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Fenômenos de Superfície - P2
Podemos considerar uma superfície como sendo uma interface. A interface é uma
região de fronteira (limite) entre duas fases homogêneas (imiscíveis), com espessura
finita, separada pela diferença de densidade, em decorrência da tensão superficial e das
propriedades interfaciais. Essa relação só tem significância, quando a variação de energia
de Gibbs for proporcional à relação entre a superfície e o volume, sendo este um pré-
requisito para formação de uma fase estável, quando o ΔG for negativo -ΔGf>0. Caso
contrário, se o ΔG for positivo ΔGf<0, haverá uma dispersão completa de uma fase na
outra, formando uma solução ou uma emulsão.
Ar
Interface
a) Líquido
b)
a. Agulha ou lâmina de barbear: podem ser colocadas tão levemente na água, que a força devida
à sua gravidade não vence a tensão superficial, de modo que elas flutuam.
b. Insetos: apresentam uma área de contato muito pequena com a superfície, de modo a andar na
água.
a. Bolha: região em que o vapor está confinado em uma fina película de um líquido [duas
superfícies];
b. Cavidade: região em que o vapor está confinado no interior do líquido [uma superfície];
a) b)
Quando temos um tubo capilar mergulhado num líquido, duas situações podem
ocorrer:
b) Líquido não molha o vidro (mercúrio): depressão do líquido até que atinja uma
posição de equilíbrio, ocorrendo a formação de um menisco convexo.
Termodinâmica
Fenômenos de Superfície - Adsorção P2
Fig.1. Ilustração do fenômeno da adsorção sobre carvão: as bolinhas coloridas representam moléculas
de gases hipotéticos A e B que circulam e que são adsorvidas na superfície do carvão (bolinhas pretas)
após certo tempo.
b. Isoterma de Freundlich:
Isotermas do tipo II e IV são típicas de sólidos não porosos e de sólidos com poros razoavelmente grandes,
respectivamente.
Isotermas do tipo III e V são características de sistemas onde as moléculas do adsorvato apresentam maior
interação entre si do que com o sólido. Estes dois últimos tipos não são de interesse para a análise da
estrutura porosa.
Isoterma do tipo VI é obtida através da adsorção do gás por um sólido não poroso de superfície quase
uniforme, o que representa um caso muito raro entre os materiais mais comuns.
Isotermas dos tipos IV e V, são observados dois ramos distintos. O inferior mostra a quantidade de gás
adsorvida com o aumento da pressão relativa, enquanto que o ramo superior representa a quantidade de gás
dessorvida no processo inverso. Esses dois tipos de isotermas são característicos de sólidos mesoporosos e
macroporosos, nos quais o processo de evaporação é diferente do processo de condensação. Quando a
condensação se dá dentro dos poros, onde as forças de atração são maiores devido à proximidade entre as
moléculas, esta pode ocorrer a pressões menores do que em sólidos não porosos. A evaporação, porém, é
dificultada pelo formato do poro. Os diferentes caminhos caracterizam uma histerese entre os processos de
adsorção e dessorção.
Isoterma do tipo IV nada mais é do que a isoterma do tipo II com o fenômeno de histerese, que será mais
pronunciado quanto maior for a dispersão de tamanhos de poro. A ausência de histerese não significa a
ausência de porosidade, já que alguns formatos de poro podem levar a processos iguais de adsorção e
dessorção.