cálculo do diâmetro mínimo da rede de distribuição necessário para satisfazer o


consumo de ar, atendendo a uma futura expansão da mesma, pode ser obtido pela
seguinte equação:

 1,663785  10 3  Q1,85  Lt 
di  10   5 
 P  Pt 
 

di – diâmetro interno [mm];


P – queda de pressão admissível [kgf/cm2];
Pt – pressão de trabalho [kgf/cm2].

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Ferreira da Silva 26/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo III

Válvula

Rede
A figura representa o esquema de secundária

uma rede de distribuição (linha 1

principal ou tronco, linhas


secundárias e linhas de alimentação) Linha de
de ar comprimido. alimentação

Calcule o diâmetro da rede de


2
distribuição.
Tê com fluxo
em derivação

Tê com Curva
fluxo em longa
linha
3

Rede
principal

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Ferreira da Silva 27/79
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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo III - continuação

Características: Válvula

Rede
- comprimento rectilíneo da tubagem secundária
240 m; 1
- perda de carga admissível 0,3 kgf/cm2;
- pressão de trabalho 6 kgf/cm2;
Linha de
- caudal 250 m3/h (com fatores); alimentação
- aumento de capacidade prevista 50%.
2

Tê com fluxo
em derivação

Tê com Curva
fluxo em longa
linha
3

Rede
principal

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo III - continuação

Elementos de ligação: Válvula

Rede
secundária

- 12 tês com fluxo em derivação; 1

- 2 tês com fluxo em linha;


- 5 válvulas do tipo gaveta;
Linha de
- 8 curvas de 90º de raio longo. alimentação

Tê com fluxo
em derivação

Tê com Curva
fluxo em longa
linha
3

Rede
principal

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Ferreira da Silva 29/79
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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo III - resolução Rede principal – anel fechado

1 - Cálculo do caudal ar necessário (metade do caudal.)


Caudal Q
C  %  FS  FF
Q
2 Diâmetro di

250 1,5 1,15 1,1


Q  237,188 m3 h
2
2 - Cálculo do diâmetro da tubagem, sem acessórios
(meia rede).
 1,663785 10 3  Q1,85  L1 
di  10   5 
  P  Pt 
 
 1,663785 10 3  237,1881,85 120  Rede em
di  10   5  anel fechado
 0,3  6 
  Características
da rede
di  48,73 mm
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Ferreira da Silva 30/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo III - resolução Diâmetro das tubagens

Note que o diâmetro Diâmetro


Designação Diâmetro exterior Espessura
Massa do tubo negro
(kg/m)
nominal
obtido não é um DN
(“) (mm)
Teórico Max. Min. Liso Roscado
diâmetro de referência,
10 3/8 17,2 17,5 16,7 2,3 0,839 0,845
para o cálculo do
15 ½ 21,3 21,8 21,0 2,6 1,21 1,22
comprimento
20 ¾ 26,9 27,3 26,5 2,6 1,56 1,57
equivalente dos
elementos de ligação, 25 1 33,7 34,2 33,3 3,2 2,41 2,43

por tal terá que ser 32 1¼ 42,4 42,9 42,0 3,2 3,10 3,13

utilizado o diâmetro 40 1½ 48,3 48,8 47,9 3,2 3,56 3,60

imediatamente acima, 50 2 60,3 60,8 59,7 3,6 5,03 5,10

ou seja 50 mm. 65 2½ 76,1 76,6 75,3 3,6 6,42 6,54

80 3 88,9 89,5 88,0 4,0 8,36 8,53


O diâmetro calculado
100 4 114,3 115,0 113,1 4,5 12,2 12,5
aponta para uma
tubagem com diâmetro 125 5 139,7 140,8 138,5 5,0 16,6 ---

nominal de 2’’. 150 6 165,1 166,5 163,9 5,0 19,8 ---

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido
Dimensionamento da rede de ar comprimido
Custo das tubagens

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo III - resolução Rede principal – anel fechado

3 - Cálculo do comprimento total da tubagem (L1+L2). Caudal Q


Tendo como base o diâmetro de 50 mm obtém-se os comprimentos equivalentes
para cada um dos elementos de ligação. Na tabela seguinte apresenta-se o Diâmetro di
comprimento equivalente total dos elementos de ligação.
Comprimento
Equivalente
Elemento Qtd Comp. Eq. (m) Total (m) L1+L2

Tê com fluxo em derivação 8 3,0 24,0

Tê com fluxo em linha 1 1,0 1,0

Válvulas do tipo gaveta 2 0,6 1,2 Tabelas


de tubos
Curvas de 90º raio longo 5 0,6 3,0

Comprimento equivalente total (L2) 29,2


Tabelas de
equivalência

Lt  L1  L 2 Características
Lt  120  29,2  149,2 m da rede

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo III - resolução Rede principal – anel fechado

4 - Cálculo final do diâmetro da rede, com acessórios .


Caudal Q

Diâmetro di
 1,663785 10 3  Q1,85  Lt 
di  10   5  Comprimento
 P  Pt  Equivalente
  L1+L2

 1,663785 10 3  237,1881,85 149,2 


di  10   5   50,90 mm
 0,3  6 
 
Tabelas
de tubos

Considerando as perdas de carga dos elementos de ligação no cálculo do Tabelas de


equivalência
diâmetro interno da tubagem obtém-se um diâmetro de 50,90 mm. Este aponta
agora para uma tubagem com diâmetro nominal comercial de 2½ ’’ (65 mm).
Características
da rede

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo IV Redes secundárias

Tendo como ponto de partida para o cálculo das redes secundárias o problema do exemplo III
calcule o diâmetros das redes secundárias sabendo que:

Rede secundária 1 possui: Rede secundária 2 possui:


- comprimento da tubagem de 30 m; - comprimento da tubagem de 25 m;
- 6 tês com fluxo em derivação; - 5 tês com fluxo em derivação;
- 1 válvulas do tipo gaveta; - 1 válvulas do tipo gaveta;
- 1 curva a 90º de raio longo; - 1 curva a 90º de raio longo;
- 1 cotovelo. - 1 cotovelo.

Rede secundária 3 possui:


- comprimento da tubagem de 20 m;
- 4 tês com fluxo em derivação; Características
da rede
- 1 válvulas do tipo gaveta;
- 1 curva a 90º de raio longo;
- 1 cotovelo.

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo IV - resolução Redes secundárias

1 - Cálculo do caudal de ar necessário por rede secundária.

C  % FS  FF
Qmetro 
4 30  5 25 2 20
2501,51,151,1
Qmetro   (1,664m3 h) / m
4 30  5 25 2 20

Qn  Qmetro  metrosda rede


Q1  1,664 30  49,92 m3 h
Q2  1,664 25  41,60 m3 h
Q3  1,664 20  33,28 m3 h Características
da rede sec.

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo IV - resolução Redes secundárias

2 - Cálculo do diâmetro da tubagem, sem acessórios. Características


da rede princ.

 1,663785 10 3  Q1,85  L1 


din  10   5 n 
 P  Pt 
 
 1,663785 10 3  49,921,85  30 
di1  10   5   20,75 mm
 0,3  6 
 
 1,663785 10 3  41,601,85  25 
di2  10   5   18,70 mm Tabelas
 0,3  6  de tubos
 
 1,663785 10 3  33,281,85  20  Características
di3  10   5   16,47 mm da rede sec.
 0,3  6 
 

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo IV - resolução Redes secundárias

3 - Cálculo do comprimento total da tubagem, rede secundária (L1+L2). Características


da rede princ.

Comprimento
equivalentes
Elemento Qtd Comp. Eq. (m) Total (m)

Tê com fluxo em derivação 6 1,5 9,0 Diâmetro das


redes
Válvulas do tipo gaveta 1 0,3 0,3
secundárias
Curvas de 90º raio longo 1 0,3 0,3

Cotovelo a 90º 1 1,5 1,5

Comprimento equivalente total (L2) 11,1

Linha 1 (30 metros) Tabelas

Lt  L1  L 2
de tubos

Características
Lt1  30  11,1  41,1 m da rede sec.

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo IV - resolução Redes secundárias

3 - Cálculo do comprimento total da tubagem (L1+L2). Características


da rede princ.

 1,663785 10 3  Q 1,85  Lt 


di1  10   5 
1 1 Comprimento
equivalentes
 P  Pt 
 
 1,663785 10 3  49,921,85  41,1  Diâmetro das
di1  10   5   22,09 mm redes
 0,3  6  secundárias
 
Considerando as perdas de carga dos elementos de ligação no cálculo do
diâmetro interno da tubagem obtém-se um diâmetro de 22,09 mm. Note que agora
deveríamos optar por um tubo com diâmetro nominal comercial de 1’’ (25 mm) já
que o diâmetro encontrado é superior ao correspondente comercial, ¾’’ (20 mm). Tabelas
de tubos
As redes de distribuição secundárias possuem diâmetros internos de 19,9 mm e
17,62 mm respetivamente , 2ª e 3ª. O diâmetro nominal comercial das redes de Características
da rede sec.
distribuição secundárias mantem-se nos ¾” (DN20 - 20 mm).
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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo V Redes de alimentação

Tendo como ponto de partida para o cálculo das redes de alimentação


o problema do exemplo IV calcule os diâmetros das redes de
alimentação sabendo que possuem:

Características:
- comprimento retilíneo da tubagem de 5 m;
- 2 tês com fluxo em derivação;
- 1 válvulas do tipo gaveta;
- 1 curva a 180º de raio longo;

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Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo V - resolução Redes de alimentação

1 - Cálculo do caudal ar necessário por rede de alimentação.

Dado que as redes secundárias não são iguais teremos de calcular o valor do ar necessário para
cada rede de alimentação. Assim, tomamos como valores de partida os caudais obtidos no ponto
1 do exemplo IV. Os caudais serão:
C
Qn 
nº de alimentaçõ es
49,92
Q1   8,32 m 3 h
6
41,60
Q2   8,32 m 3 h
5
33,28
Q3   8,32 m 3 h Características
4 da rede

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo V - resolução Redes de alimentação

2 - Cálculo do diâmetro da tubagem, sem acessórios.

 1,663785 10 3  Q1,85  L 


din  10   5 n 
 P  Pt 
 
 1,663785 10 3  8,321,85  5 
di1  di2  di3  10   5   7,47 mm
 0,3  6 
 

Note que o diâmetro obtido não é um diâmetro de referência, para o cálculo do


comprimento equivalente dos elementos de ligação, por tal terá que ser utilizado Tabelas
o diâmetro 25 mm. Note ainda que o diâmetro calculado aponta para uma de tubos
tubagem com diâmetro nominal comercial de 3/8’’, diâmetro mínimo (10 mm).
Características
da rede

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo V - resolução Redes de alimentação

3 - Cálculo do comprimento total da tubagem (L1+L2).

Elemento Qtd Comp. Eq. (m) Total (m)

Tê com fluxo em derivação 2 1,5 3,0

Válvulas do tipo gaveta 1 0,3 0,3

Curvas de 90º raio longo 2 0,3 0,6


Comprimento
Comprimento equivalente total (L2) 3,9 equivalentes

Tabelas
Lt  L1  L 2 de tubos

Lt1  5  3,9  8,9 m Características


da rede

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Ferreira da Silva 43/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento da rede de ar comprimido


Exemplo V - resolução Redes de alimentação

4 - Cálculo final do diâmetro da rede, com acessórios.

 1,663785 10 3  Q 1,85  Lt 


di1  10   5 1 1 
 P  Pt 
 
 1,663785  10 3  8,321,85  8,9 
di1  10   5   8,38 mm
 0,3  6 
 
Comprimento
equivalentes
Considerando as perdas de carga dos elementos de ligação no cálculo do
diâmetro interno da tubagem obtém-se um diâmetro de 8,38 mm. Note que não Tabelas
existem tubos comerciais com diâmetro nominal de 8,38 mm. Nesta situação deve de tubos
optar-se pelo diâmetro interior de 3/8’’ (DN10 - 10 mm).
Características
da rede

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Exercício de aplicação

Características:
- comprimento linear de 240 m;
- perda de carga 0,5 kgf/cm2;
- pressão de trabalho 5 bar;
- Consumo de 150 m3/h;
- aumento prevista 25%.

Rede principal: 12 tês de fluxo em


derivação, 2 tês com fluxo em linha, 5
válvulas de diafragma e 8 curvas longas.
Redes secundárias: comprimento
retilíneo de 15 metros, 4 tês de fluxo em
derivação, 1 válvula de gaveta, 1 curva
de raio curto e um cotovelo.
Linhas de alimentação: comprimento
retilíneo de 3,5 metros, 2 tês de fluxo em
derivação, uma válvula de gaveta e uma
curva a 180° de raio longo.

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Ferreira da Silva 45/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

DIMENSIONAMENTO DE
ATUADORES

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos

 Os atuadores pneumáticos lineares (cilindros) desenvolvem, na maioria das aplicações, o seu


maior esforço na fase de expansão.

 O dimensionamento dos cilindros terá que ter em conta todas as forças envolvidas no projeto.

Tipo de funcionamento Simbologia


Fator de
carga η Fp
Fa 
Cilindros estacionários
(Cargas aplicadas no final do curso)
0,7

m
Cilindros dinâmicos
(Cargas aplicadas ao longo de toda ação do 0,5
cilindro) Fa – Força de avanço ou atuação [kg];
m
Fp – Força de projeto, força necessária
Cilindros com guia horizontal m para a operação, [kg];
1,0
(Movimentação horizontal de cargas) η – Fator de carga.

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Ferreira da Silva 47/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cilindros de duplo efeito

 O diâmetro de um atuador é determinado em função da força de avanço Fa corrigida pelo


fator de carga η e da pressão de trabalho Pt.

 A secção plana de um cilindro na fase de


avanço, para cilindros de haste simples de
duplo efeito, é dada por:

Fa
Pt    dc 2
A A    rc  2
4
Fa – Força de avanço ou atuação [kg]; rc – Raio interno do cilindro [cm];
Pt – Pressão de trabalho [kgf/cm2]; dc – Diâmetro interno do cilindro [cm].
A – Secção reta do êmbolo, avanço [cm2].

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Ferreira da Silva 48/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cilindros de duplo efeito

Desenvolvendo a equação fundamental da pressão em ordem a dc obtemos:

Fa Fp
dc  2 e dado que Fa 
  Pt 

 O diâmetro mínimo aceitável, para um cilindro de haste simples e de duplo efeito ao avanço,
será dado por:

Fp
dc  2
    Pt

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Ferreira da Silva 49/79
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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cilindros de duplo efeito

 Trabalho realizado na fase de recuo do cilindro, o diâmetro mínimo aceitável para um


cilindro de haste simples e de duplo efeito ao recuo, será calculado em função da coroa
circular do êmbolo. A área da coroa circular será dada por:

 (dc 2  dh 2 )
Ac   (rc 2  rh 2 ) 
4

rh – Raio da haste [cm];


dh – Diâmetro da haste [cm];
Ac – Área da coroa circular [cm2].

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cilindros de duplo efeito

 Para a FESTO, as perdas por atrito, em condições normais de pressão (400 a 800 kPa, 4 a 8 bar)
estão compreendidas entre 3 a 20% da força em questão.
A esta aproximação correspondente a expressão:

Fp  A  Pt  R

R – Atritos ≈ 10% da força de projeto.

Em que o diâmetro será dado por:

Fp  R
dc  2
  Pt

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo I Cilindros de duplo efeito

Na figura apresenta-se uma linha


de embalagem de compotas.
Sabendo que o cilindro “A”
movimenta uma estrutura que
desliza sobre uma superfície com
guias polidas e lubrificadas,
perfazendo um deslocamento total
de 100 cm, calcule o diâmetro
mínimo necessário para
movimentar toda a estrutura.
Considere que o conjunto em
movimento possui um peso
aproximado de 50 kg (estrutura
mais compotas) e pressão de
trabalho de 6 kg/cm2.

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Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo I - resolução Cilindros de duplo efeito

1 - Calculo do diâmetro do cilindro segundo as indicações da SMC.

Fp
dc  2
    Pt
50
dc  2  3,26 cm  32,6 mm
1   6

Consultando as tabelas da SMC (Anexo E) constataríamos que existe um cilindro com um valor
muito próximo do calculado. Nesta situação deveríamos utilizar um cilindro com diâmetro
imediatamente superior mas, e dada que esta diferença é muitíssimo pequena, poderíamos optar
pela utilização de um cilindro da série CM2 com diâmetro de 32 mm.
Fator de carga
ɳ

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Anexo E – Tabelas comerciais, cilindros normalizados SMC

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Anexo E – Tabelas comerciais, cilindros normalizados SMC

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Exemplo I - resolução Cilindros de duplo efeito

1 - Calculo do diâmetro do cilindro segundo as indicações da SMC.

verificação Fp    A  Pt
  3,2 2
Fp  1   6  48,25 kg
4
Note que na verificação da carga movimentada por este cilindro há uma pequena diferença que
pode ou não ser significativa. Para evitar este problema devemos utilizar um cilindro com
diâmetro imediatamente superior, i. e., um CM2 com 40 mm de diâmetro e haste de 14 mm de
diâmetro, por exemplo.

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Exemplo I - resolução Cilindros de duplo efeito

2 - Calculo do diâmetro do cilindro segundo as indicações da FESTO.

Fp  R
dc  2
  Pt
50  (50  0.1)
dc  2  3,42 cm  34,2 mm
 6

Optando ainda por um cilindro SMC a nossa escolha recairia no CM2 com 40 mm de diâmetro e
uma haste de 14 mm de diâmetro, por exemplo. Note que o mesmo diâmetro seria adotado se
optasse-mos por um cilindro FESTO, Anexo F.

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Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cilindros de simples efeito

 Os cilindros de simples efeito realizam parte do ciclo de trabalho, retorno ou avanço, por
ação de uma mola.

 Ás forças em jogo, calculadas pela equação fundamental da pressão, há que acrescentar a


força da mola aos movimentos do cilindro.

Para um modelo de haste recolhida, a força de avanço necessária para movimentar uma carga
será dada em função da seguinte expressão:

F1   ( A  Pt  f1 )

F1 – Força de saída, avanço [kg];


f1 – Força de reacção da mola, oposição ao movimento [kg].

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Cilindros de simples efeito

Em que o diâmetro será dado por:

Fp    f1
dc  2
    Pt

 No movimento de recuo, a carga máxima a movimentar será dada por:

F2    f 2

F2 – Força de recuo, retração [kg];


f2 – Força de reação da mola, sentido do movimento [kg].

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Exemplo II Cilindros de simples efeito

Na figura representa-se um cilindro de simples efeito de haste recolhida utilizado na mudança de


direção de pacotes numa linha de embalagem. Sabendo que a pressão de trabalho é de 6 kg/cm2 e
o peso da estrutura fixado à haste é de 1 kg. Os pacotes movimentam-se ao longo de dois tapetes
transportadores de roletes. Calcule o diâmetro mínimo do cilindro necessário para efetuar a
mudança de direção dos pacotes transportados.

20 kg

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Exemplo II - resolução Cilindros de simples efeito

1 - Cálculo do diâmetro do cilindro.

Fp
dc  2
    Pt
20  1
dc  2  2,111 cm  21,11 mm
1   6

Obtido o valor do cilindro de duplo efeito retira-se das tabelas comerciais para cilindros de
simples efeito, Anexo G, o valor da força de reação da mola em N.
Assim para um Ø 25 mm e um curso de 100 mm , temos f1 = 47 N (CM2).

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Ferreira da Silva 61/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo II - resolução Cilindros de simples efeito

1 - Cálculo do diâmetro do cilindro, com mola.

Fp    f1
dc  2
    Pt
21  1  4,7
dc  2  2,335 cm  23,35 mm
1   6

Consultando novamente a tabela (Anexo G) verifica-se que o diâmetro cilindro aconselhado para
movimentar a carga é Ø 25 mm, diâmetro imediatamente superior, com f1 = 47N (CN2).

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cilindros de simples efeito
Anexo G – Força de reação da
molas cilindros simples efeito,
SMC

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Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo II - resolução Cilindros de simples efeito

2 – Verificação do diâmetro selecionado.

F1   ( A  Pt  f1 )
   2,5 2 

Fp  1    6  4,7   24,75 kg
 4 
3 – Cálculo da força de retração para o diâmetro selecionado.

F2    f 2
F2  1  1,7  1,7 kg
Verifica-se assim que o cilindro escolhido satisfaz todas as condições impostas no problema. Em
situações que não se verifiquem todas as situações, o recuo não se efetua, opta-se por um cilindro
com diâmetro superior ou por um de duplo efeito.

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Verificação à encurvadura
Pela utilização do Critério de Euler podemos analisar a relação entre o comprimento l da haste e o
tipo de fixação.

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Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Verificação à encurvadura
Pela utilização do Critério de Euler podemos analisar a relação entre o comprimento l da haste e o
tipo de fixação. Desta análise, obtém-se uma relação conhecida como “o comprimento livre de
encurvadura” que, aplicada na equação seguinte permite verificar/calcular se os diâmetros das
hastes oferecidos pelos catálogos dos fabricantes satisfazem as necessidades do projeto.

2
64  l0  Fa  S
dh  4
3 E

Esta análise é de extrema importância dado que é com base nela que o projetista calcula o
diâmetro mínimo necessário para a haste do cilindro e o seu comprimento (para o tipo de
fixação escolhida).

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Verificação à encurvadura

Combinando as equações anteriores poderemos obter segundo o Critério de Euler, as


dimensões mínimas (cm) para o diâmetro da haste do cilindro.

2
64  l0  Fa  S
dh  4
3 E

Com:
S – Coeficiente de segurança (entre 3,5 e 5)

l0 – comprimento segundo o Critério de Euler [cm]


Fa – Força de avanço ou atuação [N]
E – módulo de elasticidade do aço (módulo de Young) = 2,1x107 [N/cm2]
dh – Diâmetro da haste [cm].

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo III Verificação à encurvadura

Tendo como base o esquema apresentado no Exemplo I dimensionar o atuador pneumático “A”
segundo o Critério de Euler.

Exemplo III - resolução

– Verificação da haste pelo Critério de Euler.

2
64  l  Fa  S Fp
dh  4 com E  2,1 10 7 e Fa  Exemplo I
3 E 
Resolução I

Fator de carga
ɳ

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Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo III - resolução Verificação à encurvadura

– Verificação da haste pelo Critério de Euler.

2
64  l  Fa  S 7 Fp
dh  4 com E  2,1  10 e Fa 
3 E 

50
Fa   10  500 N
1
64  (0,7  100) 2  500  5 Exemplo I
dh  4 3 7
 1,048 cm  10,48 mm
  2,1  10
Resolução I

Verifica-se que o atuador selecionado satisfaz perfeitamente os requisitos do


Fator de carga
projeto, cilindro CM2 com 40 mm de diâmetro e haste de 14 mm de diâmetro. ɳ

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Dimensionamento ao amortecimento

 O amortecimento nos cilindros pneumáticos tem por finalidade absorver a energia cinética
gerada durante os movimentos de avanço ou recuo dos cilindros.

 Absorver completamente o impacto da carga para evitar que a instalação fique danificada.

 No entanto, pode não ser possível absorver completamento o impacto e, nesta situação, só
nos resta a colocação de um batente externo. A energia cinética de uma massa em movimento
pode ser expressa pela seguinte fórmula:

1 2 E – Energia cinética, em Joule [J];


E  mv m – Massa da carga [kg];
2 v – Velocidade [m/s].

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Dimensionamento ao amortecimento

Sabendo ainda que a velocidade é dada pela relação:

L
L – Curso do atuador [m];
t – tempo de avanço/recuo [s]. v
t

2
1 L
E   m  
2 t

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo IV Dimensionamento ao amortecimento

Tendo ainda como base o Exemplo I e o esquema apresentado calcular a absorção de energia
cinética por amortecimento pneumático do atuador “A” sabendo que o cilindro possui um tempo
de avanço de 2 s.

Exemplo IV - resolução

– Cálculo da energia cinética.

2
1 L
E   m 
2  ta 
2
1 1
E   50     6,25 J
2 2
Exemplo I

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Dimensionamento ao amortecimento
Anexo H – Seleção do diâmetro, amortecimento, SMC

2
1 1
E   50     6,25 J
2 2
Conclui-se que o atuador CM2 da SMC de 40 mm com haste de 14 mm não satisfaz a absorção
de energia cinética (Anexo H) e por isso, devemos reduzir a velocidade, mantendo a carga, ou
colocar um amortecedor externo (batente) para absorção do impacto.
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Ferreira da Silva 73/79
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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Dimensionamento ao amortecimento

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cálculo do consumo de ar necessário

 O cálculo do consumo de ar nos atuadores pneumáticos lineares tem por finalidade


dimensionar a rede de distribuição de forma mais exata possível. O consumo é dado por:

A  l  n Pt  1,013
Qcc 
1,013  10 6
ou

A  l Pt  1,013
Qcc 
T  1,013  10 6

Qcc – consumo de ar [l/seg]; A – área do cilindro [mm2];


l – curso do atuador [mm]; n – número de ciclos por segundo;
T – tempo para um único ciclo [s].

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Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Exemplo V Cálculo do consumo de ar necessário

Mantendo como base o Exemplo I e o esquema apresentado calcular o consumo de ar do atuador


“A” de duplo efeito sabendo que o cilindro possui um tempo de ciclo de 4 s.

Exemplo V - resolução

– Cálculo do consumo de ar.

Dos cálculos realizados na resolução do exemplo I ficamos a saber que o cilindro a utilizar
possui um diâmetro de 40 mm para o êmbolo e 14 mm para o diâmetro da haste.

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Ferreira da Silva 76/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Atuadores Pneumáticos


Cálculo do consumo de ar necessário
Exemplo V

– Cálculo do consumo de ar.

 

 40 2  40 2  14 2  1
 1000   6  1,013
4 4
Qcc     3,093 l
1,013 10 6 s

ou :


   40 2  26 2 


 1000  6  1,013
4
Qcc     3,093 l
4 1,013 10 6 s

O consumo de ar necessário para o acionamento do cilindro é de 3,093 l/s.

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Ferreira da Silva 77/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Seleção de compressores

Definido o caudal necessário para o


correto funcionamento do sistema.

Pressão de trabalho:
8 - 10 bar
Fluxo de ar (FAD):
1.9 - 40.8 l/s

Pressão de trabalho:
7 - 14 bar
Fluxo de ar (FAD):
9,1 – 11,1 m³/min

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Ferreira da Silva 78/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.2– Dimensionamento da rede de distribuição do ar comprimido

Dimensionamento de Reservatórios
Para compressores de pistão
Volume do reservatório (m3) = 20% do caudal total
do sistema medido em m³/min.

Vr  Q  0,2 (m 3 )
Para compressores rotativos
Volume do reservatório (m3) = 10% do caudal total
do sistema medido em m³/min.

Vr  Q  0,1 (m 3 )

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Ferreira da Silva 79/79
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

1.4 – Válvulas Pneumáticas

Automação
3º Ano / 1º Semestre
-
Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel

Ferreira da Silva
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira Ano
da Silva
3º Ano – Licenciatura em Engenharia MecânicaDep. Engenharia
Automóvel Mecânica 1/90
Letivo 2020/2021
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Estrutura de um Sistema Pneumático e Sequênciamento dos Sinais

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Ferreira da Silva 2/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

As válvulas têm como principal função ou comandar a grandeza de uma


variável pneumática ou alterar a topologia do circuito.

No primeiro caso temos válvulas reguladoras No segundo caso temos válvulas direccionais

de pressão

de caudal

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Ferreira da Silva 3/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Segundo as suas funções específicas num circuito pneumático, podemos


dividir as válvulas em 5 grandes grupos:

1. Válvulas direccionais;
2. Válvulas de bloqueio (anti-retorno);

3. Válvulas de pressão;

4. Válvulas de fluxo (caudal);

5. Válvulas de fecho.

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Ferreira da Silva 4/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 5/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

As válvulas direccionais são elementos pneumáticos que


influenciam o trajecto do fluxo do ar.

controlo de 1 cilindro de simples efeito controlo de 1 cilindro de duplo efeito

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Ferreira da Silva 6/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

 Para representar as válvulas direccionais nos esquemas pneumáticos, são


utilizados símbolos.

 Os símbolos não permitem a percepção da construção interna da válvula, mas


somente da função por si desempenhada.

As posições das válvulas são representadas por meio de quadrados.

O número de quadrados unidos indica o número de posições que uma


válvula pode assumir.

O funcionamento é representado simbolicamente dentro dos quadrados

As linhas indicam as vias de passagem. As setas indicam o sentido do fluxo.

Os bloqueios são indicados dentro dos quadrados com traços transversais.

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Ferreira da Silva 7/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Simbologia das Caixas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 8/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Simbologia das Caixas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 9/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Simbologia das Caixas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 10/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Simbologia das Caixas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 11/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

As válvulas direccionais têm por função orientar a direcção que o caudal de ar deve
seguir, a fim de realizar o trabalho proposto.

Para um conhecimento mais completo de uma válvula direccional, deve-se ter em


conta os seguintes dados:

• Posição inicial
• Número de posições
• Número de vias
• Tipo de accionamento (comando)

• Tipo de retorno
• Caudal

Além destes ainda merece ser considerado o tipo construtivo

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Ferreira da Silva 12/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Posição inicial (ou posição de repouso)
 Define-se “posição de repouso”, aquela condição em que, através de molas os
elementos móveis da válvula são posicionados enquanto a mesma não estiver
accionada (actuada).

 É a situação em que a válvula se encontra, na situação de não actuada.

 Em termos simbólicos, é nesta posição que se representam as


ligações da válvula.
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Ferreira da Silva 13/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Número de posições

 É a quantidade de movimentos distintos que uma válvula direccional pode


executar ou permanecer sob a acção do seu accionamento.
Ex: Uma torneira, que é uma válvula, tem 2 posições: permite a passagem da água
ou não permite.

 As válvulas direccionais são sempre representadas por um rectângulo.


 Este rectângulo é dividido em quadrados;

 O número de quadrados representados na simbologia é igual ao


número de posições da válvula, representando a quantidade de
movimentos que executa através de accionamentos.

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Ferreira da Silva 14/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Número de vias
 É o número de ligações de trabalho que a válvula possui. São
consideradas como vias a ligação de entrada de pressão, ligações de
utilização e as de escape.

passagem
1

bloqueio
1

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Ferreira da Silva 15/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Número de vias (Direcção do Fluxo)

Nos quadrados representativos das posições, encontram-se diversos símbolos.

 As setas indicam a interligação interna das ligações, mas não necessariamente o


sentido do fluxo.

Passagem bloqueada

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Ferreira da Silva 16/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Número de vias (Direcção do Fluxo)

Vias de Exaustão sem ligação (Escape Livre)

Triângulo no símbolo.

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Ferreira da Silva 17/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Número de vias (Direcção do Fluxo)

Vias de Exaustão com ligação (Escape com Silenciador)

Triângulo afastado do símbolo. ou

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Ferreira da Silva 18/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Número de vias

2 vias

3 vias

4 vias

5 vias

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Ferreira da Silva 19/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Número de vias e de posições

As válvulas direccionais são representadas:

 Pelo número de ligações que podemos controlar;

 Pelo número de posições;

 E pelo caminho do fluxo.

nº de ligações

nº caixas ou nº de posições

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Ferreira da Silva 20/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Número de vias e de posições

Válvula de controlo direccional 2/2 normalmente aberta

Válvula de controlo direccional 3/2 normalmente fechada

Válvula de controlo direccional 3/2 normalmente aberta

Válvula de controlo direccional 4/2

Válvula de controlo direccional 5/2

Válvula de controlo direccional 5/3 centros cortados

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Ferreira da Silva 21/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Número de vias e de posições
Identificação dos Orifícios da Válvula

A identificação dos orifícios de uma válvula pneumática, tem como finalidade facilitar a
instalação dos componentes, identificando claramente a função de cada orifício.

DIN ISO

Vias para utilização (saídas) A, B, C, D,… (2,4,6)


Linhas de alimentação (entrada) P (1)
Escapes (exaustão) R, S, T (3,5,7)
Linhas de comando (pilotagem) X, Y, Z (12,14,16)

As ligações de pilotagem não são consideradas como vias

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Ferreira da Silva 22/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Tipos de Accionamentos ou Comandos

Nas válvulas é necessário um agente externo ou interno para deslocar as suas


partes internas de uma posição para outra, ou seja, que altere as direcções do
fluxo de ar, efectue os bloqueios e libertação nos escapes.

Os elementos responsáveis por tais alterações são os accionamentos, que podem ser
classificados em:

 Comando directo

 Comando indirecto

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Ferreira da Silva 23/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Tipos de Accionamentos ou Comandos

Comando Directo
o É assim definido quando a força de accionamento actua directamente sobre
qualquer mecanismo que cause a inversão da válvula.

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Ferreira da Silva 24/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Tipos de Accionamentos ou Comandos
Comando Indirecto

o É assim definido quando a força de accionamento actua sobre qualquer


dispositivo intermediário, o qual actua sobre o comando principal que, por sua
vez é responsável pela inversão da válvula.
o Estes accionamentos são também chamados de combinados ou servo.

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Ferreira da Silva 25/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula 2/2 accionamento mecânico

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Ferreira da Silva 26/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula 3/2 de comando manual

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 27/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Fim de curso 3/2 de accionamento mecânico

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 28/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula 4/3 de centros fechados e comando manual

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 29/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Tipos de Accionamentos ou Comandos

Os tipos de accionamentos são muito diversificados e podem ser :

₪ Musculares

₪ Mecânicos

₪ Pneumáticos

₪ Eléctricos
₪ Combinados

Estes elementos são representados por símbolos normalizados e são


escolhidos conforme a necessidade da aplicação da válvula direccional.

Os símbolos dos elementos de accionamento desenham-se


horizontalmente nos quadrados.
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Ferreira da Silva 30/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Tipos de Accionamentos ou Comandos

Válvulas 3/2
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Ferreira da Silva 31/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Accionamento por força muscular

₪ As válvulas dotadas deste tipo de accionamento são conhecidas como válvulas de


painel.
₪ São os accionamentos que iniciam um circuito, terminam uma cadeia de operações,
proporcionam condições de segurança e emergência.

₪ A mudança da válvula é realizada geralmente pelo operador do sistema.

Principais tipos de accionamentos musculares

manipulo alavanca

botão pedal

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Ferreira da Silva 32/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Accionamento por força muscular


Botão

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Ferreira da Silva 33/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Accionamento por força muscular


Alavanca

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 34/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Accionamento por força muscular

Pedal

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Ferreira da Silva 35/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Accionamento por força muscular

Manipulo

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Ferreira da Silva 36/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Segundo o tempo de accionamento, as válvulas direccionais distinguem-se em:


– Accionamento momentâneo (impulso): a válvula é comutada por um breve sinal (impulso) e
permanece indefinidamente nessa posição, até que um novo sinal seja dado repondo a válvula à sua
posição inicial.

– Accionamento contínuo: durante o tempo da comutação, a válvula é accionada


mecânica, manual, pneumática ou electricamente. O retorno efectua-se manual ou
mecanicamente através da mola.

2 2

1 3 1 3

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Ferreira da Silva 37/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Accionamento Mecânico

₪ Com a crescente introdução de sistemas automáticos, as válvulas


accionadas por uma parte móvel da máquina adquirem uma grande
importância.

₪ O comando da válvula é conseguido através de um contacto mecânico


sobre o accionamento, colocado estrategicamente ao longo de um
movimento qualquer, por forma a permitir o desenrolar de sequências
operacionais.
₪ Comummente as válvulas com este tipo de accionamento recebem o nome
de válvulas de fim de curso.

pino rolete Rolete escamoteável

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Ferreira da Silva 38/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Accionamento Mecânico

Pino

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Ferreira da Silva 39/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Accionamento Mecânico

Rolete

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 40/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Accionamento Mecânico
Rolete

Se uma válvula necessita de ser accionada por um mecanismo rotativo, rectilíneo, é


aconselhável utilizar o accionamento por rolete, para evitar atritos inúteis e solicitações
danosas em relação às partes da válvula.

Posicionamento do accionamento Tipo Rolete


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 41/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Accionamento Mecânico

Rolete escamoteável

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 42/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 43/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

As características construtivas das válvulas direccionais determinam a sua vida útil, a força
de accionamento, possibilidades de ligação e tamanho.

Segundo a sua forma construtiva podem ser classificadas em:

 Válvulas de assento
 Sede esférica
 Sede de prato
 Sede cónica

 Válvulas de corrediça (ou de gaveta)


 Longitudinal (carretel)
 Plana longitudinal (comutador)
 Giratória (disco)

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 44/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 45/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Válvulas de assento

 As ligações nas válvulas de assento são abertas por esfera, prato ou cone;

 A vedação das sedes da válvula efectua-se de forma muito simples,


normalmente com elemento elástico de vedação (mola) ;

 As válvulas de assento com sede possuem poucas peças de desgaste e têm por
isso um vida útil mais longa;

 São robustas e insensíveis á sujidade;

 A força de accionamento é relativamente elevada, sendo necessário vencer a


força da mola de retorno e do ar comprimido actuando sobre a área do
elemento de vedação.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 46/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Válvulas de sede esférica
 A construção das válvulas de sede esférica é muito simples e, portanto o seu
preço é mais reduzido;

Inicialmente uma mola força a esfera contra


a sede, evitando que o ar comprimido passe
do orifício de pressão P para o orifício de
trabalho A;

Por accionamento da haste da válvula,


afasta-se a esfera da sede, permitindo ao ar
comprimido passar do orifício P para o
orifício A. Para isso é preciso vencer a força
da mola e a força do ar comprimido;

Válvula direccional 2/2 de sede esférica

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 47/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Válvulas de sede esférica
 Com uma via de escape pala haste, estas válvulas podem ser utilizadas como
válvulas direccionais de 3 vias (accionamento manual ou mecânico);

Válvula direccional 3/2 de sede esférica

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 48/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Válvulas de sede de prato
 As válvulas de sede de prato têm uma vedação simples e boa. O tempo de
comutação é curto. Um pequeno movimento do prato liberta uma área bastante
grande para o fluxo de ar. São insensíveis à sujidade e têm também vida útil
longa;

Ao accionar o apalpador são


temporariamente interligados, todos os
3 orifícios (P, A e S). Isto provoca
quando em movimento lento, um
escape livre de um grande volume de
ar, sem ser aproveitado para o trabalho.
Quando tal ocorre diz-se que houve
“exaustão cruzada”;

Válvula direccional 3/2 de sede de prato NA

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 49/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Válvulas de sede de prato
 As válvulas de sede de prato têm uma vedação simples e boa. O tempo de
comutação é curto. Um pequeno movimento do prato liberta uma área bastante
grande para o fluxo de ar. São insensíveis à sujidade e têm vida útil longa;

Ao accionar o apalpador são temporariamente interligados, todos os 3 orifícios (P,


A e S). Isto provoca quando em movimento lento, um escape livre de um grande
volume de ar, sem ser aproveitado para o trabalho. Quando tal ocorre diz-se que
houve “exaustão cruzada”;

Válvula direccional 3/2 de sede de prato NA Válvula direccional 3/2 de sede de prato NF

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 50/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Válvulas de sede de prato
 Noutras válvulas de sede de prato, não existe a possibilidade de “exaustão
cruzada”. Não existe perda de ar, nem mesmo quando a comutação é lenta;

Válvula direccional 3/2 de sede de prato NF

Ao accionar o apalpador fecha-se primeiro a passagem de A para S. Só depois o


prato se afasta da sede, abrindo a passagem de P para A. O retorno é efectuado por
acção da mola.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 51/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Válvulas de sede de prato

Válvula direccional 3/2 de sede de prato NA

A válvula de sede de prato com posição de repouso aberta, ao ser accionada, é


primeiro aberta a ligação entre A e S e só posteriormente fechada a passagem de P
para A. O retorno é feito por acção da mola.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 52/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Válvulas de sede cónica

Neste tipo construtivo de válvulas, o


mecanismo de obturação do orifício
de pressão é cónico.

Válvula direccional 3/2 de sede cónica NF

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 53/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 54/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Válvulas de gaveta (ou corrediça)
 Neste tipo construtivo de válvulas, os diversos pontos de ligação estão
interligados por uma corrediça (tipo gaveta), por uma gaveta plana
longitudinal ou por uma gaveta giratória;

Características principais:

 Força de actuação pequena;

 Curso longo quando comparado com válvulas de assento;

 Tempos de comutação longos;

 Vedação problemática.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 55/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Válvulas de gaveta longitudinal
 Estes válvulas têm como elemento de comando um pistão que selecciona as
ligações mediante o seu movimento longitudinal;

o Força de accionamento pequena, pois não é


necessário vencer a pressão do ar ou da
mola, ambas inexistentes (como nas
válvulas de sede esférica e de prato);

o São possíveis todos os tipos de


accionamento: manual, mecânico, eléctrico
e pneumático;

o Curso consideravelmente mais longo que as


válvulas de assento, assim como os tempos
de comutação.
Válvula direccional 5/2 de gaveta longitudinal

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 56/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Válvulas de gaveta plana longitudinal
 Estes válvulas têm para comutação um pistão de comando. A selecção das
ligações é feita por uma gaveta plana adicional;

Válvula direccional 4/2 de gaveta plana longitudinal

 Na ausência de sinal pneumático de comando, o pistão permanece em posição


estável até que seja dado outro sinal de comando do lado oposto (válvula bi-
estável).

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 57/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas
Válvulas de gaveta rotativa

 Estes válvulas são geralmente de accionamento manual ou de pedal;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 58/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula Direccional de Três Vias e Duas Posições (3/2)

▓ São válvulas que possuem uma entrada de pressão (1), um ponto de utilização (2) e
um escape (3);

Válvula direccional 3/2 mono-estável


(retorno por mola)
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 59/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula Direccional de Três Vias e Duas Posições (3/2)

▓ São válvulas geralmente utilizadas para operar cilindros de simples efeito;

ExemploP_5_1.pro

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 60/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula Direccional de Cinco Vias e Duas Posições (5/2)

▓ São válvulas que possuem uma entrada de pressão, dois pontos de utilização e dois
escapes;

Válvula direccional 5/2 bi-estável


(válvula de memória)
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 61/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula Direccional de Cinco Vias e Duas Posições (5/2)

▓ São válvulas geralmente utilizadas para operar cilindros de duplo efeito;

ExemploP_5_2.pro

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 62/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

ExemploP_5_3_a.pro ExemploP_5_3_b.pro

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 63/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Segundo as suas funções específicas num circuito pneumático, podemos


dividir as válvulas em 5 grandes grupos:

1. Válvulas direccionais;
2. Válvulas de bloqueio (anti-retorno);

3. Válvulas de pressão;

4. Válvulas de fluxo (caudal);

5. Válvulas de fecho.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 64/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula de Retenção com Mola

₪ São válvulas que impõem um sentido único à passagem do ar.

₪ Um cone é mantido inicialmente contra o seu assento pela força de uma mola.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 65/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula de Retenção com Mola

₪ Orientando-se o fluxo no sentido favorável de passagem, o cone é deslocado do


assento, causando a compressão da mola e possibilitando a passagem do ar.

₪ A existência da mola no interior da válvula requer um esforço maior na abertura para


vencer a contra-pressão imposta.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 66/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula de Escape Rápido

₪ Esta válvula é dotada de uma ligação de pressão P, uma ligação de


escape R bloqueada e uma saída A

₪ Quando se aplica pressão em P, a junta desloca-se contra o assento e


veda o escape R. O ar circula até á saída A

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 67/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula de Escape Rápido

₪ Quando a pressão em P deixa de existir, o ar, que agora retorna pela


ligação A, movimenta a junta contra a ligação P provocando o seu
bloqueio.

₪ Desta forma, o ar pode escapar por R rapidamente para a atmosfera.


Evita-se com isto, que o ar de escape seja obrigado a passar por uma
ligação longa e de diâmetro pequeno até á válvula de comando.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 68/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula de Escape Rápido

Estas válvulas são usadas para aumentar a velocidade dos êmbolos dos cilindros.

Tempos de retorno elevados, especialmente em cilindros de simples efeito podem ser eliminados
usando esta válvula.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 69/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula de Escape Rápido

Aplicada a um cilindro de simples efeito Aplicada a um cilindro de duplo efeito

ExemploP_5_4.pro

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 70/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula Alternadora ou Válvula ‘OU’

Esta válvula por vezes também é chamada de


“válvula de comando duplo ou dupla retenção”.

Esta válvula também é chamada “elemento OU (OR)”, pois tem um comportamento semelhante a um
OU lógico.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 71/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula Alternadora ou Válvula ‘OU’

ExemploP_5_5.pro

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 72/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula de Simultaneidade ou Válvula ‘E’

Esta válvula também chamada de “elemento E (AND)”, é utilizada em comandos de bloqueio,


funções de controle e operações lógicas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 73/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula de Simultaneidade ou Válvula ‘E’

ExemploP_5_6.pro

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 74/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Segundo as suas funções específicas num circuito pneumático, podemos


dividir as válvulas em 5 grandes grupos:

1. Válvulas direccionais;
2. Válvulas de bloqueio (anti-retorno);

3. Válvulas de pressão;

4. Válvulas de fluxo (caudal);

5. Válvulas de fecho.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 75/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula de Controlo de Pressão

São válvulas que têm por função influenciar ou serem


influenciadas pela intensidade da pressão de um sistema.

Distinguem-se da seguinte forma:

– Válvula reguladora de pressão

– Válvula limitadora de pressão

– Válvula de sequência

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 76/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula Reguladora de Pressão

Esta válvula, tem como função de manter constante a pressão de trabalho, isto
é, transmitir a pressão ajustada no manómetro sem variação, aos elementos de
trabalho ou válvulas, mesmo com a pressão oscilante da rede.
5
4
6

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 77/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula Limitadora de Pressão


.
P
P

P
R

R R

 Estas válvulas são utilizadas, sobretudo como válvula de segurança;

 Não permitem um aumento da pressão no sistema, acima da pressão


. máxima ajustada;

 Alcançada na entrada da válvula o valor máximo da pressão P, abre-se a


saída e o ar escapa para a atmosfera R;

 A válvula permanece aberta até a mola, após a pressão ter caído abaixo do
valor ajustado, volte a fecha-la.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 78/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvula de Sequência

O funcionamento desta válvula, é muito semelhante ao da válvula limitadora de


.
pressão. Abre-se a passagem quando é alcançada uma pressão superior à ajustada
pela mola.
A válvula de sequência é actuada, quando no comando 12 a pressão para que a
válvula está calibrada for atingida. Nesta situação, o ar comprimido passa de 1
para 2.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 79/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Segundo as suas funções específicas num circuito pneumático, podemos


dividir as válvulas em 5 grandes grupos:

1. Válvulas direccionais;
2. Válvulas de bloqueio (anti-retorno);

3. Válvulas de pressão;

4. Válvulas de fluxo (caudal);

5. Válvulas de fecho.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 80/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvulas de Controlo de Fluxo

Em alguns casos, é necessária a diminuição da quantidade de ar que passa


através de uma tubagem, o que é muito utilizado quando se necessita de regular
a velocidade de um cilindro ou formar condições de temporização pneumática.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 81/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvulas de Controlo de Fluxo

Quando se necessita influenciar o fluxo de ar comprimido, este tipo de


válvula é a solução ideal, podendo ser:

fixa ou variável unidireccional ou bidireccional

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 82/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvulas de Controlo de Fluxo

ajustável unidireccional ajustável bidireccional

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 83/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

O deslocamento da haste num cilindro ocorre em função do caudal de


alimentação.

q
v
A

É intuitivo, portanto que para se poder controlar a velocidade de deslocamento


é necessário influenciar o caudal.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 84/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Controlo de Velocidade pelo Ar de Entrada

 Neste caso, a válvulas reguladora de caudal unidireccional é montada de


modo a que o estrangulamento seja feito na entrada do ar para o cilindro;

 O ar de retorno pode fluir para a atmosfera pela válvula de retenção;

 Ligeiras variações de carga na haste do pistão, provocadas por exemplo,


ao passar por um fim de curso, resultam em grandes diferenças de
velocidade do avanço;
 Por esta razão, a regulação na entrada é utilizada unicamente para cilindros
de simples efeito ou de pequeno volume.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 85/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Controlo de Velocidade pelo Ar de Entrada

ExemploP_5_7.pro

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 86/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Controlo de Velocidade pelo Ar de Saída


Neste caso, o ar de alimentação entra livremente no cilindro, sendo estrangulado
o ar de saída

Com isso, o êmbolo fica submetido a duas pressões de ar.

Esta montagem da válvula reguladora de caudal unidireccional melhora muito a


conduta de avanço razão pela qual a regulação em cilindros de duplo efeito
deve ser efectuada na saída do ar da câmara do cilindro.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 87/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Comando de um Cilindro com Avanço Lento e Retorno Acelerado

ExemploP_5_8.pro

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 88/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Segundo as suas funções específicas num circuito pneumático, podemos


dividir as válvulas em 5 grandes grupos:

1. Válvulas direccionais;
2. Válvulas de bloqueio (anti-retorno);

3. Válvulas de pressão;

4. Válvulas de fluxo (caudal);

5. Válvulas de fecho.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 89/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.4– Válvulas Pneumáticas

Válvulas de Fecho

Estas válvulas, permitem a abertura e fecho do fluxo de ar


comprimido, sem escalas (tudo ou nada).

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 90/90
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata
1.5 – Método de Cascata

Automação
3º Ano / 1º Semestre
-
Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel

Ferreira da Silva
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira Ano
da Silva
3º Ano – Licenciatura em Engenharia MecânicaDep. Engenharia
Automóvel Mecânica 1/39
Letivo 2020/2021
Automação 1.5– Método de Cascata

Representação dos Movimentos

 Quando os procedimentos de comando exigem alguma complexidade é necessário


dispor de esquemas de comando, segundo o desenvolvimento de trabalho das
máquinas ou do processo;

 A necessidade de representar as sequências dos movimentos de trabalho e de


comando, de maneira facilmente visível, permite a compreensão dos sistemas de uma
forma clara e sem ambiguidades;

 Com problemas complexos, os movimentos serão reconhecidos rápida e seguramente,


se for escolhida uma forma conveniente de representação dos movimentos.

representação clara melhor compreensão

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 2/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Exemplo:
Pacotes que chegam através de uma tela transportadora são levantados e
empurrados pela haste de cilindros pneumáticos para outra tela transportadora.

Devido a condições de projecto, a haste do cilindro B só poderá recolher após a haste do


cilindro A ter recolhido.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 3/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Formas de representação
Sequência cronológica:

 a haste do cilindro A avança e


eleva o pacote;

 a haste do cilindro B avança e


empurra o pacote para a tela II;

 a haste do cilindro A retorna à sua


posição inicial;

 a haste do cilindro B retorna à sua


posição inicial;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 4/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Anotação em forma de tabela Indicação Vectorial


avanço → retorno ←
Movimento Cilindro A Cilindro B

1 avança parado cilindro A →


2 parado avança cilindro B →
3 retorna parado cilindro A ←
4 parado retorna cilindro B ←
Indicação Algébrica
avanço + retorno -
cilindro A+
cilindro B+
ou A+ \B+ \A- \B-
cilindro A-
cilindro B-

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Ferreira da Silva 5/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Diagrama de Movimentos
1. Diagrama Trajecto - Passo
 Permite representar a sequência de movimentos dos elementos de trabalho.
 Isto é feito através de duas coordenadas, uma representando a trajectória
dos elementos de trabalho, e a outra o passo. .
 Se existem diversos elementos de trabalho para um comando, estes serão
representados da mesma forma e desenhados uns sob os outros.

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Ferreira da Silva 6/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Diagrama de Movimentos
2. Diagrama Trajecto - Tempo
 Neste tipo de diagrama, o trajecto de cada cilindro é desenhado em função
do tempo, contrariamente ao diagrama trajecto - passo.

 Neste caso o tempo é desenhado e representa a união cronológica na


sequência, entre as distintas unidades.

 A distância entre os traços corresponde ao respectivo período de duração


do trajecto na escala de tempo escolhida.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 7/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

 Enquanto o diagrama trajecto – passo oferece uma melhor visão das trajectórias, e
suas correlações, no diagrama trajecto – tempo pode-se representar com mais
clareza as diferentes velocidades de trabalho.

3. Diagrama de Comando
 No diagrama de comando, anotam-se os estados de comutação dos elementos de
entrada de sinais e dos elementos de processamento de sinais, sobre os passos, não
considerando os tempos de comutação.

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Ferreira da Silva 8/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Generalidades sobre ciclos automáticos


b c

a d
A
B

A1 A0
B B
1 0

Ciclo quadrado Ciclo em “L”

4 4
3

3
1 2 1 2

A+ \B+ \A- \B- A+ \B+ \B- \A-

Ou seja, a necessidade ou não de memórias para a resolução do problema irá permitir


classificar o ciclo numa das seguintes famílias: ciclos combinatórios e ciclos sequenciais.

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Ferreira da Silva 9/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Ciclos combinatórios (sem memórias):


São obtidos unicamente por combinação das variáveis primárias. A simples
constatação dos estados presentes permite o comando dos órgãos de potência.
b c

a d

B A

2 ba 2 c
2 ba c
b
a c
1
1 3 1
3
3
a d a
a d
4
4
A+
A+ B+ A+ B+
B+ A-B- B-
A- A- B+
B- B-
ExemploP_7_1 ExemploP_7_2 ExemploP_7_3

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Ferreira da Silva 10/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Ciclos combinatórios (sem memórias): ExemploP_7_1

Sequência:

A+
B+
A-
B-

2
ab c

1 3

a d
4

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 11/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Ciclos combinatórios (sem memórias): ExemploP_7_2

Sequência:

A+
B+
A-B-

ba 2 c

1
3

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Ferreira da Silva 12/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Ciclos combinatórios (sem memórias): ExemploP_7_3

Sequência:

A+B+
B-
A-B+
B-

ba 2 c
1

3
a d
4

Será o circuito simplificável?


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Ferreira da Silva 13/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Ciclos sequenciais (com memórias):


Necessitam do emprego de memórias e são obtidos por combinações de variáveis
primárias e secundárias. O comando dos órgãos de potência faz-se em função do
estado das informações presentes e do conhecimento das acções passadas.
b c

a d

B A

A+
B+
2 2 2
A+ ba c
A+ ba c A- ba c
7
B+ 1 6
5
4 3 B+ 1 4
3
B- 1 8 6 3
A- B- B+ 5
a d
A+ a d
A- a d A+ 4

B- B-
A- A-

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Ferreira da Silva 14/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Ciclos sequenciais (com memórias):


ExemploP_7_4

Sequência:

A+
B+
B-
A-

ba 2 c
3
1 4

a d

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Ferreira da Silva 15/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Poderemos então dizer que, os ciclos sequenciais possuem pelo menos


um ponto de dupla passagem, ao passo que os ciclos combinatórios não
possuem nenhum.

Os circuitos combinatórios são na sua maioria extremamente intuitivos


pelo que não necessitarão de nenhum método para a sua elaboração.

Pelo contrário, os circuitos sequênciais, uma vez que são


implementados recorrendo não só a variáveis primárias mas
também a variáveis secundárias (memórias), necessitam na
sua maioria de técnicas especiais para a sua implementação.

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Ferreira da Silva 16/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

1. Método Intuitivo
Produtos chegam através de uma tela transportadora e são levantados e empurrados por cilindros
pneumáticos para outra tela transportadora. Devido a condições de projecto, o recuo do segundo
cilindro só se dará após o recuo do primeiro.

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Ferreira da Silva 17/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

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Ferreira da Silva 18/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

A B
A0 A1
B0 B1

A1

B0

B1

A0

G
1
G
2

e e
2 1

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Ferreira da Silva 19/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Como foi visto anteriormente, os ciclos sequenciais requerem a utilização de


válvulas adicionais ditas válvulas de memória.

ba 2 c
5
1 6 4 3

a d

Um dos métodos mais utilizados na resolução destes problemas é o chamado


“Método de Cascata”.

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Ferreira da Silva 20/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

 Um problema que aparece, quando se pretende resolver circuitos


sequenciais complexos é o da interligação e comando das memórias;

 Este problema pode ser resolvido de forma simples utilizando um tipo de


ligação das memórias ditas “em cascata”;

 A troco de uma maior simplicidade, resulta geralmente que o comando


exige um número de memórias superior ao mínimo que poderia ser obtido
por outros métodos;

 Este método é usado exclusivamente em circuitos pneumáticos e baseia-se


no circuito de Selector de Cascata. Montagem muito usada em circuitos de
contactos eléctricos. Este método permite obter um circuito para a maioria
das sequências que podem surgir num automatismo.
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Ferreira da Silva 21/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Exemplificação do método

O método de cascata utiliza-se preferencialmente no caso de ciclos com muitos


cilindros, muitos movimentos e/ou muitas memórias.

Suponhamos então que pretendíamos implementar o seguinte ciclo:

A+\B+\A-\B-\C+\D+\E+\C-\E-\D-

Os diferentes passos de aplicação do ciclo são os seguintes:


i. Divide-se o ciclo em grupos de movimentos consecutivos de forma que no
mesmo grupo não haja mais que um só movimento de um qualquer cilindro.

No caso do ciclo em questão vem:


A+ B+ \A- B- C+ D+ E+ \C- E- D-
Grupo I Grupo II Grupo I

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Ferreira da Silva 22/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Exemplificação do método

A cada grupo de movimentos faz-se corresponder um grupo de pressão.

Neste caso há dois grupos, logo será necessária apenas uma memória:

G
1
G
e 2
2 e
1

Em cada instante só um grupo é que está activo (com pressão).

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Ferreira da Silva 23/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Exemplificação do método

ii. As válvulas de fim de curso actuadas no fim de cada movimento dentro de


um grupo serão alimentadas pelo grupo de pressão correspondente.

A0 B0 C1 D1 E1

C0 E0 D0 A1 B1

G
1
G
e 2
2 e
1

Neste caso c0, e0, d0, a1 e b1 serão alimentadas pelo grupo 1, enquanto a0, b0, c1,
d1 e e1 serão alimentadas pelo grupo 2.

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Ferreira da Silva 24/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Exemplificação do método

iii. Cada fim de curso comanda o movimento seguinte dentro de um grupo. O


fim de curso actuado pelo último movimento do grupo comanda a entrada
do grupo seguinte e o primeiro movimento do grupo seguinte é
comandado pela saída do bloco de memórias que é posta em pressão.

Uma série de exemplos ilustrará agora a aplicação


detalhada do método.

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Ferreira da Silva 25/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Sequência:

A+
B+
B-
A-

Cascata_1A

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Ferreira da Silva 26/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Sequência:

A+
B+
B-
A-

Cascata_1B

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Ferreira da Silva 27/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Sequência:

A+
B+
A-
B-
C+
D+
E+
C-
E-
D-

Cascata_2

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Ferreira da Silva 28/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Exemplificação do método
Suponha agora que o circuito a implementar é o seguinte:

A+ \ A- \D+ \ D- \B+ \C+ \ B- \C-


Grupo I Grupo II Grupo III Grupo I

Neste caso, a divisão em grupos dá três grupos, pelo que se utilizarão duas
memórias ligadas em série.
G
1
G
2
G
3
e
2

e
3 e
1

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Ferreira da Silva 29/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Sequência:

A+
A-
D+
D-
B+
C+
B-
C-

Cascata_3

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Ferreira da Silva 30/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Exemplificação do método
Suponha agora que o circuito a implementar é o seguinte:

A+ B+ \ B- C+ \ C- D+ \ D- A-

Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV

Neste caso, a divisão em grupos dá quatro grupos, pelo que se utilizarão três
memórias ligadas em série. G
1
G
2
G
3
G
4
e
2

e e
3 1

e
4

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Ferreira da Silva 31/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

Sequência:

A+
B+
B-
C+
C-
D+
D-
A-

Cascata_4

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Ferreira da Silva 32/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

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Ferreira da Silva 33/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

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Ferreira da Silva 34/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

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Ferreira da Silva 35/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

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Ferreira da Silva 36/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata
Exemplo 2
Utilizando o “Método de Cascata”, e considerando que os cilindros utilizados são todos de
duplo efeito, projecte o sistema pneumático que garanta o ciclo que a seguir de apresenta.
Deverá existir um botão de impulso para inicio do ciclo, que deverá realizar-se 3 vezes.
Sequência: A+ \A- \B+ \B- \C+\C- ExemploCascata_2

A+ G1
A-
B+ G2

B- G3
C+
C- G1

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Ferreira da Silva 37/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata

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Ferreira da Silva 38/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 1.5– Método de Cascata
Exemplo 1
Utilizando o “Método de Cascata”, e considerando que os cilindros utilizados são todos de
duplo efeito, projecte o sistema pneumático que garanta o ciclo que a seguir de apresenta.
Deverá existir um botão de ciclo a ciclo e outro para ciclo contínuo.
Sequência: A+\A-\A+\B+\C-\D+\A-\B-C+\D- ExemploCascata_1

A+ G1
A- G2
A+
B+ G3
C-
D+
A-
B- C+ G4
D- G1

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Ferreira da Silva 39/39
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

2.1 – INTRODUÇÃO À
ÓLEO-HIDRÁULICA

Automação
3º Ano / 1º Semestre
-
Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Dep. Engenharia Mecânica
Ferreira da Silva
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira Ano
da Silva 1/87
Letivo 2020/2021
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Índice
1. Introdução
2. Objetivos do capítulo
3. Vantagens e desvantagens da hidráulica
4. Campos de aplicação da hidráulica
4.1 Hidráulica móvel
4.1.1 Aplicações da hidráulica móvel
4.2 Hidráulica estacionária
4.2.1 Aplicações da hidráulica estacionária

5. Estrutura de um sistema hidráulico

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Ferreira da Silva 2/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

1 – Introdução

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Ferreira da Silva 3/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Na indústria, são usados basicamente três métodos de transmissão


de energia:
 Transmissão mecânica: feita através de
eixos, engrenagens, correntes, correias,
etc.;

 Transmissão elétrica: feita através de


fios, transformadores, etc.;

 Transmissão por fluido: feita através de


líquido ou gás num espaço confinado.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 4/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Transmissão de energia

Mecânica

Elétrica

Por fluido

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Ferreira da Silva 5/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Existem basicamente dois tipos de sistemas hidráulicos:
 Sistemas de transporte – O único objetivo é transportar um
fluido (de um local para outro para realizar algum propósito).
Ex: Estações de bombeamento de água, linhas de gás, etc.

 Sistemas de transmissão de energia – São sistemas projetados


para executar trabalho.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 6/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Os sistemas de transmissão de energia por fluido:

 São projetados para executar trabalho;

 O trabalho é obtido pelo fluido


pressurizado que atua diretamente num
cilindro ou num motor;

 Um cilindro produz uma força que resulta


num movimento linear, enquanto um
motor produz um binário que resulta em
movimento rotativo.
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Ferreira da Silva 7/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Este capítulo, terá como foco a estrutura dos sistemas


hidráulicos (transmissão de energia por fluído).

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 8/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Quando em distâncias pequenas, existem problemas de força,


mudança de direção, espaço, peso ou de versatilidade, um fluído
sob pressão como meio de transmissão de energia é o utilizado.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 9/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
É objetivo desta disciplina, que os alunos aprendam a
utilizar a energia hidráulica, para a realização dos
acionamentos necessários a muitas das vertentes da
atividade produtiva, bem como estudar quais os meios de
comando que lhe estão associados.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 10/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Pretende-se ensinar de uma forma integrada, a óleo-hidráulica


como uma tecnologia de acionamento e de transmissão de energia
utilizando um fluído “incompressível”.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 11/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Se o fluido utilizado for um óleo, então estamos no campo da óleo-


hidráulica.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 12/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

A óleo-hidráulica, usa em regra, como veículo dessa transmissão de


potência, um óleo pressurizado e devidamente controlado, contido
num sistema fechado.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 13/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

A energia não é gerada pelo sistema óleo-


hidráulico, este apenas a transmite.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 14/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

A óleo-hidráulica, (vulgarmente designada por Hidráulica), tornou-se


atualmente indispensável nos domínios das modernas técnicas de
transmissão, comando e controlo de movimentos.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 15/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Os recentes desenvolvimentos tecnológicos na área da Automação,
têm contribuído de sobremaneira para o enorme progresso que se
regista ao nível da atividade industrial;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 16/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

As empresas não hesitam hoje em eleger a “Automação” como um


caminho prioritário para a melhoria da sua competitividade.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 17/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

O ensino dos temas de automação, é suportado no DEM ISEP


através de um suporte laboratorial – LARI;

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Ferreira da Silva 18/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

As aulas laboratoriais, serão constituídas por grupos de alunos de


reduzida dimensão, que através da realização de aplicações reais
complementarão o conhecimento adquirido nas aulas teóricas;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 19/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Os ensinamentos que se pretende sejam adquiridos nesta


disciplina, serão de importância fundamental, em ambiente
industrial, no futuro profissional do aluno.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 20/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Fazer é uma forma essencial de consolidação do


conhecimento

Complete o saber saber com o saber fazer

Utilize o Laboratório de Automação


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Ferreira da Silva 21/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

2 – Objetivos do capítulo

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Ferreira da Silva 22/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Objetivo geral:
Possuir conhecimento teórico e prático da tecnologia
óleo-hidráulica, no seu funcionamento e utilização dos
componentes e circuitos, tendo em vista a identificação
de avarias e sua resolução, bem como, critérios de
cálculo e elaboração de circuitos em projetos de
acionamento óleo-hidráulico.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 23/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Objetivos específicos
 Identificar e reconhecer o funcionamento dos principais
componentes de uma instalação óleo-hidráulica;

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Ferreira da Silva 24/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Objetivos específicos
 Ler, desenhar e interpretar circuitos simples de controlo
automático e semi-automático (utilização do software Automation
Studio v3.05 ).

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 25/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Objetivos específicos:
 Calcular as principais caraterísticas a ter em consideração em
instalações óleo-hidráulicas (dimensionamento);

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Ferreira da Silva 26/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Objetivos específicos:
 Montagem em bancada de circuitos simples, simulando casos
existentes na industria (componente prática, possibilidade de
deteção e resolução de avarias).

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Ferreira da Silva 27/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Metodologia
Lógica
Simulação

Esquemática

Didática

Dimensionamento

Prática
Simbólica
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Ferreira da Silva 28/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

3 – Vantagens e desvantagens da hidráulica

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 29/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Vantagens dos Sistemas Hidráulicos
 Fácil instalação;
 Rápida e suave inversão de movimentos;

 Pode ser iniciado em plena carga;

 Precisão no posicionamento e velocidade;

 Sistemas auto lubrificados;

 Pequena relação peso/potência;

 Pequena relação tamanho/potência;


 Proteção simples contra sobrecargas.

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Ferreira da Silva 30/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

 A Hidráulica é especialmente capaz de assegurar movimentos


lineares semi-rotativos e rotativos, desenvolvendo forças
elevadas, e assegurando rigor de movimentos e velocidades.

Movimentos Lineares Movimentos Semi-Rotativos


Movimentos Rotativos
(cilindros) (atuadores semi-rotativos)
(motores)
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Ferreira da Silva 31/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

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Ferreira da Silva 32/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Fácil instalação

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Ferreira da Silva 33/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Pequena relação peso/potência


Compare-se o atravancamento de motores de potências equivalentes

Motor elétrico de 25 Cv (3000 rpm) Motor hidráulico de 23.5 Cv (5600 rpm)

Massa: 110 Kg Massa: 2.5 Kg

Momento de Inércia: 0,075 Kgm2 Momento de Inércia: 0,0004 Kgm2

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Ferreira da Silva 34/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Sistemas auto lubrificados

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Ferreira da Silva 35/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Desvantagens dos Sistemas Hidráulicos


 Alto custo de implementação;
 Baixo rendimento (em torno dos 65%), devido às várias
transformações de energia que ocorrem (perdas de carga e fugas
internas);
 Exigência de alta qualidade mecânica dos órgãos hidráulicos
(tolerâncias, acabamentos superficiais e materiais de alta
qualidade, resulta em custos elevados só compensáveis para uma
produção em quantidade);
 “Sujabilidade” dos óleos;
 Ruído devido a fenómenos de vibração hidrodinâmica e mecânica
nas máquinas rotativas (obstáculo à utilização da hidráulica nas
altas pressões);
 Perdas de carga nas tubagens e acessórios.
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Ferreira da Silva 36/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

4 – Campos de aplicação da hidráulica

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Ferreira da Silva 37/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

A hidráulica encontra-se sem margem de dúvida ao lado da


mecânica, da eletricidade/eletrónica e da pneumática como meio de
transmissão, comando e controlo de energia;
Numa instalação é habitual, o emprego da hidráulica como meio de
transmissão de energia, associada à eletricidade ou eletrónica, para
comando.

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Ferreira da Silva 38/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

De um ponto de vista do seu campo de aplicação, é usual usar na


hidráulica, a seguinte divisão:
 Hidráulica móvel

 Hidráulica estacionária

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Ferreira da Silva 39/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

4.1 – Hidráulica móvel

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Ferreira da Silva 40/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Na hidráulica móvel, os sistemas hidráulicos, executam as suas


tarefas movendo-se (sobre rodas ou sobre trilhos), de forma a
operar em locais diferentes ou em movimento.

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Ferreira da Silva 41/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

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Ferreira da Silva 42/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
A energia primária utilizada (geralmente energia mecânica) é obtida
no local;

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Ferreira da Silva 43/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
A energia mecânica é, geralmente obtida a partir de motores de
combustão interna.

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Ferreira da Silva 44/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Caterpillar – Motor Diesel

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Ferreira da Silva 45/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Na hidráulica móvel é bastante frequente a utilização de válvulas
direcionais operadas manualmente.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 46/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

4.1.1 – Aplicações da hidráulica móvel

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 47/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Aplicações

 Automóveis, tratores, aviões, mísseis, barcos, etc.;

 Equipamentos de construção;

 Maquinas basculantes, máquinas para escavar, plataformas


elevatórias, etc.;

 Dispositivos de elevação e transporte;

 Maquinaria agrícola.

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Ferreira da Silva 48/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Dispositivos de elevação e transporte Maquinaria de construção

Maquinaria agrícola Maquinas basculantes


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 49/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Camião com báscula acionada por


cilindro telescópico

Retroescavadora
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Ferreira da Silva 50/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Hidráulica Móvel no Sector Industrial

 Na agricultura;

 Na industria automóvel;

 Na construção civil (equipamentos);

 Na produção industrial (ferramentas);

 Na industria aeronáutica;

 Etc..

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Ferreira da Silva 51/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Na Agricultura
Tratores, equipamentos agrícolas como, cortadores de relva, arados,
pulverizadores de produtos químicos e de água, ceifeiras, etc..

Tratores Cortadores de relva

Pulverizadores Ceifeiras
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 52/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Na Industria Automóvel
Direção assistida, travões elétricos, sistemas de suspensão,
transmissão hidrostática, etc..

Sistema de Direção Hidráulica


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 53/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Equipamentos de Construção
Escavadoras, elevadores, guindastes, veículos de manutenção de
estradas, caminhões basculantes, etc..

Escavadoras Elevadores Guindastes

Veículos para Manutenção de estradas Camiões Basculantes


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 54/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Escavadora com braço e sistema de


rotação hidráulico

Rolos compressores, “bulldozers”, britadeiras, escavadoras, etc...


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 55/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Na Industria da Construção
Equipamento de perfuração: TUNELADORA

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 56/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Na Produção Industrial (ferramentas)
Ferramentas manuais como rebarbadoras, brocas, rebitadeiras,
parafusadoras, etc..

Rebarbadora Broca

Rebitadora Parafusadoras

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Ferreira da Silva 57/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Na industria Aeronáutica

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 58/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

4.2 – Hidráulica estacionária

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 59/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
A designação de hidráulica estacionária, advém do facto de haver
sistemas hidráulicos que executam as suas tarefas fixados a uma
posição;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 60/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
A energia primária utilizada (geralmente energia mecânica) é
obtida no local, normalmente a partir de motores elétricos.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 61/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

4.2.1 – Aplicações da hidráulica estacionária

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 62/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Aplicações
 Máquinas ferramentas;
 Dispositivos de elevação e transporte;

 Prensas de conformação de metais;

 Máquinas de injeção de plástico;

 Máquinas de laminação;

 Elevadores;

 Máquinas para processamento de alimentos;

 Robôs e equipamentos de manuseamento automático.

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Ferreira da Silva 63/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Máquinas-Ferramentas

Torno mecânico, prensa hidráulica e


sistema de prisão de peças

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Ferreira da Silva 64/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Dispositivos de elevação e transporte

Cilindro hidráulico

Cilindro hidráulico

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Ferreira da Silva 65/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Hidráulica Estacionaria no Sector Industrial
 Na industria de fundição;

 Na industria de plásticos;

 Na industria automóvel;

 Na industria do papel;

 Na industria metalomecânica;

 Na industria aeronáutica;

 Etc..

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Ferreira da Silva 66/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Na industria Metalomecânica

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 67/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Recolha e vazamento de metal fundido

Máquina de estiramento de tubo hidráulica


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 68/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Na industria dos Plásticos

Máquina de Injeção de Plástico


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 69/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Na industria Automóvel

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 70/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Na industria Metalomecânica

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 71/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Aplicações Especiais

Radiotelescópio
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Ferreira da Silva 72/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

5 – Estrutura de um sistema hidráulico

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Ferreira da Silva 73/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Os sistemas hidráulicos são equipamentos de


TRANSMISSÃO DE ENERGIA

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Ferreira da Silva 74/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Geração Comando Atuação

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Ferreira da Silva 75/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Um fluído pressurizado (através de uma fonte geradora) é utilizado


como forma de transmissão de energia, para um local onde essa
energia permita realizar trabalho útil.
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Ferreira da Silva 76/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Componentes básicos de um sistema hidráulico
1 – Posição central
2 – Avanço
3 - Recuo

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Ferreira da Silva 77/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
Funções de cada componente:
1. Atuador linear
2. Bomba
3. Válvula
4. Motor elétrico
5. Tanque
6. Tubagens
7. Filtro
8. Válvula
9. Atuador rotativo
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Ferreira da Silva 78/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
1 e 9 - Atuadores
O atuador hidráulico é um dispositivo usado para converter a
energia do fluido em energia mecânica para realizar trabalho;

O atuador pode ser do tipo linear (por exemplo, cilindro


hidráulico) ou do tipo rotativo (por exemplo, motor hidráulico)
para fornecer movimento linear (1) ou rotativo (9).

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Ferreira da Silva 79/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
2 - Bomba hidráulica
A bomba hidráulica é usada para aspirar o fluido do reservatório
para circuito hidráulico, convertendo energia mecânica em energia
hidráulica;

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Ferreira da Silva 80/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
3 e 8 – Válvulas
As válvulas são usadas num circuito hidráulico para controlar a
direção, pressão e caudal de fluido.

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Ferreira da Silva 81/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
4 - Motor
É necessária uma fonte de alimentação externa (motor) para
acionar a bomba;

Normalmente é elétrico (hidráulica estática) ou de combustão


interna (hidráulica móvel).

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Ferreira da Silva 82/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
5 - Tanque
O tanque (reservatório) é usado para recolha do líquido
hidráulico, geralmente o óleo hidráulico.

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Ferreira da Silva 83/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
6 - Tubagens
O sistema de tubagens é o responsável pelo transporte do fluído
hidráulico ao longo de todo o circuito hidráulico.

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Ferreira da Silva 84/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica
7 - Filtro
A função do filtro é, reduzir para um nível aceitável o tamanho e a
concentração das partículas contaminantes, de modo a proteger os
componentes contra um desgaste prematuro.

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Ferreira da Silva 85/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Acionamento

Articulação do
braço

Rotação central

Comando

Atuação da pá Movimentação das lagartas

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Ferreira da Silva 86/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.1– Introdução à Óleo-Hidráulica

Estrutura de Um Sistema Hidráulico


Sistema de
Aplicação de Energia

Fluido
Transmissão
energético

Sistema de
Distribuição e Controlo

Fluido
Transmissão
energético

Sistema
Gerador

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Ferreira da Silva 87/87
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

2.2 – Princípios Básicos

Automação
3º Ano / 1º Semestre
-
Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel

Ferreira da Silva
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira Ano
da Silva
3º Ano – Licenciatura em Engenharia MecânicaDep. Engenharia
Automóvel Mecânica 1/173
Letivo 2020/2021
Automação 2.2– Princípios Básicos

1 – Introdução

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Ferreira da Silva 2/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

A óleo-hidráulica tem como objetivo a produção de força e


movimento através de um fluido hidráulico;

Os fluidos hidráulicos representam o meio de transmissão de


força;
O termo fluído, inclui, liquido, vapor ou gás, isto é, o ar também é
um fluido quando considerado como uma mistura de gases.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 3/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Os líquidos, ao contrário dos gases, são praticamente
incompressíveis.

Um gás não tem forma própria e por isso adapta-se ao recipiente que o contém

Um líquido pode variar a sua forma caso esteja contido, ocupando a totalidade
do volume do recipiente que o contem
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 4/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Em Óleo-hidráulica é importante conhecer as caraterísticas


mecânicas dos fluidos, por isso é usado o termo Hidromecânica;

A Hidromecânica compreende a Hidrostática e a Hidrodinâmica.

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Ferreira da Silva 5/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

2 – Hidrostática

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Ferreira da Silva 6/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

A Hidrostática estuda os fluídos líquidos em repouso.

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Ferreira da Silva 7/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Fluido
Fluido é qualquer substância capaz de deformar-se continuamente
e assumir a forma do recipiente que a contém;

Nos circuitos hidráulicos o fluido é


o óleo hidráulico.

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Ferreira da Silva 8/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Pressão

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Ferreira da Silva 9/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Designa-se por pressão (p) a grandeza física determinada pelo


quociente entre uma força aplicada e a área de ação dessa força.

O pascal (Pa) é a unidade padrão de pressão no SI (Sistema


Internacional de Unidades).
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Ferreira da Silva 10/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Em óleo-hidráulica é normalmente utilizado o bar como unidade


de pressão;

Escreva uma equação aqui.

𝟐
105 Pa 105 N/m2
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Ferreira da Silva 11/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Exemplo:
Um elevador hidráulico deverá poder levantar cargas até 35000 N,
a uma pressão máxima de 100 bar.

Determine:
Qual deverá ser a área (A) do êmbolo do atuador?
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Ferreira da Silva 12/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Resolução:

F = 35000 N  3500 kg

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Ferreira da Silva 13/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

3. Principio de Pascal

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Ferreira da Silva 14/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Principio de Pascal:
O Principio de Pascal afirma que quando uma força F, atuando
sobre uma superfície A de um fluído em repouso contido num
espaço fechado, provoca uma pressão P que se transmite a todo o
fluído com a mesma intensidade;

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Ferreira da Silva 15/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

A pressão P é independente da forma do recipiente, e exerce-se


sempre perpendicularmente à superfície do recipiente que o
contem.

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Ferreira da Silva 16/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

A relação entre a pressão P, a área A e a força F é dada por:


Onde:
p = pressão [Pa];
F = Força [N];
A = Área [m2].

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Ferreira da Silva 17/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

3.1 Aplicações do “Principio de Pascal”

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Ferreira da Silva 18/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

A aplicação em diversas versões do Principio de Pascal serve de


base para muitas das aplicações que podemos encontrar na
industria:

 Transmissão de força

 Transmissão de pressão

 Transmissão de deslocamento

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Ferreira da Silva 19/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

3.1.1 Transmissão hidráulica de força

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Ferreira da Silva 20/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

A transmissão hidráulica de força, decorre do Principio de Pascal


(Transmissões Hidrostáticas);

Se num sistema fechado a pressão é igual em todos os seus pontos,


é possível transmitir força através de um reservatório,
independentemente da sua forma.

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Ferreira da Silva 21/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Uma importante aplicação da transmissão hidráulica de força é a


prensa hidráulica, que explora o principio dos vasos comunicantes.

Desta forma, é possível movimentar grandes cargas aplicando forças


reduzidas.

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Ferreira da Silva 22/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Com este princípio baseiam-se muitas aplicações industriais, como


freios de carros, macaco para levantar cargas pesadas a alturas
pequenas, prensas hidráulicas, etc..

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Ferreira da Silva 23/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Aplicações do Principio de Pascal

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Ferreira da Silva 24/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Aplicação a cilindros
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Ferreira da Silva 25/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Principio da Prensa Hidráulica (multiplicação da força)


Este princípio, descoberto e enunciado por Pascal, levou à
construção da primeira prensa hidráulica no princípio da
Revolução Industrial.

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Ferreira da Silva 26/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Aplicação do Principio de Pascal: Prensa Hidráulica

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Ferreira da Silva 27/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Aplicação do Principio de Pascal: Alavanca Hidráulica


Pelo Principio de Pascal

mas

logo

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Ferreira da Silva 28/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Princípio da Alavanca Hidráulica

As forças são proporcionais ás áreas dos pistões.

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Ferreira da Silva 29/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Torna-se assim possível, o levantamento de cargas elevadas, com a


aplicação de forças reduzidas.

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Ferreira da Silva 30/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Aplicação a Cilindros Hidráulicos
Quando aplicada a cilindros hidráulicos, o Principio de Pascal
relaciona entre si a pressão p, a força F e a área A efetiva do
cilindro.

A equação pode tomar os seguintes aspetos:


p

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Ferreira da Silva 31/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Aplicação a Bombas e Motores Hidráulicos
Entre cilindros e bombas ou motores hidráulicos são válidas as
seguintes analogias:
Área A  Cilindrada C em m3/rot
Força F  Binário M em Nm

Usando estas analogias pode-se escrever a lei de Pascal como:

p p
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Ferreira da Silva 32/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Exemplo:
Numa prensa hidráulica 42 cm é o diâmetro do êmbolo maior e o
diâmetro do menor é de 2.1 cm. Que força será necessário exercer
no êmbolo menor F1 para levantar um bloco F2 de 50000 N?

Resolução
D1 = 2.1 cm A1 =
D2 = 42 cm A2 =

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Ferreira da Silva 33/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

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Ferreira da Silva 34/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

3.1.2 Transmissão hidráulica de pressão

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Ferreira da Silva 35/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Num transmissor hidráulico de pressão, ocorre sempre um
aumento de pressão;

É por isso o principio de funcionamento do multiplicador de


pressão (amplificador de pressão ou booster).

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Ferreira da Silva 36/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Um multiplicador hidráulico de pressão, é um dispositivo que
recebendo uma pressão hidráulica sobre um embolo de área
grande, aplica essa força resultante a um êmbolo de área menor;

Símbolo

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Ferreira da Silva 37/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Quando é necessária uma pressão para uma aplicação específica
que não pode ser alcançada com bombas hidráulicas normais,
utiliza-se o multiplicador de pressão;

O seu funcionamento baseia-se no Principio de Pascal. A entrada


é alimentada com óleo a uma pressão p1 (pressão de entrada)
para se obter uma pressão multiplicada p2 (pressão de saída);

>>

Um multiplicador de pressão, aproveita o princípio da relação


entre dois diâmetros para aumentar a pressão.
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Ferreira da Silva 38/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Dois êmbolos de diâmetros diferentes são unidos entre si por uma


haste (F = const);
Ao aplicar-se uma pressão p1 na superfície do êmbolo A1, uma
força F atua sobre o êmbolo de menor diâmetro, agindo assim
sobre a superfície A2;

Como

O resultado é uma pressão p2 maior que a pressão p1.


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Ferreira da Silva 39/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Multiplicação de pressão – Aplicação a cilindros


A multiplicação de pressão verifica-se também em cilindros
assimétricos quando um estrangulador é usado na saída do lado da
haste;

Este fenómeno deve ser tomado em consideração na escolha de


tubagens, acessórios e válvulas.
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Ferreira da Silva 40/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Modelo 3D de um multiplicação de pressão

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Ferreira da Silva 41/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Circuito “Multiplicador de pressão” Fonte: Hidramatic

Alta pressão, até 4000 bar Baixa pressão

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Ferreira da Silva 42/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Circuito “Multiplicador de pressão” Fonte: Scanwill

Os multiplicadores de pressão trabalham com pressões de entrada


de até 200 bar e disponibilizam pressões de saída de até 4000 bar,
em faixas de caudais entre 13 a 80 litros por minuto.
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Ferreira da Silva 43/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

O multiplicador de pressão é particularmente usado em bancos de


teste para mangueiras hidráulicas, tanto para testes de pressão
como de rebentamento (também em máquinas-ferramentas,
prensas de moldagem especiais, etc.);

Bancada hidráulica para teste de mangueiras - Pressão até 1000 bar


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Automação 2.2– Princípios Básicos

Multiplicador de pressão

Circuito hidráulico de bancada de teste de mangueiras


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Automação 2.2– Princípios Básicos

Exemplos de cálculo
-
Multiplicação de pressão

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Automação 2.2– Princípios Básicos

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Ferreira da Silva 47/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Exemplo 1:
Sabendo que a pressão de entrada pe = 50 bar, e para as condições
indicadas na figura, calcule o valor da pressão de saída (ps).

= 𝟓𝟎 𝒃𝒂𝒓

retorno é efetuado por mola

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Automação 2.2– Princípios Básicos

Resolução:
A relação entra as duas áreas Ae/As define o aumento de pressão
para o cilindro menor;
= 𝟓𝟎 𝒃𝒂𝒓

De facto, se na área Ae (de entrada), aplicarmos uma pressão pe


(pressão na entrada) obtemos uma força F que é transmitida ao
cilindro d.
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Automação 2.2– Princípios Básicos

A relação entre as áreas (R) dos cilindros fornece-nos o valor da


relação das pressões;

Diz-se que a proporção é de 40:1

então ps =

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Automação 2.2– Princípios Básicos

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Ferreira da Silva 51/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Exemplo 2:
Um motorista de um automóvel carrega a fundo no pedal do travão
exercendo uma força equivalente a 100 N.

versão simplificada do sistema de travagem do veículo,


Dados:
d1 = 0.4 m A1 = 4x10-4 m2
d2 = 0.2 m A2 = 16x10-4 m2
Determine:
A força que o pistão 2 exerce sobre a pastilha do freio.
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Automação 2.2– Princípios Básicos

Resolução:

Forças envolvidas no problema


Cálculo de F2:
Equilíbrio no fulcro da alavanca ( M = 0)

F1 x 0.4 = F2 x 0.2 𝟐

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Cilindro 1

𝟒 N/m2

Cilindro 2

F3 𝟑 𝟒 N
𝟐

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Automação 2.2– Princípios Básicos

3.1.3 Transmissão hidráulica de deslocamento

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Ferreira da Silva 55/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

O princípio da conservação de energia afirma que os dois


trabalhos, W1 e W2 são iguais.
Trabalho

W =

Princípio de Pascal

=
Volume

V =

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Ferreira da Silva 56/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Ou seja

Os deslocamentos dos êmbolos, ao contrário das forças, são


inversamente proporcionais às áreas.
Princípio de Pascal

Transmissão de Forças

=
Transmissão de Deslocamentos

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Ferreira da Silva 57/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Pela lei da Conservação de Massa, “o volume de um fluido não
varia ao passar por diferentes seções, ou seja, à medida que as
seções diminuem, a velocidade aumenta”.
Q =

O que se ganha em relação à força tem que ser sacrificado em


distância ou velocidade.

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Ferreira da Silva 58/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Aplicação do Princípio de Pascal


-
Macaco Hidráulico

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Ferreira da Silva 59/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos

Um macaco hidráulico é um instrumento extremamente útil, pois


pressionando (no sentido descendente) uma simples alavanca com
uma força reduzida, consegue-se levantar cargas bastante elevadas.

Resulta numa aplicação direta do Principio de Pascal


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Ferreira da Silva 60/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Esquema funcional

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Ferreira da Silva 61/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Principio de funcionamento

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Ferreira da Silva 62/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
1 - Constituição

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Ferreira da Silva 63/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
2 – Acionamento da alavanca no sentido horário
Quando a alavanca é movimentada no sentido horário, o anti-
retorno A é fechado (não permitindo aspiração do fluído do
reservatório) sendo o anti-retorno B aberto. O fluido hidráulico é
forçado para o cilindro maior e, empurra o êmbolo para cima.
anti-retorno B

anti-retorno A

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Ferreira da Silva 64/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
3 – Acionamento da alavanca no sentido anti-horário
Quando a alavanca é movimentada no sentido anti-horário, o anti-
retorno B fica fechado enquanto o anti-retorno A será aberto. O
fluido hidráulico do reservatório será aspirado para o cilindro
anti-retorno B
menor.

anti-retorno A

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Ferreira da Silva 65/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
4 – Repetição dos pontos 2 e 3
Este processo repete-se até a carga ficar à altura desejada.

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Ferreira da Silva 66/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
5 – Descida da carga
A abertura da válvula de alívio permite a descida controlada da carga.

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Ferreira da Silva 67/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Exemplos de cálculo

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Ferreira da Silva 68/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos

Exemplo 1:
Um macaco hidráulico como o da figura, é constituído por um
cilindro hidráulico é de simples efeito (normalmente avançado)
com Fmola = 50 N. Sendo exercida uma força F1 de 30 kg.

Determine:
a) O valor da força F2 (força exercida pelo cilindro);
b) A pressão p na câmara do cilindro.
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Ferreira da Silva 69/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos
Resolução
F1 = 30 kg  30 x 10 = 300 N

Equilíbrio no fulcro da alavanca ( M = 0)

F1 x 1 = F2 x 0.1 𝟐

Significa que o cilindro exerce uma força para cima de 3000 N.

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Ferreira da Silva 70/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Como a força da mola é de 50N, a força resultante da pressão na


câmara principal (força no êmbolo) deverá ser:

𝒆𝒎𝒃 𝒎 𝒆𝒎𝒃 = 𝒎

logo

𝒆𝒎𝒃

então

𝛑𝐝𝟐 𝟐
𝟒

Este exemplo mostra que uma pessoa com um


esforço de apenas 30 kg desenvolve uma pressão
de 415 bar disponível no cilindro de elevação.
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Ferreira da Silva 71/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Exemplo 2:
Suponha o seguinte macaco hidráulico. Com ele pretende-se
levantar uma massa de 3 t.
Caraterísticas do macaco hidráulico:

Determine:
a) O diâmetro (D) do êmbolo do cilindro de elevação;
b)O número de bombagens necessárias para elevar a carga 160 mm;
c) A potência necessária para levantar a carga de 3 t em 10 segundos.
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Ferreira da Silva 72/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
a) Dimensionamento do diâmetro D do cilindro de elevação
Dados:
 Carga máxima: 3 t
 Curso na subida: de 160 a 500 mm
 Pressão de impulso: 415 bar

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Ferreira da Silva 73/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos

Cálculo do diâmetro do êmbolo do cilindro de elevação:


F = 3t = 3000 kg Força a vencer pelo cilindro de elevação

A= 2 2

   

Verificação do cálculo:

F = p x A = 415 (kgf/cm2) x 7.23 (cm2)  3000 kg = 3 t nnn


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Ferreira da Silva 74/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos
b) O número de bombagens para elevar a carga 160 mm
Cilindro de bombagem: Cilindro de elevação:
  = 0.952 cm   = 3.03 cm
 Curso (L): 11.43 cm  Curso (L): 16 cm
 Área (A): 0.71 cm2  Área (A): 7.23 cm2
 V = A.L = 0.71 x 11.43  8 cm3  V = A.L =  115.6 cm3

O cilindro de simples efeito a cada movimento da bomba, desloca


um volume de óleo correspondente a 8 cm3.

O cilindro de elevação para executar um curso de 160 mm, precisa


de um volume de óleo de 115.6 cm3 .

Logo: 𝟏𝟏𝟓.𝟔

𝟖

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Ferreira da Silva 75/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos
d) A potência necessária para levantar a carga de 3t em 10s

Por cada ciclo o trabalho realizado pelo cilindro de bombagem (igual ao trabalho
do cilindro de elevação) é:
𝟏
W com 𝟏 𝟐
𝟐

Por cada ciclo o trabalho realizado será:

W = 337 J
O curso a realizar poderá ser entre os 160 mm e os 500 mm:
1 – Para 160 mm
W = 4721 J
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Automação 2.2– Princípios Básicos

2 – Para 500 mm
V = A.L =  361.5 cm3

Logo: 𝟑𝟔𝟏.𝟓

𝟖

W = 15165 J

Então:

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Automação 2.2– Princípios Básicos

Transformação de potência

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Automação 2.2– Princípios Básicos

Em qualquer circuito hidráulico há uma transformação de potência


mecânica gerada a partir de potência elétrica ou térmica (potência
de entrada), em potência hidráulica;
Potência de saída

Potência hidráulica

Potência de entrada

Nesta forma, é transmitida e controlada sendo por fim, novamente


transformada em potência mecânica (potência de saída).
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Ferreira da Silva 79/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

A potência é sempre o resultado do produto de duas grandezas, seja


sob a forma de potência de entrada (PE), de potência hidráulica (PH)
ou de potência de saída (PS).

PH = p. Q Unidades 1 W = 1 Nm/s

Formas de potência num circuito hidráulico


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Ferreira da Silva 80/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Devido às perdas de carga geradas pelos constituintes dos circuitos


hidráulicos (tubagens, bombas, válvulas, curvas, cilindros, etc.), o
aproveitamento final da potência fornecida (eficiência dos sistemas
hidráulicos) é de cerca de 75%.

25 % perdas

Potência de entrada e de saída


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Ferreira da Silva 81/173
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Potência de entrada (PE)

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Ferreira da Silva 82/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

A ligação entre o motor e a bomba hidráulica é feita através de um


acoplamento mecânico.

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Ferreira da Silva 83/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Num circuito hidráulico, a potência elétrica (ou térmica) gerada no


motor é transformada em potência mecânica de rotação no veio de
acionamento da bomba hidráulica, sendo por isso a potência de
entrada;

Bomba hidráulica acoplada diretamente ao eixo do motor

A potência elétrica é transformada em potência mecânica (binário


produzido no veio de acionamento da bomba hidráulica).
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Ferreira da Silva 84/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos

PH  p xQ

Potência hidráulica (PH)

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Ferreira da Silva 85/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Num circuito hidráulico designa-se por “potência hidráulica” o


produto da pressão p pelo caudal Q:
PH  p x Q

Num circuito hidráulico é a bomba que converte a potência


mecânica aplicada no veio de acionamento, em potência hidráulica.

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Ferreira da Silva 86/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Unidades da potência hidráulica
Normalmente o valor do caudal Q vem expresso em l/min e a
pressão p em bar;
Para ser possível calcular a potência hidráulica (kW) usando estas
unidades, a seguinte conversão deverá ser efetuada:
e p

O que combinado dá:


𝑙
𝑙 1 𝑥 10 𝑚 𝑁 1 𝑥 10 𝑄 𝑥 𝑝(𝑏𝑎𝑟)
𝑚𝑖𝑛
𝑄 𝑥 𝑝 𝑏𝑎𝑟 𝑥 𝑥 = 𝑄 𝑥 𝑝 𝑏𝑎𝑟 𝑥 (𝑊) = 𝑘𝑊
𝑚𝑖𝑛 60 𝑥 10 𝑠 𝑚 600 600

A potência hidráulica será então:


caudal (l / min) x pressão (bar )
PH  (kW )
600
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Ferreira da Silva 87/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos

Cálculo da potência de acionamento


A potência de acionamento (Pa) de uma bomba hidráulica (potência
absorvida – fornecida pelo motor elétrico), será calculada por:

PH
Pa  (kW )
g
sendo com
p xQ P – bar
PH  (kW )
600 Q - l/min
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Ferreira da Silva 88/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
A pressão p deverá corresponder ao valor máximo imposto pela
válvula limitadora de pressão.

pmáx .Q
Pa  (kW )
600. g
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Ferreira da Silva 89/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Exemplo:
Uma bomba hidráulica fornece 12 litros de óleo por minuto a uma
pressão de 200 bar.

Calcule:
a) A potência hidráulica;
b) Se a eficiência global da bomba for de 60%, dimensione o
motor elétrico que deverá estar acoplado à bomba.

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Ferreira da Silva 90/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Resolução:
a) Cálculo da potência hidráulica

p.q
P – 200 bar PH  (kW )
Q – 12 l/min 600

p.q 200 x 12
PH    4 kW
600 600
b) Cálculo do motor elétrico

PH4
Pa    6.67 kW
 g 0.6
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Automação 2.2– Princípios Básicos

Potência de saída (PS)

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Ferreira da Silva 92/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos

A potência de saída resulta da transformação da potência hidráulica


em potência mecânica.

PMec = Ps = M x  = F x v

Motores Cilindros
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Ferreira da Silva 93/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Se pretendermos potência mecânica de rotação (potência de saída


nos motores), essa potência será dada pelo produto do binário M
pela velocidade angular .

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Ferreira da Silva 94/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Se o objetivo é a obtenção de movimentos lineares (cilindros), então


a transformação será entre potência de entrada (Potencia hidráulica)
e potencia de saída (potencia mecânica linear);

O trabalho W realizado pelo êmbolo do cilindro, ao deslocar-se


num espaço d, num tempo t é dado por:

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Ferreira da Silva 95/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

A potência útil ou potência de saída Ps (W) do cilindro é dada por:

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Ferreira da Silva 96/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Tipos de Potência em Sistemas Hidráulicos
 Num sistema hidráulico há uma transformação de potência mecânica,
gerada a partir de potência elétrica ou térmica, em potência
hidráulica.
 Nesta forma, ela é transmitida e controlada sendo, por fim, novamente
transformada em potência mecânica.
 As diversas formas assumidas pela potência são sempre o resultado do
produto de duas grandezas.
 A potência hidráulica é o produto da pressão p e do caudal q.

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Ferreira da Silva 97/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Rendimentos

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Ferreira da Silva 98/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos
Todas as máquinas na realização de trabalho, apresentam perdas
(o seu rendimento é menor que 100%);

Por via da conversão de potência ocorrida em bombas, motores e


cilindros hidráulicos, existem perdas que se podem traduzir em
rendimentos;

bombas motores cilindros


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Ferreira da Silva 99/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

À potência fornecida à entrada da máquina (cilindros, bombas ou


motores) teremos de subtrair a potência perdida por efeito das
perdas;
PH

PMec

Psaída
=P
entrada

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Ferreira da Silva 100/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Nas bombas, nos motores e nos cilindros hidráulicos consideram-se


dois parâmetros para reconhecer as perdas: rendimento
volumétrico ( ) e rendimento mecânico (m);

Um terceiro parâmetro o rendimento global ( ) contabiliza as


perdas totais sendo por isso uma combinação (produto) dos dois
anteriores;

Os rendimentos são bastante dependentes dos parâmetros de


funcionamento do sistema pelo que devem ser otimizados pela
escolha do ponto de funcionamento mais favorável no cálculo de
sistemas hidráulicos.
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Ferreira da Silva 101/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Rendimentos

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Ferreira da Silva 102/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Rendimentos

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Ferreira da Silva 103/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Rendimento volumétrico ( )

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Ferreira da Silva 104/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

O rendimento volumétrico (v) contabiliza as perdas internas nos


componentes hidráulicos (bombas, motores e cilindros);

Os componentes hidráulicos fabricam-se com tolerâncias muito


apertadas, entre os seus componentes internos, evitando-se no
entanto o contacto entre os componentes;

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Ferreira da Silva 105/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Nos cilindros hidráulicos, as folgas (tolerâncias) produzem-se fugas


de óleo de forma que permitem a passagem de óleo de uma
camara do cilindro para a outra;

O rendimento volumétrico (v) representa a diferença entre o


caudal entrado na câmara e o que efetivamente lá fica.
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Ferreira da Silva 106/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Nas bombas, as folgas (tolerâncias) produzem fugas de óleo de


forma que o caudal aspirado através da tubagem de aspiração, é
ligeiramente superior ao lançado na tubagem de pressão. Esta
diferença é representada pelo rendimento volumétrico (v).

caudal teórico caudal real

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Ferreira da Silva 107/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos
Nos motores, o rendimento volumétrico (v) contabiliza as perdas
por fugas internas entre a entrada e a saída;

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Ferreira da Silva 108/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Variação do rendimento volumétrico com a pressão

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Ferreira da Silva 109/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Rendimento volumétrico de um cilindro ( )

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Ferreira da Silva 110/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

O rendimento volumétrico (v) num cilindro, é afetado


fundamentalmente por fugas de óleo entre as camaras;

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Ferreira da Silva 111/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Com os atuais sistemas de vedação, a eficiência volumétrica de um


cilindro hidráulico (em boas condições), aproxima-se dos 100%.

 

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Ferreira da Silva 112/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Rendimento volumétrico de uma bomba ( )

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Ferreira da Silva 113/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Todas as bombas se fabricam com tolerâncias entre as suas peças


internas. Nas tolerâncias produzem-se fugas de óleo, de forma que
o caudal que é aspirado pela bomba na sua aspiração é superior ao
caudal lançado no circuito. A esta diferença dá-se o nome de
rendimento volumétrico (𝒃𝒐𝒎𝒃𝒂
𝒗 );
Os construtores das bombas obtêm rendimentos volumétricos da
ordem dos 95% e superiores;

Para uma mesma bomba, o rendimento é variável dependendo


da pressão e também em certa medida, da velocidade de
accionamento.
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Ferreira da Silva 114/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Uma vez identificada a bomba que vamos utilizar, deveremos


consultar a curva P-Q fornecida pelo fabricante, para podermos
saber qual será o caudal da bomba á pressão que vamos trabalhar.

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Ferreira da Silva 115/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Características de uma bomba hidráulica fornecida por um fabricante

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Automação 2.2– Princípios Básicos

 =

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Automação 2.2– Princípios Básicos

Exemplo:
A bomba de modelo T6CM-B22, está a funcionar a 140 bar e
1500 rpm. Sendo os dados do seu fabricante os seguintes:

Determine:
O rendimento volumétrico (v) da bomba?

Resolução:

 = =

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Automação 2.2– Princípios Básicos

Rendimento volumétrico de um motor ( )

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Automação 2.2– Princípios Básicos

Num motor o rendimento volumétrico (v) contabiliza as perdas


por fugas internas entre a entrada e a saída;
O número de rotações de um motor é função do caudal fornecido
pela bomba, o que lhe permite um determinado número de
rotações (rpmT);

As perdas internas fazem diminuir o número de rotações (rpmR);

A eficiência volumétrica (v) de um motor é uma medida da


velocidade de rotação real, expressa em percentagem da sua
velocidade de rotação teórica.
𝑹
 =
𝑻

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Automação 2.2– Princípios Básicos

Como:
caudal utilizado pelo motor = caudal da bomba – caudal de fugas

Poderá também calcular-se como:


𝒓𝒆𝒂𝒍
𝒃𝒐𝒎𝒃𝒂 𝒇𝒖𝒈𝒂𝒔
 = 𝒎𝒐𝒕𝒐𝒓
𝒕𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒐
𝒃𝒐𝒎𝒃𝒂 𝒎𝒐𝒕𝒐𝒓

Gráfico típico do rendimento volumétrico de um motor de engrenagens


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Automação 2.2– Princípios Básicos

1.1.2 Rendimento mecânico ( 𝒎)

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Automação 2.2– Princípios Básicos

O rendimento mecânico (m), carateriza as perdas de potência


devidas ao contacto mecânico dos componentes internos (perdas
por atrito, arrasto do eixo, etc.), e à turbulência do óleo;

𝒆𝒇𝒆𝒕
m =
𝒕𝒆𝒐

O rendimento mecânico normalmente varia entre 80 a 90%

m = 0.8 a 0.9

É um dado de grande significado para a determinação do binário


de saída dos motores hidráulicos.

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Automação 2.2– Princípios Básicos

Rendimento mecânico de um cilindro (𝒄𝒊𝒍𝒊𝒏𝒅𝒓𝒐


𝒎 )

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Automação 2.2– Princípios Básicos
O rendimento mecânico de um cilindro está diretamente
relacionado com as perdas por atrito;

O desempenho mecânico do cilindro é afetado, pois é necessário


vencer as forças de atrito produzidas pelos vedantes;

O valor típico para rendimento mecânico de um cilindro hidráulico


é de cerca 0.85 (devendo no entanto consultar-se o catalogo do fabricante).
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Automação 2.2– Princípios Básicos

Rendimento mecânico de uma bomba (𝒃𝒐𝒎𝒃𝒂


𝒎 )

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

O rendimento mecânico de uma bomba hidráulica quantifica as


perdas por atrito das partes moveis (rolamentos e outras partes
moveis) e perdas energéticas por turbulência do próprio fluido;


Com

 p – pressão de descarga da bomba (N/m2);


 – caudal teórico da bomba (m3/s);
 M – binário de acionamento da bomba (Nm);
 – velocidade de rotação da bomba (rad/s).
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Rendimento mecânico de um motor (𝒎𝒐𝒕𝒐𝒓


𝒎 )

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Automação 2.2– Princípios Básicos

O rendimento mecânico leva em conta as perdas internas e


mecânicas que reduzem o binário realmente disponível no veio de
saída (MReal), quando comparado com o binário teórico (MTeórico);

Com
=

As perdas mecânicas são o resultado do atrito nos pinos, nos


rolamentos e nas vedações do eixo de rotação;
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1.1.3 Rendimento global ( 𝒈)

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O rendimento global contabiliza as perdas totais na conversão de


potência em bombas, motores e cilindros.

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Ferreira da Silva 132/173
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Curvas típicas de rendimento função da pressão de saída (para uma bomba)


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Ferreira da Silva 133/173
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O rendimento global ( ) contabiliza as perdas totais sendo por


isso uma combinação (produto) do rendimento volumétrico e do
rendimento mecânico;

Os rendimentos são bastante dependentes dos parâmetros de


funcionamento do sistema pelo que devem ser otimizados pela
escolha do ponto de funcionamento mais favorável no cálculo de
sistemas hidráulicos.

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Ferreira da Silva 134/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos

Rendimento global de um cilindro (𝒄𝒊𝒍𝒊𝒏𝒅𝒓𝒐


𝒈 )

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Ferreira da Silva 135/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos

O rendimento global de um cilindro hidráulico contabilizará as


perdas globais (volumétricas e mecânicas);

  
Sendo o rendimento volumétrico num cilindro, cerca de 100%, o
rendimento global coincide praticamente com o valor do
rendimento mecânico;

O valor típico para rendimento global de um cilindro hidráulico é


de cerca 0.85 (devendo no entanto consultar-se o catalogo do fabricante).

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Cálculo do rendimento global (g)

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Rendimento global de uma bomba (𝒃𝒐𝒎𝒃𝒂


𝒈 )

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O rendimento global de uma bomba hidráulica contabilizará a


relação entre a potência fornecida pela bomba e a potência
fornecida à bomba;

ou

  

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Rendimento global de um motor (𝒎𝒐𝒕𝒐𝒓


𝒈 )

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Num motor hidráulico, a potência mecânica disponível no veio de


saída é sempre menor que a potência hidráulica absorvida pelo
motor. Esta perda é devida a atrito mecânico e fugas internas;

 =

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Exemplos resolvidos

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Exemplo 1:
Uma bomba hidráulica debita um caudal de 50 l/min, a uma
pressão de 100 bar.

Determine:
A potência hidráulica (PH) produzida pela bomba?

Resolução:
p.q 100 x 50
PH    8.33 kW
600 600
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Automação 2.2– Princípios Básicos
Exemplo 2:
Um cilindro hidráulico, tem um diâmetro do êmbolo de 75 mm e
uma haste com um diâmetro de 50 mm. Sabendo que o seu curso
é de 254 mm e efetua 60 ciclos/min.

Qual dos modelos desta bomba hidráulica escolheria?

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Resolução:
O problema consiste em saber qual a cilindrada necessária para a
bomba hidráulica.
Área da coroa circular:
 
Área =
Cálculo do caudal a debitar pela bomba:

com
e
t tempo para realizar 1 ciclo

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como

Logo devemos escolher uma bomba com: C  25 cm3/rot

A opção será pelo modelo HD.30.27


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Automação 2.2– Princípios Básicos

Exemplo 3:
Um motor hidráulico possui as seguintes características;

Determine:
O seu rendimento global (g)?
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Resolução:
Cálculo do binário teórico:

= = 4775 Nm (considerando m = 1)

Cálculo do rendimento mecânico:

 =
ó

Cálculo do caudal real (no motor):

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Cálculo do rendimento volumétrico do motor:


ó

Cálculo do caudal rendimento global:

  
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Outra forma de resolver seria:

 =

= 4.82 rad/s

p = 300 bar = 300 x 105 N/m2

Q = 50 l/min = 8.33 x 10-4 m3/s

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Exemplo 4:
Uma máquina dobradora de tubos como a que se pode ver utiliza
um cilindro hidráulico para dobrar tubos de aço. A força necessária
para realizar a operação de dobragem é de cerca de 40000 N, ao
longo dos 500 mm do curso realizado pelo cilindro .

Selecione a bomba, para que o movimento de avanço do cilindro se faça em 10 s. Qual a


potência do motor elétrico que faz o acionamento da bomba hidráulica. As perdas de
carga ao longo de todo o circuito hidráulico (filtro, válvula distribuidora, tubagens, etc.) são
cerca de 5 bar.
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Dados do fabricante:

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Resolução:
Vamos começar por calcular a velocidade média da haste do cilindro no avanço (situação mais
desfavorável em termos de caudal de óleo, uma vez que a área é maior).

A= 50.27 cm2 L = 500 mm

F = 40000 N

e 0 .5
v   0.05 m.s 1  5 cm.s 1
t 10
Seguidamente poderemos calcular o caudal necessário para assegurar esta velocidade:

q  v. A1  0.05 x 50.27 x 104  2.5 x 10 4 m3 / s  15 l / min


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Vamos calcular agora a pressão de trabalho no cilindro:

F 40000 2
ptrab.   4
 7957032 N / m  79.6 bar
A 50.27 x 10
Adicionando os 5 bar referentes ao total de perdas de carga no circuito, teremos para a pressão de
trabalho da bomba 84.6 bar (79.6 bar + 5 bar).

Observando os dados técnicos de um fabricante podemos verificar que a bomba de tamanho


nominal 11 permite obter um caudal de 16 l/m a 0 bar.
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Verifica-se que a 84.6 bar, a bomba de tamanho nominal 11 (TN11) debita a esta pressão um
caudal de cerca de 15.5 l.

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. A potência do motor eléctrico (Pacc) deverá ser calculada para a pressão de 115 bar (valor
imposto pela válvula limitadora de pressão) :
Phid p max .q
Pacc  ou seja Pacc 
600 x g 600 x g
Consultando os gráficos para a bomba de tamanho nominal 11 (TN11), obtemos à
pressão de 115 bar um caudal de cerca de 15.3 l/min e um rendimento global (  g) de
cerca de 85%.

115 x15.3
Então a potência do motor eléctrico deverá ser: Pacc   3.45 kW
600 x0.85
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Exemplo 5:

Os componentes do circuito hidráulico mostrado têm as seguintes


características:

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i. A queda de pressão ao longo do circuito (desde a saída da


bomba à entrada do cilindro) é de 5.2 bar;
ii. A queda de pressão total na linha de retorno da extremidade
da haste do cilindro é de 3.5 bar.

Determine:
a) A cilindrada da bomba;
b) A potência de entrada necessária para acionar a bomba;
c) O binário de entrada necessário para acionar a bomba;
d) Qual a percentagem da potência de entrada da bomba, que é
fornecida à carga.

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Resolução:

Transmissão de potência

Áreas

.
= 0.0324

Perdas de carga ( ) ( . . )
= 0.0242

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a) Cálculo da cilindrada da bomba

 2.47 l/s


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b) Cálculo da potência de acionamento

Equilíbrio de forças

 
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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
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P = 57.55 bar

= 

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Ferreira da Silva 162/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos

  x

í
= 

c) Cálculo binário de entrada


com
 
 


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Ferreira da Silva 163/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos

d) Cálculo da percentagem da potência de entrada fornecida à carga

 

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Ferreira da Silva 164/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos

Exemplo 6:
O circuito hidráulico ilustrado, opera a uma pressão de 105 bar,
com as caraterísticas mostradas na tabela.

Determine:
a) A cilindrada do motor;
b) O binário de saída do motor.
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Ferreira da Silva 165/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

a) Cálculo da cilindrada do motor


Caudal teórico da bomba:

= 1.667 x

Caudal real da bomba:

ó
 = 1.42 x

logo

= 1.42 x
= 85.2 l/min

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Ferreira da Silva 166/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos
Caudal teórico do motor:
.
 ó  ó
 .
= 1.51 x

como

logo
ó
C= = 1.51 x =

b) Cálculo do binário do motor

  

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Ferreira da Silva 167/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

como

 Mx  pxQ

logo
 pxQ

e

 = x

então

 205 Nm

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Ferreira da Silva 168/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos

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Ferreira da Silva 170/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos
Rendimento global
 = x ou 
Grandezas
Caudal
 n (rpm)
Q=
Binário de acionamento Q (l/min)

M= C (cm3/rot)

Potência de acionamento ou Potência de entrada M (N.m)
=

∆p (bar)
Potência Mecânica (Potência de Entrada)
=Mx= P (kW)
Potência Hidráulica (Potência de Saída)
=
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Ferreira da Silva 171/173
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Automação 2.2– Princípios Básicos

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Ferreira da Silva 172/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.2– Princípios Básicos

Caudal

Q= Grandezas

n (rpm)
Velocidade de rotação
 Q (l/min)
n=
C (cm3/rot)
Binário motor
 ou M = p (N/m2) x C (m3/rot)
M= M (N.m)

Potência de saída do motor ∆p (bar)
 
= ou =Mx=
P (kW)
Rendimento global
 = x ou 
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Ferreira da Silva 173/173
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

2.3 - ATUADORES
HIDRÁULICOS

Automação
3º Ano / 1º Semestre
-
Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Dep. Engenharia Mecânica
Ferreira da Silva
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira Ano
da Silva 1/160
Letivo 2020/2021
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

1. Objetivos do capítulo

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Ferreira da Silva 2/160
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Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

 Conhecer a classificação dos atuadores hidráulicos;


 Saber a diferença entre atuadores lineares, e atuadores rotativos;
 Conhecer os aspetos construtivos e o principio de funcionamento dos
vários tipos de atuadores hidráulicos;
 Conhecer as expressões que permitem saber a força, velocidade e
potência hidráulica desenvolvidas pelos atuadores hidráulicos;
 Possuir capacidade de análise de sistemas que envolvam atuadores
hidráulicos;
 Saber avaliar a importância de amortecimento do cilindro;
 Conhecer os vários tipos de fixação usados nos atuadores hidráulicos;
 Saber avaliar o desempenho dos sistemas hidráulicos, que usem
atuadores hidráulicos;
 Possuir a competência de em bancada didática, implementar circuitos
que envolvam atuadores hidráulicos.
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Ferreira da Silva 3/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

2. Introdução

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Ferreira da Silva 4/160
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Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Uma das características marcantes dos sistemas que utilizam a


energia de um fluido pressurizado é a força gerada pela fonte de
alimentação.

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Ferreira da Silva 5/160
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Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Com os atuadores hidráulicos é possível obter elevados binários e


forças, bem como um bom controlo de movimento;

É esta a sua principal vantagem sobre os sistemas pneumáticos e


elétricos.
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Ferreira da Silva 6/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
A energia hidráulica, é controlada e dirigida por válvulas adequadas
e transportada por tubagens, podendo ser convertida em qualquer
tipo de movimento mecânico desejado (linear ou rotativo).

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Ferreira da Silva 7/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Qualquer movimento linear ou rotativo pode ser obtido utilizando
um dispositivo de atuação adequado (atuadores lineares ou
rotativos).

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Ferreira da Silva 8/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Os atuadores hidráulicos são dispositivos que estão localizados no


final de um circuito hidráulico.

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Ferreira da Silva 9/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

São a parte onde é realizado trabalho mecânico após o fluído


hidráulico percorrer todo o circuito.

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Ferreira da Silva 10/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Quando o fluido hidráulico os aciona, transformam energia


hidráulica em mecânica (força-atuadores lineares ou binário-
atuadores rotativos).
Energia hidráulica

Energia hidráulica = p x Q

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Ferreira da Silva 11/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Força Binário
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Ferreira da Silva 12/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3. Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 13/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

O atuador é o componente do circuito hidráulico que converte a


energia de pressão (energia contida no fluído/energia hidráulica)
em energia mecânica;

Os atuadores hidráulicos usam dois tipos de movimento para o seu


funcionamento: linear ou rotativo.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 14/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Os atuadores lineares fornecem força (F) para mover uma carga


linearmente, enquanto os atuadores rotativos fornecem binário (M)
por forma a permitir rodar uma carga.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 15/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 16/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3.1 Classificação dos atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 17/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Dependendo do tipo de atuação, os atuadores hidráulicos podem
ser classificados segundo as seguintes categorias:

• Atuadores lineares: Para atuação


linear (cilindros hidráulicos)

• Atuadores rotativos: Para atuação


rotativo (motores hidráulicos)

• Atuadores semi-rotativos: Para


atuação com angulo limitado
(atuadores semi-rotativos)

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 18/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Classificação dos atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 19/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Atuadores lineares Atuadores rotativos

Cilindro hidráulico Motor hidráulico


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 20/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Atuadores semi-rotativos

Oscilador hidráulico
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 21/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3.2- Atuadores lineares (cilindros)

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 22/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Um atuador linear é um dispositivo que transforma a energia


hidráulica gerada por uma bomba em energia mecânica para obter
uma força linear capaz de mover uma carga.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 23/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Um atuador linear realiza um movimento de translação, de curso


limitado;

São vulgarmente designados por cilindros ou macacos hidráulicos.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 24/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Do ponto de vista do seu funcionamento, um atuador linear é


basicamente, uma estrutura fixa, o corpo, e duas componentes
móveis, um êmbolo (ou pistão) e uma haste ligada ao êmbolo.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 25/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Constituição detalhada de um atuador hidráulico

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 26/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Os atuadores lineares hidráulicos, como o próprio nome indica,


executam as suas trajetórias em linha reta;

No seu ciclo de trabalho, expandem (movimento de avanço) e


retraem (movimento de recuo) a haste, fornecendo uma força que
permite vencer uma força/carga externa.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 27/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Quando um fluído hidráulico entra num recipiente fechado
equipado com um êmbolo móvel que separa o cilindro em duas
câmaras, é gerada determinada força (de pressão) e velocidade.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 28/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

A potência de entrada é dada pelo produto da pressão p pelo


caudal Q (chamada Potência Hidráulica – PH);

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 29/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

O valor da força mecânica de saída F é dada pelo produto da


pressão p que atua sobre um êmbolo de área A;

No avanço, velocidade v de deslocamento do êmbolo é dada pelo


quociente entre o caudal Q e a área A;

No retorno, a velocidade v de deslocamento do êmbolo será:

com Ah a área da haste do cilindro

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 30/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Resumindo:
Num cilindro a força F depende da pressão p, e
a velocidade v depende do caudal Q.

F = f(p)
v = f(Q)

p,Q

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 31/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3.2.1 – Tipos de atuadores lineares

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 32/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

A função do atuador linear hidráulico é: converter


energia hidráulica em energia mecânica com o objetivo
de gerar um movimento linear.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 33/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Classificação segundo o seu tipo:

• Cilindro de simples efeito;

• Cilindro de duplo efeito;

• Cilindro telescópico;

• Cilindro tandem.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 34/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3.2.1.1- Cilindros de simples efeito

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 35/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Num cilindro de simples efeito, apenas um dos movimentos é feito


por ação da pressão hidráulica;
Neste tipo de atuador, só existe um orifício de ligação,
responsável pela admissão e exaustão do fluido hidráulico.

De simples
De simples efeito
efeito com e
para avanço e
sem mola para Telescópico
recuo
retorno

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 36/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Os cilindros hidráulicos simples efeito são de construção mais


simples, e portanto de manutenção também mais simples;

Com apenas uma ligação, a ação do cilindro é determinada


inteiramente pela pressão da linha de alimentação.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 37/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Podem construtivamente ter uma mola para empurrar ou retrair a
haste do pistão, ou fazer o movimento até à posição normal através
da ação de uma carga exterior.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 38/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Quando se pretende movimentar uma carga pesada, apenas numa
direção, os cilindros hidráulicos de simples efeito são normalmente
a melhor solução.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 39/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

A simplicidade é sempre importante em equipamentos que


precisam de ser robustos e confiáveis.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 40/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3.2.1.1- Cilindro de simples efeito com retorno por mola

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 41/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Um cilindro de simples efeito é constituído por um pistão ou
êmbolo;

Na outra extremidade existe uma haste, com uma mola e um


orifício (da saída), que permite a exaustão ou admissão de ar;
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 42/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Fluido hidráulico da bomba

Corpo do Cilindro Mola Tampa (cabeça)

Avanço

Haste

Retorno

Tampa posterior Pistão (êmbolo) Dreno

Principio de funcionamento de um cilindro de simples efeito


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 43/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Neste tipo de cilindro, um dos movimentos é efetuado por ação de
uma mola, uma vez que não pode ser efetuado hidraulicamente;

Está disponível na configuração de normalmente recuado, ou


normalmente avançado.
normalmente recuado normalmente avançado

mola mola

Símbolo Símbolo
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 44/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Existindo apenas um orifício de ligação responsável pela admissão e
exaustão do fluido hidráulico pressurizado, a força aplicada pela
haste do cilindro, é apenas exercida numa direção (avanço ou
recuo);

p F

Força aplicada no avanço


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 45/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Avanço ou retorno por ação mecânica (mola)


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 46/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O comprimento necessário para conter a mola de retorno torna-os
pouco adequados quando são necessários cursos longos;

Geralmente limitado a cilindros de curso muito pequenos e curtos


usados para segurar e fixar. Curso de 40 a 60 mm
Fonte

Até 700 bar de pressão


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 47/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

1. Anel guia de aço de liga endurecido elimina o


deslocamento excessivo e fornece suporte para
reduzir o desgaste das cargas descentradas;
2. Rolamento em compósito de alta resistência
fornece suporte para cargas descentradas sem
danificar as paredes do cilindro;
3. Pistão endurecido e cromado para reduzir o
desgaste e a corrosão;
4. Molas de retorno para serviços pesados
permitem tempos de retorno rápidos;
5. Corpo de aço de liga de alta resistência é
maquinado com precisão para reduzir o
desgaste e possui um acabamento de esmalte
cozido para durabilidade e proteção contra
corrosão;
6. Vedantes industriais tipo copo em U evitam
vazamentos dispendiosos;
Fonte 7. Acoplador.
EAGLE PRO INDUSTRIAL TOOLS

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 48/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Esquema de funcionamento de um cilindro de simples efeito

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 49/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

2.1.1.2- Cilindro de simples efeito sem mola (de haste mergulhante)

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 50/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Um outro tipo de cilindro de simples efeito, pode ser o carregado


por carga:
símbolo

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 51/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Neste tipo de cilindro de simples efeito (também chamado de haste


mergulhante), o pistão e a haste são uma peça única.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 52/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Neste tipo de cilindro, o fluido hidráulico retorna ao tanque por


ação do peso do pistão ou de uma força externa.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 53/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Parado:

Na subida (a velocidade constante):

Na descida (a velocidade constante):

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 54/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Controlo de um cilindro de simples efeito

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 55/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Caraterísticas deste tipo de cilindro:
• Exercem forças menores;
• Têm melhor eficiência;
• Precisam de suporte axial;
• Menor exigência na qualidade do cilindro.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 56/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Dependendo da aplicação, estes cilindros podem ser projetados


com ou sem um limitador de curso interno.

sem limitador de curso interno Com limitador de curso interno


(guiada por pistão)

No modelo sem limitador de curso interno, a força de avanço, é


calculada a partir da área efetiva máxima do pistão e da pressão
máxima de operação.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 57/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Área de
avanço

Com limitador de curso interno


(guiada por pistão)

No modelo com limitador de curso interno, somente a área da


haste do pistão é efetiva para o cálculo da força resultante da
pressão do fluido.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 58/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O movimento do cilindro é conseguido (para movimentar o peso),
aplicando fluido hidráulico pressurizado na câmara do êmbolo,
através do orifício de pressão;

O orifício de saída, do lado da haste ou a porta de ventilação está


diretamente ligada à atmosfera de modo que o ar da câmara oposta
possa sair livremente para a atmosfera.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 59/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Uma vez que um dos movimentos não poderá ser efetuado por
pressão hidráulica, a força para realizar o movimento oposto, pode
ser a gravidade, ou algum meio mecânico (Ex: mola).
Simples efeito e retorno pela força da carga Simples efeito e retorno por mola

símbolo símbolo

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 60/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Para retrair o cilindro, a pressão é simplesmente retirada da camara
do êmbolo, ligando-a ao tanque, o que permite que o peso da carga
envie o fluido hidráulico do cilindro, de volta ao tanque.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 61/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Controlo da velocidade de retorno de um cilindro de
simples efeito com retorno por massa

Na posição intermédia da válvula, o cilindro fica bloqueado em


qualquer posição, sustendo a carga;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 62/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Controlo da velocidade de retorno de um cilindro de
simples efeito com retorno por massa
A válvula foi comutada para controlar a subida do cilindro,
passando o fluido hidráulico pela válvula de retenção;

A pressão gerada é a necessária para superar a força da carga a ser


movida.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 63/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Controlo da velocidade de retorno de um cilindro de
simples efeito com retorno por massa
A válvula foi agora comutada, de modo a ligar a câmara do
cilindro com o tanque.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 64/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Esquema básico para controlo da velocidade de retorno de
um cilindro de simples efeito

.
=

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 65/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 66/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Circuito com cilindro de simples efeito com retorno por gravidade

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 67/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3.2.1.2 - Cilindros de duplo efeito

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 68/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Um cilindro que utilize o fluido hidráulico para produzir trabalho
em ambos os sentidos de movimento (avanço e recuo), é designado
como cilindro de duplo efeito.

Fluido hidráulico Fluido hidráulico

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 69/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Como consequência, este tipo de atuador pode estar montado em
qualquer posição ou direção, uma vez que o seu movimento de
retorno também é efetuado por ação hidráulica.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 70/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Os cilindros de duplo efeito são sem sombra de dúvida os mais
utilizados em hidráulica;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 71/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Existem, dois tipos de cilindros de duplo efeito:

• Cilindros de duplo efeito assimétricos:

• Cilindros de duplo efeito simétricos:

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 72/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

2.1.3.1- Cilindros de duplo efeito diferencial

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 73/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O cilindro hidráulico de dupla ação diferencial é o atuador linear
mais utilizado em óleo hidráulica;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 74/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
São designados por cilindros diferenciais, devido ao fato de terem
áreas expostas ao fluido hidráulico desiguais durante as fases a
avanço e recuo.

Símbolo

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 75/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
A área do lado da haste é sempre menor devido à seção ocupada
pela própria haste, tendo portanto, uma menor força de tração;

Área de avanço Área da haste

Área de recuo

Equilíbrio de forças no êmbolo


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 76/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

A relação entre as superfícies ativas no lado do pistão e no lado da


haste é geralmente de 2:1;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 77/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Neste tipo de atuadores, o deslocamento da haste nos seus dois
movimentos (avanço e recuo) é efetuado por ação da pressão
hidráulica;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 78/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Esquema de funcionamento de um cilindro de duplo efeito

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 79/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Grandezas de um cilindro de duplo efeito assimétrico

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 80/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Como consequência, este tipo de atuador pode estar montado em


qualquer posição ou direção, uma vez que o seu movimento de
retorno também é efetuado por ação hidráulica.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 81/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Aspeto construtivo de um cilindro de duplo efeito diferencial

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 82/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Simbologia para cilindros de duplo efeito diferenciais (assimétricos)

Cilindro de duplo efeito


sem amortecimento Cilindro de duplo efeito com amortecimento
fixo nos dois sentidos de movimento

Cilindro de duplo efeito com amortecimento


regulável nos dois sentidos de movimento
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 83/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Circuito com cilindro duplo efeito diferencial

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 84/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 85/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 86/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 87/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O circuito hidráulico da figura, utiliza um cilindro de duplo efeito diferencial,
para movimentação no avanço de uma massa M. Pretende-se:
1. Dimensionar o cilindro hidráulico;
2. Dimensionar a bomba, de modo a realizar avanço do cilindro em 5s;
3. Calcular a velocidade de avanço do cilindro;
4. Calcular a potência do motor elétrico para mover a carga M.

Dados do projeto:
 Massa M: 15700 Kg
 Curso L: 1000 mm
 Tempo avanço: 5s
 p1 : 200 bar
 p2 : 0 bar

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Ferreira da Silva 88/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Resolução:
1. Dimensionamento no avanço: O primeiro valor a calcular é o
diâmetro interno D do cilindro (diâmetro do embolo) capaz de
mover a carga aplicada.
Os dados que temos disponíveis são:

Equilíbrio de forças:

   
= =
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Ferreira da Silva 89/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Diâmetro comercial D = 100 mm

Cálculo do diâmetro da haste (dh)


Critério de Euler
2
64  l0  Fa  S
dh  4
3 E

S = 3.5
E = 2.1 x 107

dh (comercial) = 70 mm
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Ferreira da Silva 90/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

2. Dimensionamento da bomba: A bomba é calculada através do


caudal Q necessário para realizar o curso L = 1000 mm do
cilindro em 5 segundos.

= =

= 94.2 l/min

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Ferreira da Silva 91/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
 94.2 l/min

 l/min p = 200 bar

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Ferreira da Silva 92/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3. Cálculo da velocidade de avanço: A bomba escolhida é a TC4


TN 80.
Cálculo da velocidade de avanço (vavanço)

l/min = 1.75 x 10-3 m3/s

= 22 cm/s

Confirmação:

L = v x t = 22 x 5 = 110 cm

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Ferreira da Silva 93/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

4. Cálculo da potência do motor elétrico (kW) (Potencia de


acionamento): Necessária para mover a carga

=

  89% p = 200 bar

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Ferreira da Silva 94/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Verificação

 42 kW p = 200 bar

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 95/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 96/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Suponha agora um problema semelhante ao problema anterior
mas considerando as forças de atrito e contrapressão. Pretende-se:
1. Dimensionar o cilindro hidráulico;
2. Dimensionar a bomba, de modo a realizar avanço do cilindro em 5s;
3. Calcular a velocidade de avanço do cilindro;
4. Calcular a potência do motor elétrico para mover a carga M.
Dados do projeto:

 Massa M: 15700 Kg
 Curso L: 1000 mm
 Tempo avanço: 5s
 p1 : 200 bar
 p2 : 10 bar
 𝒂𝒕𝒓𝒊𝒕𝒐 : 0.20

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 97/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

No problema anterior não foram contabilizadas, nem as forças de


atrito, nem a contrapressão no retorno, que diminui a força do
cilindro.

Coeficiente de atrito
: 0.20
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 98/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

1. Avanço do cilindro: O primeiro valor a calcular é o diâmetro


interno D do cilindro (diâmetro do embolo) capaz de mover a
carga aplicada (15700 kg).

Para um correto dimensionamento, será necessário considerar:


 Força de contrapressão
 Força do atrito dinâmico

Nota: Não serão consideradas as forças de inércia


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 99/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Força de contrapressão:

Força de contrapressão
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 100/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Força de atrito
A força de atrito de deslizamento (Fatrito) é uma força de resistência
passiva que se opõe ao movimento das partes móveis do cilindro;

A força de atrito de deslizamento (Fatrito) é diretamente proporcional


à força normal N, que no caso da figura coincide com a força do
peso do corpo, e depende da natureza da superfície de contato (K).

Coeficiente de atrito da superfície
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 101/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Na realidade a força hidráulica Fh, deve ser maior que a soma


algébrica de todas as forças que atuam no cilindro;

+F

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 102/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Força de atrito

Força de contrapressão
Não vamos considerar a força de contrapressão (não sabemos A2);

Força de hidráulica

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 103/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Cálculo do diâmetro da haste (dh)


Critério de Euler
2
64  l0  Fa  S
dh  4
3 E
cm
S=5
E = 2.1 x 107

 

dh (comercial) = 90 mm

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Ferreira da Silva 104/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Força de contrapressão:

então

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Ferreira da Silva 105/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Cálculo do caudal da bomba

É preferível aumentar a pressão máxima no circuito (caso isso


seja possível)

Por exemplo:
Aumentar a pressão máxima para 250 bar.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 106/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Cilindros de duplo efeito em gruas e vigas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 107/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Exemplo:
Calcule, para a posição indicada na figura, a força F a exercer pelo
cilindro hidráulico, por forma a elevar uma carga de 2000 N.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 108/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Resolução:

O sistema é um sistema de alavanca, com um pino fixo em A.

F sen 30 x AC = 2000 x cos 45 x AD

então
2000 x cos 45 x 7

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Ferreira da Silva 109/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

2.1.3.2- Cilindros de duplo efeito de haste passante

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Ferreira da Silva 110/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Este tipo de cilindro de duplo efeito possui duas hastes unidas ao


mesmo êmbolo;

Símbolo

São também chamados de cilindros de haste dupla.


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 111/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Não é um cilindro diferencial porque as duas superfícies ativas são


iguais e as forças envolvidas são equivalentes;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 112/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Como as duas faces do êmbolo possuem a mesma área, possibilita


transmitir forças iguais em ambos os sentidos de movimentação;

A força máxima que pode ser transmitida, depende em ambas as


direções da mesma área anelar e também da pressão máxima
permitida.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 113/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Para mesma pressão de operação, forças iguais atuam em ambas as


direções;

Como as áreas, comprimentos de curso e, portanto, também o


volume a ser preenchido são os mesmos em ambos os lados, as
velocidades (de avanço e recuo) também serão as mesmas.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 114/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

2.1.3 - Cilindros “Tandem”

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 115/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Os cilindros tandem usam múltiplos pistões ligados através de uma


haste comum para gerar uma força relativamente alta a partir de
uma baixa pressão de alimentação.

Símbolo

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 116/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Os cilindros tandem usam múltiplos pistões ligados através de uma


haste comum para gerar uma força relativamente alta a partir de
uma baixa pressão de alimentação.

Símbolo

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 117/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Problema:
E se um cilindro já em serviço fica subdimensionado para um novo
material ou produto, e não há espaço para um cilindro de diâmetro
maior?

Solução:
• Uma maneira de produzir mais força é usar um cilindro tandem
com as mesmas dimensões de furo e de montagem que o
cilindro original;
• Um cilindro tandem quase duplica a força do cilindro único;
• O cilindro tandem é montado exatamente como antes, com o
mesmo diâmetro e rosca da haste;
• A única diferença dimensional está no tempo de movimentação,
que normalmente é mais do dobro.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 118/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Os cilindros Tandem são dois cilindros interligados;

Símbolo
Os dois cilindros podem ser alimentados de forma independente
para fornecer mais força apenas numa direção ou também nas duas
direções.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 119/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Os cilindros Tandem são dois cilindros interconectados. A haste


do primeiro cilindro entra pela base do segundo cilindro e empurra
sua base. Desta maneira, a maior área de superfície efetiva dos dois
pistões gera maior força, apesar do pequeno diâmetro do cilindro e
da pressão de operação inalterada;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 120/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

O cilindro Tandem é utilizado em aplicações onde sejam


requeridas a aplicação de forças elevadas, conseguidas com a
utilização de cilindros de pequeno diâmetro;

A pressão p é aplicada a ambos os pistões, resultando em aumento


de força devido à área ser maior (A1 + A2);
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 121/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Como vantagem este tipo de cilindro permite produzir quase o


dobro da força com o mesmo diâmetro, tendo pouco mais que o
dobro do comprimento;

A única desvantagem é que estes cilindros devem ser maiores do


que um cilindro padrão para atingir a mesma velocidade, pois o
caudal tem de alimentar dois pistões.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 122/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 123/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Os cilindros telescópicos distinguem-se dos outros tipos de
cilindros, na medida em que requerem um espaço reduzido para
serem instalados quando estão recolhidos em comparação com
outros tipos de cilindros com o mesmo curso;

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Ferreira da Silva 124/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 125/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 126/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Óleo de avanço

Óleo de retorno

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 127/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Tal como o nome sugere, os cilindros telescópicos são construídos


como um telescópio.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 128/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
A grande vantagem que os cilindros telescópicos têm sobre
qualquer outro tipo de atuador é a sua capacidade de fornecer um
curso excecionalmente longo, com pequeno atravancamento;

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Ferreira da Silva 129/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
A grande vantagem que os cilindros telescópicos têm sobre
qualquer outro tipo de atuador é a sua capacidade de fornecer um
curso excecionalmente longo, com pequeno atravancamento;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 130/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O comprimento colapsado dos cilindros telescópicos típicos varia
entre 20% a 40% do seu comprimento prolongado;

Quando o espaço de montagem for limitado e a aplicação precisar


de um curso longo, um cilindro telescópico é a solução mais lógica.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 131/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O comprimento de um cilindro telescópico quando recolhido, varia
tipicamente entre 20% a 40% do seu comprimento quando
completamente aberto.

0.2 a 0.4 L

L
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Ferreira da Silva 132/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 133/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 134/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O espaço reduzido necessário para a instalação deste tipo de
cilindros, deve-se à possibilidade de as hastes do pistão poderem
deslizar umas nas outras ;

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Ferreira da Silva 135/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Neste tipo de cilindros, o curso é igual à soma dos comprimentos


de cada um dos estágios que o constitui;

Curso total do cilindro


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Ferreira da Silva 136/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Estágio 3

Estágio 2

Estágio 1

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Ferreira da Silva 137/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Quando a primeira haste atinge o seu curso máximo (1º estágio),
movimenta-se a próxima haste (2º estágio);

Este processo continua até o cilindro chegar ao seu último estágio,


chamado de êmbolo.
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Ferreira da Silva 138/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O espaço reduzido necessário para a instalação deve-se à
possibilidade de as hastes do pistão deslizem umas nas outras;

O espaço reduzido necessário para a instalação deve-se a que as


hastes do pistão deslizem umas nas outras, igual ao comprimento
total do curso, dividido pelo número de etapas mais a medida do
curso zero (espessura na parte inferior, largura do guia, largura dos
selos, fixações).
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Ferreira da Silva 139/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
A extração dos diferentes estágios da haste torna este tipo de
cilindros ideal para uso em plataformas basculantes ou operações
com cargas verticais;

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Ferreira da Silva 140/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 141/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 142/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

1º Estágio 2º Estágio 3º Estágio

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Ferreira da Silva 143/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 144/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Carga

Carga

Da bomba para o cilindro Do cilindro para o tanque

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Ferreira da Silva 145/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 146/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 147/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 148/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 149/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Orifício

Força

Vedantes
Rolamentos

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Ferreira da Silva 150/160
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Força

Rolamentos
Vedantes

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Ferreira da Silva 151/160
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Êmbolo

Estágios
intermédios

Fluido Corpo do
pressurizado cilindro

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Ferreira da Silva 152/160
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Fluido de entrada

Fluido de saída

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Ferreira da Silva 153/160
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Ferreira da Silva 155/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Exemplo:
Um cilindro telescópico, com três estágios de deslocamento,
alimentado por uma bomba que debita 10 l/min, é usado numa
plataforma elevatória. A plataforma permite elevar cargas até um
peso máximo de 4000 kg.

Determine:
A velocidade de extensão e a pressão necessárias para cada estágio
do cilindro.
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Ferreira da Silva 156/160
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Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Resolução:
Para elevar uma carga máxima de 4000 kg, implica que o cilindro
terá de exercer uma força equivalente aos 4000 kg em todos os
estágios do seu curso.

P = mg = 4000 x 9.81 = 39240 N


Q = 10 l/min = 10 x 10-3 m3/min

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Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

1º Estágio

Diâmetro = 100 mm

= 7.85 x 10-3 m2

= 1.27 m/min = 2.12 cm/s

= 5 x 106 N/m2  50 kgf/cm2  50 bar

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
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2º Estágio

Diâmetro = 80 mm

= 5.03 x 10-3 m2

= 1.99 m/min = 3.31 cm/s

= 7.8 x 106 N/m2  78 kgf/cm2  78 bar

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Ferreira da Silva 159/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3º Estágio
Diâmetro = 60 mm

= 2.83 x 10-3 m2

= 3.53 m/min = 5.90 cm/s

= 13.9 x 106 N/m2  139 kgf/cm2  139 bar

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Ferreira da Silva 160/160
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Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

2.3 - ATUADORES
HIDRÁULICOS

Automação
3º Ano / 1º Semestre
-
Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Dep. Engenharia Mecânica
Ferreira da Silva
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira Ano
da Silva 1/160
Letivo 2020/2021
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

1. Objetivos do capítulo

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Ferreira da Silva 2/160
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 Conhecer a classificação dos atuadores hidráulicos;


 Saber a diferença entre atuadores lineares, e atuadores rotativos;
 Conhecer os aspetos construtivos e o principio de funcionamento dos
vários tipos de atuadores hidráulicos;
 Conhecer as expressões que permitem saber a força, velocidade e
potência hidráulica desenvolvidas pelos atuadores hidráulicos;
 Possuir capacidade de análise de sistemas que envolvam atuadores
hidráulicos;
 Saber avaliar a importância de amortecimento do cilindro;
 Conhecer os vários tipos de fixação usados nos atuadores hidráulicos;
 Saber avaliar o desempenho dos sistemas hidráulicos, que usem
atuadores hidráulicos;
 Possuir a competência de em bancada didática, implementar circuitos
que envolvam atuadores hidráulicos.
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Ferreira da Silva 3/160
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2. Introdução

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Uma das características marcantes dos sistemas que utilizam a


energia de um fluido pressurizado é a força gerada pela fonte de
alimentação.

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Ferreira da Silva 5/160
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Com os atuadores hidráulicos é possível obter elevados binários e


forças, bem como um bom controlo de movimento;

É esta a sua principal vantagem sobre os sistemas pneumáticos e


elétricos.
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A energia hidráulica, é controlada e dirigida por válvulas adequadas
e transportada por tubagens, podendo ser convertida em qualquer
tipo de movimento mecânico desejado (linear ou rotativo).

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Qualquer movimento linear ou rotativo pode ser obtido utilizando
um dispositivo de atuação adequado (atuadores lineares ou
rotativos).

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Os atuadores hidráulicos são dispositivos que estão localizados no


final de um circuito hidráulico.

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São a parte onde é realizado trabalho mecânico após o fluído


hidráulico percorrer todo o circuito.

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Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Quando o fluido hidráulico os aciona, transformam energia


hidráulica em mecânica (força-atuadores lineares ou binário-
atuadores rotativos).
Energia hidráulica

Energia hidráulica = p x Q

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Força Binário
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3. Atuadores hidráulicos

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O atuador é o componente do circuito hidráulico que converte a


energia de pressão (energia contida no fluído/energia hidráulica)
em energia mecânica;

Os atuadores hidráulicos usam dois tipos de movimento para o seu


funcionamento: linear ou rotativo.

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Os atuadores lineares fornecem força (F) para mover uma carga


linearmente, enquanto os atuadores rotativos fornecem binário (M)
por forma a permitir rodar uma carga.

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3.1 Classificação dos atuadores hidráulicos

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3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Dependendo do tipo de atuação, os atuadores hidráulicos podem
ser classificados segundo as seguintes categorias:

• Atuadores lineares: Para atuação


linear (cilindros hidráulicos)

• Atuadores rotativos: Para atuação


rotativo (motores hidráulicos)

• Atuadores semi-rotativos: Para


atuação com angulo limitado
(atuadores semi-rotativos)

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 18/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Classificação dos atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 19/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Atuadores lineares Atuadores rotativos

Cilindro hidráulico Motor hidráulico


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 20/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Atuadores semi-rotativos

Oscilador hidráulico
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 21/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3.2- Atuadores lineares (cilindros)

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 22/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Um atuador linear é um dispositivo que transforma a energia


hidráulica gerada por uma bomba em energia mecânica para obter
uma força linear capaz de mover uma carga.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 23/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Um atuador linear realiza um movimento de translação, de curso


limitado;

São vulgarmente designados por cilindros ou macacos hidráulicos.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 24/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Do ponto de vista do seu funcionamento, um atuador linear é


basicamente, uma estrutura fixa, o corpo, e duas componentes
móveis, um êmbolo (ou pistão) e uma haste ligada ao êmbolo.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 25/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Constituição detalhada de um atuador hidráulico

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 26/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Os atuadores lineares hidráulicos, como o próprio nome indica,


executam as suas trajetórias em linha reta;

No seu ciclo de trabalho, expandem (movimento de avanço) e


retraem (movimento de recuo) a haste, fornecendo uma força que
permite vencer uma força/carga externa.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 27/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Quando um fluído hidráulico entra num recipiente fechado
equipado com um êmbolo móvel que separa o cilindro em duas
câmaras, é gerada determinada força (de pressão) e velocidade.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 28/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

A potência de entrada é dada pelo produto da pressão p pelo


caudal Q (chamada Potência Hidráulica – PH);

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 29/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

O valor da força mecânica de saída F é dada pelo produto da


pressão p que atua sobre um êmbolo de área A;

No avanço, velocidade v de deslocamento do êmbolo é dada pelo


quociente entre o caudal Q e a área A;

No retorno, a velocidade v de deslocamento do êmbolo será:

com Ah a área da haste do cilindro

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 30/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Resumindo:
Num cilindro a força F depende da pressão p, e
a velocidade v depende do caudal Q.

F = f(p)
v = f(Q)

p,Q

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 31/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3.2.1 – Tipos de atuadores lineares

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 32/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

A função do atuador linear hidráulico é: converter


energia hidráulica em energia mecânica com o objetivo
de gerar um movimento linear.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 33/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Classificação segundo o seu tipo:

• Cilindro de simples efeito;

• Cilindro de duplo efeito;

• Cilindro telescópico;

• Cilindro tandem.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 34/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3.2.1.1- Cilindros de simples efeito

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 35/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Num cilindro de simples efeito, apenas um dos movimentos é feito


por ação da pressão hidráulica;
Neste tipo de atuador, só existe um orifício de ligação,
responsável pela admissão e exaustão do fluido hidráulico.

De simples
De simples efeito
efeito com e
para avanço e
sem mola para Telescópico
recuo
retorno

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 36/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Os cilindros hidráulicos simples efeito são de construção mais


simples, e portanto de manutenção também mais simples;

Com apenas uma ligação, a ação do cilindro é determinada


inteiramente pela pressão da linha de alimentação.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 37/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Podem construtivamente ter uma mola para empurrar ou retrair a
haste do pistão, ou fazer o movimento até à posição normal através
da ação de uma carga exterior.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 38/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Quando se pretende movimentar uma carga pesada, apenas numa
direção, os cilindros hidráulicos de simples efeito são normalmente
a melhor solução.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 39/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

A simplicidade é sempre importante em equipamentos que


precisam de ser robustos e confiáveis.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 40/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3.2.1.1- Cilindro de simples efeito com retorno por mola

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 41/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Um cilindro de simples efeito é constituído por um pistão ou
êmbolo;

Na outra extremidade existe uma haste, com uma mola e um


orifício (da saída), que permite a exaustão ou admissão de ar;
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 42/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Fluido hidráulico da bomba

Corpo do Cilindro Mola Tampa (cabeça)

Avanço

Haste

Retorno

Tampa posterior Pistão (êmbolo) Dreno

Principio de funcionamento de um cilindro de simples efeito


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 43/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Neste tipo de cilindro, um dos movimentos é efetuado por ação de
uma mola, uma vez que não pode ser efetuado hidraulicamente;

Está disponível na configuração de normalmente recuado, ou


normalmente avançado.
normalmente recuado normalmente avançado

mola mola

Símbolo Símbolo
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 44/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Existindo apenas um orifício de ligação responsável pela admissão e
exaustão do fluido hidráulico pressurizado, a força aplicada pela
haste do cilindro, é apenas exercida numa direção (avanço ou
recuo);

p F

Força aplicada no avanço


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 45/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Avanço ou retorno por ação mecânica (mola)


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 46/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O comprimento necessário para conter a mola de retorno torna-os
pouco adequados quando são necessários cursos longos;

Geralmente limitado a cilindros de curso muito pequenos e curtos


usados para segurar e fixar. Curso de 40 a 60 mm
Fonte

Até 700 bar de pressão


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 47/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

1. Anel guia de aço de liga endurecido elimina o


deslocamento excessivo e fornece suporte para
reduzir o desgaste das cargas descentradas;
2. Rolamento em compósito de alta resistência
fornece suporte para cargas descentradas sem
danificar as paredes do cilindro;
3. Pistão endurecido e cromado para reduzir o
desgaste e a corrosão;
4. Molas de retorno para serviços pesados
permitem tempos de retorno rápidos;
5. Corpo de aço de liga de alta resistência é
maquinado com precisão para reduzir o
desgaste e possui um acabamento de esmalte
cozido para durabilidade e proteção contra
corrosão;
6. Vedantes industriais tipo copo em U evitam
vazamentos dispendiosos;
Fonte 7. Acoplador.
EAGLE PRO INDUSTRIAL TOOLS

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 48/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Esquema de funcionamento de um cilindro de simples efeito

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 49/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

2.1.1.2- Cilindro de simples efeito sem mola (de haste mergulhante)

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 50/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Um outro tipo de cilindro de simples efeito, pode ser o carregado


por carga:
símbolo

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 51/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Neste tipo de cilindro de simples efeito (também chamado de haste


mergulhante), o pistão e a haste são uma peça única.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 52/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Neste tipo de cilindro, o fluido hidráulico retorna ao tanque por


ação do peso do pistão ou de uma força externa.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 53/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Parado:

Na subida (a velocidade constante):

Na descida (a velocidade constante):

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 54/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Controlo de um cilindro de simples efeito

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 55/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Caraterísticas deste tipo de cilindro:
• Exercem forças menores;
• Têm melhor eficiência;
• Precisam de suporte axial;
• Menor exigência na qualidade do cilindro.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 56/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Dependendo da aplicação, estes cilindros podem ser projetados


com ou sem um limitador de curso interno.

sem limitador de curso interno Com limitador de curso interno


(guiada por pistão)

No modelo sem limitador de curso interno, a força de avanço, é


calculada a partir da área efetiva máxima do pistão e da pressão
máxima de operação.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 57/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Área de
avanço

Com limitador de curso interno


(guiada por pistão)

No modelo com limitador de curso interno, somente a área da


haste do pistão é efetiva para o cálculo da força resultante da
pressão do fluido.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 58/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O movimento do cilindro é conseguido (para movimentar o peso),
aplicando fluido hidráulico pressurizado na câmara do êmbolo,
através do orifício de pressão;

O orifício de saída, do lado da haste ou a porta de ventilação está


diretamente ligada à atmosfera de modo que o ar da câmara oposta
possa sair livremente para a atmosfera.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 59/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Uma vez que um dos movimentos não poderá ser efetuado por
pressão hidráulica, a força para realizar o movimento oposto, pode
ser a gravidade, ou algum meio mecânico (Ex: mola).
Simples efeito e retorno pela força da carga Simples efeito e retorno por mola

símbolo símbolo

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 60/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Para retrair o cilindro, a pressão é simplesmente retirada da camara
do êmbolo, ligando-a ao tanque, o que permite que o peso da carga
envie o fluido hidráulico do cilindro, de volta ao tanque.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 61/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Controlo da velocidade de retorno de um cilindro de
simples efeito com retorno por massa

Na posição intermédia da válvula, o cilindro fica bloqueado em


qualquer posição, sustendo a carga;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 62/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Controlo da velocidade de retorno de um cilindro de
simples efeito com retorno por massa
A válvula foi comutada para controlar a subida do cilindro,
passando o fluido hidráulico pela válvula de retenção;

A pressão gerada é a necessária para superar a força da carga a ser


movida.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 63/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Controlo da velocidade de retorno de um cilindro de
simples efeito com retorno por massa
A válvula foi agora comutada, de modo a ligar a câmara do
cilindro com o tanque.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 64/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Esquema básico para controlo da velocidade de retorno de
um cilindro de simples efeito

.
=

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 65/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 66/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Circuito com cilindro de simples efeito com retorno por gravidade

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 67/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3.2.1.2 - Cilindros de duplo efeito

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 68/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Um cilindro que utilize o fluido hidráulico para produzir trabalho
em ambos os sentidos de movimento (avanço e recuo), é designado
como cilindro de duplo efeito.

Fluido hidráulico Fluido hidráulico

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 69/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Como consequência, este tipo de atuador pode estar montado em
qualquer posição ou direção, uma vez que o seu movimento de
retorno também é efetuado por ação hidráulica.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 70/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Os cilindros de duplo efeito são sem sombra de dúvida os mais
utilizados em hidráulica;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 71/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Existem, dois tipos de cilindros de duplo efeito:

• Cilindros de duplo efeito assimétricos:

• Cilindros de duplo efeito simétricos:

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 72/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

2.1.3.1- Cilindros de duplo efeito diferencial

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 73/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O cilindro hidráulico de dupla ação diferencial é o atuador linear
mais utilizado em óleo hidráulica;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 74/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
São designados por cilindros diferenciais, devido ao fato de terem
áreas expostas ao fluido hidráulico desiguais durante as fases a
avanço e recuo.

Símbolo

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 75/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
A área do lado da haste é sempre menor devido à seção ocupada
pela própria haste, tendo portanto, uma menor força de tração;

Área de avanço Área da haste

Área de recuo

Equilíbrio de forças no êmbolo


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 76/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

A relação entre as superfícies ativas no lado do pistão e no lado da


haste é geralmente de 2:1;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 77/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Neste tipo de atuadores, o deslocamento da haste nos seus dois
movimentos (avanço e recuo) é efetuado por ação da pressão
hidráulica;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 78/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Esquema de funcionamento de um cilindro de duplo efeito

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 79/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Grandezas de um cilindro de duplo efeito assimétrico

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 80/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Como consequência, este tipo de atuador pode estar montado em


qualquer posição ou direção, uma vez que o seu movimento de
retorno também é efetuado por ação hidráulica.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 81/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Aspeto construtivo de um cilindro de duplo efeito diferencial

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 82/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Simbologia para cilindros de duplo efeito diferenciais (assimétricos)

Cilindro de duplo efeito


sem amortecimento Cilindro de duplo efeito com amortecimento
fixo nos dois sentidos de movimento

Cilindro de duplo efeito com amortecimento


regulável nos dois sentidos de movimento
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 83/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Circuito com cilindro duplo efeito diferencial

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 84/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 85/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 86/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 87/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O circuito hidráulico da figura, utiliza um cilindro de duplo efeito diferencial,
para movimentação no avanço de uma massa M. Pretende-se:
1. Dimensionar o cilindro hidráulico;
2. Dimensionar a bomba, de modo a realizar avanço do cilindro em 5s;
3. Calcular a velocidade de avanço do cilindro;
4. Calcular a potência do motor elétrico para mover a carga M.

Dados do projeto:
 Massa M: 15700 Kg
 Curso L: 1000 mm
 Tempo avanço: 5s
 p1 : 200 bar
 p2 : 0 bar

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 88/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Resolução:
1. Dimensionamento no avanço: O primeiro valor a calcular é o
diâmetro interno D do cilindro (diâmetro do embolo) capaz de
mover a carga aplicada.
Os dados que temos disponíveis são:

Equilíbrio de forças:

   
= =
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 89/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Diâmetro comercial D = 100 mm

Cálculo do diâmetro da haste (dh)


Critério de Euler
2
64  l0  Fa  S
dh  4
3 E

S = 3.5
E = 2.1 x 107

dh (comercial) = 70 mm
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 90/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

2. Dimensionamento da bomba: A bomba é calculada através do


caudal Q necessário para realizar o curso L = 1000 mm do
cilindro em 5 segundos.

= =

= 94.2 l/min

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 91/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
 94.2 l/min

 l/min p = 200 bar

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 92/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3. Cálculo da velocidade de avanço: A bomba escolhida é a TC4


TN 80.
Cálculo da velocidade de avanço (vavanço)

l/min = 1.75 x 10-3 m3/s

= 22 cm/s

Confirmação:

L = v x t = 22 x 5 = 110 cm

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 93/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

4. Cálculo da potência do motor elétrico (kW) (Potencia de


acionamento): Necessária para mover a carga

=

  89% p = 200 bar

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 94/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Verificação

 42 kW p = 200 bar

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 95/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 96/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Suponha agora um problema semelhante ao problema anterior
mas considerando as forças de atrito e contrapressão. Pretende-se:
1. Dimensionar o cilindro hidráulico;
2. Dimensionar a bomba, de modo a realizar avanço do cilindro em 5s;
3. Calcular a velocidade de avanço do cilindro;
4. Calcular a potência do motor elétrico para mover a carga M.
Dados do projeto:

 Massa M: 15700 Kg
 Curso L: 1000 mm
 Tempo avanço: 5s
 p1 : 200 bar
 p2 : 10 bar
 𝒂𝒕𝒓𝒊𝒕𝒐 : 0.20

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 97/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

No problema anterior não foram contabilizadas, nem as forças de


atrito, nem a contrapressão no retorno, que diminui a força do
cilindro.

Coeficiente de atrito
: 0.20
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 98/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

1. Avanço do cilindro: O primeiro valor a calcular é o diâmetro


interno D do cilindro (diâmetro do embolo) capaz de mover a
carga aplicada (15700 kg).

Para um correto dimensionamento, será necessário considerar:


 Força de contrapressão
 Força do atrito dinâmico

Nota: Não serão consideradas as forças de inércia


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 99/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Força de contrapressão:

Força de contrapressão
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 100/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Força de atrito
A força de atrito de deslizamento (Fatrito) é uma força de resistência
passiva que se opõe ao movimento das partes móveis do cilindro;

A força de atrito de deslizamento (Fatrito) é diretamente proporcional


à força normal N, que no caso da figura coincide com a força do
peso do corpo, e depende da natureza da superfície de contato (K).

Coeficiente de atrito da superfície
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 101/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Na realidade a força hidráulica Fh, deve ser maior que a soma


algébrica de todas as forças que atuam no cilindro;

+F

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Ferreira da Silva 102/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Força de atrito

Força de contrapressão
Não vamos considerar a força de contrapressão (não sabemos A2);

Força de hidráulica

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Ferreira da Silva 103/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Cálculo do diâmetro da haste (dh)


Critério de Euler
2
64  l0  Fa  S
dh  4
3 E
cm
S=5
E = 2.1 x 107

 

dh (comercial) = 90 mm

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Ferreira da Silva 104/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Força de contrapressão:

então

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Ferreira da Silva 105/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Cálculo do caudal da bomba

É preferível aumentar a pressão máxima no circuito (caso isso


seja possível)

Por exemplo:
Aumentar a pressão máxima para 250 bar.

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Ferreira da Silva 106/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Cilindros de duplo efeito em gruas e vigas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 107/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Exemplo:
Calcule, para a posição indicada na figura, a força F a exercer pelo
cilindro hidráulico, por forma a elevar uma carga de 2000 N.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 108/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Resolução:

O sistema é um sistema de alavanca, com um pino fixo em A.

F sen 30 x AC = 2000 x cos 45 x AD

então
2000 x cos 45 x 7

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Ferreira da Silva 109/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

2.1.3.2- Cilindros de duplo efeito de haste passante

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 110/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Este tipo de cilindro de duplo efeito possui duas hastes unidas ao


mesmo êmbolo;

Símbolo

São também chamados de cilindros de haste dupla.


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 111/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Não é um cilindro diferencial porque as duas superfícies ativas são


iguais e as forças envolvidas são equivalentes;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 112/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Como as duas faces do êmbolo possuem a mesma área, possibilita


transmitir forças iguais em ambos os sentidos de movimentação;

A força máxima que pode ser transmitida, depende em ambas as


direções da mesma área anelar e também da pressão máxima
permitida.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 113/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Para mesma pressão de operação, forças iguais atuam em ambas as


direções;

Como as áreas, comprimentos de curso e, portanto, também o


volume a ser preenchido são os mesmos em ambos os lados, as
velocidades (de avanço e recuo) também serão as mesmas.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 114/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

2.1.3 - Cilindros “Tandem”

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Ferreira da Silva 115/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Os cilindros tandem usam múltiplos pistões ligados através de uma


haste comum para gerar uma força relativamente alta a partir de
uma baixa pressão de alimentação.

Símbolo

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 116/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Os cilindros tandem usam múltiplos pistões ligados através de uma


haste comum para gerar uma força relativamente alta a partir de
uma baixa pressão de alimentação.

Símbolo

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 117/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Problema:
E se um cilindro já em serviço fica subdimensionado para um novo
material ou produto, e não há espaço para um cilindro de diâmetro
maior?

Solução:
• Uma maneira de produzir mais força é usar um cilindro tandem
com as mesmas dimensões de furo e de montagem que o
cilindro original;
• Um cilindro tandem quase duplica a força do cilindro único;
• O cilindro tandem é montado exatamente como antes, com o
mesmo diâmetro e rosca da haste;
• A única diferença dimensional está no tempo de movimentação,
que normalmente é mais do dobro.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 118/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Os cilindros Tandem são dois cilindros interligados;

Símbolo
Os dois cilindros podem ser alimentados de forma independente
para fornecer mais força apenas numa direção ou também nas duas
direções.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 119/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Os cilindros Tandem são dois cilindros interconectados. A haste


do primeiro cilindro entra pela base do segundo cilindro e empurra
sua base. Desta maneira, a maior área de superfície efetiva dos dois
pistões gera maior força, apesar do pequeno diâmetro do cilindro e
da pressão de operação inalterada;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 120/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

O cilindro Tandem é utilizado em aplicações onde sejam


requeridas a aplicação de forças elevadas, conseguidas com a
utilização de cilindros de pequeno diâmetro;

A pressão p é aplicada a ambos os pistões, resultando em aumento


de força devido à área ser maior (A1 + A2);
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 121/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Como vantagem este tipo de cilindro permite produzir quase o


dobro da força com o mesmo diâmetro, tendo pouco mais que o
dobro do comprimento;

A única desvantagem é que estes cilindros devem ser maiores do


que um cilindro padrão para atingir a mesma velocidade, pois o
caudal tem de alimentar dois pistões.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 122/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 123/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Os cilindros telescópicos distinguem-se dos outros tipos de
cilindros, na medida em que requerem um espaço reduzido para
serem instalados quando estão recolhidos em comparação com
outros tipos de cilindros com o mesmo curso;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 124/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 125/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 126/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Óleo de avanço

Óleo de retorno

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 127/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Tal como o nome sugere, os cilindros telescópicos são construídos


como um telescópio.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 128/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
A grande vantagem que os cilindros telescópicos têm sobre
qualquer outro tipo de atuador é a sua capacidade de fornecer um
curso excecionalmente longo, com pequeno atravancamento;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 129/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
A grande vantagem que os cilindros telescópicos têm sobre
qualquer outro tipo de atuador é a sua capacidade de fornecer um
curso excecionalmente longo, com pequeno atravancamento;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 130/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O comprimento colapsado dos cilindros telescópicos típicos varia
entre 20% a 40% do seu comprimento prolongado;

Quando o espaço de montagem for limitado e a aplicação precisar


de um curso longo, um cilindro telescópico é a solução mais lógica.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 131/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O comprimento de um cilindro telescópico quando recolhido, varia
tipicamente entre 20% a 40% do seu comprimento quando
completamente aberto.

0.2 a 0.4 L

L
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Ferreira da Silva 132/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 133/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 134/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O espaço reduzido necessário para a instalação deste tipo de
cilindros, deve-se à possibilidade de as hastes do pistão poderem
deslizar umas nas outras ;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 135/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Neste tipo de cilindros, o curso é igual à soma dos comprimentos


de cada um dos estágios que o constitui;

Curso total do cilindro


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 136/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Estágio 3

Estágio 2

Estágio 1

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Ferreira da Silva 137/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Quando a primeira haste atinge o seu curso máximo (1º estágio),
movimenta-se a próxima haste (2º estágio);

Este processo continua até o cilindro chegar ao seu último estágio,


chamado de êmbolo.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 138/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
O espaço reduzido necessário para a instalação deve-se à
possibilidade de as hastes do pistão deslizem umas nas outras;

O espaço reduzido necessário para a instalação deve-se a que as


hastes do pistão deslizem umas nas outras, igual ao comprimento
total do curso, dividido pelo número de etapas mais a medida do
curso zero (espessura na parte inferior, largura do guia, largura dos
selos, fixações).
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 139/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
A extração dos diferentes estágios da haste torna este tipo de
cilindros ideal para uso em plataformas basculantes ou operações
com cargas verticais;

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Ferreira da Silva 140/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 141/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 142/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

1º Estágio 2º Estágio 3º Estágio

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Ferreira da Silva 143/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 144/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Carga

Carga

Da bomba para o cilindro Do cilindro para o tanque

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Ferreira da Silva 145/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 146/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 147/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 148/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 149/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Orifício

Força

Vedantes
Rolamentos

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Ferreira da Silva 150/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Força

Rolamentos
Vedantes

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Ferreira da Silva 151/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Êmbolo

Estágios
intermédios

Fluido Corpo do
pressurizado cilindro

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Ferreira da Silva 152/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

Fluido de entrada

Fluido de saída

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Ferreira da Silva 153/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 154/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

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Ferreira da Silva 155/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Exemplo:
Um cilindro telescópico, com três estágios de deslocamento,
alimentado por uma bomba que debita 10 l/min, é usado numa
plataforma elevatória. A plataforma permite elevar cargas até um
peso máximo de 4000 kg.

Determine:
A velocidade de extensão e a pressão necessárias para cada estágio
do cilindro.
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Ferreira da Silva 156/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos
Resolução:
Para elevar uma carga máxima de 4000 kg, implica que o cilindro
terá de exercer uma força equivalente aos 4000 kg em todos os
estágios do seu curso.

P = mg = 4000 x 9.81 = 39240 N


Q = 10 l/min = 10 x 10-3 m3/min

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Ferreira da Silva 157/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

1º Estágio

Diâmetro = 100 mm

= 7.85 x 10-3 m2

= 1.27 m/min = 2.12 cm/s

= 5 x 106 N/m2  50 kgf/cm2  50 bar

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Ferreira da Silva 158/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

2º Estágio

Diâmetro = 80 mm

= 5.03 x 10-3 m2

= 1.99 m/min = 3.31 cm/s

= 7.8 x 106 N/m2  78 kgf/cm2  78 bar

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 159/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.3 - Atuadores hidráulicos

3º Estágio
Diâmetro = 60 mm

= 2.83 x 10-3 m2

= 3.53 m/min = 5.90 cm/s

= 13.9 x 106 N/m2  139 kgf/cm2  139 bar

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 160/160
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
3.6 – Bombas e Motores Hidráulicos
Automação 2.5– Bombas e Motores

2.5 – Bombas e Motores

Automação
3º Ano / 1º Semestre
-
Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Dep. Engenharia Mecânica
Ferreira da Silva
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira Ano
da Silva
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Dep. Engenharia
Departamento
Automóvel Mecânica
de Engenharia Mecânica 1/209
Letivo 2020/2021
Automação 2.5– Bombas e Motores

1 – Introdução e objetivos do capítulo

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Ferreira da Silva 2/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Os requisitos de uma bomba num sistema hidráulico


podem ser sumariamente descritos como:

Conversão de energia mecânica (binário,


velocidade) em energia hidráulica (caudal, pressão)

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 3/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
Contudo, ao selecionar uma bomba hidráulica, os seguintes pontos
devem ser levados em consideração:
– Local de operação da bomba;
– Capacidade de aspiração;
– Pulsação de caudal;
– Gama de pressões de funcionamento necessárias;
– Temperatura máxima e mínima de funcionamento;
– Viscosidade máxima e mínima do fluido hidráulico;
– Instalação (posição de montagem, ponta do veio, etc.);
– Ruído e vibração;
– Custo;
– Etc..
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 4/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Na prática, não é no entanto possível, que cada tipo de bomba


cumpra de forma plena todos os critérios apresentados, uma vez
que existem bombas de tipos construtivos diferentes;

No entanto, um aspeto que todos os tipos de bombas têm em


comum é que todas operam de acordo com o chamado “princípio
de deslocamento positivo”;
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 5/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
Este principio, envolve a existência de câmaras seladas
mecanicamente nas bombas. Nessas câmaras, o fluido é
transportado da entrada da bomba (orifício de aspiração) para a
saída (orifício de pressão);

Como não há ligação direta entre os dois orifícios da bomba, estas


bombas são especialmente adequadas para operar com altas
pressões do sistema (caso dos sistemas hidráulicos).
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 6/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A saber depois de ler este capítulo


• Distinguir entre bombas hidrocinéticas (deslocamento não
positivo) e hidrostáticas (deslocamento positivo);

• O princípio de funcionamento dos diversos tipos de bombas


(engrenagens, palhetas e êmbolos);

• Distinguir entre bombas de cilindrada fixa e variável, bombas


de engrenagens externas e internas, bem como bombas de
êmbolos axiais e radiais;

• Selecionar e dimensionar uma bomba hidráulica para diversas


aplicações hidráulicas.
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Ferreira da Silva 7/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

2 – Generalidades sobre bombas

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Ferreira da Silva 8/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

O que é uma bomba?


Uma bomba é um dispositivo mecânico usado para transferir um
fluído de um lugar para outro.

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Ferreira da Silva 9/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Quando uma bomba não está em operação, o lado da aspiração


está em equilíbrio com a pressão atmosférica.

É o desequilíbrio que vai permitir que haja caudal na bomba.


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 10/209
10/100
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Para poder receber fluido no seu rotor, uma bomba tem de gerar á
sua entrada uma pressão menor do que a pressão atmosférica;

É este desequilíbrio de pressões que vai permitir que haja


caudal na bomba.
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Ferreira da Silva 11/209
11/100
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
A função de uma bomba é criar vácuo parcial na porta de entrada
para aspiração do fluído e desloca-lo para a porta de saída;

A ação mecânica (devido à rotação mecânica do eixo da bomba)


cria um vácuo parcial na entrada da bomba;

O vácuo parcial vai permitir que a pressão atmosférica force o


fluido através da linha de aspiração para dentro da bomba.
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Ferreira da Silva 12/209
12/100
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

3 – Classificação das bombas hidráulicas

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Ferreira da Silva 13/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

As bombas podem ser classificadas de três formas diferentes:


1. Classificação baseada no deslocamento
 Bombas de deslocamento não positivo (hidrocinéticas)
 Bombas de deslocamento positivo (hidrostáticas)

2. Classificação baseada na cilindrada


 Bombas de cilindrada constante
 Bombas de cilindrada variável

3. Classificação baseada no tipo de movimento


 Bombas rotativas
 Bombas de êmbolos

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Ferreira da Silva 14/209
14/100
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

3.1 – Classificação baseada no deslocamento

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Ferreira da Silva 15/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

O deslocamento de uma bomba representa a quantidade teórica


de fluído que ela pode fornecer durante um ciclo de operação
completo;
Dado que a maioria das bombas tem movimento rotativo, o
deslocamento é geralmente expresso em centímetros cúbicos por
rotação [cm3/rot];

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Ferreira da Silva 16/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

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Ferreira da Silva 17/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Todas as bombas hidráulicas funcionam segundo o principio de


deslocamento (o óleo sob pressão é transportado dentro de
tubagens em direção ao elemento de trabalho);

As bombas podem ser classificadas de acordo com a forma do


deslocamento do líquido sob pressão:
• Bombas de deslocamento não positivo (hidrodinâmicas)
• Bombas de deslocamento positivo (hidrostáticas)

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 18/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 19/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Bombas Hidrodinâmicas (centrífugas)

 O aumento de energia do fluido provém, essencialmente, da


energia cinética a ele associada;

 A quantidade de fluído transportada é função da pressão à sua


saída;
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 20/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Bombas Hidrostáticas (volumétricas)

 O aumento de energia do fluido provém, essencialmente, da


energia hidrostática a ele associada;

 A quantidade de fluído transportada não é função da pressão à


sua saída, mas só depende da velocidade de acionamento;
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 21/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

3.1.1 – Bombas de deslocamento não positivo (Hidrodinâmicas)

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 22/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
A Hidrodinâmica lida com as caraterísticas de um fluido em
movimento.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 23/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
Nas bombas de deslocamento não positivo (fluxo constante), não
existe contacto direto entre o rotor e a carcaça, resultando por
isso numa vedação inadequada e portanto grandes variações no
caudal com a diferença de pressão.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 24/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Nas máquinas hidrocinéticas (máquinas de deslocamento não


positivo ou máquinas de fluxo), o fluído não se encontra em
algum momento confinado, mas sim num fluxo contínuo através
da máquina;

São máquinas que transformam energia cinética em energia de


pressão.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 25/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

O aumento da energia do fluido provém, essencialmente, da


energia cinética a ele associada;

A quantidade de fluido transportada é função da pressão à sua


saída.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 26/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

As bombas de deslocamento não positivo são primariamente


máquinas de tipo velocidade, que têm uma grande folga entre as
peças rotativas e estacionárias.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 27/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

As bombas hidráulicas de deslocamento não positivo


(hidrodinâmicas, ou de caudal constante), são usadas para
transferir fluidos onde a única resistência é a criada pelo peso do
fluído e pelo atrito;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 28/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Hidrodinâmica = deslocamento não positivo (fluxo contínuo)

Nas bombas de deslocamento não positivo, como não existe


contato direto entre o rotor e a carcaça, resulta uma vedação
inadequada e portanto grandes variações no caudal com a
diferença de pressão.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 29/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Essas bombas também são conhecidas como bombas


hidrodinâmicas (centrifugas);

Nessas bombas, o fluido é pressurizado pela rotação de uma hélice


e a pressão do fluido é proporcional à velocidade do rotor;

Estas bombas não suportam altas pressões e geralmente são usadas


para aplicações em que são necessários caudais elevados a baixas
pressões.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 30/209
30/100
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Permitem produzir um fluxo contínuo. No entanto, por não


fornecerem uma vedação interna positiva contra o escorregamento,
a sua produção varia consideravelmente conforme a variação da
pressão;

Bombas centrífugas e de hélice são exemplos de bombas de


deslocamento não positivo.

Bomba centrífuga Bomba de hélice


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 31/209
31/100
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Se a porta de saída deste tipo de bombas fosse bloqueada, a


pressão aumentaria e a saída diminuiria para zero;

Embora o elemento de bombeamento continuasse a mover-se, o


fluxo pararia por causa do deslizamento dentro da bomba.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 32/209
32/100
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Estas bombas raramente são usadas em sistemas hidráulicos,


porque a sua capacidade de deslocamento de fluido diminui
quando se aumenta a resistência e também porque é possível
bloquear completamente a saída em pleno regime de
funcionamento da bomba.
Desvantagens
 O caudal de saída varia com a
variação da carga;

 Baixa eficiência volumétrica;

 Pressão máxima limitada a 17-20 bar.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 33/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

3.1.2 – Bombas de deslocamento positivo (Hidrostáticas)

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 34/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Uma bomba hidrostática ou de deslocamento positivo é uma


máquina capaz de transformar energia mecânica em energia
hidrostática de forma contínua, ou seja, num caudal de fluído
capaz de ser sujeito a elevada pressão estática;

São correntemente designadas por bombas (ou geradores), já que a


sua função é produzir energia hidrostática, isto é, fornecer caudal
sob pressão.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 35/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
Uma bomba hidrostática fornece um caudal (quase) constante de
fluido em cada ciclo (ou revolução) do elemento de
bombeamento, independentemente da resistência oferecida pelo
sistema de operação da bomba;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 36/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A hidráulica usa pressões muito elevadas, o que é incompatível


com máquinas de tipo dinâmico (turbomáquinas), pelo que a
hidráulica utiliza, exclusivamente máquinas do tipo hidrostático.
Máquinas (bombas) volumétricas.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 37/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Porque precisamos de uma bomba num circuito hidráulico?

• Para “bombear” um fluído de


uma zona de baixa pressão
para uma zona de alta pressão;

• Para aumentar o caudal de


fluído;

• Para transportar o fluído de


um ponto mais baixo para um
ponto mais alto.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 38/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

3.1.2.1 – Principio de Funcionamento de uma bomba hidrostática

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 39/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
Uma bomba hidrostática ou de deslocamento positivo é aquela
em que a transferência de energia é feita por variações de volume
que ocorrem devido ao movimento da fronteira na qual o fluido
está confinado.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 40/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Necessitamos de dispor de uma camara de volume variável, o que


se consegue por deslocação de um êmbolo em dois sentidos, e
uma câmara vedada.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 41/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

aspiração descarga

Principio de funcionamento de gerador elementar


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 42/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

I – Fase de Aspiração do Fluído


Deslocando o êmbolo no sentido representado pela seta a camara
vai progressivamente aumentando de volume, o que provoca uma
depressão no fluído nele contido;

VR2

VR1

A depressão obriga a válvula de retenção VR1 a abrir, permitindo a


aspiração do fluído contido no reservatório.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 43/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Curso de Aspiração

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 44/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

II – Fase de Expulsão do Fluído


Deslocando o êmbolo (no sentido da seta), a compressão do fluído
contido na câmara força a abertura da válvula de retenção VR2
com a consequente expulsão do fluído para a zona de utilização;

A situação ilustrada, corresponde à subida do cilindro.


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 45/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Curso de Expulsão

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 46/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Funcionamento de gerador elementar


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 47/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

III – Cilindrada de uma bomba


A cilindrada desta bomba pode ser definida como sendo o volume
útil da câmara;

𝟐
.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 48/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Para o cálculo da cilindrada não são considerados os volumes


mortos.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 49/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
Este volume é superior ao que efetivamente é enviado para a
utilização, pois….

• Por um lado, a compressão do fluído até ao valor da pressão de


trabalho implica uma pequena redução no volume do mesmo;
• Por outro, existem sempre fugas entre o êmbolo e a superfície
interior do cilindro, com consequências vantajosas do ponto de
vista da lubrificação das superfícies em movimento relativo.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 50/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

O principio básico de funcionamento que move o fluído através


de uma bomba de deslocamento positivo é:

• O aumentando do volume de uma câmara permite que o


fluido entre na bomba;

• A redução do volume da câmara faz mover o fluido para o


circuito hidráulico;

• Válvulas de admissão e de descarga controlam o movimento


do fluido através da bomba.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 51/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Nestas máquinas, uma quantidade fixa de fluído é confinada


durante a sua passagem através da máquina e submetida a troca de
pressão pela variação no volume do recipiente em que se encontra
contido;

O fluído é obrigado a mudar o seu estado energético pelo


deslocamento de uma fronteira em movimento.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 52/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Estas máquinas possuem uma boa vedação entre as câmaras de


entradas e as câmaras de saída;
A sucessão de pequenos volumes de fluído transferidos entre a
camara de entrada e a camara de saída proporciona um caudal
uniforme e independente do aumento de pressão no sistema,
tornando estas máquinas adequadas para transmitir força (ideais
para sistemas óleo-hidráulicos).

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 53/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Basicamente, uma bomba hidráulica de deslocamento positivo


executa duas funções:
1. Criar vácuo parcial à entrada da bomba;

2. Produzir caudal sob pressão à saída da bomba;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 54/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

1. Criação de vácuo parcial à entrada da bomba;


A sua ação mecânica (devido à rotação mecânica do eixo da
bomba) cria um vácuo parcial na entrada da bomba. O vácuo
permite que a pressão atmosférica force o fluido através da linha
de aspiração para dentro da bomba.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 55/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

O aumento do tamanho da câmara de bombagem permite a


entrada do fluido na bomba.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 56/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

2. Produzir caudal sob pressão à saída da bomba;


A ação mecânica da bomba transporta o fluido dentro das cavidades
de bombeamento, através da bomba e força-o para o circuito
hidráulico.

A redução do tamanho da
câmara de bombagem força o
fluido para o circuito.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 57/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

É importante notar que as


bombas geram caudal, não
pressão. A pressão é criada pela
resistência à passagem do fluido.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 58/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A pressão é criada pela resistência à passagem do fluido.


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 59/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
A pressão máxima num circuito hidráulico é determinada por:
• Resistência à circulação de fluido no circuito;

• Binário que o motor (elétrico) pode exercer.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 60/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

O caudal de saída da bomba hidráulica é determinado por:


• Volume da câmara de bombeamento;

• Velocidade de rotação do motor (elétrico).

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 61/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A energia é fornecida ao fluído já sob a


forma de pressão. O caudal é mantido
praticamente constante.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 62/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Nas bombas de deslocamento positivo, a entrada e a saída estão


hidraulicamente vedadas, isto é, o óleo da camara de saída não
tem possibilidade de voltar à camara de entrada devido à vedação
interna da bomba;

Este tipo de bomba mantém uma pressão residual na saída e


necessita da proteção de uma válvula de segurança.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 63/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Estas bombas são capazes de superar a pressão resultante de


cargas mecânicas no sistema, assim como a resistência do fluido
devido ao atrito.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 64/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Necessário a utilização de válvulas de segurança para evitar danos


à própria bomba ou a qualquer elemento do circuito.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 65/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Este tipo de bombas fornece uma determinada quantidade de


fluido a cada rotação ou ciclo;

Produzem fluxos em forma de impulsos, contudo sem variação


de pressão no sistema.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 66/209
66/100
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Vantagens

 Alta pressão (até 700 bar);

 Compactas;

 Alta eficiência volumétrica;

 Pequena alteração de eficiência devido a alterações de pressão na


faixa projetada;

 Grande flexibilidade de desempenho.


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 67/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

3.2 – Classificação baseada na cilindrada

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 68/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

As bombas hidráulicas podem ser classificadas quanto à sua


cilindrada, como:

Fixa

Bombas de
cilindrada

Variável

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 69/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

As bombas de cilindrada fixa têm câmaras de aspiração e de saída


com um volume que não pode ser alterado em cada ciclo do seu
funcionamento;

Fornecem sempre a mesma quantidade de fluido, supondo


constante, a velocidade e a temperatura de operação.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 70/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Nas bombas de cilindrada variável a geometria das câmaras


podem ser alteradas para permitir variar o caudal debitado pela
bomba;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 71/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

3.3 – Classificação baseada no tipo de movimento

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 72/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Quando ao tipo de movimento das bombas, este pode ser do tipo


rotativo ou alternativo;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 73/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Bomba Rotativa “Volumétrica”


A rotação mecânica do eixo da bomba causa uma depressão
(zona verde) e, consequentemente, o óleo pressionado pela
pressão atmosférica, preenche a área verde que representa a área
de sucção da bomba.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 74/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Bomba de Pistão ou alternativa


Numa bomba alternativa um êmbolo extrai fluído de um tanque
auxiliado pela ação da pressão atmosférica e envia-o para a saída;

O movimento do êmbolo é semelhante ao de uma seringa que


aspira o líquido, puxando o êmbolo e injeta-o empurrando o
êmbolo na direção oposta.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 75/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

2.3.3 – Problema da Cavitação

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 76/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

O fenómeno de cavitação acontece quando localmente, a pressão


estática local no fluido hidráulico (pressão de entrada na bomba) é
menor que a tensão de vapor do fluido a essa temperatura.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 77/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
O fenómeno da cavitação leva à formação de pequenas cavidades
cheias de vapor (bolhas de vapor), em locais onde a pressão é
baixa;

Pressão baixa ou uma


redução da pressão
pode produzir ….

…. possibilidade
de cavitação

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 78/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

O problema surge, quando sujeitas a pressões mais altas, essas


cavidades, chamadas "bolhas" ou "vazios", colapsam podendo gerar
ondas de choque.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 79/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A vaporização repentina do fluído hidráulico leva à formação de


bolhas gasosas, que voltam estado líquido logo que se atinja uma
zona de pressões mais elevadas.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 80/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

As bolhas de vapor que se formam no escoamento devido à baixa


pressão (entrada da bomba), serão transportadas e podem chegar a
uma zona em que a pressão cresça novamente para um valor
superior à pressão de vapor (saída da bomba).

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 81/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Quando colapsam (implosão) as bolhas produzem micro jatos


hidráulicos que agem de maneira semelhante às ondas de choque.

Ciclo de formação e implosão das bolhas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 82/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

As ondas de choque criam um desgaste significativo quando as


bolhas gasosas implodem sobre ou perto de uma superfície de
metal, causando tensões cíclicas por implosões repetidas.

Cavidades de vapor de baixa pressão formam-se e


implodem dentro da bomba
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 83/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
O resultado dessas implosões causará fadiga superficial e danos às
superfícies metálicas (danos por cavitação).

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 84/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Cavitação numa bomba de engrenagens exteriores.


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 85/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Caraterísticas de uma bomba em cavitação:

 Perda de rendimento;

 Aumento da potência no eixo;

 Funcionamento irregular, trepidação e vibração

 Ruido provocado pelo fenómeno de implosão das bolhas.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 86/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A melhor indicação que está a ocorrer cavitação na bomba é o


ruído;
Durante a cavitação, ocorre também uma diminuição do caudal da
bomba;
As camaras da bomba não ficam completamente cheias de fluido
hidráulico e a pressão do sistema também se altera.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 87/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A linha de aspiração da bomba deve ser cuidadosamente


dimensionada e configurada de modo a eliminar a cavitação e a
entrada de ar;

Se o orifício de aspiração da bomba se encontra ao nível da


superfície livre do óleo, verifica-se nesse ponto a pressão
atmosférica absoluta de 1 bar.

1 bar

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 88/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Se a bomba é montada acima do nível do óleo, a ação mecânica


cria uma subpressão na entrada da bomba, o que permite que a
pressão atmosférica force o óleo do tanque, através da tubagem de
aspiração a entrar na bomba.

Pressão

0.7 bar

Subpressão

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 89/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

É aconselhável que, a pressão no orifício de aspiração não deva


ser inferior a 0,7...0,8 bar absolutos (0,3 bar de perda de carga).

Este valor depende do tipo de bomba (alguns bombas exigem uma


pressão no orifício de aspiração superior a 1 bar), devendo-se
consultar as especificações do fabricante.

Caso a pressão no orifício de aspiração desça abaixo do limite


admissível, pode gerar-se cavitação (formação de bolhas de gás no
fluído).
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 90/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

4 – Grandezas nominais

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 91/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

4.1 – Cilindrada

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 92/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
A cilindrada é a grandeza mais importante das bombas, e
corresponde ao volume de óleo debitado pela bomba quando o
seu veio de acionamento realiza uma volta completa , estando os
orifícios de admissão e expulsão à pressão atmosférica.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 93/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A cilindrada é portanto uma caraterística volumétrica;


Numa bomba rotativa, a cilindrada é expressa em cm3 por rotação
do veio motor (cm3/ rot).

C = volume entre dentes x nº dentes x 2


(aproximadamente)
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 94/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Numa bomba alternativa em cm3 por ciclo (cm3/ ciclo).

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 95/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Nas bombas de êmbolos, a cilindrada corresponde ao volume


deslocado pelos êmbolos.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 96/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Se uma bomba tiver mais de uma câmara de bombeamento, a sua


cilindrada será igual à cilindrada de uma câmara multiplicada pelo
número de câmaras.

C = A x h x nº êmbolos
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 97/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A cilindrada calculada sobre parâmetros geométricos ou teóricos


da bomba (com base na forma e tamanho do dente) é a chamada
cilindrada teórica;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 98/209
98/100
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A cilindrada calculada sobre parâmetros geométricos ou teóricos


da bomba (com base na forma e tamanho do dente) é a chamada
cilindrada teórica;

No entanto, para o cálculo da cilindrada real é necessário


considerar as fugas internas que dependem de vários fatores,
como:

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 99/209
99/100
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Em hidráulica usam-se quer bombas de cilindrada fixa, quer


bombas de cilindrada variável;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 100/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

4.1 – Curvas características

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 101/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

As curvas caraterísticas de uma bomba hidráulica, caraterizam o


comportamento real da bomba;
São habitualmente fornecidas pelo fabricante da bomba, (obtidas
experimentalmente numa banca de ensaios) mostrando o
relacionamento entre as grandezas que caracterizam o seu
funcionamento;

Normalmente as principais curvas características fornecidas pelo


fabricante são:

 Caudal x pressão;
 Caudal x velocidade de rotação;
 Potência x velocidade de rotação;
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 102/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 103/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A curva característica de uma bomba de caudal constante,


apresenta sempre uma diminuição do caudal em função do
aumento da pressão;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 104/209
104/100
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

• Para p = 0, a bomba debita um caudal Q (caudal máximo da


bomba - caudal em vazio);
• Para valores de p pequenos, o caudal Q mantém-se
praticamente constante;
• Para valores de p elevados Q começa a diminuir;
• Com pmáx, o caudal Q terá diminuído no máximo cerca de 13%.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 105/209
105/100
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Gráfico de pressão versus caudal (a velocidade constante)


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 106/209
106/100
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

3.1 – Localização da bomba hidráulica

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 107/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A bomba hidráulica está normalmente localizada sobre a tampa do


reservatório que contém o fluído hidráulico do sistema.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 108/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A bomba hidráulica faz parte de um conjunto mais vasto que


habitualmente se designa por grupo gerador.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 109/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

O grupo gerador é normalmente fornecido pelo próprio


fabricante num bloco único.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 110/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
Chama-se numa unidade hidráulica, grupo gerador ou grupo de
acionamento ou unidade de potência, ao conjunto formado por:

1. Motor elétrico (ou de combustão);

2. Bomba hidráulica;

3. Reservatório;

4. Válvula limitadora de pressão

5. Filtro

6. Tubagem.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 111/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Funções do grupo gerador:


• Fornecer energia necessária ao funcionamento do circuito
hidráulico;

• Promover a circulação do fluido hidráulico através do circuito;

• Definir o valor da pressão máxima que assegura a segurança do


circuito hidráulico;

• Manter a temperatura e a “limpeza” do fluido hidráulico, numa


gama de valores considerados adequados para o circuito.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 112/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Grupo gerador (com permutador de calor)


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 113/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Esquema de ligações no grupo gerador


A bomba [1] está acoplada ao motor elétrico [3] por meio de um
acoplamento [2].

A bomba, o reservatório [4] e a válvula de segurança estão ligados


entre si por tubagens.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 114/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

O acionamento da bomba hidráulica é efetuado através de um


motor elétrico, ou por um motor de combustão interna.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 115/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Transformação da Energia Elétrica em Energia Hidráulica


O grupo que permite a transformação da energia elétrica em
energia hidráulica é composto por um motor elétrico em cujo
flange está acoplado o corpo de suporte da bomba hidráulica.

Grupo de Transformação de Energia Elétrica em Energia Hidráulica


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 116/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A ligação entre o motor e a bomba hidráulica é feita através de um


acoplamento mecânico.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 117/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Reservatório para armazenamento do fluido hidráulico.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 118/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A válvula limitadora de pressão permite controlar o valor máximo


para a pressão no circuito.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 119/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
Os filtros que permitem remover impurezas no fluido hidráulico.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 120/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
As mangueiras hidráulicas permitem efetuar o transporte do fluido
hidráulico para os diversos componentes do circuito.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 121/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

5 – Seleção de uma bomba hidráulica

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 122/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
As grandezas nominais de uma máquina são as grandezas que a
caracterizam e diferenciam;
• Pressão (caraterística manométrica);
• Velocidade de rotação (caraterística cinética);
• Cilindrada (caraterística volumétrica).
Fundamentais para a escolha do equipamento.
Normalmente são fornecidas pelo fabricante do equipamento.

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Ferreira da Silva 123/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
Devem no entanto, considerar-se outras características igualmente
importantes, tais como:
• Rendimentos;
• Variação de cilindrada;
• Viscosidade do fluido hidráulico;
• Limites de temperatura de funcionamento;
• Limites à contaminação do fluído hidráulico;
• Sentido de rotação;
• Tipo de montagem;
• Robustez mecânica;
• Nível de ruído emitido;
• Possibilidade de agrupamento com outras bombas;
• Sentido de rotação (reversibilidade cinemática);
• Reversibilidade hidráulica;
• Preço.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 124/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

5.2 – Pressão de funcionamento

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 125/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
Num circuito hidráulico a pressão é a característica manométrica;
É importante o conhecimento de 3 pressões:
• Pressão de funcionamento contínuo (p1);
• Pressão máxima admissível (p2);
• Pressão de pico (p3);

A pressão p3 deve limitar-se a breves instantes (Exemplo: o tempo


requerido para a abertura de uma válvula de segurança).
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 126/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Dados do fabricante
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 127/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

CASAPPA - Hydraulic Gear Pumps (https://casappa.com/downloads/dowload)


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 128/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

5 – Grandezas: Expressões Matemáticas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 129/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 130/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 131/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

6 – Curvas Caraterísticas das Máquinas Hidrostáticas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 132/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

O que é uma curva caraterística do


desempenho de uma máquina hidrostática

Uma curva de uma máquina hidrostática é uma representação


gráfica das varáveis e parâmetros que caraterizam o seu
funcionamento, na gama de situações para que foi dimensionada
(pelo fabricante).

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Ferreira da Silva 133/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
Dada a simetria funcional de bombas e motores são de considerar
as seguintes grandezas:

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Ferreira da Silva 134/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

6.1 – Curvas Q - p

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Ferreira da Silva 135/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
Nas bombas hidráulicas, são particularmente importantes as
curvas que ilustram o caudal debitado em função do valor da
pressão de funcionamento (para uma dada velocidade de
acionamento) – caraterística estática.

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Ferreira da Silva 136/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Caudal geométrico
É o caudal sem consideração de fugas;

Bombas: Motores:
- Caudal em vazio

- Cilindrada
Enquanto que o caudal realmente
debitado por bombas ou absorvido por
- Velocidade de rotação
motores, é dado por:

  - Rendimento volumétrico

O caudal de fugas (Qf) para ambos os


casos, é a diferença entre os dois valores.

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Ferreira da Silva 137/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Como se pode observar pelo gráfico, o rendimento volumétrico


tende para 1 à medida que a pressão se aproxima de 0.
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Ferreira da Silva 138/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

EXEMPLO: Rexroth - Bombas de Engrenagens Internas (PGF Series 2X and 3X )

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Ferreira da Silva 139/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

6.2 – Curvas Q - n

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Ferreira da Silva 140/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
As curvas Q-n (com a pressão como parâmetro fixo), permitem
verificar que o caudal de fugas sofre apenas uma pequena
influência com a velocidade de rotação n;

O rendimento volumétrico, é mais desfavorável a baixas


velocidades, uma vez que o caudal da máquina diminui.

 

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Ferreira da Silva 141/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Exemplo:
Uma bomba possui uma curva Q-n, como o mostrado

Fonte: - Hydro Leduc

Calcule:
O rendimento volumétrico a 1000 r.p.m e a 2500 r.pm.
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Ferreira da Silva 142/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Resolução:
Assumindo que a bomba tem um TN2, vem (p = 175 bar):
n = 1000 r.p.m:

 𝒃
𝟎,𝒃

n = 2500 r.p.m:

 𝒃
𝟎,𝒃

O rendimento volumétrico é
mais desfavorável a baixas
velocidades de rotação.

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Ferreira da Silva 143/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

7 – Formas construtivas das bombas

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 144/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

As bombas hidráulicas são classificadas quanto à sua forma


construtiva como:

• Bombas de engrenagem;

• Bombas de palhetas;

• Bombas de êmbolos.

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Ferreira da Silva 145/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

7.1 – Bombas de Engrenagens

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 146/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

• As bombas de engrenagens são de custo


mais baixo, mas estão limitadas a pressões
até cerca de 200 bar;

• São mais ruidosas em operação quer às


bombas de palhetas quer às bombas de
êmbolos;

• As bombas de engrenagens são


invariavelmente de cilindrada constante, o
que significa que a quantidade de fluído
deslocado por cada rotação do eixo de
acionamento é (teoricamente) constante.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 147/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

7.1 – Classificação das bombas de engrenagens

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 148/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

As bombas de engrenagens são classificadas em dois grandes


grupos:
• Bombas de engrenagens exteriores;

• Bombas de engrenagens interiores.

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Ferreira da Silva 149/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

7.1.1 – Bombas de Engrenagens Exteriores

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 150/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Uma bomba de engrenagens exteriores é constituída por um par


de engrenagens acopladas envoltas numa carcaça com uma
entrada e uma saída para o fluido hidráulico, vedada lateralmente
por duas tampas;

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Ferreira da Silva 151/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Uma das engrenagens (engrenagem motora) tem um lado do seu


eixo prolongado para fora de uma das tampas laterais e é
responsável pela transmissão do movimento da bomba;

A outra engrenagem (engrenagem movida) roda livremente nos


casquilhos das tampas.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 152/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

As duas engrenagens são iguais (têm o mesmo número de dentes e


o mesmo módulo);

Uma engrenagem é motriz e a outra movida.


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 153/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

As duas engrenagens são colocadas dentro de uma carcaça, que as


envolve com precisão verificando-se uma vedação;

Dentro dessas carcaça existem duas camaras que comunicam com


a tubagem de sução e com a de descarga.
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Ferreira da Silva 154/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

As bombas de engrenagens externas podem apresentar três tipos


de configurações consoante o tipo de engrenagem usado: dentes
retos, helicoidais e em forma de espinha de peixe;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 155/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

As bombas de engrenagens externas podem apresentar três tipos


de configurações consoante o tipo de engrenagem usado: dentes
retos, helicoidais e em forma de espinha de peixe;

Engrenagem em forma
Engrenagem de dentes retos Engrenagem helicoidal
de espinha de peixe

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Ferreira da Silva 156/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
Engrenagens de dentes retos
Visto que os dentes retos são as mais fáceis de fabricar, as bombas
de engrenagens de dentes retos são as mais comuns;

As bombas de engrenagens de dentado reto, apresentam contudo


vibrações e ruído elevado na gama das altas velocidades, devido ao
contato súbito dos dentes das engrenagens.

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Ferreira da Silva 157/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Engrenagens helicoidais
A utilização de bombas com dentado helicoidal, permite reduzir o
ruido e as vibrações (funcionamento mais suave da bomba);

A utilização de engrenagens helicoidais, está contudo limitada


aplicações de baixa pressão (< 200 bar), pois desenvolvem cargas
axiais elevadas, devido a ação da engrenagem helicoidal.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 158/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Engrenagens em forma de espinha de peixe


Este tipo de engrenagens é conseguido através da montagem de
duas engrenagens helicoidais, montando cada hélice em oposição à
outra;

Este arranjo permite anular as cargas axiais, podendo ser utilizadas


em bombas em que seja necessário desenvolver pressões
superiores a 200 bar.
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Ferreira da Silva 159/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Esta engrenagem permite que a bomba opere tão suavemente


como as de engrenagens helicoidais, mas com caudais superiores,
uma vez que pode operar a velocidades mais elevadas;

Uma vez que operam a velocidades mais altas, proporcionam


menor pulsação de caudal.
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Ferreira da Silva 160/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Lista de componentes
1. Anel elástico
2. Vedante do veio
3. Flange frontal
4. Casquilho
5. Vedante contra extrusão
6. Vedante
7. Engrenagem motora
8. Casquilho do bloco
9. Corpo
10. Tampa traseira
11. Parafuso
12. Engrenagem movida
13. Vedante de compensação
14. Pino

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Ferreira da Silva 161/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Descrição funcional
Através do movimento rotativo das engrenagens, entre os vãos dos
dentes das engrenagens e a carcaça, são formados espaços que
transportam o fluído da camara de entrada para a de saída;

A ação de bombagem é conseguida por engrenamento e


desengrenamento dos dentes.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 162/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
pressão
A subpressão necessária ao processo de
sucção, gera-se na câmara de aspiração por
aumento de volume entre os dentes
engrenados quando estes desengrenam;
subpressão
O óleo é aspirado do reservatório (zona de sucção) e transportado
pelo alojamento formado entre os dentes e as placas laterais.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 163/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
pressão

Na câmara de pressão os dentes voltam


a encontrar-se com as respetivas
cavidades, forçando o fluido para o
exterior pelo orifício de pressão.

subpressão

O óleo é lançado para o circuito com pressão (zona de descarga) à


medida que os dentes das engrenagens voltam a estar em
contacto.

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Ferreira da Silva 164/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 165/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A pressão aumenta conforme mostrado.

Perfil ideal de evolução da pressão nas cavidades dos dentes


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Ferreira da Silva 166/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Sentido de circulação do fluido hidráulico na bomba


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Ferreira da Silva 167/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

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Ferreira da Silva 168/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

O fluido hidráulico ocupa as cavidades dos dentes, sendo


conduzido exteriormente entre estas e a parede interior da
carcaça, desde o orifício de aspiração ao orifício de pressão.

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Ferreira da Silva 169/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Este tipo de bombas em principio é reversível, bastando para isso


inverter o sentido de acionamento do veio (invertendo-se o
sentido de circulação do fluído);

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Ferreira da Silva 170/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Na prática porem não é vulgar usar bombas de engrenagens


exteriores com dois sentidos de rotação;

Necessidade de uso de vedantes de alta pressão quer nas camaras


de pressão quer na camara de sucção.
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Ferreira da Silva 171/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Caudal Teórico
A variação do volume de fluído transportado pelo movimento das
engrenagens (não considerando fugas internas decorrentes das
diferenças de pressão na bomba), é o chamado caudal teórico;

Caudal teórico

O caudal teórico é de fundamental para o correto


dimensionamento de uma bomba em qualquer sistema hidráulico.

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Ferreira da Silva 172/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Caudal Nominal
Neste tipo de bombas existe sempre uma pequena folga entre o
dente e a carcaça (habitualmente menor que 0.02 mm);

Significa que o caudal nominal (Qnominal), caudal para que é


dimensionada a bomba, é menor que o caudal teórico (Qteórico).
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 173/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Fugas internas decorrentes das diferenças de pressão na bomba


ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 174/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A - Caudal nominal fornecido por uma bomba, em função da


velocidade de rotação;

B - Caudal nominal fornecido por uma bomba, em função da


pressão.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 175/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 176/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A área (A) da secção transversal de cada espaço, formado entre


dois dentes da mesma engrenagem e a carcaça é considerada uma
célula de transporte de fluído.

A - Área entre os dentes


A área de cada célula formada por dois dentes da engrenagem e a
carcaça da bomba depende da forma de geração e do perfil deste,
sendo por isso de difícil determinação matemática.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 177/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

De uma forma simplificada, o deslocamento volumétrico teórico


pode ser considerado igual ao volume calculado entre o diâmetro
interno e o externo da engrenagem (considerando que a área do
vão entre dois dentes da engrenagem é igual à área do dente).

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 178/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

O deslocamento volumétrico da bomba (cilindrada – C), será


calculado por:

C - cilindrada (m3/rot)

L – largura do dente (m)

Dext - diâmetro exterior (m)

Dint - diâmetro interior (m)

Dext = Dint − 2(Addendum + Dedendum)

O caudal teórico será dado por:


ó x n (rpm)
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Ferreira da Silva 179/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores
Neste tipo de bombas, a elevada pressão do fluido do lado da
saída, impõem uma carga desequilibrada sobre os eixos e sobre os
rolamentos;

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 180/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Vantagens
• Preço relativamente baixo;
• Segurança de funcionamento mesmo em condições severas;
• Bom comportamento numa larga gama de viscosidades
correspondentes aos fluidos hidráulicos correntes e aos óleos de
lubrificação;
• Posição de serviço indiferente;
• Grande gama de velocidades de funcionamento (normalmente
entre 500 e 3000 rpm);
• Boas caraterísticas de aspiração;
• Em operação são relativamente silenciosas;
• Construção compacta e leve para a sua capacidade:
• Baixa sensibilidade à presença de partículas sólidas presentes no
fluido hidráulico.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 181/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Desvantagens
• Impossibilidade de variar a sua cilindrada;
• Apresentam mau comportamento a baixas velocidades de
acionamento (< 500 rpm);
• Grande pulsação de caudal do fluído debitado
independentemente da pressão, e consequente ruído;
• Dificuldade de suportar pressão elevadas (em geral < 200 bar);
• Necessidade de variadores de velocidade para alterar o caudal
fornecido pela bomba.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 182/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

8 – Motores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 183/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Os motores hidráulicos são atuadores rotativos;


Habitualmente designa-se por “atuador rotativo” apenas um tipo
particular de motor, aquele em que a capacidade de rotação é
limitada (não ultrapasse os 360º), sendo que apenas os outros são
designados por “motores”;
- Atuadores rotativos ( < 360º)
Rotação
- Motores

Atuadores rotativos Motores

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Ferreira da Silva 184/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Atuadores rotativos Motores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 185/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Os recetores hidráulicos têm como objetivo transformar a energia


hidráulica fornecida pela bomba em energia mecânica. Chama-se
motores, caso esta energia seja transformada em movimento
rotativo;

Um motor hidráulico é um dispositivo que converte energia


hidráulica (caudal e pressão) em energia mecânica (binário e
velocidade de rotação);
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 186/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Um motor hidráulico é um dispositivo que converte a potência


contida no fluido (Ph - potência hidráulica), em potencia mecânica
(Pm - potência de saída do motor).

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Ferreira da Silva 187/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A velocidade de rotação do veio de saída (n) é uma função do


caudal de entrada (Q);

Ou seja, o valor do caudal de entrada no motor (Q) é


determinado pela velocidade de rotação do eixo de saída (n).
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 188/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

O binário (M) é uma função da pressão (p);

Ou seja, o valor da pressão na entrada do motor (p) é


determinado pelo binário resistente no seu eixo de saída (M).
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 189/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

No entanto em rigor, um motor não é uma bomba a funcionar em


sentido inverso;

Um motor pode em determinadas aplicações, posto a funcionar


como bomba, ter um fraco desempenho.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 190/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Diferenças entre um motor e uma bombas hidráulica

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 191/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Motor hidráulico

 

com
Q – caudal [l/min]
V – volume nominal [cm3]
n – velocidade de rotação [r.p.m]
∆p – diferença entre pe e ps [bar]
M – binário de saída do motor[Nm]
Pm – potência de saída do motor[kW]
pe – pressão de entrada [bar]
ps – pressão de saída [bar]
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 192/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

8.1 – Simbologia

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 193/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Ao nível da representação simbólica, os motores hidráulicos são


representados por círculos;

Ou semicírculos, na representação de atuadores rotativos.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 194/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Simbologia de motores e atuadores rotativos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 195/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

8.2 – Aplicações dos motores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 196/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Os motores hidráulicos são hoje de utilização cada vez mais


alargada na industria (maquinaria agrícola, máquinas-ferramentas,
locomotivas, etc.);

Permitem um excelente controlo na aceleração, desaceleração,


velocidade de operação, reversão suave de movimentos,
posicionamento, etc.
ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto
Ferreira da Silva 197/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Novas aplicações dos motores hidráulicos podem ser encontradas


hoje em áreas tão diversas como, máquinas CNC, aviação de
combate, parques eólicos, etc.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 198/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Possuem uma alta relação peso/potência quando comparados


com motores de combustão ou elétricos;
Motor elétrico de 25 Cv (3000 rpm) Motor hidráulico de 23.5 Cv (5600 rpm)

Massa: 110 Kg Massa: 2.5 Kg

Momento de Inércia: 0.075 Kgm2 Momento de Inércia: 0.0004 Kgm2

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Ferreira da Silva 199/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 200/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

8.3 – Classificação dos motores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 201/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Dependendo do mecanismo utilizado para proporcionar a rotação


do veio, os motores hidráulicos podem ser classificados como:

 Motores de engrenagens.

 Motores de palhetas.

 Motores de pistões:
 Axiais.
 Radiais.

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Ferreira da Silva 202/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

8.4 – Circuitos com motores hidráulicos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 203/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

A associação de motores hidráulicos pode ser efetuada de duas


formas distintas:

 Em série: a pressão total do sistema é


determinada pela adição das cargas colocadas em
cada motor;

 Em paralelo: cada motor recebe a mesma


pressão; as cargas devem ser combinadas ou o
mesmo caudal deverá ser fornecido a cada motor
para terem ambos a mesma velocidade de
rotação.

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 204/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Associação de motores em série

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Ferreira da Silva 205/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

5 – Exemplos resolvidos

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto


Ferreira da Silva 206/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Exemplo 1:

Os componentes do circuito hidráulico mostrado têm as seguintes


características:

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Ferreira da Silva 207/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

i. A queda de pressão ao longo do circuito (desde a saída da


bomba à entrada do cilindro) é de 5.2 bar;
ii. A queda de pressão total na linha de retorno da extremidade
da haste do cilindro é de 3.5 bar.

Determine:
a) A cilindrada da bomba;
b) A potência de entrada necessária para acionar a bomba;
c) O binário de entrada necessário para acionar a bomba;
d) Qual a percentagem da potência de entrada da bomba, que é
fornecida à carga.

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Ferreira da Silva 208/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel
Automação 2.5– Bombas e Motores

Resolução:

Transmissão de potência

Áreas
.
= 0.0324

( ) ( . . )
Perdas de carga = 0.0324

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Ferreira da Silva 209/209
3º Ano – Licenciatura em Engenharia Mecânica Automóvel

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