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JUN.

/1990 NBR 11956


Coque - Determinação do poder
calorífico superior
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NBR 11956 - Coke - Determination of the gross calorific value - Method of test
Descriptors: Coke. Gross calorific value
Esta Norma é uma transcrição da MB-2850:1990, sem alteração de conteúdo técnico.

© ABNT 1990 Palavras-chave: Coque. Poder calorífico 6 páginas


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SUMÁRIO 3.1 Poder calorífico superior (PCS)


1 Objetivo
2 Documentos complementares Calor produzido pela combustão da quantidade unitária
3 Definições de um sólido ou líquido combustível, quando queimado a
4 Aparelhagem volume constante em uma bomba calorimétrica, sob
5 Execução do ensaio condições específicas tais, que toda a água resultante
6 Resultados esteja no estado líquido.
ANEXO - Figuras
3.2 Poder calorífico inferior (PCI)

Calor produzido pela combustão da quantidade unitária


1 Objetivo de um sólido ou líquido combustível, quando queimado a
volume constante em uma bomba calorimétrica, sob
Esta Norma prescreve o método para determinação do condições específicas tais, que toda a água resultante
poder calorífico superior do coque pela bomba calorimétri- esteja no estado de vapor.
ca adiabática (ver Figura 2, do Anexo), ou pela bomba
calorimétrica isotérmica (ver Figura 3, do Anexo). 4 Aparelhagem

2 Documentos complementares 4.1 Bomba calorimétrica com os seguintes acessórios:

Na aplicação desta Norma é necessário consultar: 4.1.1 Bomba de oxigênio construída em metal que não
afete processo de combustão ou seja por este afetado.
NBR 8388 - Coque - Determinação do teor de enxofre Deve ter a superfície interna lisa para que todo o líquido do
total pelo processo de Eschka (gravimetria) - Método processo de combustão possa ser recuperado com a
de ensaio lavagem, bem como deve ter a capacidade de resistir ao
ensaio de pressão hidrostática de 20 MPa (300 psi).
NBR 9002 - Preparação da amostra de coque para
análise imediata e química - Procedimento 4.1.2 Vaso calorimétrico feito em metal (cobre ou latão),
com superfície externa altamente polida e de tamanho tal
3 Definições que a bomba fique completamente imersa no banho. De-
ve possuir um agitador para a água com velocidade
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições uniforme. Em agitação contínua por 10 min, o banho não
3.1 e 3.2. deve variar mais que 0,01°C (0,02°F). A parte imersa do
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agitador deve ser acoplada ao lado externo do vaso 4.7 Reagentes


usando-se material de baixa condutividade térmica. Deve
ser suportado de modo que seus lados estejam apro- 4.7.1 Oxigênio livre de material combustível e pureza míni-
ximadamente a 1 cm da parede do revestimento externo. ma de 99,5%.

4.1.3 Camisa isolante. Recipiente que envolve todo o vaso 4.7.2 Ácido benzóico em pastilha.
calorimétrico, evitando a troca de calor com o meio ambiente
durante o ensaio (camisa adiabática) ou, então, fornecendo 4.7.3 Indicador alaranjado de metila. Dissolver 0,02 g do
meios para o controle e medição do calor transferido sal em 100 mL de água quente, esfriar e filtrar.
(camisa isotérmica). A camisa isolante deve conter
dispositivo de ligação elétrica à bomba, tampa ajustada, 4.7.4 Biftalato de potássio.
haste para ligar ao sistema de agitação e encaixe para
termômetro. No caso do calorímetro adiabático, além dos 4.7.5 Indicador fenolftaleína 10%. Dissolver 1 g do seu sal
itens acima, deve conter um sistema de circulação de água em etanol 99% e avolumar para 100 mL.
para estabilização da temperatura.
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4.7.6 Hidróxido de sódio 0,069 N. Pesar 2,76 g de hidróxido


4.1.4 Termômetros que devem ser aferidos mediante pa- de sódio e dissolver em água destilada. Transferir para um
drão conhecido em intervalos não maiores que 2,0°C balão volumétrico de 1000 mL e avolumar até a marca.
(2,5°F) da escala graduada. A diferença máxima na corre- 1 mL desta solução equivale a 1 cal. Fatorar a solução de
ção entre dois pontos não deve diferir mais que 0,02°C hidróxido de sódio utilizando biftalato de potássio como
(0,05°F). padrão primário.

4.1.5 Lupa requerida para leitura de 0,1 da menor divisão 4.7.7 Etanol com concentração de 99%.
da escala do termômetro, a qual deve ser fixa para evitar
erro de paralaxe. 5 Execução do ensaio
4.1.6 Cadinho confeccionado de platina, quartzo ou níquel- 5.1 Calibração do calorímetro
cromo.
5.1.1 Determinar a energia equivalente do calorímetro
4.1.7 Fio de ignição que deve ser de liga de níquel-cromo
como sendo a média de dez determinações feitas num
nº 34 B ε~ S ou platina nº 38 B ε~ S. período maior que três dias e menor que cinco dias. O
desvio-padrão não deve exceder 13 cal/°C.
4.1.8 Circuito de ignição de 6 a 16 V alternados ou corrente
contínua, com lâmpada-piloto ou amperímetro para indicar
5.1.2 Pesar uma pastilha de ácido benzóico e utilizar o
o fluxo da corrente.
procedimento para determinar a mesma variação de
temperatura da amostra.
4.2 Balança analítica com resolução de 0,0001 g.
5.1.3 Calcular a energia equivalente pela fórmula:
4.3 Balança semi-analítica com resolução de 0,1 g.

4.4 Aquecedor ou chapa elétrica.


H M + C1 + C3
4.5 Estufa com temperatura controlável de 250°C. W =
T
4.6 Materiais

4.6.1 Cronômetro. Onde:

4.6.2 Válvula redutora de oxigênio. Deve conter adaptador W = energia equivalente do calorímetro, em calo-
para ser ligada à bomba calorimétrica. rias/°C

4.6.3 Espátula de aço inox. H = calor de combustão do ácido benzóico, em


calorias
4.6.4 Pincel com pêlo de marta.
M = massa de ácido benzóico, em g
4.6.5 Frasco lavador (pisseta).
C1 = correção do calor de formação do ácido nítrico,
4.6.6 Béquer com capacidade de 600 mL. em calorias

4.6.7 Bureta com subdivisão de 0,1 mL. C3 = correção do calor do fio de ignição, em calorias

4.6.8 Pipetas graduadas de 1 e 10 mL. T = variação de temperatura entre o início e o fim da


determinação, em °C
4.6.9 Balão de fundo chato com capacidade de 1000 mL.
Nota: Fazer verificação da energia equivalente pelo menos
4.6.10 Pêra insufladora. uma vez ao mês ou sempre que qualquer parte do
calorímetro for substituída. As novas verificações
4.6.11 Papel indicador com pH variável de 1 a 10. devem atender a Tabela.
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Tabela - Verificação 5.2.12 Remover a bomba da cuba e mantê-la fechada por


10 a 20 min. Soltar a pressão lentamente com uma vazão
uniforme, não inferior a 1 min.
Variação máxima Variação máxima
Número de entre novas entre a nova mé-
5.2.13 Examinar o interior da bomba e descartar a análise
determinações determinações dia e o padrão
se a amostra não estiver queimada ou se apresentar
em cal/°C antigo em cal/°C
fuligem depositada.
1 - ±4
5.2.14 Lavar o interior da bomba com água e transferir para
2 5 ±3 um béquer.

4 8 ±2
5.2.15 Adicionar de três a cinco gotas do indicador ala-
6 10 ±2 ranjado-de-metila e titular com solução de hidróxido de
sódio 0,069 N, para se calcular C1.
10 12 ±1
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5.2.16 Medir e/ou pesar o fio de ignição remanescente para


5.2 Procedimento subtrair da medida inicial, para se calcular C3.

5.2.1 Pesar em um cadinho, previamente tarado, em balan- 5.2.17 Determinar o enxofre total contido na amostra,
ça analítica, aproximadamente 0,7 g da amostra prepara- conforme NBR 8388, para se calcular C2.
da conforme NBR 9002.
6 Resultados
5.2.2 Adicionar 1,0 mL de água destilada na bomba
calorimétrica. 6.1 Cálculos

5.2.3 Medir e/ou pesar cerca de (10 ± 1) cm do fio de igni- 6.1.1 Correções termoquímicas
ção e conectá-lo ao terminal de ignição, com folga suficien-
te para que entre em contato com a amostra (ver Figura 1, 6.1.1.1 Calor de formação do ácido nítrico C1:
do Anexo).
C1 = mL NaOH 0,069 N fator da solução de NaOH
5.2.4 Fechar a bomba e carregá-la lentamente com oxigê-
nio até a pressão estabilizar-se em 3 MPa (30 atm). 6.1.1.2 Calor de formação do ácido sulfúrico C2:

Nota: Esta pressão deve ser constante para cada padronização C2 = 14 %S P


e determinação calorífica. Se por acaso o oxigênio introdu-
zido na bomba exceder a pressão estabelecida, não proce- Onde:
der à combustão. A amostra deve ser descartada.
14 = constante
5.2.5 Pesar na cuba uma quantidade de água destilada ou
desmineralizada, suficiente para submergir a bomba, com P = massa da amostra, em g
precisão de 0,5 g e temperatura aproximadamente 2°C
abaixo da temperatura ambiente. %S = porcentagem de enxofre na amostra

Nota: Usar sempre a mesma quantidade de água nos ensaios e 6.1.1.3 Calor de combustão do fio de ignição C3:
na determinação da energia equivalente do calorímetro.
C3 = (L1 - L2) E
5.2.6 Transferir a bomba para a cuba e verificar se não há
vazamento de oxigênio. Conectar os fios de ignição. Onde:
Nota: Se houver vazamento o ensaio deve ser descartado.
L1 = comprimento em centímetros e/ou massa inicial
do fio, em g
5.2.7 Fechar o calorímetro e ligar a agitação pelo menos
por 5 min.
L2 = comprimento em centímetros e/ou massa final do
fio, em g
5.2.8 Ajustar a temperatura da camisa isolante para igualar
com a da cuba dentro de ± 0,01°C e manter por 3 min.
E = calor de combustão do fio de ignição, em calorias/
grama e/ou calorias/centímetro
5.2.9 Registrar a temperatura inicial da cuba e acionar a
ignição.
6.1.2 Cálculo do poder calorífico superior (PCS)

5.2.10 Ajustar a temperatura da camisa isolante para (T W) - C1 - C2 - C3


igualar com a da cuba durante a elevação, dentro de PCS =
P
0,01°C, até próximo da temperatura final de equilíbrio.
Onde:
5.2.11 Fazer as leituras a intervalos de 1 min até que a
temperatura seja a mesma após três vezes consecutivas, PCS = poder calorífico superior, em quilocalorias/
anotando-a como temperatura final. quilogramas ou calorias/gramas
4 NBR 11956/1990

T = diferença entre as temperaturas final e inicial, C2 = calor de formação de H2SO4, em calorias


em °C

W = energia equivalente do calorímetro, em ca- C3 = calor de combustão do fio de ignição, em calorias


lorias/°C

C1 = calor de formação de HNO3, em calorias P = massa da amostra, em g

/ANEXO
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ANEXO - Figuras

Figura 2 - Calorímetro adiabático


Figura 1 - Suporte de cápsula com arame
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Figura 3 - Calorímetro isotérmico


NBR 11956/1990

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