O texto discute a importância da representação de grupos marginalizados na democracia. A autora argumenta que a representação deve se focar nos programas políticos, não nas pessoas, e que é necessária uma "condição constante de responsividade" aos eleitores. Além disso, aborda a "política de presença", questionando se uma assembleia composta só por brancos pode representar uma sociedade diversa.
O texto discute a importância da representação de grupos marginalizados na democracia. A autora argumenta que a representação deve se focar nos programas políticos, não nas pessoas, e que é necessária uma "condição constante de responsividade" aos eleitores. Além disso, aborda a "política de presença", questionando se uma assembleia composta só por brancos pode representar uma sociedade diversa.
O texto discute a importância da representação de grupos marginalizados na democracia. A autora argumenta que a representação deve se focar nos programas políticos, não nas pessoas, e que é necessária uma "condição constante de responsividade" aos eleitores. Além disso, aborda a "política de presença", questionando se uma assembleia composta só por brancos pode representar uma sociedade diversa.
De uma política de ideias a uma política de presença - Anne Phillips
O argumento central do texto é a democracia e as parcelas de pessoas nela
representadas, ou seja, como esse sistema age para assegurar a representação de grupos marginalizados da sociedade. Nesse sentido, Phillips defende que “as lealdades políticas se desenvolvam mais em torno de programas políticos do que de pessoas (PHILLIPS, 2001, p.269)”, num conceito que nomeia de “política das ideias”. Além disso, a autora expõe a mentalidade errônea das pessoas em enfatizar quem está presente nas assembleias e não o que fazem, ao tratar de representação. Dessa forma, ela sugere que “não é necessária uma atividade constante de resposta ao eleitorado, mas deve haver uma condição constante de responsividade, de prontidão potencial para responder (PHILLIPS, 2001, p.271)”. Assim, Phillips argumenta que, na transição da democracia direta para a participativa, as pessoas deixaram de se importar com os políticos em si, mas sim o que eles representam. Em outra análise, é trazido para o debate o “lugar de fala” e a “política de presença”, ou seja, se é possível dizer que uma assembleia composta só por brancos que debatem pautas raciais pode realmente se dizer representativa quando a sociedade a qual está é mais diversa. Também, Phillips chama a atenção para a similaridade com diferença. De acordo com ela, as maiores conquistas de determinado grupo minoritário são alcançadas quando há uma aproximação entre o opressor e o oprimido. Por exemplo, hoje a vida das mulheres está muito mais próxima à dos homens, mas é o momento de maiores reivindicações deste grupo. Por fim, Phillips descarta a ideia de antagonismo excludente entre a política das ideias e a políticas das pessoas, pois a melhor forma de encontrar um sistema justo de representação é na boa relação entre ideias e presença.
Referência: PHILLIPS, Anne. “De uma política de idéias a uma política de presença?”. Revista Estudos Feministas, vol. 9, no 1, 2001.