Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
E SEUS BENEFÍCIOS
COLESTEROL
TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER
Gestão de Canais
Vanusa Batista, Sidney Almeida e
Wellington Oliveira
PRESTIGIE O JORNALEIRO:
compre sua revista na banca
www.caseeditorial.com.br | /caseeditorial
O QUE É COLESTEROL?
- Idade e sexo
- Se você fuma
- Pressão sanguínea
- Diabetes
- Se você tem histórico familiar de problemas cardíacos prematuros
- Etnia
3
Contudo, a boa notícia é que 80% das doenças cardíacas po-
dem ser prevenidas através de escolhas de dieta e estilo de vida,
então existem passos simples que você pode dar para ajudar a
reduzir seu risco.
DISLIPIDEMIAS (ANORMALIDADES DO
COLESTEROL)
4
Cada tipo de lipoproteína serve para um propósito diferente,
sendo metabolizada e eliminada de uma forma distinta. O co-
lesterol total e as suas frações podem ser agrupados através da
fórmula de Friedewald (válida apenas para valores de triglicerí-
deos abaixo de 400mg/dl):
5
Alto risco ou diabéticos: CT menor que 200mg/dl ,HDL-
-colesterol maior que 40mg/dl em homens ou 50mg/dl em
mulheres ou diabéticos , LDL-colesterol menor que 100mg/dl
(menor que 70mg/dl opcionalmente) e triglicerídeos menor
que 150mg/dl.
Causas
As dislipidemias podem ser classificadas como primárias (sem
uma causa aparente) ou secundárias (com uma causa aparente).
Dislipidemias primárias
São aquelas de origem genética, no entanto, fatores relaciona-
dos aos hábitos de vida como o sedentarismo e a dieta podem
funcionar como fatores desencadeantes para o seu aparecimen-
to. Existem casos de dislipidemia genética grave, com níveis
muito elevados de colesterol total e risco de morte cardiovas-
cular em idade precoce.
Dislipidemias secundárias
Podem ser originadas a partir de outras doenças (diabete me-
lito, obesidade, hipotireoidismo, insuficiência renal, síndrome
nefrótica, doenças das vias biliares, síndrome de Cushing, ano-
rexia nervosa e bulimia), associadas ao uso de medicamentos
(diuréticos em altas doses, betabloqueadores, medicamentos
para tratamento da acne, terapia de reposição homonal, an-
ticoncepcional oral, corticoesteróides e ciclosporina) ou por
hábitos de vida inadequados (alcoolismo e tabagismo).
As dislipidemias com triglicerídeos alto e /ou HDL-colesterol baixo,
costumam fazer parte do quadro clínico da síndrome metabólica.
6
TIPOS
Hipercolesterolemia isolada
Elevação isolada do LDL-colesterol (igual ou maior que 160
mg/dL).
Hipertrigliceridemia isolada
Elevação isolada dos triglicerídeos (igual ou maior que 150 mg/dL).
Hiperlipidemia mista
Valores aumentados de ambos LDL-colesterol (igual ou maior
que 160 mg/dL) e triglicerídeos (igual ou maior que 150 mg/dL).
HDL-colesterol baixo
Redução do HDL-colesterol (homens abaixo de 40 mg/dL e
mulheres abaixo de 50mg/dL) isolada ou em associação com
aumento de LDL-colesterol ou de triglicerídeos.
Diagnóstico
As dislipidemias são basicamente uma entidade laboratorial,
por isso, a dosagem do colesterol total e suas frações é o ele-
mento básico para o seu diagnóstico. Raramente as dislipide-
mias podem causar alterações na pele, como os xantelasmas e
os xantomas. Um fato muito comum é a descoberta de uma
dislipidemia apenas quando as manifestações clínicas da ate-
rosclerose já se fazem presentes.
7
da alcóolica 72 horas antes da coleta; evitar exercícios físicos
intensos nas 24 horas antes da coleta; jejum de 12 à 14 horas
(a coleta com períodos de jejum menores ou maiores podem
alterar os resultados ); coletar o sangue na posição sentada após
10 a 15 minutos (evitar permanecer deitado e sentar na hora
da coleta de sangue); manter o torniquete no braço (elástico
que aperta o braço para tornar as veias mais salientes) por um
tempo inferior a 1 minuto ; coletar sangue preferencialmente
no mesmo laboratório.
Consequências
Concentrações anormais das gorduras circulantes na corrente
sanguínea podem acarretar problemas a longo prazo. O co-
lesterol transportado pelo LDL - colesterol (“colesterol ruim”)
aumenta o risco das doenças cardiovasculares, pois deposita-se
no interior das artérias. O colesterol transportado pela HDL-
colesterol (“colesterol bom”) diminui este risco, sendo desta
forma, benéfico. O HDL - colesterol atua no “ciclo reverso do
colesterol “, ou seja, retira a gordura das artérias, transportan-
do-as até o fígado para que sejam eliminadas.
As dislipidemias são um dos principais fatores de risco cardio-
vascular. O risco de aterosclerose, doença arterial coronariana,
doença aterial periférica ou ainda, de doença das carótidas, au-
menta na presença das dislipidemias. Angina do peito, infarto
do miocárdio, aneurismas da aorta, claudicação nos membros
inferiores e acidente vascular cerebral (derrame cerebral), são
algumas das manifestações clínicas em portadores de dislipide-
mias e aterosclerose.
8
O excesso de triglicerídeos é um indicador de risco cardiovas-
cular aumentando, no entanto, sua maior implicação a curto
e médio prazo é o risco de pancreatite aguda, principalmente
quando os níveis de trilglicerídeos são superiores a 1000mg/dl.
A pancreatite aguda caracteriza-se pelo aparecimento de dor
abdominal intensa na região superior do abdomen, sendo que
este quadro clínico poderá ser recorrente.
Tipos de tratamentos
O tratamento das dislipidemias pode ser dividido em não medi-
camentoso e medicamentoso.
9
Nas dislipidemias com elevação dos triglicerídeos não basta
apenas restringir as gorduras. Nestes casos, o paciente deverá
também evitar os doces e diminuir a ingestão de massas e pães.
Nos pacientes com HDL-colesterol baixo, a medida mais im-
portante é a prática regular de exercícios físicos. Perder peso ,
parar de fumar e evitar o excesso de bebidas alcóolicas também
são recomendados .
Nas dislipidemias associadas ao uso de medicamentos, a sus-
pensão destes, quando possível , pode reverter ou melhorar o
quadro. Nas dislipidemias causadas por outras doenças, prin-
cipalmente diabete melito e hipotireoidismo , o controle destas
enfermidades é fundamental para o sucesso do tratamento.
Tratamento medicamentoso
Atualmente existem diversos medicamentos empregados no
tratamento das dilsipidemias , os quais , são usados isolados
ou em associação. Geralmente estas medicações deverão ser
de uso contínuo e indefinido, pois apenas ajudam a corrigir o
distúrbio do metabolismo, não levando a uma verdadeira cura.
Uma vez descontinuadas, as alterações das gorduras do sangue
deverão retornar ao longo do tempo. As vastatinas (como a flu-
vastatina, lovastaina, pravastatina, sinvastatina, atorvastatina e
rosuvastatina) são as drogas mais usadas, apresentando um efei-
to predominante no LDL - colesterol (proporcionam reduções
de 18 a 60%) , elevando também o HDL - colesterol (5 a 15%)
e reduzindo também, os triglicerídeos (7 a 30%).
Os fibratos são usados isoladamente naqueles indivíduos
com predomínio de triglicerídeos elevados (quando acima de
500mg/dl seu uso deverá iniciado imediatamente), com ou sem
HDL - colesterol baixo. Os fibratos reduzem os triglicerídeos
em 30 até 60% (pacientes com valores mais elevados apresen-
tam reduções mais expressivas ).
Outras drogas utilizadas em associação ou isoladas são a eze-
timiba, os sequestradores de sais biliares, o ácido nicotínico e
os ácidos graxos omega 3 (estes últimos reduzem os níveis dos
triglicerídeos ). Algumas destas drogas exigem uma monitoriza-
ção periódica da função hepática e das enzimas musculares.
10
CONHECENDO SEUS NÍVEIS DE COLESTEROL
Colesterol total
Menos de 29 anos abaixo de 200 mg/dl
de 30 até 39 anos abaixo de 225 mg/dl
de 40 até 49 anos abaixo de 245 mg/dl
acima de 50 anos abaixo de 265 mg/dl
HDL Colesterol
Homens de 30 a 70 mg/dl
Mulheres de 30 a 90 mg/dl
LDL Colesterol
Homens e mulheres 50 a 190 mg/dl
11
As pessoas sedentárias, obesas e que ingerem alimentos ricos
em colesterol são mais propensas a ter níveis elevados. Os ho-
mens correm mais riscos do que as mulheres, já que o organis-
mo feminino fica menos exposto devido à ação do hormônio
estrógeno. Ele equilibra a proporção dos dois tipos de lipopro-
teínas que fazem o transporte do colesterol.
As altas taxas de colesterol no organismo não mandam avisos
prévios. Os sintomas só aparecem depois que as placas já se
formaram. Para evitar que isto ocorra o ideal é fazer exames
periódicos para que se possa controlar o nível de colesterol no
organismo.
INFORMAÇÕES GERAIS
12
Em algumas situações, tais como hiperlipoproteinemia combi-
nada familiar (HLCF), disbetalipoproteinemia, e diabetes meli-
to, níveis elevados de triglicerídeos são também um indicador
do aumento do risco de doença cardiovascular.
Os níveis de colesterol devem ser obtidos de todos os adultos
acima dos 20 anos. A presença de fatores de risco cardíaco não-
lipídicos também deve ser determinada. O HDL - C também deve
ser mensurado ao avaliar-se o colesterol. Um nível abaixo de 35
mg/dl é considerado baixo. HDL - C alto — acima de 60 mg/dl
— pode ser protetor, sendo tratado como fator de risco negativo.
O LDL - C desejável é de até 130 mg/dl. Os pacientes nesse
grupo devem receber informação geral sobre dieta e fatores de
risco, e os níveis de colesterol total e de HDL - C devem ser
reavaliados em 5 anos. O limite de alto risco do LDL - C é de
130 a 150 mg/dl. A presença de fatores de risco determina o
tratamento posterior.
13
tomar muita água (esse é o único alimento que não contém ca-
lorias) fora das refeições (antes ou depois), evitar refrigerantes e
bebidas alcoólicas e evitar comer nos intervalos das refeições.
Para que isso dê certo a pessoa precisa também fazer exercícios
regularmente, ou seja, gastar as calorias armazenadas. Os exer-
cícios devem ser de preferência aeróbicos (caminhada, nata-
ção, hidroginástica, corrida leve) e devem ser feitos de 30 a 45
minutos pelo menos 3 vezes na semana. Procure uma atividade
que você goste de realizar.
Não Fume
O tabagismo aumenta substancialmente o risco de doenças,
sobretudo cardiovasculares. Conjugado com outros fatores au-
menta o risco global. Há evidências de que o tabaco aumenta
os níveis do LDL - colesterol e acelera o aparecimento da ate-
rosclerose.
14
Faça uma alimentação saudável e equilibrada
- Não esqueça o café da manhã, ele é fundamental . Leite ou
iogurte, de preferência magros, pão ou cereais e uma peça de
fruta, constituem uma alimentação saudável.
- Faça várias refeições por dia. Pequenos lanches no meio da
manhã e da tarde, ajuda a controlar o apetite e evitar os “gran-
des” almoços e jantares.
- Atenção ao açúcar. Diminua o consumo de bolos e doces.
Prefira os caseiros, mas em dias de festa. Reduza gradualmente
o açúcar que adiciona às bebidas, substituindo-o por adoçante.
- Cuidado com o sal! Modere a quantidade ao cozinhar e evite
usar saleiro na mesa. Dê aroma e sabor aos seus alimentos com
muitas ervas aromáticas e especiarias.
- Reduza a gordura na confecção de alimentos, usando reci-
pientes anti aderentes. Em vez de fritar, opte pelos assados, gre-
lhados, cozidos no vapor ou guisados.
- Beba água com e sem sede. A água é fundamental para o equi-
líbrio do nosso organismo.
COMPRAS NO SUPERMERCADO
Mercearia e padaria
Nas seções de Mercearia e Padaria encontram-se alimentos ri-
cos em hidratos de carbono complexos (amido), além de fibras,
vitaminas e minerais. O pão, as massas, o arroz e as legumino-
sas dão-nos uma sensação de saciedade sem contudo fornece-
rem demasiadas calorias.
Deve-se também preferir os alimentos que são feitos a partir de
cereais escuros.
15
No entanto basta uma pequena quantidade destes alimentos
para satisfazer as nossas necessidades diárias.
Quanto ao peixe, deve-se sempre privilegiar o fresco ou con-
gelado. É uma boa fonte de fósforo, iodo e selênio. Além disso,
contém um tipo de gordura mais saudável que a carne.
O marisco é muito rico em colesterol. Por isso, deve ser consu-
mido apenas ocasionalmente.
Os produtos de charcuraria e as vísceras devem ser evitados.
Além de serem um verdadeiro concentrado de gordura saturada
e colesterol, alguns deles contêm também demasiado sal.
Quanto aos ovos, deve-se evitar consumir mais de 3 por sema-
na. Isso contando com aqueles que fazem parte da confecção
dos bolos, pudins, suflês, etc.
Produtos frescos
Os legumes e as frutas são sempre uma excelente escolha e
devem ser uma constante na sua alimentação. Além de serem
excelentes fontes de fibras e estarem repletos de vitaminas e
minerais, são pobres em gorduras e calorias.
Estudos científicos já demonstraram que estes alimentos con-
têm antioxidantes que neutralizam algumas as substâncias pre-
judiciais para o nosso organismo.
16
Não esqueça que normalmente consumimos outras gorduras
que já vêm contidas em alimentos como carnes, queijos, aperi-
tivos, bolos, chocolate, entre outros.
Os lacticínios
O leite, o queijo e os iogurtes são ricos em cálcio, além de se-
rem bons fornecedores de vitaminas e proteínas.
No entanto, é aconselhável preferir as opções desnatadas ou
semidesnatadas.
Evite a manteiga e as natas, por serem ricas em gordura satura-
da e em colesterol.
Bebidas
A água, essencial ao organismo, deve ser consumida várias ve-
zes ao dia. Se você gosta de sumos, dê toda a preferência aos
naturais de fruta.
O chá é também uma excelente forma de hidratação, pois é
rico em antioxidantes, protetores do organismo.
O vinho deve ser bebido com moderação ( não mais do que
dois copos por dia ), sempre durante as refeições.
As bebidas destiladas, como aguardentes e whisky, podem ser
muito prejudiciais à saúde. Devem ser consumidas apenas em
dias de festa.
Alimentos perigosos
Guloseimas, aperitivos e afins, são inimigos de uma alimentação sau-
dável e por isso devem ser consumidos apenas muito ocasionalmente.
17
DICAS A SEREM SEGUIDAS AO SE ALIMENTAR
FORA DE CASA
18
O poder da maçã
Entre uma série de frutas que devem ser consumidas, destaca-se
a maçã, na qual cientistas encontraram a fórmula perfeita. Na
França, foi realizada uma pesquisa com um pequeno grupo de
pessoas saudáveis de meia idade, dando-lhes, durante um mês,
três maçãs por dia. Ao final do teste, o nível do LDL havia dimi-
nuído em 80% dos testados e o do HDL, aumentado.
Proteína de Soja
Segundo recomendação da ANVISA, “O consumo diário de no
mínimo 25 g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o co-
lesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação
equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Quitosana
A quitosana, que é uma fibra derivada dos crustáceos, mostrou-
se capaz de reduzir a absorção de colesterol, o que leva à dimi-
nuição dos níveis de colesterol no sangue. Segundo a ANVISA,
“A quitosana auxilia na redução da absorção de gordura e co-
lesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação
equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Contudo deve-se ob-
servar as seguintes recomendações: “Pessoas alérgicas a peixes
e crustáceos devem evitar este produto”, e “O consumo deste
produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
Ômega-3
Segundo a ANVISA, “O consumo de ácidos graxos ômega 3 au-
xilia na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, desde
que associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida
saudáveis”. Existem determinados alimentos ricos em ômega-3,
como a sardinha fresca.
19
COMBATENDO O COLESTEROL NO
DIA A DIA
20
O PODER DA AVEIA
22
Por que o interesse atual na Dieta Mediterrânea?
Apesar de existir há anos, esta dieta só começou a ser estuda-
da detalhadamente há pouco tempo. Muitos estudos científicos
vêm comprovando seus benefícios no tratamento e prevenção
de doenças, inclusive cardiovasculares. Povos da região me-
diterrânea que consomem essa dieta possuem baixas taxas de
doenças cardiovasculares e alta expectativa de vida.
Frutas e hortaliças
Por conterem grande quantidade de fibras e antioxidantes (como
beta-caroteno, licopeno, vitaminas E e C) previnem o câncer.
Cereais
São essencialmente fornecedores de energia para o organismo;
mas, se forem integrais, também contribuem com vitaminas do
Complexo B, vitamina E, selênio e fibras.
Leguminosas
São fonte de fibras e proteínas vegetais. As fibras combatem a
constipação, evitam o câncer do cólon e reto (regiões do in-
testino grosso) e diminuem o nível do colesterol “ruim” (LDL)
prevenindo o aparecimento das doenças cardiovasculares.
Oleaginosas
Por possuírem ácidos graxos mono e poliinsaturados, as oleagi-
nosas reduzem a chance da pessoa desenvolver a hipercoleste-
rolemia (colesterol alto no sangue). No entanto, quem faz um
plano alimentar, com objetivo de emagrecer, não deve exceder
em seu consumo, pois apesar das inúmeras vantagens, elas são
muito calóricas.
Peixes
São ricos em ácidos graxos ômega - 3, dessa forma, atuam con-
tra o aparecimento de uma variedade de doenças, incluindo
hipertensão, aterosclerose, doenças do coração e câncer.
23
Iogurtes
Além de serem fonte de cálcio, contém lactobacilos (microor-
ganismos vivos). O cálcio contribui para a prevenção da os-
teoporose e os lactobacilos beneficiam nossa flora intestinal,
combatendo os microorganismos patogênicos que possam es-
tar presentes nos intestinos.
Vinho tinto
Por possuírem uma alta quantidade de flavonóides (antioxidan-
tes), o vinho tinto evita a formação de placas de gorduras na
parte interna dos vasos sanguíneos (ateromas), e por consequ-
ência, diminui o risco para o desenvolvimento das doenças car-
diovasculares. De acordo com a cultura mediterrânea, o con-
sumo do vinho tinto deve ocorrer durante as refeições, pois a
presença de alimentos ameniza os efeitos tóxicos do álcool no
organismo.
Azeite de oliva
É rico em fenóis (antioxidantes) e em ácido graxo monoinsatu-
rado, sendo que o último atua no aumento da taxa do colesterol
“bom” (HDL), favorecendo nosso coração. Segundo o costume
do povo mediterrâneo, o ideal é consumi-lo diariamente, para
temperar as saladas, regar um peixe ou carne que irá assar, fa-
zer um arroz. Mas, não podemos esquecer que o azeite, assim
como qualquer outra gordura, é calórico. Portanto, seu consu-
mo não deve ser exagerado!
24
DICAS SIMPLES PARA OBTER UMA DIETA
“MAIS MEDITERRÂNEA”
25
- Outra dica preciosa: comer de maneira mediterrânea é apro-
veitar os alimentos da estação, eles contêm maior teor de nu-
trientes e de compostos que reforçam o sabor característico de
cada um. Fique atento aos alimentos da época!
- Doces: se você prefere doces como sobremesa, tente escolher
frutas maduras, mais doces e frescas ou então, frutas desidrata-
das como ameixa seca, uva-passa, figo seco, damasco, banana
seca, para satisfazer sua necessidade de um doce. Até frutas
enlatadas, em seu próprio suco, são preferíveis às sobremesas
ricas em açúcar e gordura. Extravagâncias doces são reservadas
apenas para ocasiões especiais na dieta mediterrânea.
- Acima de tudo, lembre-se: dieta mediterrânea é qualidade
e não quantidade! Alimentos como azeite de oliva e o grupo
das nozes são ricos em nutrientes benéficos ao organismo, mas
trazem também muitas calorias. O ideal é equilibrar o consumo
com o gasto de energia diários para manter-se saudável!
DÚVIDAS E RESPOSTAS
O colesterol é uma doença?
Não. O colesterol é uma substância importante para a nossa
saúde, porque é usada na formação da membrana das células
do corpo e de alguns hormônios, além de servir como uma
capa protetora para os nervos.
27
COLESTEROL: MITOS E VERDADES
1º Mito
Colesterol alto é atestado de fim de vida. Daqui para frente, só
ladeira abaixo.
Verdade
O colesterol é como um personagem de filme de ação, pode ser
mocinho (HDL) ou vilão (LDL).
Somam-se os dois, chega-se à medida ideal para a saúde. Muita
gente olha só o resultado final e, claro, se engana. O colesterol
alto, em geral, é acima de 200 mg/dl. Se o mocinho, o HDL,
for o mais alto dos dois, tudo bem com sua saúde. Em compen-
sação, se a taxa de colesterol total for baixa, não significa que
seus problemas acabaram. Se ainda assim o mau LDL estiver
mais alto que o bom, está na hora de mudar seus hábitos.
2º Mito
Se todo dia de manhã eu tomar suco de berinjela com laranja,
o colesterol abaixa rapidinho.
Verdade
Berinjela é ótimo, laranja, idem, o suco pode ficar gostoso. Mas
não há nenhuma comprovação científica de que ao beber esta
mistura irá reduzir o nível do seu colesterol. O que reduz mes-
mo é seguir uma dieta equilibrada e saudável, com poucas gor-
duras, e fazer exercícios regularmente.
3º Mito
Não estou gordo, o peso está OK, nem preciso fazer exame de
colesterol.
Verdade
Estar acima do peso indica que há uma grande chance, sim,
de seu colesterol estar alto – mas nem sempre é assim. Um dia
28
desses, você vai conhecer um gorducho que come torresmo até
no café-da-manhã, se orgulha de nunca ter provado alface e
tem colesterol nos padrões ideais. É uma exceção, alguém que
ganhou na loteria da saúde. Por outro lado, magros e jovens apa-
rentemente sem problemas clínicos podem apresentar colesterol
altíssimo – aí entram fatores genéticos e até o estresse.
4º Mito
Se eu virar vegetariano, o colesterol vai ficar perfeito.
Verdade
Vegetarianos convictos geralmente apresentam bons níveis de
colesterol, é fato, não apenas porque eliminam a carne da vida,
mas, sim, porque ingerem alimentos integrais, muitas fibras,
verduras, frutas, e costumam evitar gorduras, frituras, açúcar
branco. O problema é que quem decide cortar a carne nem
sempre se lembra de compensar a necessidade de proteínas e
de ingerir uma boa quantidade de soja, tofu, folhas verdes, ce-
reais e, aí, pode ter outros problemas, como a anemia. A carne
é uma boa fonte de vitamina B 12. Outro erro comum é o vege-
tariano se entupir de queijo, molho cremoso, creme de leite ou,
então, no restaurante, pedir macarrão na manteiga, só para não
comer nada com carne – tudo que grita o excesso de gorduras
e aumenta seu colesterol.
5º Mito
Agora pode comer ovo à vontade!
Verdade
O ovo não é mesmo o vilão de antes. Depois de uma longa e
profunda pesquisa com milhares de homens e mulheres, uma
equipe da Harvard University, nos Estados Unidos, constatou
que um ovo por dia realmente não tem relação com doenças
coronárias. É uma boa notícia, claro. Mas ATENÇÃO: quem já
teve infarto do miocárdio, não entra nesse grupo tão afortunado
e deve evitar as gemas.
29
CRIANÇAS PODEM TER COLESTEROL ALTO?
A armadilha do fast-food
Algumas vezes, porém, fica-se diante das facilidades do fast-
food, de alimentos instantâneos estes “traiçoeiros ajudantes”
que entram para contornar a falta de tempo da vida moderna.
Alia-se a toda esta oferta uma falta de informação mais detalha-
da, será mesmo que vale por um bifinho? e com isso possibilita-
se uma inadequação alimentar e suas consequenciais, se não
imediatas, com certeza futuras.
30
Disponibilizar alimentos saudáveis
É preciso estar atento ao que se disponibiliza para as crianças,
em especial para as que têm uma ingesta alimentar bastante
seletiva. Na tentativa de preservar o estado nutricional, a oferta
de alimentos substitutos é muito comum, e é nesse momento
que pode haver erros na qualidade desta substituição.
Mudança gradual
A substituição dos alimentos deve ser uma passagem gradual,
porém não muito lenta, e sempre orientada pelo Pediatra, Nu-
trólogo ou Nutricionista. Crianças estão em fase de desenvol-
31
vimento, portanto o metabolismo funciona de forma diferente
do metabolismo dos adultos e nem tudo pode ser totalmente
restringido. Tem que haver uma adequação entre os nutrientes,
a faixa etária e o tipo de atividade que é exercido.
Há alimentos que podem ser retirados sem nenhum pudor,
como os “pacotes de salgadinhos”; há outros que têm que ser
“desacelerados” como as linguiças, embutidos, cachorro quen-
te, macarrão instantâneo, sopas instantâneas, e por aí vai. O
que não faltam são alimentos de rápido preparo, onde o maior
“trabalho” é abrir a embalagem e despejá-los na água fervente
ou fritar os já empanados de fábrica!
O novo aprendizado
Aprender a comer leguminosas, folhas verde-escuro, frutas ver-
melhas, fibras, não impedirá vez ou outra de também poder se
servir de um cardápio levemente “transgressor”. O que não se
deve é inverter esta rotina. A inversão é que vai possibilitar o
sobrepeso e as dislipidemias.
Não esqueça de verificar o cardápio da escola ou da creche.
Certifique-se de que a dieta é orientada por um profissional
da área. Não hesite em reclamar ou ir contra lanchonetes que,
dentro da escola, apenas dispõem de “empacotados e engarra-
fados gaseificados”, como opções para as crianças que já com-
pram seus lanches nas cantinas.
Exames sanguíneos específicos, como o lipidograma, são feitos
a partir dos 5/6 anos de idade e anualmente, quando os dados
se revelam normais; semestralmente quando estão alterados e
precisam de um controle laboratorial associado às orientações
de mudanças de hábitos alimentares. Quando os níveis de nor-
malidade se restabelecem o controle passa a ser anual. E lem-
bre-se: ser magro não é sinônimo de colesterol normal.
A vida adulta reflete a criança de ontem. A hipertensão, diabetes,
os problemas vasculares, as doenças renais, muitas dessas patolo-
gias podem ser evitadas se todo um balanceamento alimentar, na
infância for seguido de perto.
Comer é um prazer, a oralidade faz parte da estrutura de todos nós.
32
Saborear um alimento, convidar os amigos para um almoço,
dividir ou trocar lanchinhos na escola, todo o ritual em torno
do ato de se alimentar é prazeroso. Não tem porque o prazer
excluir o saudável, ou o saudável ceder ao preconceito de
quebra de prazer.
33
Arrume mais tempo para comer.
O ato de comer é pouco valorizado, e em geral acaba ficando
espremido entre eventos que considera mais “importantes”: mal
temos tempo para sentar e apreciar a comida. Reservar mais
tempo para a refeição traz inúmeros benefícios para a saúde
digestiva, além de prazer.
5 cores diferentes
Quanto mais colorido seu prato mais saudável e nutritivo ele
estará. Um prato colorido significa a presença de uma grande
variedade de vitaminas e minerais, pois nenhum alimento con-
tém todos os nutrientes que o corpo precisa. Através de uma
alimentação variada você garante o perfeito funcionamento do
organismo e evita carências nutricionais.
Vitamine-se
Prefira sempre os alimentos integrais que não passam pelo pro-
cesso de refinação, preservando suas fibras, vitaminas e mine-
rais; coma pelo menos 3 frutas por dia e inclua verduras e le-
gumes em sanduíches, tortas, panquecas e molhos para massas
além de caprichar na salada. Assim, naturalmente você aumen-
tará sua ingestão desses importantes nutrientes.
34