Você está na página 1de 3

Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF

Instituto de Ciências Humanas


Introdução à Ciência Política
Prof: Jorge Gomes de Souza Chaloub
Discente: Analice Vieira Silva

Fichamento: PHILIPS, Anne. De uma política de ideias a uma política de presença?


Periódicos UFSC, 2011.

● Na democracia liberal é visto que a representação no cenário político é o que mais

reflete a real opinião dos representados e que problemas de exclusão política se dão

parte pelo sistema eleitoral - que pode super-representar ou sub-representar tais

opiniões no meio político - e parte pela falta de acesso a esse sistema.

● No ambiente governamental, o indivíduo recebe a opção de escolher entre candidatos

que possuem intelecto e capacidade para governar e candidatos cujo compartilhamos

opiniões, e a população sempre busca por escolher a segunda opção. Phillips ilustra

que a grande maioria da sociedade constrói uma política através de rotulações dadas

pelos partidos para conseguir arrecadar seus interesses. Muitas vezes também, a opção

por tal partido parte de uma “herança” de vínculos com o partido ou por tal partido

conciliar com os interesses do cidadão.

● Anne Phillips apresenta uma das saídas para se executar o poder de uma liderança no

meio político que seria as democracias radicais, que apresentam diversos planos para

que se consiga concluir o pano de governar e ser governado alternadamente.

Apresenta diversos autores e suas ideologias mas entra em detalhes nos planos de

Hanna Pitkin sobre achar que o melhor caminho para o êxito na política seria uma

representação garantida através de de um contínuo trabalho de responsividade.


● A política passa a ter a alternativa de presença. Isso ilustra uma característica central

da democracia liberal tratada no texto, onde o cenário perfeito seria a heterogeneidade

das sociedades.

● A diferença é um assunto sempre presente no meio político mas conseguir trabalhar

tal assunto se torna muito mais difícil quando não se tem pessoas que pertencem a tais

grupos que façam parte dessa diferença. Representação adequada é primacial para

conseguir ter um retorno da sociedade na política, é o primeiro passo para se

conseguir realizar reformas realistas no âmbito governamental.

● Outro caso também tratado no texto é a dificuldade de se encontrar uma representação

para ser colocada no cenário político. Phillips dá o exemplo do movimento feminista

emergindo em meados dos anos 1970 e sua dificuldade de se alcançar sua

autenticidade, pois uma mulher branca não pode se posicionar por uma mulher negra,

nem uma mulher hétero se colocar no lugar de uma mulher LGBT. Esse embate leva a

uma divergência de ideias e a um diálogo impossível de ser feito.

● Phillips apresenta também a democracia consociada, onde tentam trabalhar uma

equalização do peso democrático. Ou seja, o partido tenta trabalhar uma divisão de

poder que distribui recurso econômicos e o poder executivo de forma proporcional ao

tamanho das diferentes comunidades.

● Para se garantir a liberdade individual sem ferir o direito dos grupos de minoria,

segundo Joseph Raz, é necessário que tenha um “entendimento de pertencimento

completo e desimpedido a um grupo cultural respeitado e florescente”. Traduzindo,

seria a criação de uma tolerância de práticas ou normas culturais, tal criação que possa

levar a todos os tipos de doutrinação presente nas comunidades a entrarem em um

acordo razoável para todos.


● A autora finaliza o texto ilustrando que se uma política dá um poder a mais para um

certo grupo presente, alianças que antes poderiam ser formadas para se criar mandatos

que visam um bem comum, um mandato mais igualitário, pode desfazer essas alianças

e impedir a mudança no governo da comunidade.

Você também pode gostar