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São Paulo, 08 de janeiro de 2016.

NOTA À IMPRENSA

Valor da cesta básica aumenta em


todas as capitais em 2015

Em 2015, o valor acumulado da cesta básica aumentou em todas as 18 capitais onde o


DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - realizou
mensalmente, durante todo o ano, a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos. As maiores altas
foram registradas em Salvador (23,67%), Curitiba e Campo Grande (ambas com elevações de
22,78%), Aracaju (20,81%) e Porto Alegre (20,16%). As menores variações positivas ocorreram
em Manaus (11,41%) e Goiânia (11,51%).

Em dezembro, o valor da cesta também subiu em todas as cidades. As maiores altas foram
registradas em Belém (7,89%), Florianópolis (5,68%) e Fortaleza (5,58%). O maior custo do
conjunto de bens alimentícios básicos foi apurado em Porto Alegre (R$ 418,82), seguido de
Florianópolis (R$ 414,12) e São Paulo (R$ 412,12). Os menores valores médios foram
observados em Aracaju (R$ 296,82) e Natal (R$ 309,92).

Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de Porto Alegre, e levando em
consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser
suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia,
saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima
mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em dezembro de 2015, o salário mínimo
necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.518,51
ou 4,47 vezes o mínimo em vigor, de R$ 788,00. Em novembro, o mínimo necessário era menor,
de R$ 3.399,22, ou 4,10 vezes o piso vigente. O valor também era mais baixo em dezembro de
2014, e correspondia a R$ 2.975,55, ou 4,04 vezes o mínimo da época (R$ 724,00).
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TABELA 1
Pesquisa Nacional da Cesta Básica
Custo e variação da cesta básica em 18 capitais
Brasil – dezembro e ano de 2015
Variação Porcentagem
Variação Valor da Tempo de
Anual do Salário
Capital Mensal Cesta Trabalho
(%) Mínimo
(%) (R$)
Líquido
Salvador 23,67 2,47 331,20 45,69 92h28m
Curitiba 22,78 3,34 387,79 53,49 108h16m
Campo Grande 22,78 2,70 378,55 52,22 105h41m
Aracaju 20,81 1,72 296,82 40,94 82h52m
Porto Alegre 20,16 3,51 418,82 57,77 116h56m
Fortaleza 19,69 5,58 335,59 46,29 93h42m
Belo Horizonte 19,25 4,06 376,91 51,99 105h14m
Brasília 19,19 4,16 392,93 54,20 109h42m
Florianópolis 17,28 5,68 414,12 57,12 115h37m
Rio de Janeiro 16,62 2,18 394,21 54,38 110h04m
João Pessoa 16,47 2,15 316,82 43,70 88h27m
São Paulo 16,36 3,23 412,12 56,85 115h04m
Vitória 15,56 1,60 384,99 53,10 107h29m
Natal 15,34 2,57 309,92 42,75 86h32m
Recife 14,47 1,45 327,82 45,22 91h31m
Belém 14,22 7,89 351,38 48,47 98h06m
Goiânia 11,51 4,36 335,87 46,33 93h46m
Manaus 11,41 1,25 357,29 49,28 99h45m
Fonte: DIEESE

Cesta x salário mínimo

Em dezembro de 2015, a jornada de trabalho necessária para a compra dos alimentos


essenciais por um trabalhador remunerado pelo salário mínimo, na média das capitais
pesquisadas, foi de 101 horas e 11 minutos, maior do que o tempo exigido em novembro (97
horas e 54 minutos). Em dezembro de 2014, a jornada exigida foi menor, já que naquele mês
foram necessárias 93 horas e 39 minutos.
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Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto
referente à Previdência Social, a relação era de 49,99% em dezembro, maior do que o verificado
em novembro (48,37%). Esta relação correspondia a 46,27%, em dezembro de 2014.

Comportamento anual dos preços dos produtos da cesta 1

Em 2015, sete produtos tiveram seus preços elevados, em média, em todas as cidades:
carne bovina, tomate, pão francês, café em pó, açúcar, óleo de soja e batata, pesquisada nas
cidades do Centro-Sul. Já o valor do arroz, leite e manteiga subiu em 17 localidades.

O aumento da carne bovina, produto com grande peso na composição da cesta básica,
variou entre 8,48% em João Pessoa e 23,57% em Aracaju. Alguns motivos explicaram a alta da
carne bovina: a estiagem do início do ano, os elevados volumes de exportação e os altos custos
do boi magro e do bezerro, encarecendo a reposição.

O aumento acumulado do valor do tomate oscilou entre 10,59% em Goiânia e 88,24%, em


Salvador, em 2015. O clima instável – seca no início do ano e chuvas intensas em algumas
regiões - causou perdas de produção em várias localidades, propiciou a incidência de pragas e
diminuiu a produtividade do tomate, de forma que a oferta oscilou em vários momentos do ano.

A elevação média do preço do pão francês em todas as cidades em 2015 pode ser
explicada pela desvalorização cambial que encareceu o trigo, principal insumo do pão. A safra
brasileira também teve sua produtividade diminuída por questões climáticas. Além disso, os
aumentos nas tarifas de água e luz impactaram no custo de produção do pão francês. As variações
oscilaram entre 3,08%, em Goiânia e 25,03%, em Campo Grande.

1 Fontes de consulta: Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP, Unifeijão,
Conab - Companhia Nacional de Abastecimento, Embrapa, Agrolink, Globo Rural, artigos diversos em jornais e
revistas.
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O café em pó ficou mais caro em todas as localidades pesquisadas em 12 meses. As altas


mais expressivas aconteceram em Porto Alegre (16,32%), Salvador (15,32%), São Paulo
(14,35%) e Natal (14,29%). O menor aumento foi registrado em Manaus (3,41%). A elevação do
preço do café em pó se explica pelo crescimento das exportações do grão e pelo clima instável –
excesso de calor no início do ano e em alguns meses do segundo semestre - que comprometeu a
qualidade e reduziu a safra 2014/2015.

O preço do açúcar subiu, em 12 meses, em todas as cidades, com taxas que variaram entre
15,38% em Manaus e 59,33% em Salvador. O açúcar teve seu preço majorado nos últimos meses
do ano, devido ao aumento das exportações, tanto pela desvalorização cambial quanto pela
elevação do preço da commodity na bolsa de Nova York. Além disso, a maior parte da produção
das usinas brasileiras de cana de açúcar está voltada para a produção de etanol.

Nas 18 cidades, o valor do óleo de soja acumulou alta, com destaque para Salvador
(33,73%), Curitiba (22,22%) e Recife (21,68%). As menores taxas ocorreram em Goiânia
(6,25%) e Florianópolis (6,27%). O aumento é explicado pela desvalorização cambial, que
estimulou as exportações da soja, mesmo com a oferta do grão internacional em níveis altos, e
pela firme demanda interna, principalmente no segundo semestre.

Em 2015, o preço da batata subiu nas 10 localidades do Centro-Sul onde é pesquisada. As


taxas variaram entre 21,11% em Goiânia e 63,88% em Porto Alegre. O aumento da cotação do
tubérculo se explica pela oferta restrita em vários meses do ano, influenciada pelo clima instável.
Várias cidades tiveram quebra de safra – como por exemplo, o Triângulo Mineiro e o sul da
Bahia por causa da seca, e o Sul do país, pelo excesso de chuva.

O preço do arroz apresentou aumento em 17 cidades em 2015, com destaque para


Salvador (25,80%) e Florianópolis (25,10%). Manaus foi a única capital onde houve diminuição
(-2,57%). Durante vários meses em 2015, os produtores estiveram retraídos à espera de melhores
cotações para o arroz, comercializando o produto apenas à medida que precisavam “fazer caixa”.
Os compradores, a partir de julho, começaram a pagar valores mais altos na aquisição do grão
para garantir a demanda interna e externa.
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O preço do leite in natura aumentou em 17 capitais em 12 meses, com variações


acumuladas entre 1,49% (Goiânia) e 12,08% (Aracaju). A exceção foi anotada em São Paulo,
onde a cotação diminuiu (-0,94%). A manteiga, derivada do leite, também subiu em 17 cidades,
exceto Recife (-0,24%), com destaque para as altas registradas em Vitória (34,98%) e Belém
(22,64%). O leite é um produto cuja a entressafra se dá no início do ano e a partir do segundo
semestre, tem sua oferta normalizada. Em 2015, a alta do preço no varejo pode ser explicada pelo
clima instável no final do ano, que dificultou a captação, de forma que o recuo esperado no
segundo semestre não foi tão intenso.

Entre novembro e dezembro de 2015, a maior parte dos produtos que compõem a cesta
apresentou tendência de alta de valor nas capitais. O preço do açúcar aumentou em todas as
cidades, e a carne bovina de primeira e o óleo de soja em 17 localidades. A batata, pesquisada na
região Centro-Sul aumentou em nove dos dez municípios onde seu preço é levantado. Já o feijão
– tanto o preto quanto o carioquinha – por estar em início de plantio da chamada 1ª safra, teve seu
preço elevado em 16 cidades. Tomate, banana, arroz e café também mostraram alta em mais de
12 capitais pesquisadas pelo DIEESE.
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Tabela 2
Variação em 12 meses do gasto por produto
Dezembro 2015
Centro-Oeste Sudeste Sul Norte/Nordeste
Produtos
Campo Belo Rio de São Floria- Porto Forta- João
Brasília Goiânia Vitória Curitiba Aracaju Belém Manaus Natal Recife Salvador
Grande Horizonte Janeiro Paulo nópolis Alegre leza Pessoa
Total da
19,19 22,78 11,51 19,25 16,62 16,36 15,56 22,78 17,28 20,16 20,81 14,22 19,69 16,47 11,41 15,34 14,47 23,67
Cesta
Carne 16,50 14,97 11,89 10,89 15,11 14,49 14,33 20,14 19,54 15,45 23,57 10,63 17,37 8,48 12,36 14,95 13,20 15,75
Leite 42,38* 11,94 1,49 7,75 9,88 -0,94 8,17 4,57 11,43 11,76 12,08 9,97 8,04 5,02 6,60 8,09 1,53 1,72
Feijão 7,22 63,14 44,09 37,37 -6,05 34,66 6,81 1,49 6,64 -4,33 19,19 37,18 47,34 40,40 39,54 26,28 29,62 5,98
Arroz 18,92 13,90 9,44 8,87 5,90 7,55 6,94 2,41 25,10 6,84 19,77 15,50 12,20 11,27 -2,57 4,41 7,07 25,80
Farinha -0,42 -1,52 0,00 -5,67 -4,19 8,79 1,69 3,74 3,61 3,04 10,00 2,39 15,02 0,00 -5,50 -1,08 2,17 -7,31
Batata 42,40 47,01 21,11 46,34 60,82 44,10 38,64 44,72 26,07 63,88 - - - - - - - -
Tomate 34,46 49,50 10,59 45,49 44,31 28,12 41,64 34,33 43,73 51,02 29,63 25,13 42,01 40,74 19,77 62,90 45,79 88,24
Pão 14,69 25,03 3,08 14,29 12,15 11,42 7,42 6,96 10,56 5,90 24,32 18,19 12,03 12,06 5,47 8,64 10,94 7,83
Café 5,48 12,61 9,14 12,78 9,66 14,35 5,03 12,71 9,63 16,32 12,35 6,68 11,09 8,22 3,41 14,29 10,72 15,32
Banana 11,11 21,69 21,06 29,03 16,06 13,64 8,29 95,31 0,00 24,94 16,11 0,31 13,71 36,76 2,78 -13,67 0,00 63,16
Açúcar 18,94 25,00 20,27 52,27 29,09 33,71 31,17 40,68 33,99 40,12 38,78 21,03 31,67 35,80 15,38 39,64 31,03 59,33
Óleo 19,49 19,17 6,25 21,62 17,65 18,22 21,07 22,22 6,27 21,24 9,80 20,13 19,21 17,65 21,54 19,22 21,68 33,73
Manteiga 13,03 3,57 4,62 11,35 4,03 5,05 34,98 10,47 6,55 15,91 2,00 22,64 11,12 10,14 1,72 10,73 -0,24 0,46
Fonte: DIEESE. Pesquisa Nacional da Cesta Básica
Obs: (-) Dados inexistentes
Nota: *foi feito acerto na coleta do Leite em Brasília, o que explica parte da taxa de 42,38%.
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Tabela 3
Variação mensal do gasto por produto
Dezembro 2015
Centro-Oeste Sudeste Sul Norte/Nordeste
Produtos
Campo Belo Rio de São Floria- Porto Forta- João
Brasília Goiânia Vitória Curitiba Aracaju Belém Manaus Natal Recife Salvador
Grande Horizonte Janeiro Paulo nópolis Alegre leza Pessoa
Total da
4,16 2,70 4,36 4,06 2,18 3,23 1,60 3,34 5,68 3,51 1,72 7,89 5,58 2,15 1,25 2,57 1,45 2,47
Cesta
Carne 1,58 0,10 0,88 3,99 3,06 1,32 2,78 2,79 3,38 -0,69 1,60 5,87 2,79 2,99 2,60 2,39 2,08 2,42
Leite -1,74 3,57 -0,34 -1,09 0,83 0,00 0,90 -0,78 -1,44 -1,80 1,75 0,57 1,64 2,61 -0,31 1,52 -0,30 1,03
Feijão 2,76 12,65 6,98 16,52 2,77 8,60 0,69 3,79 6,38 -2,57 1,99 9,85 10,54 12,20 -6,30 6,54 12,90 8,47
Arroz 0,98 2,42 0,00 -0,74 2,10 2,15 0,87 0,00 10,56 0,00 3,31 4,90 2,59 4,51 -0,73 2,71 3,12 0,69
Farinha 1,28 -2,98 1,66 -1,65 -2,03 2,70 0,00 1,22 7,24 0,30 5,66 5,42 9,41 3,95 -2,58 3,68 0,71 5,38
Batata 23,63 -3,66 13,94 9,38 6,49 9,50 4,07 2,89 5,19 8,29
Tomate 10,43 7,09 22,84 -0,24 -0,42 9,39 -1,30 4,41 23,25 20,76 6,06 28,84 24,32 -3,12 7,54 2,56 0,76 1,96
Pão 2,84 2,65 -0,10 0,00 0,09 0,00 -0,23 0,58 0,95 -1,34 2,36 2,36 -0,32 0,00 -1,03 1,32 -0,23 0,83
Café -0,33 1,43 1,06 -1,57 -1,04 2,76 4,16 2,10 -0,18 2,01 3,12 -0,94 2,51 1,99 1,11 2,56 2,64 3,26
Banana 3,13 4,66 14,69 19,05 5,45 4,42 0,43 8,89 13,64 8,56 -5,05 3,39 2,30 0,00 -3,06 2,02 -5,03 3,45
Açúcar 9,03 11,73 5,33 2,55 12,70 11,74 10,99 14,75 20,35 8,56 3,03 13,81 8,22 6,28 7,69 7,27 12,87 3,46
Óleo 5,86 3,04 1,49 3,28 7,34 4,95 1,50 3,89 3,04 3,06 -2,11 9,30 5,26 4,65 7,08 3,39 3,58 4,98
Manteiga 1,13 6,41 -0,14 -0,87 -1,48 1,30 3,13 4,97 2,11 3,39 0,90 3,37 2,74 2,47 -8,06 1,77 -1,85 -1,03
Fonte: DIEESE. Pesquisa Nacional da Cesta Básica
Obs: (-) Dados inexistentes
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São Paulo

Em dezembro, a cesta básica na capital paulista custou R$ 412,12, o terceiro maior


valor entre as 18 cidades onde o DIEESE realiza a pesquisa. Em um ano, os gêneros
alimentícios subiram 16,36%, uma vez que em dezembro de 2014 a mesma cesta custava
R$ 354,19. Em relação a novembro de 2015, os preços subiram 3,23%.

Em 2015, todos os produtos tiveram alta acumulada de preço, exceto o leite


(-0,94%). Os aumentos acima da variação média da cesta (16,36%) ocorreram nos
seguintes produtos: batata (44,10%), feijão carioquinha (34,66%), açúcar refinado
(33,71%), tomate (28,12%) e óleo de soja (18,22%). Carne bovina de 1ª (14,49%), café em
pó (14,35%), banana nanica (13,64%), pão francês (11,42%), farinha de trigo (8,79%),
arroz agulhinha (7,55%) e manteiga (5,05%) tiveram aumentos inferiores à taxa média da
cesta.

Entre novembro e dezembro, todos os produtos também tiveram seus preços


majorados, exceto o leite e o pão francês, que não variaram. Seis bens registraram alta
acima do aumento médio da cesta (3,23%): açúcar (11,74%), batata (9,50%), tomate
(9,39%), feijão carioquinha (8,60%), óleo de soja (4,95%) e banana (4,42%). Abaixo da
taxa média estão as altas do café em pó (2,76%), farinha de trigo (2,70%), arroz agulhinha
(2,15%), carne bovina (1,32%) e manteiga (1,30%).

Em dezembro de 2015, o trabalhador paulistano remunerado pelo salário mínimo


comprometeu 115 horas e 04 minutos de sua jornada mensal para adquirir os gêneros
essenciais, tempo superior às 107 horas e 38 minutos exigidas no mesmo período de 2014.
Em novembro de 2015, a jornada comprometida foi um pouco menor, já que naquele mês
eram necessárias 111 horas e 27 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o


desconto referente à Previdência Social, a relação era de 56,85% em dezembro de 2015,
53,18% em igual mês de 2014 e 55,07%, em novembro último.
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Com o aumento nos preços dos alimentos básicos na capital paulista no último ano,
o comprometimento do salário mínimo com a compra da cesta básica – na média anual –
ficou em 109 horas e 05 minutos, cerca de 4 horas a mais do que em 2014 quando
correspondeu a 105 horas e 21 minutos.

O aumento do salário mínimo em 2015 foi menor do que a variação de preços do


conjunto da cesta, o que resultou no aumento do percentual do salário mínimo
comprometido com a compra da cesta paulistana: 49,38% em 2015, contra 47,64% em
2014 (Tabela 3).
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TABELA 4
Pesquisa Nacional da Cesta Básica
Comprometimento do salário mínimo com a compra da cesta básica
Município de São Paulo – 1959/2015
Cesta Básica Jornada de Cesta Básica x Jornada de
Ano x Salário Trabalho Ano Salário Trabalho
Mínimo em % Necessária Mínimo em % Necessária
1959 27,12 65H 5 MIN 1987 86,86 208H 28 MIN
1960 33,96 81H 30 MIN 1988(2) 71,34 167H 48 MIN
1961 29,96 71H 54 MIN 1989 77,88 171H 20 MIN
1962 39,50 94H 48 MIN 1990 92,42 203H 19 MIN
1963 40,97 98H 20 MIN 1991 74,79 164H 32 MIN
1964(1) - - 1992 85,56 188H 14 MIN
1965 36,74 88H 10 MIN 1993 78,07 171H 46 MIN
1966 45,62 109H 15 MIN 1994 102,35 225H 10 MIN
1967 43,85 105H 14 MIN 1995 99,69 219H 18 MIN
1968 42,33 101H 35 MIN 1996 88,08 193H 46 MIN
1969 45,97 110H 20 MIN 1997 81,32 178H 56 MIN
1970 43,82 106H 11 MIN 1998 81,98 180H 22 MIN
1971 46,58 111H 48 MIN 1999 79,86 175H 42 MIN
1972 49,65 119H 09 MIN 2000 78,47 172H 38 MIN
1973 61,25 147H 00 MIN 2001 73,51 161H 42 MIN
1974 68,10 163H 26 MIN 2002 70,53 155H 10 MIN
1975 62,36 149H 39 MIN 2003 73,20 161H 04 MIN
1976 65,63 157H 30 MIN 2004 68,09 149H 48 MIN
1977 59,30 142H 19 MIN 2005 62,60 137H 43 MIN
1978 57,34 137H 37 MIN 2006 52,67 115H 53 MIN
1979 63,78 153H 04 MIN 2007 51,95 114H 17MIN
1980 65,57 157H 22 MIN 2008 57,68 126H 54 MIN
1981 62,36 149H 40 MIN 2009 49,47 109H 53 MIN
1982 54,74 131H 22 MIN 2010 48,61 106H 56 MIN
1983 73,56 176H 33 MIN 2011 49,35 108H 35 MIN
1984 81,10 194H 38 MIN 2012 47,08 103H 35 MIN
1985 74,38 178H 30 MIN 2013 48,44 106H 57 MIN
1986 78,89 189H 20 MIN 2014 47,64 105 H 21 MIN
2015 49,38 109 H 05 MIN
Fonte: DIEESE
Nota: (1) Por motivos alheios a sua vontade, o DIEESE não possui os preços de 1964
(2) De janeiro a setembro, foi considerada a jornada legal de 240 horas. De outubro a dezembro, 220 horas.

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